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Adriana Carranca e o Oriente Médio

A jornalista e escritora fala sobre próximos projetos — entre eles um livro sobre Cristianismo e o Islã –e como começou seu interesse pelo Oriente Médio.

O programa e fala um pouco da sua vida agora posso unir mala então é bom esse livro era um foi um sonho mesmo é realizado eu tô escrevendo um outro livro agora adulto que é sobre o cristianismo e islã nos nossos tempos é um livro que eu venho pesquisando desde o afeganistão em 2008 foi a primeira vez que eu fui pro feminino estão é depois defender bom chute 44 vezes oito vezes entre a

Fronteira entre afeganistão e paquistão depois eu tive enfim no egito emirados indonésia é o maior país muçulmano no egito é o que concentra a universidade al azhar que é o centro o cérebro do islã está no egito e em outros países muçulmanos e e pesquisando também é sobre o cristianismo nessas regiões e eo islã e nos países predominantemente cristãos uma pesquisa que eu venho fazendo desde 2008 e tem o enfim ué faz um ou dois anos que eu comecei também é

Eu tinha eu antes relutavam muito em ir para outros lugares que não fossem no oriente médio no mundo muçulmano porque pra mim já foi era uma coisa tão grande assim o que eu acabei voltando tantas vezes que eu quero eu sempre volto com a sensação de que faltou saber alguma coisa de que eu não pesquisei sobre alguma coisa então eu quero voltar naquele lugar mas é faz uns dois anos é em 2013 o jornal me mandou para o congo porque hoje nós temos na quando a chefia

Das tropas de paz da onu na república democrática do congo a gente tem um general brasileiro general carlos alberto dos santos cruz então foi a minha primeira experiência na áfrica e agora eu fico querendo voltar à áfrica porque é um outro mundo é uma outra realidade é e e muda completamente a realidade país para país eu tive no congo tive depois em uganda tive no sudão é é a gente fala muito do terrorismo é muçulmano eu tive no uganda

No norte do uganda é entrevistei um braço direito do coni o cone eu não sei se as pessoas se lembram eram era o líder do exército da resistência do senhor ele é usava ele cometia várias atrocidades e ficou conhecido num um vídeo que se tornou viral na internet que falava sobre as amputações de crianças que ele sequestrava o exército dele e ele encontrava é na bíblia essas atrocidades a justificativa para essas atrocidades

Assim como hoje o estado islâmico diz encontrar no corão a justificativa para suas outras cidades obviamente que são leituras completamente equivocadas nos dois casos mas também foi uma coisa que me chocou bastante e se esse comandante que eu entrevistei ele passou ele ficou como braço direito com m durante dez anos depois é fugiu se arrependeu e tava é tentando resgatar as crianças que ele teve com mulheres seqüestradas por ele durante esses dez anos de guerrilha

Ele estava indo atrás dos tentando reencontrar os filhos pra ajudar os filhos e se redimir da dos pecados na última década o interesse surgiu por alguma razão especial foi acontecendo melhor é eu eu aqui eu comia muito é violência direitos humanos e questões femininas no brasil aqui antes de começar a viajar em 2005 ganhei uma bolsa para o preço da na em londres e ele foi muito bacana que o abriu assim

Muito a minha a minha cabeça ampliou meus horizontes porque nós éramos 60 pessoas 60 alunos de 46 países então é tinham muitas pessoas do oriente médio estudando ele foi uma experiência muito bacana e aí nas férias de primavera a dina quer uma egípcia que se tornou uma uma amiga muito próxima ela que é me convidou para ir para o egito com ela porque é a família tinha destacado três homens que com a idade para se casar também que eram

Pretendentes é pra ela e à família que iria apresentar porque achava que ela já era muçulmana ela já estava em idade de se casar então ela tinha que escolher o marido entre esses três pretendentes que a família tinha destacado para ela queria a opinião de uma amiga é então viajamos é é fomos para o egito a dina kean muçulmana que nos recebeu não na casa da família dela eu do brasil é nascida católica há uma uma filipina

Protestante e uma canadense judia é então nós somos as três amigas para ajudar de na escolheu marido e aquilo ficou muito na minha cabeça foi um divisor de águas na minha vida eu acho que na minha carreira também furou mas chegaram à conclusão aos 4 nós tínhamos um preferido porque eles eles ficam cortejando as amigas também é porque como eles querem convencer até é o que importa a opinião das amigas da família então eles nos levavam pra mim

Era muito engraçado que os três estavam disputando o que eles faziam mais para agradar a gente então a gente saiu de lá cheio de presentes a sereia todos até a dina e as amigas nós acordávamos de manhã na casa da dinda tinha flores na porta eles mandavam para as amigas também não é só andar de barco no nilo jantar em restaurantes eles queriam eles ficam e mostrando é que são bons homens e mostrando posse também então a gente

Tinha um que a gente gostou mais e o pai da dina falava assim vocês somos interesseiras vocês gostaram dele porque ele deu os presentes mais bonitos porque ele enfim mas no fim a dina não casou com nenhum dos três ela casou com um outro rapaz que ela conheceu num sambão lembra de você ser né no nono aniversário dela ela queria que eu levasse um sambão lá em londres nós

Fomos numa casa chamada guanabara ela conheceu o marido lá e depois aqui a família aprovou ela e depois eu voltei no egito para o casamento dela mas é aquela experiência marcou muito a minha vida porque todos os dias nós voltávamos para casa e as quatro conversando no quarto né uma católica não praticante uma protestante uma judia e uma muçulmana e nós éramos só quatro meninas conversando sobre a mesma coisa que meninas do mundo inteiro conversa não

Tinha nenhuma nenhum sinal de hostilidade de diferenças de divisões né não tinha não se falava em religião ali ninguém era é nós eram só quatro amigas aquilo com muito na minha cabeça 1 como a amizade é capaz de derrubar barreiras outras quaisquer ea outra que provavelmente a imagem que a gente tinha do oriente médio não estava realmente é fiel ao que é de verdade porque também muitas vezes o jornalista quando ele vai cobrir essas regiões é o foco é muito na

Estratégia militar na questão política né e as religiões são muito usadas pela política comum ferramenta de opressão ou para conseguir uma vantagem o outro apoio da população e santos então eu passei a a viajar mas o meu interesse quando viaja é a população civil é é entrar na casa das pessoas a saber como as pessoas vivem na e acho que isso é uma tina suzuki lado a companhia das letras me falou isso uma vez que

Existe uma crise também assim quem cobre como eu como jornalista assuntos internacionais quando o mundo está caindo a sua volta à sua volta né como lava jato é com um chacina aqui no brasil eu sempre fico assim com essa crise de consciência é puxa eu toco escrevendo sobre histórias lá fora com tanta coisa ruim acontecendo aqui e uma vez a dividir isso com batinas lado a companhia das letras e ele disse é

Adriana conhecer histórias do mundo amplia nossos horizontes e nos faz questionar os próprios problemas então é isso que eu tenho em mente quando eu viajo é trazer histórias que nos ajudem a refletir sobre os nossos problemas e soluções também possibilidades né que nos tragam esperança ou que o que nos jogos nessas histórias não são muito diferentes das histórias que nós vivemos aqui não haverá uma unidade que é controlada pelo

Tráfico a vida comparável essa é constituição da liberdade é exato e é isso a tomá-la ou podia ser qualquer criança brasileira que vive numa comunidade violenta enquanto as escolas não fecham quando tem tiroteio né então tem muitos paralelos eu sempre falo que a mãe uma mãe que perde um filho em gaza senti a mesma dor do que a mãe que perde um filho aqui no brasil na então é são essas que são esses paralelos que eu

Tento trazer quando eu viajo