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Condromalacia patelar: A eficácia das joelheiras no tratamento

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Se você já deve ter visto por aí muita gente em parques, academia e até mesmo na rua usando uma joelheira enquanto fazem exercícios ou praticam esportes. E talvez você já tenha se perguntado por que eles estão usando essa joelheira e se ela realmente faz parte do tratamento da condromalácia.

Antes de mais nada, é importante entender o que é a condromalácia. Trata-se do amolecimento da cartilagem da patela, a região da frente do joelho. Essa lesão é muito comum, especialmente em pessoas que praticam esportes como corrida, e as mulheres são mais afetadas do que os homens. A condromalácia não acontece por acaso, está muito ligada à má qualidade do movimento do indivíduo durante a prática de atividades físicas. A anatomia da pessoa também pode desempenhar um papel, pois algumas pessoas têm uma anatomia que favorece o desgaste da cartilagem patelar.

O tratamento da condromalácia é multifatorial e multidisciplinar. Primeiro, é necessário identificar a origem do problema, seja ela anatômica, biomecânica ou um erro de treinamento. Em seguida, é preciso realizar um período de regeneração, durante o qual médicos e fisioterapeutas reduzem a dor e ativam a musculatura que estava sendo utilizada de forma inadequada. Dependendo do grau da condromalácia, também podem ser utilizados procedimentos como a aplicação de ácido hialurônico. Após essa fase de regeneração, é importante fortalecer a musculatura e, por fim, fazer uma transição para o esporte, preparando a pessoa para voltar a praticar atividades físicas de forma preventiva.

Agora, vamos falar sobre a joelheira. Durante a fase inicial de regeneração, quando o paciente está buscando alívio da dor, estabilidade e está promovendo a recuperação, a joelheira pode ser útil. Ao usar a joelheira, os receptores da pele dão feedback positivo ao cérebro, ajudando-o a entender o movimento que está sendo realizado. Além disso, a joelheira também ajuda a reduzir o ponto de pressão na cartilagem patelar, melhorando o contato com o fêmur e diminuindo a pressão.

No entanto, é importante ressaltar que o uso da joelheira deve ser limitado a um máximo de 2 a 3 meses. Após esse período, a musculatura começa a ficar “preguiçosa” e o paciente pode ficar dependente da joelheira. Portanto, é essencial desmamar o paciente do uso da joelheira para que ele recupere a confiança no movimento e possa progredir no fortalecimento e na melhoria da qualidade do movimento.

Quanto ao tipo de joelheira a ser utilizada, não é necessário gastar muito dinheiro em uma joelheira importada, com elástico, trava ou até mesmo com ímãs. Estudos mostram que basta ter o contato da pele com a joelheira para obter os benefícios mencionados acima. As joelheiras com um furo na frente são comuns no Brasil e são uma opção econômica e eficaz.

Por fim, é importante destacar que antes de utilizar uma joelheira ou fazer qualquer autodiagnóstico da condromalácia, é fundamental consultar um médico para um diagnóstico adequado. Consulte também um profissional de confiança, como um fisioterapeuta, para garantir que você esteja utilizando a joelheira da maneira correta e por um período adequado.

Espero que este texto tenha esclarecido suas dúvidas sobre o uso da joelheira no tratamento da condromalácia. Caso tenha mais perguntas, fique à vontade para deixá-las nos comentários. Não se esqueça de se inscrever no canal e curtir o vídeo. Até a próxima!

Fonte: Condromalacia patelar: usar joelheira funciona? por Dr. Adriano Leonardi