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Antipsicóticos para demência: lista completa e informações essenciais.

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Antipsicóticos e Demência
Antipsicóticos, também conhecidos como neuroléticos, são substâncias medicamentosas que atuam como inibidores da agitação motora. São geralmente utilizados quando o paciente está agitado e agressivo. Além disso, também são utilizados quando o paciente apresenta delírios e alucinações com muita agitação. Existem diversos antipsicóticos disponíveis no mercado, alguns exemplos são: Flupoxamina, Haloperidol, Levomepromazina, Clorpromazina.
No entanto, é importante questionarmos se devemos sempre utilizar essas medicações e em que situações elas devem ser usadas. Para responder a essa pergunta, vamos considerar alguns relatos de pacientes.
Um paciente relata que não quer trocar de roupa e dona de casa fica triste por ele ficar com a mesma roupa o dia todo. Ele não consegue segurar o xixi e não sabe lidar com isso. Além disso, ele parece não gostar de tomar banho e trocar de roupa, o que é uma situação triste para a família, que precisa conviver com isso. No entanto, essa mesma família percebe que o paciente gosta de sair de casa e dar voltas na rua. Ele fica animado e feliz quando sai com eles. A relação entre familiares é de muito carinho e amor, a esposa faz o possível para reduzir a agressividade do paciente. Ela sorri e age de maneira afetuosa, evitando confrontos e situações que possam gerar agressividade. Mesmo com a demência, o paciente ainda consegue perceber o tom de voz e as expressões faciais, por isso é fundamental manter uma atitude positiva e carinhosa.
Outro relato envolve a esposa e a filha. A esposa relata que o paciente fica olhando para o espelho do quarto e dizendo que há outra pessoa lá dentro. Ele fala sobre crianças e adultos que o assediam. Essa situação gera muita confusão na cabeça do paciente, mas ele ainda consegue conversar com a repórter da TV. Existe uma senhora na casa deles que ele acredita ser uma pessoa nova que ele conheceu, mas na verdade é uma pessoa muito idosa. Nesse caso, a relação entre o casal é muito tumultuada, com histórico de infidelidade conjugal e desconfiança mútua. A demência torna ainda mais difícil lidar com esses problemas e muitas vezes é necessário o afastamento ou a intervenção de um cuidador para mediar a relação.
É importante ressaltar que cada caso é único e precisa ser avaliado individualmente. O uso de antipsicóticos é apenas uma das abordagens no tratamento da demência e deve ser discutida com um profissional de saúde. Além disso, é essencial oferecer um ambiente seguro e acolhedor para o paciente, promover atividades que estimulem o cérebro e buscar apoio psicológico tanto para o paciente quanto para os familiares.
Em resumo, o uso de antipsicóticos pode ser uma opção para o controle da agitação em pacientes com demência. No entanto, é fundamental avaliar cada situação individualmente e buscar uma abordagem multidisciplinar, que inclua não apenas o uso de medicação, mas também a promoção de um ambiente favorável e o suporte emocional para o paciente e sua família.
Fonte: 120 antipsicóticos e demência I de II. por SaúdeCiência