Voltei Brasil!

Foi a saudade que me trouxe pelo braço, quem diria, uma nova temporada. Pegue sua caneta bic mordida, seu caderno cheio de orelhas de burro, tampa sua cara, pois sua vida será exposta, que está no ar o seu curso.

Aqui estamos nós

Viemos ver a monga, a mulher macaco, a minha mãe. Porque Matheus não veio? Ele não gosta de matar a mulher e ela não precisa ter medo. Na verdade, a monga é a média idade macaca, um bico que ela finca, não tomando favela. Ainda pode olhar, seis são medrosos. Mais valia vai virar uma carta.

É o Guarujá macaco na saída não pode né? Já pede uma capa, não dá nada. E é de viajar a Washington e eu vou vacinar. Média toma assinavam na minha família ampliada. O tema de hoje, o alerta amarelo.

Eu acho que o pobre já está acostumado a esperar no SUS, mas a fila para vacinar contra a febre amarela, ela fez a fila do adversário, que foi no Mercado Guanabara. Parecia glória, até Kalil ficou tão chique. É só esperar, até a cantar. Eu mesmo passei minhas férias aqui. Tem gente que apela para dormir. É isso que não vê família, né? Só vai distribuir senha.

Bolsonaro

Bolsonaro acabou sendo roubado. Acabou de acabar com a guerra no Iraque. Não era sincero. Nem há que distribuir a sede. Distribui só três. Eu só tô seguinte é que 97, eles Guarulhos. Parente amigo deles que bota pátria, não sei o que a senhora tá falando. Não vai começar a chorar. Nem devia tá aqui que eu choro. Tá grande. Só não pode tomar essa vacina que parte. Ainda bem que pelo menos a pele ainda precisam tomar a vacina. Quer dizer, não sei que é. Mas era pra tomar a vacina valer dez anos. Agora vale 15. A vacina passar bengo de 50. Mas que ela vai ter que trabalhar um binário. Certinho a vacina.

Eu não sei se ela vai tomar a primeira dose. Que o pobre é tão sem costume de comprar as coisas à vista que até a vacina é uma prestação. Dividir em 13 12. Daqui a pouco se divide em maio. No poste em tomar a vacina. Mas nas Casas Bahia faz em 10. O Chanel, não tô achando seu castelo.

Cartão de Vacina

Quando se trata de demonizar, a primeira batalha do pobre não é a fila, é encontrar o cartão de vacina. Mas para a criança, desde quando do papela mãe pobre, uma ameaça infelizmente. Se não achar o cartão, de passa lá tem que tomar tudo de novo é mais de 40.

Eu como não posso tomar a vacina, eu fiz aqui esse chapéu de mosquiteiro para mim. Eu vou andar assim na rua. Mosquito nenhum vai chegar perto de mim. Pode chamar de louca, pedir que a prima Mercedes cortar essas proac que ela tem mão de fazer as coisas. Aqui é protegendo alguém nascer de um repelente é coisa de playboya. Luta do pobre de raiz contra mosquito inclui a clássica bombinha amarela, métodos naturais.

E um dos maiores medos da criança pobre, especialmente do interior, é o Maxmuller. Mas a coisa que eu mais gosto de avançar em mosquitos é a raquete, a letrada ela é morte. Ela é diversão, é esporte. A Dona Maria brinca, sai que deu buga. Tonsquilos e tem um método ótimo que é enrolar a fita crepe e aí ela fica sempre ligada. Aí eu deixo nos cantos da casa, aí quando a festa tenta soltar, machucá-la, a matamosquito. E tem a evolução disso que é a metralhadora que eu criei. Você pode fazer na sua casa, ok beleza? Olha que legal!

Olha em dia quem parece o Rafa de trabalho feito. É uma beleza. Isso aqui é o pacote.

Existe um certo prazer no pobre ouvir o estalo do mosquito morrendo. Ou outra tigela e vai embora. Silva falou que já está quase a nossa hora na fila. Atenção para a pergunta que toda criança pobre faz antes de ir ao posto: mãe é de coxinha? Tá colocando de gordinha já. Só uma pedra de esgoto. Um filho do pobre sempre dá show quando vê uma injeção. Aí, pra ajudar a mãe pobre, tem umas frases tranquilizadoras. O que fica quieta, que se mexer é perigoso, agulha quebrada, tem o tom de voz. Não fico enrolando, toma novas, se não há vacina em pedra. É uma escolha. É o bom humor que morreu.

Não senhora, a senhora não está cobrando, por favor se repetir. Não meu Jucá, um anjo. Olha só, quem sabe o que vai juntar 10 vizinho pobre só reclama do seu jeito de viver. Mas e para ninguém quer morrer? Nada é mesmo fácil de fazer na vida do que ser pobre. Mas o caso da vacina é uma ironia tão profunda e tão pobre, tem que lutar para tomar.

Fonte: EMERGENTE COMO A GENTE | FEBRE AMARELA por Programa do Porchat