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Como tratar a bexiga preguiçosa: causas, sintomas e tratamentos

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Artigo sobre Bexiga Hiperativa

Olá, meu nome é João Antônio, sou médico urologista.
Este é mais um vídeo da série “Artigos que Bombaram no Meio”. Hoje, vamos conversar sobre a Bexiga Preguiçosa, ou Bixiga Hipoativa, e uma revisão que saiu no periódico Current Opinião Ignorou, que é caracterizado por revisões didáticas sobre temas na área de urologia.

Essa publicação de 2017 procurou avaliar as causas e fatores de risco da Bexiga Hiperativa. Desde 2002, a Bexiga Hiperativa é definida como uma redução na força que o músculo detrusor precisa para contrair, levando a um esvaziamento incompleto ou ausência de esvaziamento da bexiga. Essa condição aumenta com o envelhecimento.

Estudos epidemiológicos mostraram que, por volta dos 50 anos, 28% dos homens têm algum grau de bexiga hiperativa. Mas, com mais de 70 anos, 48% da população masculina apresenta alguma disfunção de perda de força dessa musculatura. Nas mulheres, essa proporção é um pouco menor, cerca de 13% das mulheres com mais de 65 anos têm bexiga hipoativa. Portanto, é importante ficarmos atentos a essa alteração.

Os sintomas da bexiga hiperativa são caracterizados por redução do fluxo urinário, pressão de micção, hesitação para urinar e esforço miccional. O paciente muitas vezes precisa fazer força e manobras para conseguir urinar. Além disso, apresentam outros sintomas como urgência para urinar, frequência urinária aumentada e até mesmo incontinência urinária.

Curiosamente, os sintomas da bexiga hiperativa são exatamente os mesmos da bexiga obstruída. No entanto, a obstrução causa perda de força na bexiga, enquanto na bexiga hiperativa a bexiga está muito forte, tentando vencer uma obstrução. Por isso, alguns autores dizem que a bexiga não é uma testemunha confiável.

De acordo com a ACS, o único método diagnóstico confiável para definir se um paciente tem bexiga hiperativa é o exame urodinâmico, que analisa o fluxo e a pressão urinária.

A revisão também discute as causas da bexiga hiperativa. Hoje, sabemos que existem três causas principais: causas desconhecidas, causas neurogênicas e lesões biogênicas. As causas desconhecidas parecem afetar cerca de 3% dos pacientes. As causas neurogênicas ocorrem devido a alterações nos nervos que controlam a bexiga, podendo ocorrer lesões na aferência e na eferência vesical. As lesões biogênicas afetam o próprio músculo detrusor, levando a uma redução na capacidade de contração.

Além disso, a revisão também menciona alguns fatores de risco para a bexiga hiperativa. O envelhecimento é um fator importante, uma vez que a bexiga do idoso sofre alterações na inervação autonômica, redução na relação de fibras musculares e tecido colágeno, e redução na sensibilidade vesical. Outros fatores de risco incluem alterações neurológicas, como AVC, Parkinson, esclerose múltipla, infecção pelo herpes genital e diabetes.

Em resumo, a bexiga hiperativa é uma condição comum que afeta tanto homens quanto mulheres, especialmente com o avanço da idade. É importante reconhecer os sintomas e realizar o diagnóstico correto através do exame urodinâmico. Além disso, é necessário investigar as possíveis causas e fatores de risco para um tratamento adequado.

Fonte: Bexiga Preguiçosa por Logica Urologica