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Anemia falciforme: saiba mais com a Dra. Ana Carolina Doti, hematologista.

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Hoje vamos atender a pergunta de um espectador que viu sobre a questão da anemia falciforme. Temos a hematologista Carolina do Norte, Catanduva, interior de São Paulo, para responder. Muito obrigado a todos que enviaram perguntas.

A anemia falciforme é mais prevalente em indivíduos de origem negra da África, mas não é exclusiva dessa população. No Brasil, um país com grande miscigenação, pode ocorrer em qualquer pessoa, independente da raça. Os sintomas característicos dessa doença incluem fadiga, cansaço e dor generalizada. Esse tipo de anemia recebe o nome de “falciforme” devido ao formato das hemácias, que adquirem um formato semelhante a uma foice quando o indivíduo passa por situações de estresse ou mudança na circulação sanguínea. Essas hemácias têm dificuldade em circular pelos vasos sanguíneos, o que causa crises de anemia. As crises podem ocorrer em diversas partes do corpo, mas são mais comuns no abdômen e no tórax. Essas crises podem levar a complicações mais graves, incluindo o acidente vascular cerebral isquêmico.

O diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento possa ser iniciado o mais cedo possível. O teste do pezinho é uma ferramenta importante para o diagnóstico da anemia falciforme. Atualmente, esse teste é realizado em praticamente todos os recém-nascidos no Brasil. O tratamento da anemia falciforme é crônico e requer acompanhamento constante ao longo da vida. Existem medicamentos, como o ácido fólico, que auxiliam na produção de glóbulos vermelhos e ajudam a controlar os sintomas. Além disso, o transplante de medula óssea é uma possibilidade de cura, mas é utilizado apenas em casos graves e com riscos significativos.

Quando uma pessoa tem anemia falciforme, é importante que seus familiares também sejam testados, pois existe a possibilidade de que eles também tenham o traço da doença, mesmo que sejam assintomáticos. A anemia falciforme e as talassemias são doenças relacionadas à hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. A talassemia é mais comum em indivíduos de origem italiana, devido a uma mutação genética que ocorreu nessa população. No entanto, devido à miscigenação no Brasil, é possível encontrar casos de talassemia em qualquer pessoa. Verifica-se assim a importância de um diagnóstico precoce e do acompanhamento médico adequado.

Agradecemos a participação da hematologista Carolina e esperamos ter esclarecido as dúvidas sobre a anemia falciforme e as talassemias. O programa Simples Assim apoia a Unimed, cuidando de você.

Fonte: Anemia falciforme – Dra. Ana Carolina Doti, hematologista por Programa Simples Assim