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Benefícios da imunoterapia no tratamento do câncer

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Nova terapia imunológica brasileira pode auxiliar no tratamento do câncer

Nesta edição, vamos falar sobre um medicamento que estimula o sistema imunológico e é capaz de auxiliar no tratamento do câncer. Esta é a grande novidade da imunoterapia brasileira desenvolvida na Unicamp.

O câncer é uma síndrome, um conjunto de doenças que caracterizam o que chamamos de câncer. Na verdade, existem várias causas que levam ao câncer, sendo os hábitos alimentares, estilo de vida, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e radiação os principais fatores. No entanto, todos esses fatores levam a um evento comum: a alteração do nosso código genético. Quando conseguimos adormecer essas células que tiveram alteração do nosso código genético, estamos caminhando para uma cura real. É importante ressaltar que a cura não significa erradicar todas as células tumorais, mas sim alcançar um estado de doença crônica controlada.

A pesquisa começou estudando o sistema imunológico e sua capacidade de auxiliar no tratamento do câncer. Com a fusão dos laboratórios de química e biologia dos institutos na universidade, foi possível desenvolver um medicamento que atua no sistema imunológico no combate aos tumores. Esse medicamento, que é uma nanoestrutura com tamanho reduzido, consegue penetrar facilmente nos tecidos e células, aumentando a eficiência e diminuindo a toxicidade. Ele atua de forma eficiente contra as células tumorais, oferecendo uma nova alternativa de tratamento.

Inicialmente, o medicamento foi testado no tratamento do câncer de bexiga, um dos tumores mais comuns no Brasil e no mundo. O tratamento padrão para o câncer de bexiga é a vacina BCG, que causa efeitos colaterais e tem uma taxa de recidiva alta, ou seja, o tumor volta após o tratamento. Nos casos de recidiva, a retirada total da bexiga é a única opção. No entanto, muitas vezes a cirurgia não é indicada devido à idade avançada dos pacientes. Foi então que surgiu a possibilidade de introduzir o novo medicamento desenvolvido na Unicamp.

Em parceria com o Hospital São Luiz de Paulínia, a Unicamp iniciou um estudo com pacientes que apresentavam câncer de bexiga recorrente após o tratamento com a vacina BCG. Os resultados foram promissores, com uma eficácia de cerca de 85% dos pacientes não apresentando recidiva ou progressão da doença. Além disso, os pacientes relataram uma melhora significativa na qualidade de vida, podendo retomar suas atividades normais e se livrando dos problemas causados pelo tratamento convencional.

Com base nesses resultados positivos, o estudo foi ampliado para outros tipos de câncer, como o câncer de intestino e o câncer de mama. Novamente, o medicamento mostrou-se eficaz, melhorando a resposta à quimioterapia e proporcionando uma estabilização da doença. Além disso, os pacientes relataram uma melhora na qualidade de vida, ganhando peso e se sentindo bem em geral.

Os resultados obtidos até agora são muito promissores e demonstram o potencial dessa nova terapia imunológica brasileira no tratamento do câncer. O desenvolvimento desse medicamento dentro de uma universidade pública é um marco para a ciência nacional, mostrando a importância do investimento na pesquisa e no desenvolvimento de novas terapias. É uma grande conquista tanto para a universidade quanto para a sociedade em geral.

Portanto, a terapia imunológica brasileira pode representar uma nova esperança para os pacientes com câncer, proporcionando uma alternativa mais eficaz e com menos efeitos colaterais. Com mais pesquisas e investimentos nessa área, esperamos que mais avanços sejam feitos e que a cura do câncer se torne uma realidade para um número cada vez maior de pessoas.

Fonte: Imunoterapia no tratamento de Câncer por Extensão e Cultura – Unicamp