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Câncer de Bexiga: Diagnóstico, Tratamento e Cura – Guia do Uro-oncologista

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O câncer de bexiga: informações importantes

O câncer de bexiga é o terceiro tipo de câncer mais frequente no sistema urinário, tanto em homens como em mulheres. Ele fica atrás apenas do câncer de próstata e do câncer de rim. A incidência desse câncer é de aproximadamente um indivíduo a cada 100 mil habitantes, o que o torna relativamente raro.

No Brasil, estima-se que sejam diagnosticados entre 16 e 19 mil casos novos de câncer de bexiga a cada ano. Setenta por cento desses tumores são detectados na fase precoce, quando a doença ainda é superficial na bexiga. Os principais fatores de risco para o surgimento do câncer de bexiga são o tabagismo e a exposição ocupacional a derivados de petróleo, como o benzeno.

O câncer de bexiga na maioria das vezes é silencioso e é detectado por meio de exames de rotina, como ultrassom, realizados durante um check-up, por exemplo. No entanto, de 20 a 30% dos casos podem se apresentar como um sangramento na urina e desconforto ao urinar, além de emagrecimento e perda de apetite, que são sintomas raros.

Quando há suspeita da existência da lesão, geralmente realizamos um ultrassom ou tomografia que identifica um nódulo no órgão. O diagnóstico só pode ser confirmado por meio de um exame conhecido como cistoscopia, que consiste na introdução de uma microcâmera na uretra do paciente para filmar o interior da bexiga e fazer uma biópsia da lesão suspeita.

Esse procedimento de cistoscopia pode ser seguido de uma raspagem, conhecida como R.T.U., que é a retirada de fragmentos do tumor. O material é encaminhado para análise em laboratório, e o laudo fica pronto em cerca de quatro a cinco dias. É nesse momento que o diagnóstico pode ser confirmado ou não.

O tipo mais frequente de câncer de bexiga é o urothelial carcinoma. Além do tipo do tumor, é importante saber a profundidade da invasão da musculatura da bexiga, pois isso influencia no tratamento.

Quando o tumor ainda está na fase superficial, apenas na mucosa ou na camada gel, ele pode ser tratado com a raspagem e, em alguns casos, a aplicação de uma vacina chamada BCG dentro da bexiga. Já quando o tumor invade a camada muscular profunda, a remoção da bexiga é necessária, juntamente com a utilização da quimioterapia.

No estágio em que a doença já se disseminou para outros órgãos, ainda não há uma cura, mas existem medicações, como a quimioterapia e a imunoterapia, que controlam a doença e prolongam a expectativa de vida dos pacientes. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura de cada paciente.

O tratamento depende do estágio da doença, e pode variar desde a raspagem até a remoção completa da bexiga, ocorrendo a reconstrução do órgão em alguns casos. Existem basicamente duas técnicas utilizadas para a reconstrução da bexiga: a neo bexiga, que é um reservatório confeccionado com uma porção do intestino, e as derivações urinárias, que são desvios da urina para uma bolsinha instalada na pele do paciente.

Em resumo, o câncer de bexiga é uma doença que deve ser diagnosticada e tratada precocemente para aumentar as chances de cura. É essencial estar atento aos fatores de risco, realizar exames de rotina e buscar o tratamento adequado caso haja suspeita da doença. Se você tiver algum desses sintomas ou dúvidas, consulte seu médico para realizar os exames necessários e obter o tratamento adequado.

Espero que este vídeo tenha sido útil e informativo para você. Se tiver mais dúvidas ou quiser compartilhar sua experiência, deixe um comentário abaixo. Ficarei feliz em ajudar. Não se esqueça de se inscrever no nosso canal para receber mais informações sobre urologia e uro-oncologia. Obrigado pela sua atenção e até a próxima!

Fonte: Câncer de Bexiga Tem Cura. Entenda o Diagnóstico e Tipos de Tratamento. Uro- Oncologosta por Dr. Bruno Benigno – Urologista e Oncologista – SP