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Voluven 6%

  • • Primeiros socorros em acidentes;
  • • Intervenções cirúrgicas ou traumatológicas;
  • • Tratamento clínico generalizado;
  • • Terapia intensiva;
  • • Hemodiluição normovolêmica aguda (auto-transfusão) em
    intervenções cirúrgicas.

Além disso, o Voluven também é indicado para hemodiluição
utilizada em distúrbios circulatórios ontogênicos (proveniente de
transformação biológica sofrida pelo indivíduo) e plaquetários.

Contraindicação do Voluven 6%

Voluven é contraindicado em casos de:

  • sepse;
  • doença hepática grave;
  • na necessidade de hiper-hidratação;
  • pacientes que não suportariam sobrecarga de volume ou em maior
    risco de retenção hídrica, dentre eles, pacientes com insuficiência
    renal com oligúria ou anúria não relacionadas à hipovolemia,
    cardiopatas e pneumopatas
  • pacientes em diálise;
  • pacientes com distúrbios hidro-eletrolíticos que favoreçam a
    retenção hídrica como hipernatremia grave ou hipercloremia
    grave;
  • pacientes em risco aumentado de apresentarem sangramento
    clinicamente importante, incluindo sangramento intracraniano;
  • pacientes com distúrbios de coagulação ou sangramento
    pré-existentes;
  • hipersensibilidade conhecida a amidos.

Como usar o Voluven 6%

Antes da preparação:

A solução de Voluven é de uso intravenoso e deve ser
administrada sob orientação médica, assepticamente, conforme a
necessidade de cada paciente Após a abertura do recipiente a
solução deve ser administrada imediatamente. O conteúdo não
utilizado deve ser descartado. A interrupção precoce do tratamento
pode gerar instabilidade hemodinâmica no paciente Voluven não
deve ser utilizado como veículo de drogas.

A solução somente deve ter uso intravenoso e individualizado.
A dosagem deve ser determinada por um médico e é dependente da
idade, do peso das condições clínicas do paciente e das
determinações em laboratório. A dosagem recomendada deve ser
obedecida, pois a hemodiluição exagerada pode acarretar em reações
indesejáveis.

Precauções do Voluven 6%

A sobrecarga de fluidos decorrente de superdosagem deve ser
evitada. A dosagem deve ser cuidadosamente ajustada,
particularmente em pacientes com insuficiência cardíaca e/ou
pulmonar, pelo risco aumentado de hiperidratação nesses
pacientes.

Assim como para todas as soluções para reposição volêmica
contendo amido hidroxietílico, cuidado especial deve ter tomado
para pacientes em estado crítico e em pacientes com insuficiência
renal ou com risco de insuficiência renal. A indicação para
reposição volêmica com amido hidroxietílico deve ser cuidadosamente
considerada e monitoramento hemodinâmico é requerido para controle
de dose e volume.

Devem ser assegurados o fornecimento adequado de fluidos e os
níveis séricos de eletrólitos; o balanço de fluidos e a função
renal devem ser monitorados, especialmente nos casos de um nível de
creatinina sérica de 1.2 mg/dl (106 micromol/l).

Pacientes com desidratação grave devem primeiro receber soluções
eletrolíticas por via intravenosa.

Deve-se ter cuidado especial em pacientes com insuficiência
hepática e com alterações graves na coagulação sanguínea,
particularmente hemofilia e doença de Von Willebrand.

Testes de compatibilidade sangüínea e provas cruzadas devem ser
realizadas com amostras de sangue retiradas previamente à
administração de grandes volumes de soluções contendo amidos, pois
pode haver interferência nos resultados dos testes
imuno-hematológicos.

Em casos de administração repetida, parâmetros de coagulação
sanguinea, especialmente tempo de sangramento e tempo de
tromboplastina parcial ativado (aPTT, INR), deve-se monitorar
cuidadosamente.
Hemodiluição aguda resultante de altas doses de solução de amido
hidroxietílico também deve ser evitados no tratamento de pacientes
hipovolêmicos.

Devido à possibilidade de reações alérgicas (anafilática e
anafilactóide), faz-se necessário adequada monitoração de
pacientes, e uma taxa de infusão baixa no início da infusão.

Hidroxietilamido (substância ativa) deve ser utilizado em
crianças menores de 12 anos somente após uma cuidadosa análise
risco versus benefício e com precauções adequadas.

Todos os estudos toxicológicos mostram que Hidroxietilamido
(substância ativa) é um substituto de volume com grau de toxicidade
muito baixo. Administração intravenosa de HES em camundongos, ratos
e coelhos produziram valores de DL50 que sugerem baixa
toxicidade.

Não há evidência de reações graves de toxicidade nas doses
clínicas usuais.

Os principais sintomas de toxicidade subaguda observados após a
administração intravenosa de soluções de HES por um a três meses
foram devidos à sobrecarga de fluidos mantida nos animais.

Não use se houver turvação, depósito ou violação do recipiente.
Não utilizar o produto após a data de vencimento.

Considerar os riscos e benefícios do tratamento, de forma
individualizada para cada paciente.

Pacientes Idosos

Pacientes idosos com hipovolemia deve ser cuidadosamente
monitorado, e a dosagem deve ser adaptada, a fim de evitar
complicações cardiocirculatórias e falha na função renal.

Gravidez e Aleitamento

Não existem dados disponíveis quanto à segurança de
Hidroxietilamido (substância ativa) no tratamento de mulheres
grávidas. Hidroxietilamido (substância ativa) não foi testado em
estudos de toxicologia reprodutiva em animais. No entanto, estudos
com produtos similares revelaram a ocorrência de hemorragias
vaginais e efeitos teratogênicos e embriotóxicos após tratamentos
repetidos em animais de laboratório.

As reações anafiláticas relacionadas com o emprego de HES no
tratamento da mulher grávida podem ter efeitos nocivos sobre o
feto.

Hidroxietilamido (substância ativa) só deve ser utilizado na
mulher grávida se os benefícios antecipáveis prevalecerem ao risco
potencial para o feto; isto deve ser considerado principalmente
quando a administração de Hidroxietilamido (substância ativa) é
planejada nos três primeiros meses da gravidez.

Uma vez que se desconhece se o amido modificado que constitui o
princípio ativo de Hidroxietilamido (substância ativa) é excretado
através do leite materno, a administração do medicamento à mãe em
fase de aleitamento deve ser encarada com precaução. Pode ser
considerada a interrupção temporária do aleitamento materno.

Categoria de risco na gravidez categoria
C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Reações Adversas do Voluven 6%

A reações adversas foram classificadas numa escala de
tipo e freqüência utilizando a seguinte convenção:

  • Muito comum (gt;1/10);
  • Comum (gt;1/100, lt;1/10);
  • Incomum (gt;1/1.000, lt;1/100);
  • Rara (gt;1/10.000, lt;1/1.000);
  • Muito rara (lt;1/10.000);
  • Não-conhecida (não podem ser estimados a partir de dados
    clínicos).

As reações adversas mais freqüentes relatadas estão diretamente
relacionadas com os efeitos terapêuticos das soluções de amido e as
doses administradas, isto é, hemodiluição resultante da expansão do
espaço intravascular sem a administração concomitante de
componentes sangüíneos. Também pode ocorrer diluição dos fatores de
coagulação.

Reações anafiláticas

Reações anafiláticas de intensidades variadas podem ocorrer após
a administração de amido hidroxietílico.

Não existem testes que possam prever a ocorrência de uma reação
anafilática, tampouco sua gravidade e resultado caso ocorram.
Portanto os pacientes recebendo infusões de amido devem ser
monitorados cuidadosamente quanto ao surgimento de quaisquer sinais
e sintomas de reações anafiláticas. No caso de ocorrer uma reação
anafilática a infusão deve ser imediatamente interrompida e
instituído o tratamento habitual de emergência. O uso profilático
de corticosteróides não foi comprovado eficaz.

Reações de hipersensibilidade não são dose-dependentes.

Reação muito comum (gt;1/10)

Alterações no sangue e no sistema linfático

Como resultado da hemodiluição, redução nos valores de
hematócrito e diminuição nas concentrações das proteínas
plasmáticas.

Investigações

A infusão de amido hidroxietílico produz um aumento nas
concentrações séricas de alfa-amilase. Este efeito é o resultado da
formação de um complexo entre a amilase e o amido hidroxietílico,
com uma eliminação renal e extra renal atrasada. Este efeito não
deve ser confundido ou mal interpretado como evidência de uma
alteração pancreática.

Reação comum (gt;1/100, lt;1/10)

Alterações no sangue e no sistema linfático

Elevadas doses de amido hidroxietílico causam diluição dos
fatores de coagulação e podem, portanto afetar a coagulação
sangüínea. O tempo de coagulação e a aPTT podem ser aumentados,
enquanto que os níveis do complexo FVIII/vWF podem ser reduzidos,
após a administração de doses elevadas.

Reação incomum (gt;1/1.000, lt;1/100)

Alterações de âmbito geral e condições no local de
administração

Infusões repetidas de HES durante vários dias, particularmente
quando se atingem doses cumulativas elevadas, podem comumente
provocar o surgimento de prurido, que responde muito fracamente à
terapia. Este prurido pode ocorrer várias semanas após
descontinuação das infusões de amido e pode persistir durante
meses. No entanto, a probabilidade da ocorrência deste efeito
adverso não se encontra especificamente estudada no caso de
Hidroxietilamido (substância ativa).

Reação rara (gt;1/10.000, lt;1/1.000)

Alterações no sistema imunológico

Reações anafiláticas de diferentes intensidades. Para mais
detalhes ver abaixo “Reações anafiláticas”.

Não-conhecida (não podem ser estimados a partir de dados
disponíveis)

Insuficiência renal ou falha renal foram associadas com o uso de
soluções de amido hidroxietílico em pacientes em estado
crítico.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Composição do Voluven 6%

Cada 1000 mL contém: hidroxietilamido 60 g (6%) água para
injetáveis q s p 1000 mL Excipientes: cloreto de sódio, ácido
clorídrico, hidróxido de sódio e água para injetáveis Conteúdo
eletrolítico: Na+ 154 mEq/L Cl- 154 mEq/L Osmolaridade 308 mOsm/L
Valor de pH 4,0 a 5,0

Interação Medicamentosa do Voluven 6%

O uso concomitante de Hidroxietilamido (substância ativa) pode
aumentar o tempo de coagulação em pacientes tratados com heparina
ou com anticoagulantes orais.

O uso concomitante de Hidroxietilamido (substância ativa) com
medicamentos com potencial nefrotóxico, por exemplo, antibióticos
aminoglicosídeos agentes de contraste podem potencializar o efeito
adverso nos rins. Portanto, a coadministração prolongada de tais
drogas devem ser evitada.

Como o produto contém eletrólitos, deve ser avaliada a
administração de produtos que possam causam retenção de sódio.

Não são conhecidas interações com outras drogas ou produtos
nutricionais até esta data.

Na ausência de estudos de compatibilidade, não se recomenda a
administração concomitante de Hidroxietilamido (substância ativa)
com outras drogas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use o medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Não existem dados disponíveis que demonstrem que o produto
influencie a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

Ação da Substância Voluven 6%

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Hidroxietilamido (substância ativa), é um substituto coloidal do
volume plasmático que contém 6% de amido hidroxietílico (HES) com
peso molecular médio de 130.000 Dalton e substituição molar de
0,42, numa solução salina normal (cloreto de sódio 9 mg/mL).

O amido hidroxietílico utilizado na obtenção de Hidroxietilamido
(substância ativa) é um polímero de glicose originário da
amilopectina existente na batata. O amido natural é modificado
sinteticamente através da hidroxietilação nos carbonos 2 e 6 das
moléculas de glicose do polímero. O número de glicoses modificadas
no polímero é traduzido pelo grau de substituição molar e a
relação entre os carbonos 2 e 6 substituídos é chamada de relação
C2/C6.

Estes parâmetros definem conjuntamente, o grau de rapidez com a
qual o amido é metabolizado e, conseqüentemente sua duração
intravascular e facilidade de eliminação. No caso do
Hidroxietilamido (substância ativa), o grau de substituição molar é
de 0,42 e a relação C2/C6 é 6:1, o que caracteriza como molécula
balanceada, de peso molecular médio e eliminação rápida.

A solução de Hidroxietilamido (substância ativa) é isooncótica,
ou seja, o efeito do volume plasmático intravascular é equivalente
ao volume infundido.

A duração do efeito do aporte de volume depende primariamente da
substituição molar e em menor extensão no peso molecular médio. A
hidrólise intravascular dos polímeros de HES resulta na liberação
contínua de pequenas moléculas que são também oncoticamente ativas,
antes de serem excretadas por via renal.

A hemodiluição com Hidroxietilamido (substância ativa) pode
reduzir o hematócrito e a viscosidade plasmática. Após a
hemodiluição isovolêmica, os efeitos resultantes da expansão de
volume são mantidos durante, pelo menos, 4-9 horas.

Hidroxietilamido (substância ativa) também apresenta um efeito
na microcirculação por alterar as características de fluxo do
sangue.

Segurança e eficácia clínica

Em estudos clínicos utilizando diferentes tipos de amido
hidroxietílico em pacientes com sepse severa ou choque séptico o
resultado indica um aumento na mortalidade.

Efeitos adversos na função renal em pacientes em estado
crítico

No estudo CHEST de terapia de reposição-renal randomizado e
controlado foram utilizados 235 de 3352 pacientes (7.0%) no grupo
de amido hidroetílico e 196 de 3375 (5.8%) no grupo salino (risco
relativo, 1.21; 95% CI, 1.00 para 1.45). Em outros estudos
controlados randomizados usando diferentes tipos de amido
hidroxietilico em pacientes com sepse severa ou choque séptico os
resultados indicam um aumento nos efeitos adversos na função renal
relacionados ao tratamento com o produto (ver contraindicações)

Propriedades Farmacocinéticas

Após a perfusão as macromoléculas de amido hidroxietílico são
continuamente clivadas pela alfa-amilase plasmática de forma a
originarem moléculas de baixo peso molecular oncoticamente ativas.
Logo que o peso molecular ou o tamanho destas moléculas se situe
abaixo do lúmen renal, estas partículas são eliminadas pela urina
após filtração glomerular.

O amido hidroxietílico forma um complexo de farmacocinética não
linear que depende em parte do volume perfundido, da taxa de
perfusão e do modo de administração (perfusão normovolêmica versus
hipervolêmica).

Após uma perfusão única de 1000 mL de Hidroxietilamido
(substância ativa), a taxa de depuração plasmática é de 19 mL /min
e a AUC é de 58 mg/mL/h e a meia-vida plasmática é de 4-5
horas.

Farmacocinética em pacientes com insuficiência renal. Em
pacientes com disfunção renal severa ou moderada somente um leve
aumento da AUC e uma ligeira diminuição na excreção urinária foram
relatadas. Da dose de amido hidroxietílico administrada em
pacientes com CLcr ≥30 ml/min 59% foram detectados na urina e 51%
foram detectados naqueles com insuficiência renal severa e um CLcr
de 15 a lt;30 ml/min.

Dados de segurança pré-clínica

Hidroxietilamido (substância ativa) não foi estudado em ensaios
de toxicologia animal. Os estudos publicados sobre toxicologia
animal com relação a administrações repetidas de tratamento
hipervolêmico com fármacos similares ao HES revelaram sintomas como
hemorragias e histiocitose extensa (acumulação de histiócitos
vacuolizados / macrófagos) em vários órgãos, acompanhados de
aumento de peso do fígado, rins e baço. Também foram relatados
depósitos de lipídeos e vacuolização de órgãos, associados a níveis
plasmáticos elevados de ASAT (aspartato aminotransferase) e de ALAT
(alanina aminotransferase). Foi sugerido que alguns dos efeitos
descritos são devidos a hemodiluição, a sobrecarga circulatória e a
recaptação e acumulação de amido nas células fagocíticas.

Produtos similares ao HES têm sido descritos como não
genotóxicos em testes padronizados para demonstração deste
parâmetro. Os estudos de toxicidade reprodutiva não evidenciaram
quaisquer indícios de teratogenicidade. No entanto, foram relatadas
hemorragias vaginais e efeitos embriotóxicos após administrações
repetidas em animais de laboratório.

Cuidados de Armazenamento do Voluven 6%

Conservar em temperatura ambiente (15°C – 30°C) Número de lote e
datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento
com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original
Após abertura do recipiente, a solução deve ser administrada
imediatamente. O conteúdo não utilizado deve ser descartado.

Características físicas e organolépticas: solução límpida,
levemente amarelada, inodora e livre de evidência visível de
contaminação.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de
crianças.

Voluven-6, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.