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Diabetes Mellitus Crônica: O que é Neuropatia e como Tratar?

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Galera em termos de lesão microvascular associada neuropatia diabética, temos uma incidência de 50% dos pacientes diabéticos tipo 2. As principais formas que temos que saber são a neuropatia sensitivo-motora assimétrica e a neuropatia autonômica. A neuropatia diabética pode manifestar-se de várias formas, incluindo cardiovascular, respiratória, digestiva, genito-urinária, entre outras. No entanto, as principais formas são a neuropatia sensitivo-motora e a neuropatia autonômica. Existem outras formas menos comuns, como a neuropatia focal, a neuropatia multifocal e a neuropatia do plexo patil metrô fia, mas são menos frequentes.
Vamos lá, como avaliar o paciente com neuropatia diabética? Avaliar a sensibilidade do paciente é importante. A avaliação de sensibilidade é abrangente, pois existem vários tipos de sensibilidade, como a dolorosa, tátil, térmica e vibratória. Para testar a sensibilidade dolorosa, utiliza-se um agulha de coação para furar o dedo do paciente, apenas fazendo um pequeno furinho. O teste do monofilamento é muito importante para avaliar a sensibilidade tátil. É um teste no qual são usados filamentos de diferentes espessuras, diminuindo gradualmente. O paciente vai informando se consegue sentir os filamentos, e em determinado ponto pode ocorrer perda de sensibilidade. É importante avaliar se a neuropatia piora ou melhora ao longo do tempo. A pesquisa de reflexos também é importante, principalmente do reflexo patelar, pois o primeiro reflexo a ser perdido é o patelar. A medida da pressão arterial sistêmica em posição deitada e ortostática é importante para avaliar a hipotensão postural, que é um sinal de neuropatia autonômica diabética. O paciente pode perder 20 mm de mercúrio de pressão após assumir a posição ortostática. Além disso, é importante medir a frequência cardíaca de repouso, pois um paciente com neuropatia autonômica pode apresentar frequência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto em repouso, o que sugere uma disfunção cardiovascular.
O tratamento da neuropatia sensitivo-motora é baseado no controle metabólico adequado, que ajuda a retardar a progressão da doença. Além disso, o uso de agentes antioxidantes, como a alfa-lipóico, butiôminas do tipo B e a vitamina E, pode melhorar os sintomas da neuropatia. Para lidar com a dor neuropática, podem ser utilizados medicamentos antidepressivos, como a amitriptilina, nortriptilina e a venlafaxina, além da gabapentina.
No caso da neuropatia autonômica, o tratamento depende dos sintomas que o paciente apresenta. Para a hipotensão postural, é preciso orientar o paciente a evitar mudanças posturais bruscas e utilizar meias ou calças compressivas para aumentar o retorno venoso. É importante também elevar a cabeceira da cama para evitar episódios de queda. O uso de fludrocortisona em dose baixa pode ajudar a controlar a hipotensão. Para os sintomas gastrointestinais, é possível utilizar medicamentos para aumentar o ritmo gastrointestinal, como a domperidona e a cisaprida, e aumentar a ingestão de fibras alimentares para melhorar a função intestinal. Para os sintomas genito-urinários, pode-se utilizar bloqueadores alfa-adrenérgicos, inibidores da fosfodiesterase, entre outros.
Em resumo, o tratamento da neuropatia diabética envolve controle metabólico adequado, proteção renal, uso de agentes antioxidantes e medicamentos para controlar os sintomas da neuropatia. O tratamento da neuropatia autonômica depende dos sintomas específicos do paciente, mas envolve medidas como evitar mudanças posturais bruscas, usar meias ou calças compressivas, elevar a cabeceira da cama e utilizar medicamentos específicos para controlar os sintomas gastrointestinais e genito-urinários.
Fonte: Diabete mellitus crônica – Neuropatia por Jaleko Acadêmicos