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Câncer de colo de útero: sintomas, tratamentos e prevenção.

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Câncer de Colo do Útero

Boa tarde! É um grande prazer estar com vocês aqui no TV Mulher. Hoje falarei sobre o câncer de colo do útero, um assunto de grande importância, uma vez que aqui no Brasil o câncer de colo do útero é o segundo câncer mais frequente nas mulheres.

Os grupos de risco para desenvolver o câncer de colo do útero são principalmente as mulheres portadoras de infecção pelo papilomavírus ou HPV. Essa infecção é tão comum que a maioria das pessoas que já teve relação sexual, tanto homens como mulheres, possui ou terá o vírus em algum momento da vida. O papilomavírus pode permanecer como uma infecção latente sem ocasionar sintomas, mas ele está lá, sendo possível propagar o vírus com facilidade entre os parceiros sexuais. Vale mencionar que a infecção também ocorre com o contato genital oral.

Além da infecção pelo papilomavírus, alguns fatores estão relacionados ao câncer de colo do útero, como mulheres portadoras de doenças sexualmente transmissíveis, mulheres com baixa condição socioeconômica, mulheres com múltiplos parceiros sexuais, falta de higiene íntima, início da atividade sexual muito precoce, imunodepressão e o tabagismo. No caso do tabagismo, o risco está diretamente relacionado ao número de cigarros que a mulher fuma por dia. Ou seja, quanto maior o número de cigarros, maior o risco.

No caso das mulheres que têm câncer de colo do útero, pode não ocorrer nenhum tipo de sintoma, principalmente nas fases iniciais. Mas os sintomas quando surgem podem ser dor na região pélvica ou lombar, corrimento vaginal anormal, sangramento vaginal fora do período menstrual, sangramento vaginal após a menopausa, sangramento ou dor durante a relação sexual, intestino preso e sangramento na urina. No entanto, esses dois últimos sintomas costumam surgir nos casos mais avançados.

Quando examinamos uma paciente que tenha câncer no colo do útero, podemos notar um colo uterino anormal na aparência, com erosão ou uma massa tumoral que pode se estender para a vagina. O diagnóstico se baseia nos sintomas, no exame ginecológico e no exame de papanicolau, que é importante para identificar as mulheres assintomáticas contaminadas pelo papilomavírus e realizar o tratamento das lesões pré-cancerosas associadas a infecções persistentes, evitando que evoluam para o câncer de colo do útero.

O tratamento vai depender do estadiamento, ou seja, do quanto o câncer está espalhado no local e no corpo da mulher. Para isso, são realizados outros exames para avaliar as vias urinárias, pulmões e intestinos. O tratamento pode variar desde cirurgias mais conservadoras, onde se retira apenas a parte do colo do útero onde está o câncer, até cirurgias mais amplas, onde além do útero, são retiradas as trompas, parte superior da vagina e os gânglios da região.

Apesar de ser um câncer, existe uma prevenção altamente eficaz por meio de vacinas. A melhor faixa etária para vacinação é entre os 9 e 13 anos de idade, uma vez que a imunidade é melhor nessa faixa. No entanto, qualquer mulher sexualmente ativa deveria ser vacinada, mesmo que já tenha tido contato com o HPV. As vacinas protegem de novos tipos virais não adquiridos e também protegem de uma nova infecção no caso da mulher já ter perdido a imunidade natural.

A vacinação é composta de três doses, exceto para crianças imunodeprimidas que necessitam de três doses. A eficácia da vacina a longo prazo é segura e não necessita de dose de reforço pelo menos durante dez anos.

Em resumo, é importante realizar o exame de papanicolau periodicamente, pois há a possibilidade de diagnosticar e tratar lesões que poderiam se transformar em câncer no futuro. Além disso, a vacinação é uma forma efetiva de prevenção do câncer de colo do útero.

Espero que tenham entendido a importância desse assunto. Qualquer dúvida ou sugestão, por favor, enviem para o e-mail e da tela. Até a próxima semana no TV Mulher para conversarmos mais sobre a sua saúde. Uma ótima semana para todos. Shaw!

Fonte: CANCER DE COLO UTERINO por Marcia Silva