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Triatec

  • Pressão alta;
  • Insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração
    efetuar as suas funções de forma adequada);
  • Redução da mortalidade em pacientes pós-ataque cardíaco;
  • Tratamento de doença no glomérulo renal (parte do rim)
    manifesta e doença no rim incipiente, em pacientes diabéticos ou
    não-diabéticos;
  • Prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença
    cardiovascular e redução da necessidade de realização de cirurgia
    para melhorar a irrigação do sangue do coração, em pacientes com
    alto risco cardiovascular, como doenças relacionadas às veias ou
    artérias do coração manifesta (com ou sem antecedentes de ataque
    cardíaco), caso anterior de derrame ou de doenças circulatórias
    abaixo do pescoço;
  • Prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença
    coração, em pacientes diabéticos;
  • Prevenção da progressão de microalbuminúria (pequenas
    quantidades de proteína na urina) e doença no rim manifesta.

Como o Triatec funciona?

Triatec é um anti-hipertensivo que promove a queda dos níveis
elevados da pressão arterial e também promove outros efeitos
protetores no sistema do coração e circulatório. Os efeitos de
ramipril são atribuídos principalmente à inibição da enzima
conversora de angiotensina [ECA (substância do corpo humano)].

Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo
torna-se aparente após 1 ou 2 horas da administração oral de dose
única, sendo que o efeito máximo é alcançado 3 a 6 horas após essa
administração. A duração do efeito antihipertensivo de uma dose
única é geralmente de 24 horas.

O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua
de ramipril é geralmente observado após 3 a 4 semanas. Foi
demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é sustentado em
tratamentos prolongados durante dois anos.

Contraindicação do Triatec

Triatec não deve ser utilizado nos seguintes casos:

  • Possuir alergia ao ramipril, a qualquer outro inibidor da ECA
    ou a qualquer um dos componentes da formulação;
  • Possuir histórico de angioedema (inchaço em região subcutânea
    ou em mucosas);
  • Possuir estreitamento na artéria do rim hemodinamicamente
    relevante (importante para a circulação sanguínea) bilateral ou
    unilateral, quando possuir apenas um rim;
  • Possuir quadro de pressão arterial baixa ou instável;
  • Em pacientes com diabetes ou com alteração moderada a severa
    (clearance (eliminação) de creatinina lt; 60mL/min) da função dos
    rins que utilizam medicamentos com alisquireno;
  • Em pacientes com nefropatia diabética (doença renal secundária
    ao diabetes) que utilizam um antagonista do receptor de
    angiotensina II (ARAII);
  • Durante a gravidez.

Como usar o Triatec

Triatec deve ser ingerido sem ser mastigado ou amassado, e com
uma quantidade suficiente de líquido (aproximadamente, meio copo de
água). Triatec pode ser ingerido antes, durante ou após as
refeições, visto que sua absorção não é significativamente afetada
por alimentos.

Posologia

A posologia é baseada no efeito desejado e na tolerabilidade dos
pacientes ao medicamento. O tratamento com Triatec é geralmente a
longo prazo. A duração do tratamento é determinada pelo médico em
cada caso.

Tratamento da pressão arterial alta

Recomenda-se que Triatec seja administrado uma vez ao dia,
iniciando-se com uma dose de 2,5 mg e, se necessário e dependendo
da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada para 5 mg em
intervalos de 2 a 3 semanas. A dose usual de manutenção é de 2,5 a
5 mg de Triatec diariamente. A dose máxima diária permitida é de 10
mg.

Ao invés de se aumentar a dose de Triatec acima de 5 mg por dia,
pode-se considerar a administração adicional de um diurético ou de
um antagonista de cálcio.

Tratamento da insuficiência cardíaca
congestiva

A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de Triatec, uma vez ao
dia. Dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada.
Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos
de 1 a 2 semanas. Se a dose diária de 2,5 mg ou mais de Triatec é
necessária, esta pode ser administrada em tomada única ou dividida
em duas tomadas. A dose máxima diária permitida é de 10 mg de
Triatec.

Tratamento após ataque cardíaco

A dose inicial recomendada é de 5 mg de Triatec diariamente,
dividida em duas administrações de 2,5 mg: uma pela manhã e outra à
noite. Se o paciente não tolerar esta dose inicial, recomenda-se
que a dose de 1,25 mg seja administrada duas vezes ao dia, durante
dois dias.

Nos dois casos, dependendo da resposta do paciente, a dose
poderá, então, ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se
aumentada, seja dobrada em intervalos de 1 a 3 dias.

Numa fase posterior, a dose diária total, inicialmente dividida,
poderá ser administrada como tomada única diária.

A dose máxima diária permitida é de 10 mg de Triatec.

A experiência no tratamento de pacientes com insuficiência
severa do coração (NYHA IV) imediatamente após ataque cardíaco
ainda é insuficiente. Se mesmo assim a decisão tomada for tratar
estes pacientes, recomenda-se que a terapia seja iniciada com a
menor dose diária possível, ou seja, 1,25 mg de Triatec, uma vez ao
dia, e que a dose seja aumentada somente sob cuidados
especiais.

Tratamento de nefropatia (doença no rim) glomerular
manifesta e nefropatia incipiente

A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de Triatec uma vez ao
dia Dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada.
Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos
de 2 a 3 semanas.

A dose máxima permitida é de 5 mg ao dia.

Doses acima de 5 mg de Triatec uma vez ao dia não foram
avaliadas adequadamente em estudos clínicos controlados.

Prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por
doença cardiovascular e redução da necessidade de realização de
cirurgia para melhorar a irrigação do sangue do coração em
pacientes com alto risco cardiovascular; prevenção de ataque
cardíaco, derrame ou morte por doença cardiovascular em pacientes
diabéticos ou prevenção da progressão de microalbuminúria e doença
do rim manifesta

Recomenda-se a administração de uma dose inicial de 2,5 mg de
ramipril (Triatec 2,5 mg) uma vez ao dia. A dose deve ser
gradualmente aumentada, dependendo da tolerabilidade do paciente.
Após uma semana de tratamento, recomenda-se duplicar a dose para 5
mg de ramipril (Triatec 5 mg). Após outras três semanas, aumentar a
dose para 10 mg de ramipril uma vez ao dia.

  • – Dose usual de manutenção:

    10 mg/dia de Triatec.

Doses acima de 10 mg de Triatec uma vez ao dia não foram
adequadamente avaliadas em estudos clínicos controlados.

Pacientes com insuficiência severa dos rins não foram
adequadamente avaliados.

Risco de uso por via de administração não
recomendada

Não há estudos dos efeitos de Triatec administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral,
conforme recomendado pelo médico.

Posologia em populações especiais

Em pacientes com alteração da função dos rins, a dose inicial é
geralmente de 1,25 mg de Triatec . A dose diária máxima permitida
nesses pacientes é de 5 mg de Triatec.

Quando a deficiência de sal ou líquidos não for completamente
corrigida, em pacientes com pressão arterial alta severa, assim
como em pacientes nos quais um quadro de pressão arterial baixa
constituiria um risco particular (por ex.: estreitamento relevante
de artérias coronarianas ou cerebrais), uma dose inicial diária
reduzida de 1,25 mg de Triatec deve ser considerada.

Em pacientes tratados previamente com diuréticos, deve se
descontinuar o diurético, no mínimo, 2 a 3 dias ou mais (dependendo
da duração da ação do diurético) antes de se iniciar o tratamento
com Triatec ou que seja, pelo menos, reduzida gradativamente à dose
do diurético. Geralmente, a dose inicial em pacientes tratados
previamente com um diurético é de 1,25 mg de Triatec.

Em pacientes com insuficiência do fígado, a resposta ao
tratamento com Triatec pode estar tanto aumentada quanto diminuída.
O tratamento com Triatec em tais pacientes deverá, portanto, ser
iniciado somente sob rigorosa supervisão médica. A dose máxima
diária permitida nesses pacientes é de 2,5 mg de Triatec.

Em pacientes idosos, uma dose diária inicial reduzida de 1,25 mg
de Triatec deve ser considerada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

Este medicamento não deve ser mastigado


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Triatec?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Triatec

O tratamento com Triatec requer acompanhamento médico
regular.

Duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)

Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona por
combinação de Triatec com um antagonista do receptor de
angiotensina II (ARAII) ou com alisquireno não é recomendado tendo
em vista que há um risco de aumento da hipotensão (pressão baixa),
hipercalemia (nível elevado de potássio no sangue) e alterações da
função dos rins comparadas com a monoterapia.

O uso de Triatec em combinação com alisquireno é contraindicado
em pacientes com diabetes mellitus ou com insuficiência renal
(clearance de creatinina lt; 60 mL/min). O uso de Triatec em
combinação com um ARAII é contraindicado em pacientes com
nefropatia diabética.

Monitorização da função dos rins

Recomenda-se monitorização da função dos rins, principalmente
nas primeiras semanas de tratamento com um inibidor da enzima
conversora de angiotensina (ECA). Uma monitorização cuidadosa é
particularmente necessária em pacientes com:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Doença vascular renal, incluindo pacientes com estenose
    unilateral (obstrução de um dos lados) de artéria renal
    hemodinamicamente relevante. Neste grupo de pacientes, mesmo um
    pequeno aumento da creatinina no sangue pode ser indicativo de
    perda unilateral da função dos rins;
  • Alteração da função dos rins;
  • Transplante renal.

Monitorização eletrolítica

Recomenda-se monitorização regular do potássio e sódio no
sangue. Em pacientes com alteração da função dos rins, é necessária
monitorização mais frequente do potássio no sangue.

Monitorização hematológica

A contagem de leucócitos deve ser monitorizada para detectar uma
possível leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue).
Avaliações mais frequentes são recomendadas na fase inicial do
tratamento, em pacientes com alteração da função dos rins, naqueles
com doença de colágeno (por exemplo: lúpus eritematoso ou
esclerodermia) concomitante ou naqueles tratados com outros
medicamentos que podem causar alterações no perfil
hematológico.

Advertências

Angioedema de cabeça, pescoço ou
extremidades

Caso ocorra o desenvolvimento de angioedema (inchaço que pode
envolver os lábios, a língua, glote ou laringe) durante o
tratamento com TRIATEC, ou outros inibidores da ECA, o mesmo deve
ser interrompido imediatamente e o médico contatado.

Angioedema intestinal

Angioedema intestinal tem sido relatado em pacientes tratados
com inibidores da ECA. Esses pacientes se apresentaram com dor
abdominal (com ou sem enjoo ou vômito); em alguns casos também
ocorreram angioedema facial. Os sintomas de angioedema intestinal
foram resolvidos após a interrupção da administração de inibidores
da ECA.

Não existem dados suficientes disponíveis sobre o uso de Triatec
em crianças, pacientes com insuficiência severa dos rins e
pacientes sob diálise (tratamento que visa repor as funções dos
rins).

Triatec não representa um tratamento de escolha para
hiperaldosteronismo primário (doença onde ocorre produção excessiva
de aldosterona pelas glândulas suprarrenais).

Reações Adversas do Triatec

Como Triatec é um anti-hipertensivo, muitas das reações adversas
são efeitos secundários à ação de redução da pressão arterial, que
resulta na contrarregulação adrenérgica (suor excessivo, pele úmida
e fria, ansiedade, aceleração do ritmo cardíaco e palpitação) ou
hipoperfusão nos órgãos (diminuição de sangue nos órgãos).
Numerosos outros efeitos (por exemplo: efeitos sobre o balanço
eletrolítico, certas reações alérgicas graves ou reações
inflamatórias das membranas mucosas) são causados pela inibição da
ECA ou por outras ações farmacológicas comuns a esta classe de
fármacos.

A frequência de reações adversas é definida pela seguinte
convenção:

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).

Dentro da frequência de cada grupamento, os efeitos indesejáveis
estão descritos em ordem decrescente de gravidade.

Distúrbios cardíacos

  • – Incomum

    : isquemia (falta de oxigenação) no coração incluindo dor no
    peito ou ataque cardíaco, aceleração do ritmo cardíaco, descompasso
    dos batimentos do coração, palpitações, inchaço periférico.

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

  • – Incomum

    : eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do
    sangue chamado eosinófilo).

  • – Rara

    : diminuição na contagem de: glóbulos brancos incluindo
    neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue) ou
    agranulocitose (diminuição de alguns tipos de leucócitos do
    sangue), hemácias (glóbulos vermelhos), hemoglobina (substância
    presente no glóbulo vermelho) e plaquetas (células responsáveis
    pela coagulação do sangue).

  • – Não conhecido

    : depressão da medula óssea, pancitopenia [diminuição global de
    elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e
    plaquetas)], anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos
    vermelhos do sangue em decorrência da destruição prematura dos
    mesmos).

Distúrbios do sistema nervoso

  • – Comum

    : dor de cabeça e tontura (sensação de cabeça leve).

  • – Incomum

    : tontura, parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento
    e coceira, percebidos na pele e sem motivo aparente), perda ou
    alterações do paladar.

  • – Rara

    : tremor, distúrbio de equilíbrio.

  • – Não conhecido

    : isquemia cerebral incluindo derrame isquêmico e ataque
    isquêmico transitório (derrame que acontece por um determinado
    tempo), habilidades psicomotoras prejudicadas, sensação de
    queimação, distúrbios do olfato.

Distúrbios visuais

  • – Incomum

    : distúrbios visuais incluindo visão borrada.

  • – Rara

    : conjuntivite (inflamação da conjuntiva ocular).

Distúrbios auditivos e do labirinto

  • – Rara

    : audição prejudicada, zumbido.

Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais

  • – Comum

    : tosse seca não produtiva, bronquite, sinusite, falta de
    ar.

  • – Incomum

    : broncoespasmo incluindo asma agravada, congestão nasal.

Distúrbios gastrointestinais

  • – Comum

    : inflamação no tubo digestivo, distúrbios digestivos,
    desconforto abdominal, má digestão, diarreia, enjoo, vômito.
    Incomum: inflamação do pâncreas (casos de desfecho fatal foram
    muito excepcionalmente reportados com inibidores ECA), aumento das
    enzimas pancreáticas, angioedema do intestino delgado, dor
    abdominal superior incluindo gastrite, prisão de ventre, boca
    seca.

  • – Rara

    : inflamação da língua.

  • – Não conhecido

    : reações inflamatórias da cavidade oral.

Distúrbios renais e urinários

  • – Incomum

    : insuficiência nos rins incluindo falência dos rins aguda,
    aumento da excreção urinária, piora da proteinúria (excreção de
    proteina na urina) pré-existente, aumento da ureia sanguínea,
    aumento da creatinina sanguínea.

Distúrbios dermatológicos e do tecido
subcutâneo

  • – Comum

    : rash particularmente maculo-papular (área da pele avermelhada
    com pontinhos salientes).

  • – Incomum

    : angioedema com resultado fatal (possivelmente/torna-se
    potencialmente letal, raramente um caso severo pode evoluir para a
    fatalidade), coceira, excesso de suor.

  • – Rara

    : escamação da pele, vergões vermelhos na pele, descolamento da
    unha.

  • – Muito Rara

    : reações de sensibilidade à luz.

  • – Não conhecido

    : necrólise epidérmica tóxica (grandes extensões da pele ficam
    vermelhas e morrem), síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de
    reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas
    do corpo), eritema multiforme (manchas vermelhas planas ou
    elevadas, bolhas, ulcerações que podem acontecer em todo o corpo),
    pênfigo (doença bolhosa na pele e membranas mucosas), psoríase
    (inflamação da pele) agravada, dermatite psoriasiforme (inflamação
    da pele com esfoliação), erupção cutânea penfigoide (bolhas nas
    partes móveis do corpo) ou liquenoide (inflamação dos vasos
    sanguíneos da pele) ou erupção nas mucosas, queda de cabelo.

Distúrbios músculos-esqueléticos e do tecido
conjuntivo

  • – Comum

    : cãibras musculares, inflamação dos músculos.

  • – Incomum

    : dor em articulação.

Distúrbios endócrinos

  • – Não conhecido

    : síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético
    (SIADH).

Distúrbios metabólicos e nutricionais

  • – Comum

    : aumento do potássio sanguíneo.

  • – Incomum

    : falta de apetite, diminuição do apetite.

  • – Não conhecido

    : Diminuição do sódio sanguíneo.

Distúrbios vasculares

  • – Comum

    : pressão baixa, diminuição ortostática da pressão arterial
    (distúrbio da regulação ortostática), desmaio.

  • – Incomum

    : vermelhidão.

  • – Rara

    : estreitamento vascular, hipoperfusão, inflamação nos vasos
    sanguíneos.

  • – Não conhecido

    : fenômeno de Raynaud (vasoconstrição que causa descoloração dos
    dedos das mãos e pés e ocasionalmente outras extremidades).

Distúrbios gerais

  • – Comum

    : dor no peito, cansaço. Incomum: febre.

  • – Rara

    : fraqueza.

Distúrbios do sistema imune

  • – Não conhecido

    : reações alérgicas (reações alérgicas graves a veneno de
    insetos são aumentadas sob a inibição da ECA), aumento de
    anticorpos antinucleares.

Distúrbios hepatobiliares

  • – Incomum

    : aumento das enzimas hepáticas e/ou bilirrubinas
    conjugadas.

  • – Rara

    : icterícia colestática (coloração amarelada da pele devido à
    deposição de pigmento biliar), dano nas células do fígado.

  • – Não conhecido

    : redução grave da função do fígado, inflamação do fígado
    colestática ou citolítica (com desfecho fatal muito
    excepcional).

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário

  • – Incomum

    : impotência erétil transitória, diminuição do desejo
    sexual.

  • – Não conhecido

    : crescimento das mamas em homens.

Distúrbios psiquiátricos

  • – Incomum

    : humor deprimido, ansiedade, nervosismo, inquietação, distúrbio
    do sono incluindo sonolência.

  • – Rara

    : confusão.

  • – Não conhecido

    : distúrbio de atenção.

População Especial do Triatec

Pacientes idosos

Alguns pacientes idosos podem reagir bem ao tratamento com
inibidores da ECA. Recomenda-se avaliação da função dos rins no
início do tratamento.

Pacientes com sistema renina-angiotensina
hiperestimulado

São recomendados cuidados especiais no tratamento de pacientes
com o sistema renina-angiotensina hiperestimulado. Estes pacientes
estão sob risco de uma queda aguda pronunciada da pressão arterial
e deterioração da função dos rins devido à inibição da ECA,
especialmente quando um inibidor da ECA ou um diurético
concomitante é administrado pela primeira vez ou é administrado em
uma dose maior pela primeira vez. Em ambos os casos deve-se
realizar monitorização rigorosa da pressão arterial até que se
exclua a possibilidade de queda aguda da pressão arterial.

A ativação significante do sistema renina-angiotensina pode ser
antecipada, por exemplo:

  • Em pacientes com aumento severo da pressão arterial e,
    principalmente, com pressão alta maligna. A fase inicial do
    tratamento requer supervisão médica especial;
  • Em pacientes com insuficiência do coração, principalmente com
    insuficiência severa ou tratados com outras substâncias que
    apresentam potencial anti-hipertensivo. Em caso de insuficiência
    severa do coração, a fase inicial do tratamento requer supervisão
    médica especial;
  • Em pacientes com impedimento hemodinamicamente relevante do
    influxo ou do efluxo ventricular esquerdo [por exemplo:
    estreitamento da válvula aórtica ou da válvula mitral (válvulas do
    coração)]. A fase inicial do tratamento requer supervisão médica
    especial;
  • Em pacientes com estreitamento da artéria do rim
    hemodinamicamente relevante. A fase inicial do tratamento requer
    supervisão médica especial. A interrupção do tratamento com
    diuréticos pode ser necessária;
  • Em pacientes pré-tratados com diuréticos, nos quais a
    interrupção do tratamento ou a diminuição da dose de diurético não
    é possível, a fase inicial do tratamento requer supervisão médica
    especial;
  • Em pacientes que apresentam ou podem desenvolver deficiência
    hídrica ou salina (como resultado da ingestão insuficiente de sais
    ou líquidos, ou como resultado de diarreia, vômito ou suor
    excessivo, nos casos em que a reposição de sal ou líquidos é
    inadequada).

Geralmente recomenda-se que, quadros de desidratação, perda
significativa de fluidos corpóreos ou deficiência de sal sejam
corrigidos antes do início do tratamento (em pacientes com
insuficiência do coração, entretanto, isto deve ser cuidadosamente
avaliado em relação ao risco de sobrecarga de volume). Caso esta
condição torne-se clinicamente relevante, o tratamento com Triatec
deve ser iniciado ou continuado somente se medidas apropriadas
forem empregadas simultaneamente, prevenindo a queda excessiva da
pressão arterial e deterioração da função dos rins.

Pacientes com doenças do fígado

Em pacientes com alteração da função do fígado, a resposta ao
tratamento com Triatec pode estar reduzida ou aumentada.
Adicionalmente, em pacientes que apresentam alteração severa do
tecido do fígado com inchaço e/ou acúmulo de líquidos no abdomem, o
sistema renina-angiotensina pode estar significativamente ativado;
portanto, estes pacientes devem ter cautela especial durante o
tratamento.

Pacientes com risco especial de queda acentuada da
pressão arterial

A fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial
em pacientes que apresentam risco de queda acentuada indesejável da
pressão arterial (ex. pacientes com estreitamento de artérias
coronarianas ou artérias cerebrais importantes para a circulação
sanguínea).

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Algumas reações adversas (por exemplo: alguns sintomas de
redução da pressão arterial como superficialização de consciência e
tontura) podem prejudicar a habilidade de concentração e reação do
paciente e, portanto, constituem um risco em situações em que estas
habilidades são importantes (por exemplo: dirigir veículos ou
operar máquinas).

Gravidez e amamentação

Você não deve usar Triatec durante a gravidez. Portanto, a
possibilidade de gravidez deve ser excluída antes do início do
tratamento. A gravidez deve ser evitada nos casos em que o
tratamento com inibidores ECA é indispensável.

O tratamento com Triatec deve ser interrompido, por exemplo, com
a substituição por outra forma de tratamento em pacientes que
pretendem engravidar.

Se a paciente engravidar durante o tratamento, Triatec deve ser
substituído assim que possível por tratamento sem inibidores da
ECA. Caso contrário existe risco de dano fetal.

Devido à insuficiência de informações em relação ao uso de
ramipril durante a amamentação, ramipril não é recomendado, sendo
preferível um tratamento alternativo com perfis seguramente
estabelecidos, principalmente em relação a recémnascidos ou
prematuros.

Composição do Triatec

Cada comprimido sulcado contém:

Ramipril5 mg
Hidroclorotiazida25 mg
Excipientes q.s.p1 comprimido

(

Excipientes:

hipromelose, amido de milho pré-gelatinizado, celulose
microcristalina e estearilfumarato de sódio).

Superdosagem do Triatec

Os sintomas que a superdose pode causar são: dilatação excessiva
dos vasos sanguíneos abaixo da cabeça, com queda de pressão e
choque, diminuição da frequência cardíaca, alterações eletrolíticas
e insuficiência dos rins.

Interação Medicamentosa do Triatec

Associações contraindicadas

Tratamentos extracorpóreos nos quais o sangue entra em contato
com superfícies carregadas negativamente, como diálise ou
hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (por exemplo:
membranas de poliacrilonitrila) e aferese de lipoproteína de baixa
densidade com sulfato de dextrano: risco de reações anafilactoides
severas.

A administração concomitante de ramipril com medicamentos
contendo alisquireno é contraindicada em pacientes com
diabetes mellitus ou com disfunção renal moderada a
severa.

Associações medicamento-medicamento
não-recomendadas

Sais de potássio e diuréticos poupadores de
potássio ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio
sérico:

O aumento da concentração de potássio sérico pode ser
precipitado. O tratamento concomitante com sais de potássio ou
diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: espironolactona)
requer monitorização rigorosa do potássio sérico.

Associações medicamento-medicamento que exigem
precauções no uso

Agentes anti-hipertensivos (por exemplo: diuréticos) e
outras substâncias com potencial anti-hipertensivo (por exemplo:
nitratos, antidepressivos tricíclicos e anestésicos):

A potencialização do efeito anti-hipertensivo pode ser
precipitada. Recomenda-se monitorização regular do sódio sérico em
pacientes recebendo terapia concomitante com diuréticos.

Vasoconstritores simpatomiméticos

Podem reduzir o efeito anti-hipertensivo de ramipril.
Recomenda-se monitorização cuidadosa da pressão arterial.

Alopurinol, imunossupressores, corticosteroides,
procainamida, citostáticos e outras substâncias que podem alterar o
perfil hematológico

Aumento da probabilidade de ocorrência de reações
hematológicas.

Sais de lítio

A excreção de lítio pode ser reduzida pelos inibidores da ECA.
Esta redução pode levar ao aumento dos níveis séricos de lítio e ao
aumento da toxicidade relacionada ao lítio. Portanto, os níveis de
lítio devem ser monitorizados.

Agentes antidiabéticos (por exemplo: insulina e
derivados de sulfonilureia)

Os inibidores da ECA podem reduzir a resistência à insulina. Em
casos isolados, esta redução pode causar reações hipoglicêmicas em
pacientes tratados concomitantemente com antidiabéticos. Portanto,
recomenda-se monitorização cuidadosa da glicemia durante a fase
inicial da coadministração.

Vildagliptina

Um aumento na incidência de angioedema foi reportado em
pacientes utilizando inibidores da ECA e vildagliptina.

Associações medicamento-medicamento e
medicamento-substância química a serem consideradas:

Anti-inflamatórios não-esteroidais (por exemplo:
indometacina) e ácido acetilsalicílico

A atenuação do efeito anti-hipertensivo do ramipril pode ser
precipitada.

Adicionalmente, o tratamento concomitante dos inibidores da ECA
e AINEs (anti-inflamatórios não-esteroidais) pode promover aumento
do risco de deterioração da função renal e elevação do potássio
sérico.

Heparina

Possível aumento da concentração de potássio sérico.

Álcool

Aumento da vasodilatação. O ramipril pode potencializar o efeito
do álcool.

Sal

Ingestão de sal aumentada pode atenuar o efeito
anti-hipertensivo de ramipril.

Terapia dessensibilizante

A possibilidade e a gravidade das reações anafiláticas e
anafilactoides causadas por veneno de insetos estão aumentadas com
a inibição da ECA. Considera-se que este efeito também pode ocorrer
com outros alérgenos.

Medicamento-Exames laboratorial

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de
ramipril em testes laboratoriais.

Interação Alimentícia do Triatec

A absorção ramipril não é significativamente afetada por
alimentos.

Ação da Substância Triatec

Resultados de eficácia

A eficácia de ramipril pode ser comprovada no estudo de Yusuf e
colaboradores, controlado com placebo (Estudo HOPE), com duração de
cinco anos, conduzido em pacientes com 55 anos ou mais,
apresentando risco cardiovascular aumentado devido a doenças
vasculares (doença cardíaca coronariana manifesta, história de
acidente vascular cerebral ou história de doença vascular
periférica) ou apresentando diabetes mellitus com no
mínimo um fator de risco adicional (microalbuminúria, hipertensão,
níveis elevados de colesterol total, baixos níveis de
HDL-colesterol, tabagismo), ramipril foi administrado concomitante
a uma terapia padrão em 4.645 pacientes com objetivo de
prevenção.

Este estudo comprovou que ramipril reduz de maneira
significativa a incidência de infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral ou mortes causadas por doenças cardiovasculares,
além de reduzir a mortalidade total, bem como a necessidade de
revascularizações, também atrasa o início e a progressão da
insuficiência cardíaca congestiva. Na população em geral e entre os
diabéticos, ramipril reduz o risco de desenvolvimento de
nefropatia. Ramipril também reduz a ocorrência de
microalbuminúria.

Ruggenenti publicou um estudo multicêntrico controlado
envolvendo 338 pacientes para controle da pressão por 19 meses
comprovando a eficácia na diminuição da pressão arterial com
ramipril.

O estudo AIRE demonstrou que o ramipril reduz o risco de
mortalidade em 27% quando comparado ao placebo, em pacientes com
evidência clínica de insuficiência cardíaca que iniciaram o
tratamento 3 a 10 dias após infarto agudo do miocárdio. Subanálises
revelaram que os riscos de morte súbita e da progressão de
insuficiência cardíaca severa/resistente sofreram reduções
adicionais (30% e 23%, respectivamente). Adicionalmente, a
probabilidade de hospitalização posterior devido à insuficiência
cardíaca foi reduzida em 26%.

No estudo MICRO-HOPE 3.577 pacientes com diabetes foram
incluídos neste estudo e a eficácia de ramipril mostrou reduzir o
risco do resultado primário combinado de 25%, infarto do miocárdio
em 22%, acidente vascular cerebral em 33%, morte cardiovascular em
37 %, a mortalidade total em 24%, de revascularização em 17% e
nefropatia em 24%. Ramipril foi benéfico para eventos
cardiovasculares e nefropatia manifesta em pessoas com diabetes. O
benefício cardiovascular foi maior que o atribuído à diminuição da
pressão arterial.

Ostergren em seu estudo randomizado duplo cego, controlado
com placebo, em 8986 pacientes acompanhados por 4 anos e 6 meses,
comprovou a eficácia de ramipril prevenindo eventos
cardiovasculares em pacientes com doença arterial periférica
subclínica.


Características farmacológicas

Modo de ação

O ramiprilato, metabólito ativo do pró-fármaco ramipril, inibe a
enzima dipeptidilcarboxipeptidase I (sinônimos: enzima conversora
de angiotensina (ECA), cininase II). No plasma e tecidos, esta
enzima catalisa a conversão de angiotensina I em angiotensina II,
substância vasoconstritora ativa, assim como o esgotamento da
bradicinina, substância vasodilatadora ativa. A redução da formação
de angiotensina II e a inibição do esgotamento de bradicinina leva
à vasodilatação.

Como a angiotensina II também estimula a secreção de
aldosterona, o ramiprilato promove redução da secreção de
aldosterona. O aumento da atividade de bradicinina contribui,
provavelmente, para os efeitos cárdio-protetor e endotélio-protetor
observados em estudos com animais. Ainda não está estabelecida
também, a relação destes efeitos, com certas reações adversas (por
exemplo: tosse irritativa).

Os inibidores da ECA são eficazes mesmo em pacientes com
hipertensão de baixa renina. A resposta média ao inibidor da ECA em
monoterapia é menor em pacientes negros (afro-caribenhos) e
hipertensos (geralmente população hipertensa de baixa renina) do
que em pacientes não-negros.

Propriedades farmacodinâmicas

A administração de ramipril causa redução acentuada da
resistência arterial periférica. Geralmente, não ocorrem alterações
significativas no fluxo plasmático renal e na taxa de filtração
glomerular.

A administração de ramipril em pacientes com hipertensão promove
redução da pressão arterial, tanto na posição supina quanto na
posição ereta, sem causar aumento compensatório na frequência
cardíaca.

Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo
torna-se aparente após 1 ou 2 horas da administração oral de dose
única, sendo que o efeito máximo é alcançado 3 a 6 horas após essa
administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose
única é geralmente de 24 horas.

O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua
de ramipril é geralmente observado após 3 a 4 semanas. Foi
demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é sustentado em
tratamentos prolongados durante dois anos. A interrupção abrupta de
ramipril não produz aumento rebote rápido e excessivo na pressão
arterial.

Propriedades farmacocinéticas

Metabolismo

O pró-fármaco ramipril passa por um extenso metabolismo hepático
pré-sistêmico, que é essencial para a formação do ramiprilato,
único metabólito ativo (por meio de hidrólise, que ocorre
predominantemente no fígado). Adicionalmente a esta ativação em
ramiprilato, o ramipril é glicuronizado e transformado em ramipril
dicetopiperazina (éster). O ramiprilato também é glicuronizado e
transformado em ramiprilato de dicetopiperazina (ácido).

Como resultado dessa ativação/metabolização do pró-fármaco, a
biodisponibilidade do ramipril administrado por via oral é de
aproximadamente 20%.

A biodisponibilidade do ramiprilato após administração oral de
2,5 e 5,0 mg de ramipril é de aproximadamente 45% comparada a sua
disponibilidade após a administração intravenosa das mesmas
doses.

Eliminação

Após a administração oral de 10 mg de ramipril radiomarcado,
aproximadamente 40% da radioatividade total é excretada nas fezes e
aproximadamente 60% na urina. Após administração intravenosa de
ramipril, aproximadamente 50 a 60% da dose foi detectada na urina
(como ramipril e seus metabólitos); aproximadamente 50% foi
eliminada aparentemente por vias não-renais. Após a administração
intravenosa de ramiprilato, aproximadamente 70% da substância e
seus metabólitos foi encontrado na urina – indicando eliminação
não-renal de ramiprilato de aproximadamente 30%. Após a
administração oral de 5 mg de ramipril em pacientes com drenagem
dos ductos biliares, aproximadamente a mesma quantidade de ramipril
e seus metabólitos foi excretada pela urina e pela bile nas
primeiras 24 horas.

Aproximadamente 80 a 90% dos metabólitos encontrados na urina e
na bile foram identificados como ramiprilato ou metabólitos do
ramiprilato. Ramipril glicuronídeo e ramipril dicetopiperazina
representaram aproximadamente 10 a 20% da quantidade total de
metabólitos, enquanto que a quantidade de ramipril não metabolizado
foi de aproximadamente 2%.

Distribuição

Estudos realizados em animais durante a fase de amamentação
demonstraram que o ramipril passa para o leite materno.

O ramipril é rapidamente absorvido após a administração oral.
Como foi determinado através da recuperação da radioatividade na
urina, que representa apenas uma das vias de eliminação, a absorção
de ramipril é de pelo menos 56%. A administração de ramipril
concomitante com alimentos não apresenta efeito relevante sobre a
absorção.

As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 1
hora após a administração oral. A meia-vida de eliminação é de
aproximadamente 1 hora. As concentrações plasmáticas máximas de
ramiprilato são atingidas em 2 a 4 horas após a administração oral
de ramipril.

A queda das concentrações plasmáticas do ramiprilato é
polifásica. A meia-vida da distribuição inicial e da fase de
eliminação é de aproximadamente 3 horas. É seguida por uma fase
intermediária (meia-vida de aproximadamente 15 horas) e por uma
fase terminal com concentrações plasmáticas de ramiprilato muito
baixas e com meia-vida de aproximadamente 4 a 5 dias.

A fase terminal está relacionada à dissociação lenta do
ramiprilato da sua ligação restrita, mas saturável, à ECA. Apesar
da longa fase terminal, a dose única diária maior ou igual a 2,5 mg
de ramipril promove concentrações plasmáticas de ramiprilato no
estado de equilíbrio após aproximadamente 4 dias. A meia-vida
‘efetiva’, que é relevante para a determinação da dose, é de 13 a
17 horas quando da administração de doses múltiplas.

Após administração intravenosa, o volume de distribuição
sistêmica de ramipril é de aproximadamente 90L e o volume de
distribuição sistêmica relativa do ramiprilato é de aproximadamente
500 L.

Em estudos in vitro, o ramiprilato demonstrou constantes
inibitórias gerais de 7 pmol/L e meiavida de dissociação da ECA de
10,7 horas, que são indicativos de alta potência.

As taxas de ligação à proteína do ramipril e do ramiprilato são
de aproximadamente 73% e 56%, respectivamente.

Populações especiais

Idosos

Em voluntários saudáveis com idade entre 65 e 76 anos, os
parâmetros farmacocinéticos do ramipril e do ramiprilato são
semelhantes aos de voluntários saudáveis jovens.

Insuficiência Renal

A excreção renal do ramiprilato é reduzida em pacientes com
alterações da função renal e o clearance renal do
ramiprilato é proporcionalmente relacionado ao clearance
da creatinina. Isso resulta na elevação das concentrações
plasmáticas de ramiprilato, que diminuem de maneira mais lenta do
que em pessoas com função renal normal.

Insuficiência Hepática

A alteração da função hepática retarda a ativação de ramipril à
ramiprilato quando são administradas doses elevadas (10 mg) de
ramipril, resultando na elevação do nível plasmático de ramipril e
na diminuição da eliminação de ramiprilato.

Hipertensão

Assim como em pessoas saudáveis e pacientes com hipertensão,
também não foi observado acúmulo relevante de ramipril e
ramiprilato após administração oral de 5 mg de ramipril uma vez ao
dia, durante 2 semanas, em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva.

Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda

Com uma DL50 superior a 10.000 mg/Kg de peso corpóreo em
camundongos e ratos e superior a 1000 mg/Kg de peso corpóreo em
cães da raça beagle, considerou-se que a administração oral de
ramipril não apresenta toxicidade aguda.

Toxicidade crônica

Estudos de toxicidade crônica foram conduzidos em ratos, cães e
macacos. Em ratos, doses diárias na ordem de 40 mg/Kg de peso
corpóreo provocaram alterações nos eletrólitos plasmáticos e
anemia. Com doses diárias ≥ 3,2 mg/Kg de peso corpóreo, foram
encontradas algumas evidências de alterações na morfologia renal
(atrofia do túbulo distal). Entretanto, estes efeitos podem ser
explicados farmacodinamicamente e são característicos desta classe
de substâncias. Doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo foram
toleradas por ratos sem que fossem observados efeitos tóxicos. A
atrofia tubular foi observada em ratos, mas não em cães e
macacos.

Como uma expressão da atividade farmacodinâmica do ramipril (um
sinal do aumento da produção de renina como reação à redução da
formação de angiotensina II), foi observada hipertrofia pronunciada
do aparelho justaglomerular em cães e macacos – especialmente com
doses diárias ≥ 250 mg/Kg de peso corpóreo. Também foram
observadas, em cães e macacos, alterações nos eletrólitos
plasmáticos e no perfil sanguíneo. Cães e macacos toleraram doses
de 2,5 mg/Kg de peso corpóreo e 8 mg/Kg de peso corpóreo,
respectivamente, sem que fossem observados efeitos tóxicos.

Toxicidade reprodutiva

Estudos de toxicidade reprodutiva foram conduzidos em ratos,
coelhos e macacos e não evidenciaram nenhuma propriedade
teratogênica.

A fertilidade não foi alterada tanto nas fêmeas quanto nos
machos.

A administração de doses diárias de ramipril ≥ 50 mg/Kg de peso
corpóreo em ratas durante o período fetal e o período de
amamentação produziu danos renais irreversíveis (dilatação da
pélvis renal) na prole.

Quando inibidores da ECA foram administrados em mulheres durante
o segundo e terceiro trimestres de gravidez, foram observados
efeitos tóxicos nos fetos e recém-nascidos, incluindo – às vezes em
conjunto com oligoidrâmnios (provavelmente como resultado de
alteração da função renal fetal) – deformidades crânio-faciais,
hipoplasias pulmonares, contraturas nos membros fetais, hipotensão,
anúria, insuficiência renal irreversível e reversível, assim como
óbito. Também foram relatados em humanos partos prematuros,
crescimento intrauterino retardado e persistência do ducto de
Botallo. Entretanto, não é conhecido se estes fenômenos são uma
consequência da exposição aos inibidores da ECA.

Toxicidade imunológica

Estudos toxicológicos demonstraram que o ramipril não possui
nenhum efeito imunotóxico.

Mutagenicidade

Testes extensivos de mutagenicidade utilizando vários sistemas
de testes demonstraram que o ramipril não apresenta nenhuma
propriedade mutagênica ou genotóxica.

Carcinogenicidade

Estudos prolongados em ratos e camundongos não demonstraram
nenhuma indicação de efeito tumorigênico.

Em ratos, túbulos renais com células oxifílicas e túbulos com
hiperplasia celular oxifílica foram considerados como uma resposta
às alterações funcionais e morfológicas e não como uma resposta
neoplásica ou pré-neoplásica.

Cuidados de Armazenamento do Triatec

Triatec comprimidos deve ser mantido em sua embalagem original e
em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

Características do medicamento:

  • – Triatec 2,5 mg: 

    Comprimidos amarelados com risco no meio.

  • – Triatec 5,0 mg: 

    Comprimidos avermelhados com risco no meio.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Mensagens de Alerta do Triatec

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico,
pode ser perigoso para a sua saúde.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.​

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a
empresa através do seu Serviço de Atendimento.​

Dizeres Legais do Triatec

MS: 1.1300.0150

Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo

CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP

CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP

CNPJ 02.685.377/0008-23

Triatec, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.