Pular para o conteúdo

Depressão Pós-Parto: Minha Experiência

  • por
  • posts

Depressão pós-parto: Um relato pessoal

É tipo uma saudade que todos vocês não têm ideia, a gente não tem mais foi o Tim e eu tinha, mas eu sei que vocês estão me acompanhando. Ele sabia que vocês estão vendo, é que graças a Deus ele já fez cinco meses. Eu sumi daqui um pouco, a gente porque é uma loucura a adaptação de vida de mãe. Quem é mãe de primeira viagem sabe que é como se estivesse voltando para casa sem saber para onde ir. Estou de volta, não com muita saudade de vocês. Fiz como dei meu cabelo, eles acham que eu vou parar de passar a mão no cabelo. Não, continua a mesma coisa, não paro. Fico assim, a franja.

Mas enfim, hoje eu tenho que falar de um assunto que eu falava. Falava isso é uma coisa muito particular minha que eu não comento geral. É nem cá em casa não comento, porque aqui eu acho que as pessoas não aceitam falar de depressão pós-parto. Estava estudando, estava lendo umas coisas. Se encaixam umas coisas no que eu sentia, que eu tive e vocês não imaginam. Mas eu tenho quase certeza absoluta que eu tive. Eu acho que não foi uma coisa grave, no estágio nível gravíssimo. Mas eu acho que é uma coisa pra alertar, é uma coisa pra gente se preocupar.

Dia 8 de setembro, graças a Deus, que coisa linda é a primeira dos primeiros três dias no hospital. Vem atrasado aqui em casa. Novidade, tudo novo. No peito, dói, mudo. É uma adaptação, graças a Deus nessa boneca, uma amiga minha me ajuda a cuidar do tempo. Já está quase desde o começo. No começo, ela ficava só à noite pra ajudar. Depois foi Cândida, graças a Deus que a minha mãe, infelizmente, não tem como ajudar. Minha mãe, além de trabalhar o dia inteiro, era uma senhorinha. Então, estávamos assim sozinhos. Meu marido trabalha, graças a Deus a nossa amiga mina e vem cá pelo amor de Deus me ajudar a cuidar do bebê.

Tem gente, eu comecei a reparar que eu sentia sempre uma angústia, uma coisa que não conseguia ficar sozinha com ele. Eu ficava tipo um traumatizado, meu pai começou a jorrar sangue. E vocês já sabem a história, entrei na porque ele e Tim Maia ficaram. Enfim, levando, finalmente me acostumando. Graças a Deus, nessa que uma amiga minha me ajuda a cuidar do tempo.

O início foi difícil, todos sabem. Melhorando, melhorando. Chegamos a perder um trabalho porque no início a gente não sai de casa. Fomos ao mercado, comecei a sentir o aperto, o desconforto. Na volta pra casa e só voltar pra casa, pra voltar pra casa pro mesmo lugar. Por conta disso, cheguei a perder um trabalho que ia apresentar um programa de vídeo, tempos a fotografar. Eles nem sabem isso, tá? Eu fui gravar o primeiro dia, a dorzinha. Não conseguia ficar longe. Eu comecei a conhecer essa angústia, uma sensação ruim, um peso, uma angústia, uma preocupação. Eu não conseguia voltar pra casa e não voltou mais pra trabalhar. E isso, gente, é nos primeiros meses até o terceiro mês. E eu tinha um tipo de sentimento que era amor e ao mesmo tempo, meu Deus, o que eu vou fazer da minha vida? Meu Deus, o que eu vou fazer da minha vida?

Eu me senti muito culpada, que fala “Como é possível? Estou pensando o que eu vou fazer da minha vida?” E eu acho que tem que me escapar assim. Por várias vezes, eu pensei “Gente, será que eu vou?”. Mas daí a gente nem dá, a gente não faz. Eu acho que tem que se cuidar sim. Eu acho que é momento de muita ajuda, principalmente psicológica. E esse vídeo é pra alertar outros, pra quem já passou pelos mesmos sintomas que eu tive. Os sintomas piores, porque tem mães com sintomas graves. E mim não, é uma coisa comum que acontece sim. Acontece nas melhores famílias, acontece com qualquer ser humano. E não se sintam mal, porque me sentia muito mal, muito culpada minutos porque eu sinto isso. Graças a Deus hoje, com cinco meses o Pedro, eu estou bem melhor agora. Já me adaptei, já não tenho mais medo de ficar sozinha com ele. Não tenho mais noites mal dormidas, as coisas. E eu acho que passou. E é isso que queria dividir com vocês, que eu tenho certeza que tem gente que vai se identificar comigo. Deixe um comentário aqui embaixo falando sobre a mesma coisa que eu senti. Então assim, procure uma ajuda não procure porque eu não queria aceitar. Mas eu acho que se você procura ajuda, você melhora muito mais rápido do que quando sofre sozinha. Porque é uma questão totalmente dolorosa, porque é enfim. Espero que tenha ajudado alguém, espero que tenham gostado. E deixem nos comentários o que vocês querem ver, qual o tema da rotina do Pedro. Nunca me pediram. E sim, deem um like e se inscrevam. Vocês sabem que eu gosto e seguem bastante. Saudades de vocês, até mais. Obrigada, morrendo de saudades!

Fonte: Depressão pós parto: EU TIVE por PODCAST – VALENTINA PODTUDO