Pular para o conteúdo

Cardiopatias Congênitas: Entenda o que são e suas causas

  • por
  • posts

Cardiopatias congênitas

Estamos aqui para ajudar no entendimento do que é a cardiopatia congênita. A cada 100 nascidos vivos, aproximadamente uma criança terá problemas cardiológicos. Dessas crianças, 20% terão problemas leves que muitas vezes serão corrigidos por fontanaporém. Os demais casos são graves e necessitam de um atendimento e acompanhamento de cardiologistas.

De modo geral, esse diagnóstico pode ser feito ainda no útero. Quando a paciente, a mãe gestante, faz um ultrassom morfológico e observa alguma alteração, o médico ginecologista pode orientar o paciente a realizar o ecocardiograma fetal. Também pode ser orientada a paciente que possui maior predisposição a ter cardiopatia congênita, como a mãe gestante com problema de diabetes ou que já tem outros casos na família de cardiopatias congênitas. Nesses casos, recomendamos que seja realizado, mesmo que a análise do ultrassom morfológico seja normal. Outra forma de diagnóstico da cardiopatia é no dia do nascimento. A criança irá apresentar alguns sintomas e sinais, como cianose, taquipneia (respiração ofegante e cansada) ou incapacidade de mamar. O médico pediatra que estiver acompanhando essa criança pode pensar em uma cardiopatia congênita.

Alguns bebês não apresentam sintomas e irão apresentar na semana seguinte. Porém, será possível diagnosticá-los antes de receber alta. A criança fará o teste do coraçãozinho, que é a leitura da saturação de oxigênio do membro superior e do membro inferior. Esse teste é simples, barato e pode ser facilmente realizado. Ele detecta cardiopatias complexas e evita que a criança desenvolva uma complicação posterior. O teste pode vir normal e a criança ter uma cardiopatia leve. Nesse caso, ela não terá prejuízos e receberá o diagnóstico posteriormente.

Agora vou explicar para vocês o que é a cardiopatia congênita. É uma malformação na estrutura do coração. Ele pode nascer com um defeito da parede do coração, com os vasos malformados, sem um conduto, com uma válvula defeituosa, entre outros. Essas malformações podem ter diferentes implicações. As mais comuns são a comunicação interatrial e interventricular. Mas existem outras complexas, como a transposição de grandes artérias, em que a criança não sobrevive se não tiver uma cirurgia logo ao nascer. São várias as cardiopatias e, se realizado um diagnóstico incorreto, existe um tratamento e um suporte à família.

Os sinais e sintomas da cardiopatia congênita podem ser percebidos pelos pais e familiares quando a criança tem dificuldade de mamar, apresenta sinais de cianose nos lábios ou, se chorar, não consegue acalmar e respira de forma rápida e ofegante. Se a mãe perceber algum desses sinais, é importante levar ao pediatra para ser avaliado. E principalmente, mesmo que a criança esteja bem, nas primeiras consultas do nascimento e na primeira semana de vida, é importante o acompanhamento do pediatra para um diagnóstico participativo.

No Hospital Infantil Albert Sabin, onde trabalhamos, temos uma equipe multidisciplinar que atende pacientes portadores de cardiopatia congênita. Sabemos que existem bons centros de referência no Brasil que abrigam uma equipe com suporte necessário para atender as crianças com alguma alteração cardíaca. A importância de detectar precocemente essas anomalias nas crianças e dar o recurso necessário para que elas possam ter uma sobrevida é essencial.

Aqui no nosso hospital, contamos com uma equipe de fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos e assistentes sociais que acompanham todo o processo da criança durante sua internação. Conseguimos dar um suporte muito grande para as famílias, que passam por um momento de bastante dificuldade. Muitas vezes, descobrem durante o período gestacional que seus bebês possuem algum tipo de cardiopatia. Acompanhamos eles durante todo o processo, desde a cirurgia até o momento em que podem levar seus bebês para casa.

Há aproximadamente oito anos, a instituição firmou uma parceria com uma equipe americana, o que veio a somar muito ao nosso trabalho e melhorar a qualidade da assistência às nossas crianças. Isso permitiu que elas tivessem uma maior sobrevida e que pudessem ir para casa com suas famílias, mesmo diante de uma situação mais complicada. Hoje em dia, vemos com maior alegria que essas crianças conseguem ter uma vida no convívio de suas famílias. A maioria delas acabava ficando presa dentro do hospital, mas agora conseguimos, com nosso trabalho e a parceria com os americanos, dar uma qualidade melhor para as nossas crianças, para que elas sobrevivam mais.

Fonte: Cardiopatias Congênitas: o que é isso? por Hospital de Base / Funfarme