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Thyrogen

Thyrogen também é utilizado no tratamento do câncer de tireoide,
auxiliando o iodo radioativo a matar quaisquer células cancerosas
que tenham permanecido ou tecido normal da tireóide após a remoção
cirúrgica desta glândula. Isto também permite aos médicos detectar
mais facilmente quaisquer cânceres de tireóide que possam
permanecer após o seu tratamento.

Thyrogen ajuda as células que tenham permanecido da tireóide e
as células cancerosas a absorver o iodo radioativo, aumentando a
probabilidade de que sejam mortas pelo tratamento de radiação.

Como Thyrogen funciona?

Após você ter feito sua operação de câncer, seu médico precisará
acompanhá-lo com exames para assegurar de que não há células
cancerosas remanescentes no seu corpo. Estes exames tentarão
assegurar que o câncer não voltou ou se espalhou para outras partes
do seu corpo.

Agora que sua tireóide foi removida, seu médico lhe dará uma
terapia de reposição de hormônio da tireóide para repor o hormônio
que sua glândula tireóide costumava produzir.

Com este tratamento de reposição, sua glândula pituitária
produzirá menor quantidade de um hormônio chamado hormônio
estimulante da tireóide (TSH). Este hormônio se fixa nas células
cancerosas e normais da tireóide, estimulando temporariamente sua
liberação para o sangue, estimulando a absorção do iodo radioativo
pelas células.

Para que os exames de detecção das células cancerosas da
tireóide sejam precisos, é necessário haver uma certa quantidade de
TSH no seu corpo. O tratamento de reposição de hormônio que você
está recebendo significa que seu corpo não produzirá TSH suficiente
para os exames.

Thyrogen atua como o TSH produzido pelo seu corpo e assegura que
exista TSH suficiente no seu corpo para os exames. Para a detecção
de células cancerosas da tireóide, Thyrogen lhe será dado cerca de
3 dias antes de seu exame de sangue e/ou cintilografia do corpo
total, tal que seu médico possa achar quaisquer células cancerosas
da tireóide que possam eventualmente estar em seu corpo. Para o
tratamento do câncer da tireoide, Thyrogen é administrado usando 2
injeções, uma delas ocorre um dia antes da sua dose de iodo
radioativo e até alguns dias antes da cintilografia.

Contraindicação do Thyrogen

Não use Thyrogen se tiver sofrido qualquer reação alérgica grave
à alfatirotropina ou a qualquer componente do medicamento. Os
riscos e os benefícios da continuidade do seu tratamento, nesses
casos, deverão ser cuidadosamente avaliados pelo seu médico.

Se você não tem certeza de que você já utilizou
Thyrogen, fale com seu médico.

Como usar o Thyrogen

Seu médico lhe dará duas injeções de Thyrogen no músculo da
nádega. A segunda injeção lhe será dada um dia após a primeira
injeção.

Um paciente envolvido num estudo clínico teve
Thyrogen administrado na veia e apresentou náusea grave,
vômito, suor em grande quantidade, pressão baixa e aumento dos
batimentos do coração.

Seu médico decidirá qual a dose mais adequada.
Thyrogen deverá ser reconstituído com água estérilpara
injeção.

Mantenha as consultas com o seu médico.

É importante tomar as suas injeções de Thyrogen nos
horários em que seu médico lhe disse. Isto assegurará de que há uma
quantidade correta de Thyrogen no seu corpo para que os exames
de detecção de células cancerosas sejam precisos. Também é
importante que a quantidade correta de Thyrogen esteja
presente quando você realizar seu tratamento com iodo radioativo
após a sua cirurgia da tireóide.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que eu devo fazer quando eu esquecer de usar
Thyrogen?

Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de
Thyrogen.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Thyrogen

Antes de usar Thyrogen

  • Diga ao seu médico se você apresentou, em tratamentos
    anteriores, reação alérgica grave ou dificuldade de respirar.
  • Diga ao seu médico se você tem alergias a quaisquer outros
    medicamentos ou a quaisquer outras substâncias, tais como
    alimentos, conservantes ou corantes.
  • Diga ao seu médico se você tem doença do coração.

Considerações antes da administração de
Thyrogen

O uso de Thyrogen deve ser supervisionado por médicos com
conhecimento no atendimento de pacientes com câncer de
tireóide.

Thyrogen deve ser administrado somente no músculo. Não deve ser
administrado na veia.

Caso você já tenha feito tratamento com TSH bovino,
especialmente se você apresentou reações alérgicas ao mesmo, seu
médico deverá ter maior cautela.

Sabe-se que Thyrogen pode causar um aumento passageiro, porém
significativo, dos níveis de hormônio da tireóide no sangue, quando
aplicado em pacientes que permanecem com quantidades ainda grandes
de tecido tireoidiano no corpo. Se ainda restou uma parte
significativa de sua tireoide após a cirurgia, seu médico deverá
avaliar a relação entre os riscos e os benefícios de utilizar
Thyrogen em você.

Devido à elevação dos níveis de TSH após a administração de
Thyrogen, os pacientes com câncer de tireóide, com doença
metastática, particularmente em espaços confinados (por exemplo,
cérebro, coluna vertebral, órbita (cavidade onde está inserido o
olho) ou tecidos moles do pescoço) podem estar sujeitos a inchaço
ou hemorragia no local destas metástases. Por isso seu médico
poderá considerar um pré-tratamento com corticosteróides, antes da
administração de Thyrogen, caso a expansão do tumor local possa
comprometer estruturas anatômicas vitais.

Dois grandes estudos clínicos comparam o uso de 30mCi contra
100mCi em pacientes preparados para ablação (remoção total ou quase
total da tireóide) utilizando Thyrogen ou retirada do hormônio da
tireóide. A eficácia da ablação do tecido remanescente foi alta e
comparável para 30mCi ou 100mCi, tanto na estimulação por TSH com
Thyrogen ou na retirada do hormônio da tireóide. Houve menor
incidência de reações adversas no grupo de pacientes que receberam
30mCi + Thyrogen do que grupo 100mCi + Thyrogen ou retirada do
hormônio da tireóide.

Maior concentração de 131I, na faixa de 100mCi ou acima, pode
alcançar a ablação de remanescentes com maior frequência do que as
atividades mais baixas, mas pode também estar associada a mais
complicações no tratamento, tais como dor e inchaço das glândulas
salivares, boca seca persistente, olhos secos ou paladar alterado.
Vários fatores contribuirão para decisão do seu médico sobre qual
atividade de 131I administrar a você, tais como, o tamanho do
tecido que ainda exista e o risco estimado para recorrência de
câncer de tireóide (por exemplo, a idade do paciente, tipo e
tamanho do tumor primário, extensão da doença). Seu médico avaliará
os riscos e benefícios para a determinação da concentração de 131I
para alcançar a ablação remanescente.

Considerações após o uso de Thyrogen

Nos estudos realizados, a combinação da cintilografia de corpo
inteiro e dosagem de tireoglobulina (hormônio da tireóide) após o
uso de Thyrogen aumentou a taxa de detecção para tecidos que
restaram da tireóide ou câncer, quando comparado a exames de forma
isolada. Portanto, podem ocorrer resultados falsonegativos com o
uso de Thyrogen. Se ainda houver grande suspeita sobre a existência
da doença metastática, o seu médico solicitará outros testes para
confirmar.

Gravidez e lactação

Informe seu médico se você está grávida ou pretende
engravidar.

Thyrogen pode ser perigoso para o feto. Seu médico discutirá os
possíveis riscos e benefícios do uso de Thyrogen durante a
gravidez.

Informe seu médico se você está amamentando.

Não se sabe se Thyrogen passa para o leite materno. Seu médico
discutirá os possíveis riscos e benefícios de usar Thyrogen durante
a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso em pacientes idosos

Em estudos clínicos, nenhuma diferença foi encontrada entre
pacientes abaixo de 65 anos e pacientes acima desta idade.

Se você tiver mais de 65 anos, tiver problemas cardíacos e não
tiver uma remoção total ou subtotal da glândula tireóide, por
favor, consulte seu médico antes de iniciar o tratamento com
Thyrogen.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia do uso de Thyrogen em pacientes abaixo
de 18 anos não foram estudadas.

Insuficiência renal

Informações pós-comercialização sugerem que a eliminação de
Thyrogen do organismo é mais vagarosa em pacientes com
insuficiência renal crônica que dependem de diálise, o que resulta
em aumento prolongado dos níveis de TSH no sangue. Este aumento
pode ser observado por até duas semanas após o tratamento, o que
pode causar mais dor de cabeça e enjôo. Não foram realizados
estudos sobre doses alternativas de Thyrogen nestes pacientes para
orientar a redução da dose nos mesmos.

Caso você tenha insuficiência renal significativa, a
concentração de 131I deve ser cuidadosamente selecionada pelo
médico nuclear.

Efeito na habilidade de dirigir e/ou operar
máquinas

Não há informações até o momento.

Exames de laboratório aplicáveis para o monitoramento
(acompanhamento)

Não existem exames específicos indicados para monitoramento de
rotina dos pacientes com câncer de tireóide após receber Thyrogen.
Por exemplo, a medição de rotina dos níveis de TSH no soro não é
recomendada, pois pode causar confusão para alguns médicos que
estavam acostumados a ver níveis de TSH maiores que 25μU/mL em
pacientes hipotireóideos com câncer. Claro que os níveis de TSH no
soro dos pacientes podem cair vários dias após a injeção, mas isso
não afeta a utilidade de Thyrogen no câncer.

Este medicamento pode causar doping devido à presença
de manitol.

Abuso e dependência

Não há relatos de abuso ou dependência de pacientes com
Thyrogen.

Sensibilidade cruzada

Não foi observada sensibilidade cruzada com Thyrogen.

Efeitos carcinogênicos, alterações genéticas e danos à
fertilidade

Nenhum estudo foi efetuado para avaliar os efeitos de Thyrogen
sobre os riscos de câncer, genéticos ou da fertilidade.

Interações medicamentosas

Nenhum estudo formal foi efetuado sobre interações
medicamentosas entre Thyrogen e outros medicamentos. Nos estudos
clínicos, não foi observada nenhuma interação entre Thyrogen e os
hormônios da tireóide, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), quando
administrados simultaneamente.

O uso de Thyrogen permite a realização de cintilografia com iodo
radioativo enquanto os pacientes permanecem eutireóideos em T3 e/ou
T4. Os dados de cinética do iodo radioativo indicam que a depuração
do mesmo é, aproximadamente, 50% maior nos pacientes em
eutireoidismo do que durante o estado de hipotireoidismo, então
resultando em menor retenção de iodo no corpo na hora da imagem.
Esta diferença na depuração do iodo radioativo é causada pela
diminuição da função renal no estado hipotireóideo. Este fator deve
ser considerado ao se selecionar a dose do iodo radioativo para uso
em métodos de imagem.

Interações entre Medicamento/Alimento

Não é conhecida.

Incompatibilidades farmacêuticas

O material da injeção não deve ser misturado com outras
substâncias.

Medicamento/ Exames laboratoriais

Em estudos clínicos, o padrão de referência para se determinar
se os pacientes possuem tecidos remanescentes de tireóide ou
presença de câncer foi a Tg em hipotireoidismo ≥ 2,0 ng/mL e/ou uma
cintilografia em hipotireoidismo (tanto diagnóstica, quanto
pós-terapia). Esta análise avaliou se o teste de Tg após a
administração de Thyrogen melhorou a sensibilidade do
diagnóstico em pacientes com Tg negativa na supressão de hormônio
da tireóide (TSHT) usando um limite de 2,0 ng/mL. Deve-se notar que
os níveis de Tg com Thyrogen são, geralmente, menores que os níveis
de Tg em hipotireoidismo e então os médicos poderão necessitar
utilizar um nível de limite de Tg mais baixo ao utilizar Thyrogen
do que o que seria usado com a Tg em hipotireoidismo.

Interações entre o medicamento e plantas
medicinais

Não são conhecidas.

Interações entre o medicamento e substâncias químicas,
particularmente álcool e nicotina.

Não são conhecidas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Thyrogen

Diga ao seu médico, tão logo quanto possível, se você não se
sentiu bem após tomar Thyrogen.

Thyrogen pode ter eventos adversos indesejáveis num pequeno
número de pessoas. Todos os medicamentos podem ter eventos
adversos. Algumas vezes, estes podem ser sérios, mas na maioria das
vezes não são. Você pode precisar de atenção médica urgente, caso
sofra estes efeitos.

Converse com seu médico sobre qualquer dúvida que você possa
ter.

Os eventos adversos mencionados são derivados da
farmacovigilância pós-comercialização e estudos
clínicos

As porcentagens na tabela abaixo representam reações adversas
experimentadas por 481 pacientes que participaram em um total de 6
estudos clínicos de Thyrogen: 4 estudos para uso diagnóstico e 2
para ablação (remoção cirúrgica da tireóide). A maioria dos
pacientes recebeu duas injeções de 0,9 mg de alfatirotropina por
via intramuscular, com intervalo de 24 horas.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que usaram o produto):

Náusea.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
usam este produto):

Dor de cabeça, cansaço, vômito, tontura e astenia
(fraqueza).

Em adição, reações adversas incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos
pacientes que utilizam este medicamento) relatadas em pelo menos 2
pacientes em estudos clínicos incluíram gripe, parestesia
(dormência/formigamento), sensação de calor, ageusia (perda do
paladar), diarreia, disgeusia (paladar distorcido) e dor no
pescoço.

Thyrogen pode causar, em até 48 horas após o uso, sintomas
semelhantes a gripe, que podem incluir febre (maior que 38ºC),
tremores/calafrios, dor muscular/dor nas juntas, fadiga/
fraqueza/desconforto e dor de cabeça (não focal) e calafrios.

Manifestações de hipersensibilidade ao Thyrogen, como urticária
(placas vermelhas que coçam), erupções (pequenas bolhas vermelhas
na pele), prurido (coceira), vermelhidão e sintomas respiratórios
não foram comumente relatadas em pacientes com doença avançada.

Nos estudos clínicos, nenhum paciente desenvolveu anticorpos à
alfatirotropina, mesmo após uso único ou repetido do produto.

Aumento do tecido restante da tireóide ou das metástases pode
ocorrer após o uso de Thyrogen. Isso pode levar a sintomas que
dependem da localização do tecido, por exemplo: hemiplegia
(paralisia de um dos lados do corpo), hemiparestesia (dormência em
um dos lados do corpo) ou perda da visão ocorreram em pacientes com
metástase no sistema nervoso central. Inchaço na laringe, dor no
local da metástase, dificuldade de respiração, que necessitou
traqueostomia (abertura cirúrgica da traquéia), também foram
relatados após o uso de Thyrogen.

Seu médico pode considerar um pré-tratamento com
corticosteroides caso a expansão do tumor local possa comprometer
as estruturas vitais do corpo.

Informe seu médico imediatamente se você notar qualquer um dos
seguintes efeitos colaterais (ou vá para o pronto socorro do
hospital mais próximo): voz rouca e dificuldade na fala;
dificuldade de respirar; respiração ruidosa; vermelhidão com
coceira ou urticárias. Raramente, inchaço da garganta, perda da
visão, início repentino de dor severa ou mudança repentina na sua
saúde e bem estar podem ocorrer dentro de 72 horas do tratamento
com Thyrogen.

Estes são todos eventos adversos muito sérios. Você pode
necessitar de cuidados médicos urgentes imediatamente ou de
hospitalização. Estes efeitos colaterais são muito raros.

No período pós-comercialização, os dados de reações adversas de
pacientes que receberam Thyrogen como um tratamento para
auxiliar o iodo radioativo a matar células cancerosas nos tecidos
remanescentes da tireóide, e de pacientes que receberam Thyrogen
com finalidade diagnóstica, são similares aos dados de reações
adversas de estudos clínicos. Estas reações adversas incluem: dor
de cabeça, cansaço, vômito, tontura, parestesia
(dormência/formigamento), astenia (fraqueza), diarreia e reações no
local da injeção (por exemplo, desconforto, dor e coceira no local
da injeção).

Casos muito raros de derrame foram reportados em pacientes do
sexo feminino, na experiência de póscomercialização.A relação com a
administração de Thyrogen é desconhecida.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Thyrogen

Cada frasco-ampola contém:

1,1 mg de alfatirotropina, com uma dose extraível de 0,9 mg após
reconstituição.

Excipientes: Manitol, fosfato de sódio
monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado e
cloreto de sódio.

Superdosagem do Thyrogen

Se você pensar que seu médico pode ter lhe dado quantidade
excessiva de Thyrogen, por favor, contate oconsultório de seu
médico imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Thyrogen

Medicamento/medicamento

Estudos formais de interação entre Alfatirotropina (substância
ativa) e outros medicamentos não foram efetuados. Em estudos
clínicos, nenhuma interação foi observada entre Alfatirotropina
(substância ativa) e hormônios da tireóide, triiodotironina (T3) e
tiroxina (T4), quando administrados concomitantemente. O uso de
Alfatirotropina (substância ativa) permite cintilografia com iodo
radioativo enquanto os pacientes permanecem eutireóideos em T3 e/ou
T4. Os dados de cinética de iodo radioativo indicam que a depuração
do iodo radioativo é, aproximadamente, 50% maior enquanto
eutireóideos, do que durante o estado hipotireóideo, quando a
função renal é diminuída, assim resultando em menos retenção de
iodo radioativo no corpo na hora da imagem. Este fator deve ser
considerado ao se selecionar a concentração do iodo radioativo para
uso em estudos de imagem.

Medicamento/alimento

Não conhecido.

Incompatibilidades farmacêuticas

Não conhecidas. O material da injeção não deve ser misturado com
outras substâncias.

Medicamento/exames laboratoriais

Em estudos clínicos, o padrão de referência para se determinar
se os pacientes possuem tecidos remanescentes de tireóide ou
presença de câncer foi a Tg em hipotireoidismo ≥ 2,0 ng/mL e/ou uma
cintilografia hipotireóidea. Esta análise avaliou se o teste de Tg
após a administração de Alfatirotropina (substância ativa) melhorou
a sensibilidade do diagnóstico em pacientes com Tg negativa na
supressão de hormônio da tireóide usando um limite de 2,0 ng/mL.
Deve-se notar que os níveis de Tg com Alfatirotropina (substância
ativa) são, geralmente, menores que os níveis de Tg em
hipotireoidismo e então os médicos poderão necessitar utilizar um
nível de limite de Tg mais baixo ao utilizar Alfatirotropina
(substância ativa) do que o que seria usado com a Tg em
hipotireoidismo.

Interações entre o medicamento e plantas
medicinais

Não é conhecida.

Interação entre o medicamento e substâncias químicas, em
particular álcool e nicotina

Não é conhecida.

Ação da Substância Thyrogen

Resultados de Eficácia

Estudos clínicos com Alfatirotropina (substância ativa)
como coadjuvante na terapia com iodo radioativo para obter a
ablação de tecido remanescente de tireóide

Foi conduzido um estudo clínico prospectivo randomizado
comparando as taxas de ablação de tecido remanescente de tireóide
alcançadas após a preparação de pacientes, em hipotireoidismo ou em
uso de Alfatirotropina (substância ativa). Os pacientes (n = 63)
com câncer de tireóide bem diferenciado de baixo risco
submeteram-se à tireoidectomia subtotal e, então, foram igualmente
randomizados ao grupo de hipotireoidismo (TSH sérico gt; 25 μU/mL)
ou reposição de tiroxina (grupo eutireóideo; TSH sérico lt; 5
μU/mL). Os pacientes no grupo eutireóideo receberam
Alfatirotropina (substância ativa), 0,9 mg IM, uma vez ao dia, em
dois dias consecutivos e, então, iodo radioativo, 24 horas após a
segunda dose de Alfatirotropina (substância ativa). Todos os
pacientes receberam 100 mCi 131I +- 10% com a
intenção de eliminar qualquer tecido remanescente da tireóide. O
sucesso da ablação foi avaliado 8 meses mais tarde por
cintilografia com iodo radioativo estimulado por Alfatirotropina
(substância ativa) e os pacientes seriam considerados bem sucedidos
na ablação se não houvesse captação no leito da tireóide na
cintilografia ou, se visível, a captação fosse lt; 0,1%. O sucesso
da ablação também foi medido utilizando-se dois critérios
adicionais: Tg sérica estimulada por Alfatirotropina (substância
ativa) lt; 2 ng/mL (em pacientes sem anticorpos anti-Tg ou com
níveis baixos do mesmo) e nenhuma captação visível no leito da
tireóide na cintilografia com iodo radioativo.

A tabela a seguir resume os resultados desta
avaliação:

60 Pacientes de acordo com o protocolo com dados
interpretáveis de cintilografia.
2 A análise foi limitada a pacientes sem anticorpos
anti-Tg na seleção.
3 95% IC para diferenças nas taxas de ablação, rhTSH
menos RHT = -6,9% a 27,1%.
4 Interpretação por 2 de 3 revisores.
5 95% IC para as diferenças nas taxas de ablação, rhTSH
menos RHT = -30,5% a 9,1%. Abreviações: Fol = Folicular, Pap =
Papilar, RHT = Retirada do Hormônio da Tireóide.

Os pacientes do grupo eutireóideo experimentaram menos exposição
à radiação no sangue, uma vez que, o tempo de permanência do iodo
foi mais curto nos mesmos. A dose média no sangue foi 35% mais
baixa no grupo eutireóideo, do que no grupo hipotireóideo (p lt;
0,0001).

Um estudo de acompanhamento foi conduzido em pacientes que
completaram previamente o estudo inicial para confirmar o estado da
ablação de tecidos remanescente da tireóide após um acompanhamento
médio de 3,7 anos (3,4 a 4,4 anos), após a ablação por iodo
radioativo.

Cinquenta e um pacientes foram recrutados neste estudo, 48
receberam Alfatirotropina (substância ativa) para a realização de
exame de imagem de remanescentes tireoidianos no pescoço/corpo
inteiro e/ou dosagem de Tg. Considerouse que a ablação foi bem
sucedida se os pacientes não apresentassem captação visível no
leito da tireóide na imagem ou, se visível, a captação fosse menor
que 0,1%. Pela imagem, 18/18 (100%) dos pacientes no grupo
hipotireóideo anterior e 25/25 (100%) dos pacientes no grupo
eutireóideo anterior foram confirmados como tendo seus
remanescentes da tireóide retirados.

Um total de 17 pacientes no grupo hipotireóideo anterior e 20
pacientes no grupo eutireóideo anterior foram avaliados para os
níveis de Tg, uma vez que tinham níveis de anticorpo
anti-tireoglobulina lt;5 unidades/mL. Dentre estes, 16 de 17
pacientes (94%) no grupo hipotireóideo anterior e 19 de 20
pacientes (95%) no grupo eutireóideo anterior tinham níveis séricos
de tireoglobulina lt; 2 ng/mL, indicando o sucesso a longo prazo do
procedimento de ablação.

Nenhum paciente apresentou recorrência definitiva do câncer
durante os 3,7 anos de acompanhamento.

Em resumo, no estudo inicial de ablação e no estudo de
acompanhamento, Alfatirotropina (substância ativa) não foi inferior
à retirada do hormônio da tireóide para elevação dos níveis de TSH
como terapia adjuvante ao iodo radioativo para ablação
pós-cirúrgica de tecido remanescente da tireóide. Ainda, este
sucesso clínico foi alcançado usando Alfatirotropina (substância
ativa) para evitar os sintomas do hipotireoidismo.

Evidências de suporte adicional em favor do uso de
Alfatirotropina (substância ativa) para ablação também foram
publicadas. O acompanhamento por 2,5 anos de pacientes submetidos à
ablação no Memorial Sloan-Kettering mostrou que o uso de
Alfatirotropina (substância ativa) resulta em uma taxa baixa de
recorrência que é comparável à taxa observada após o uso de
retirada da tiroxina.

Qualidade de vida (Ablação remanescente)

Foi observada redução da QdV (qualidade de vida),
estatisticamente significativa, para o grupo hipotireóideo
comparado com o grupo eutireóideo, em 5 dos 8 campos do
questionário SF-36 Health Survey (funcionamento físico, desempenho
físico, vitalidade, funcionamento social e saúde mental).

Sinais e sintomas de hipotireoidismo (Ablação
remanescente)

Um aumento estatisticamente significativo de sinais e sintomas
foi, também, observado usando a escala de Billewicz (diferença no
escore total médio, p lt; 0,0001). A diferença entre os dois grupos
foi a mais ampla para os seguintes sintomas: intolerância ao frio,
aumento de peso, constipação, movimentos lentos, pele fria e edema
periorbital.

Estudos clínicos com Alfatirotropina (substância ativa)
como coadjuvante diagnóstico

A eficácia de Alfatirotropina (substância ativa) para
diagnóstico de câncer de tireóide e restos de tecido de tireóide
foi avaliada usando imagem de iodo radioativo em cintilografia de
corpo total (CCT), dosagem de Tg sérica e uma combinação das duas
modalidades.

CCT com iodo radioativo usando Alfatirotropina (substância
ativa) foi avaliada em dois estudos Fase 3. Em um destes estudos,
dois regimes de dose foram examinados: 0,9 mg intramuscular, a cada
24 horas para duas doses (0,9 mg x 2) e 0,9 mg intramuscular, a
cada 72 horas para três doses (0,9 mg x 3). Ambos os regimes de
dose foram eficazes e sem nenhuma diferença estatisticamente
significativa da retirada do hormônio da tireóide no estímulo de
captação de iodo radioativo, para diagnóstico, embora houvesse uma
tendência para a detecção de um maior número de lesões com a
retirada do hormônio da tireóide.

A dosagem de tireoglobulina usando Alfatirotropina (substância
ativa) foi avaliada num estudo Fase 3, utilizando-se ambos os
regimes de 0,9 mg x 2 e 0,9 mg x 3 doses. Utilizando-se qualquer um
destes regimes de dose, o uso de Alfatirotropina (substância ativa)
aumentou, significativamente, a sensibilidade do diagnóstico na
dosagem de Tg em pacientes com terapia de reposição de hormônio da
tireóide e que não possuíam anticorpos para Tg. A dosagem de Tg
estimulada por Alfatirotropina (substância ativa) detectou todos os
pacientes com doença metastática.

O uso de Alfatirotropina (substância ativa) para CCT e dosagem
de Tg também foi avaliado num estudo Fase 3. A combinação dos dados
obtidos de ambos os exames de CCT e Tg apresentou maior
sensibilidade para detecção da doença do que exames isolados de CCT
ou Tg

Resultados da cintilografia de corpo inteiro com iodo
radioativo

A seguinte tabela resume os dados de cintilografia em
pacientes com cintilografias positivas após a retirada do hormônio
da tireóide nos estudos Fase 3 para diagnóstico.

 

Número de pares de cintilografia por categoria de
doença

Concordância de pares de cintilografia entre
cintilografia com Alfatirotropina (substância ativa) e
cintilografia de supressão hormonal

Primeiro estudo (0,9 mg IM diariamente x 2)

Positivo para tecido residual ou
câncer no leito da tireóide

48

81%

Positivo para doença metastática

15

73%

Total de cintilografias de supressão
positivas a, b

63

79%

Segundo estudo (0,9 mg IM
diariamente x 2)

Positivo para tecido residual ou
câncer no leito da tireóide

35

86%

Positivo para doença metastática

9

67%

Total de cintilografias de supressão
positivas a, b

44

82%

a Dentre todos os estudos, a captação foi detectada
na cintilografia de Alfatirotropina (substância ativa), mas não
observada na cintilografia após a supressão do hormônio da tireóide
em 5 pacientes com tecido remanescente ou câncer no leito da
tireóide.
b Nos dois estudos clínicos, os resultados da
cintilografia com iodo radioativo utilizando a supressão do
hormônio da tireóide foram tomados como a verdadeira situação
clínica de cada paciente e como comparador à cintilografia de
Alfatirotropina (substância ativa). As cintilografias de supressão
do hormônio da tireóide marcadas como positivas foram marcadas
dessa forma por uma questão conservadora sem provisão para falsos
positivos.

Dentre os dois estudos clínicos, a cintilografia de
Alfatirotropina (substância ativa) falhou em detectar tecidos
remanescentes e/ou câncer localizado no leito da tireóide em 17%
(14/83) dos pacientes, nos quais foram detectados por cintilografia
após a retirada do hormônio da tireóide. Adicionalmente,
Alfatirotropina (substância ativa) falhou para detectar doença
metastática em 29% (7/24) dos pacientes, nos quais foram detectados
por cintilografia após a retirada do hormônio da tireóide.

Dosagem de tireoglobulina (Tg)

Dosagem de Tg com Alfatirotropina (substância ativa)
isoladamente e em combinação com cintilografia com radioiodo –
Comparação com resultados após a retirada do hormônio da
tireóide

Em pacientes sem anticorpos anti-Tg, com tecido remanescente de
tireóide ou câncer como definido por Tg pós retirada hormonal ≥ 2,5
ng/mL, ou cintilografia positiva (após retirada do hormônio da
tireóide ou após a terapia com iodo radioativo), a Tg com
Alfatirotropina (substância ativa) foi ≥ 2,5 ng/mL em 69% (40/58)
de pacientes após 2 doses de Alfatirotropina (substância ativa), e
em 80% (53/66) de pacientes após 3 doses de Alfatirotropina
(substância ativa).

Nestes mesmos pacientes, adicionando-se cintilografia de corpo
total, a taxa de detecção de tecidos remanescentes de tireóide ou
câncer aumentou para 84% (49/58) nos pacientes após 2 doses de
Alfatirotropina (substância ativa) e para 94% (62/66) nos pacientes
após 3 doses de Alfatirotropina (substância ativa).

Dosagem de Tg com Alfatirotropina (substância ativa)
isoladamente e em combinação com cintilografia com radioiodo em
pacientes com doença metastática confirmada

A doença metastática foi confirmada por cintilografia
pós-tratamento ou por biópsia de linfonodo em 35 pacientes. A Tg
com Alfatirotropina (substância ativa) foi ≥ 2,5 ng/mL em todos os
35 pacientes, enquanto que a Tg nos pacientes em supressão hormonal
foi ≥ 2,5 ng/mL em 79% destes pacientes.

Neste mesmo grupo de 35 pacientes com doença metastática
confirmada, os níveis de Tg com Alfatirotropina (substância ativa)
estiveram abaixo de 10 ng/mL em 27% (3/11) dos pacientes após 2
doses de Alfatirotropina (substância ativa) e em 13% (3/24) dos
pacientes após 3 doses de Alfatirotropina (substância ativa). Os
níveis de Tg correspondentes (na retirada hormonal) nestes 6
pacientes foram 15,6 – 137 ng/mL. A cintilografia com
Alfatirotropina (substância ativa) detectou doença metastática em 1
destes 6 pacientes.

Tal como com a retirada do hormônio da tireóide, a
reprodutibilidade intra-paciente do exame com Alfatirotropina
(substância ativa) em relação a ambos os métodos – estímulo de Tg e
imagem com iodo radioativo – não foi estudada.

Qualidade de vida (Indicação diagnóstica)

A qualidade de vida (QdV) foi medida utilizando-se o
questionário SF-36 Health Survey, um instrumento padronizado,
aplicado ao paciente avaliando-se a QdV dentre 8 campos, medindo
ambos os parâmetros físico e mental. Após a administração de
Alfatirotropina (substância ativa), foi observada uma pequena
alteração basal nos 8 campos de QdV do SF-36. Após a retirada do
hormônio da tireóide, alterações negativas estatisticamente
significativas foram notadas em todos os campos de QdV do SF-36. A
diferença entre os grupos de tratamento foi estatisticamente
significativa (p lt; 0,0001) para todos os oito campos de QdV,
favorecendo Alfatirotropina (substância ativa) sobre a retirada do
hormônio da tireóide.

Figura 1- Resultados da pesquisa de saúde SF-36: Campos
de qualidade de vida – Indicação Diagnóstica

Sinais e sintomas de hipotireoidismo (Indicação
diagnóstica)

A administração de Alfatirotropina (substância ativa) não foi
associada com os sinais e sintomas de hipotireoidismo (sudorese
diminuída, pele seca, intolerância ao frio, aumento de peso,
constipação, rouquidão, parestesia, surdez, movimentos lentos, pele
áspera, pele fria, edema periorbital, lentidão do pulso pedioso e
diminuição da frequência do pulso), que acompanharam a retirada do
hormônio da tireóide, medidos pela escala de Billewicz. Foram
observadas pioras estatisticamente significativas em todos os
sinais e sintomas durante a fase de hipotireoidismo (p lt;
0,01).

Figura 2 – Avaliação dos sintomas de Hipotireoíde pela
escala Billewicz – Indicação diagnóstica –
0,9mg Alfatirotropina, q24 horas x2 doses

Estudos Clínicos de Alfatirotropina (substância ativa)
como adjuvante em terapia especial

Foi realizada uma análise retrospectiva com 115 pacientes com
câncer de tireoide que receberam Alfatirotropina (substância ativa)
junto à terapia de iodo radioativo como parte de um programa de uso
compassivo norte americano. Esses pacientes foram previamente
tireoidectomizados, mas foram incapazes de aumentar os níveis de
TSH endógeno em resposta à retirada do hormônio da tireóide (n=
41), ou estavam sob risco significativo de desenvolver complicações
decorrentes do hipotireoidismo (n=76). Alfatirotropina (substância
ativa) foi administrado para aumentar o TSH sérico de forma a
intensificar a terapia com iodo radioativo para remover a tireóide
remanescente e/ou tratar o câncer de tireóide diferenciado
metastático localmente ou à distância. Os pacientes receberam 0,9
mg de Alfatirotropina (substância ativa), via intramuscular (IM),
em dois dias consecutivos (dia 1 e dia 2). No dia seguinte,
receberam iodo radioativo (dia 3), para realização da cintilografia
e alguns dias depois receberam novamente Alfatirotropina
(substância ativa) 0,9mg IM, por dois dias consecutivos. No dia
seguinte, receberam 131I em alta dose (variando de 50 a 631mCi)
para tratamento.

Após Alfatirotropina (substância ativa), os níveis de TSH
plasmáticos elevaram-se para ≥25µU/ml em todos os pacientes nos
quais os níveis foram medidos. Para os pacientes recebendo
Alfatirotropina (substância ativa) IM nos dias 01 e 02 antes
da terapia com iodo radioativo, o pico sérico médio de TSH foi
de 150µU/ml (dia 3). O nível médio de TSH sérico decresceu para 19
µU/ml no dia 5. Pelo menos 105 dos 115 pacientes obtiveram
resultados positivos nas cintilografias de corpo inteiro, nas quais
Alfatirotropina (substância ativa) permitiu a captação de iodo
radioativo pelos tecidos remanescentes de tireóide ou ainda, por
metástases do câncer de tireóide.

Setenta e seis (N=76) pacientes receberam Alfatirotropina
(substância ativa), pois seus médicos acreditavam que a
administração do produto poderia reduzir o risco potencial de
eventos clínicos graves. Destes, vinte e cinco (n=25) haviam
apresentado eventos adversos graves específicos previamente (por
exemplo, comprometimento respiratório, complicações no Sistema
Nervoso Central, agravamento de insuficiência cardíaca congestiva,
doença arterial coronariana ou piora de desordens psiquiátricas,
entre outros inespecíficos), durante a retirada do hormônio
tireoidiano. Os médicos de 51 dos 76 pacientes solicitaram
Alfatirotropina (substância ativa), pois acreditavam que seus
pacientes apresentavam risco de complicações graves, embora os
pacientes não tivessem apresentado estas reações específicas
anteriormente. Durante a terapia com Alfatirotropina (substância
ativa), esses tipos de eventos pré-especificados ocorreram em 3/25
(12%) dos pacientes com histórico de eventos clínicos graves, e
4/51 (8%) nos pacientes sem histórico de eventos graves.

No momento basal, sessenta e três dos 115 pacientes tiveram
sintomas relacionados ao câncer de tireóide. A melhora dos sintomas
foi classificada pelos médicos em 23%, 29%, 14% e 24% destes
pacientes, avaliados em 3, 6, 9 e 12 meses, respectivamente, depois
da terapia com Alfatirotropina (substância ativa) e iodo
radioativo. Também no momento basal, dos 20 pacientes com dor óssea
crônica devido à presença de metástases, houve relato de melhora da
dor em 10 pacientes (50%) durante os meses após a terapia com
Alfatirotropina (substância ativa) e iodo radioativo. Muitos destes
pacientes apresentaram uma piora transitória da dor nos ossos por
alguns dias durante o tratamento, mas a seguir sentiram melhora da
dor. Dez dos pacientes com sintomas pulmonares no início do estudo
(n=31) sentiram melhora.

As mudanças nos valores da Tireoglobulina (Tg) plasmática
durante o tempo puderam ser avaliadas em 51 pacientes. O tratamento
com Alfatirotropina (substância ativa) e iodo radioativo causou
redução nos níveis de Tg (ou os manteve inalterados nos casos em
que os níveis basais de Tg estiveram no limite inferior de
detecção) quando comparado ao valor inicial em 65%, 78%, 46% e 73%
dos pacientes avaliados em 3, 6, 9 e 12 meses após o
tratamento.

Na análise retrospectiva dos 115 pacientes, a comparação das
cintilografias ao longo do tempo foi avaliada em 16 pacientes que
tiveram cintilografias basais e no acompanhamento posterior
(follow-up); e em 21 pacientes que tiveram uma cintilografia basal
e uma ou mais cintilografias de seguimento após a terapia. O exame
foi comparado às imagens mais recentes e houve melhora em 0%, 75%,
50% e 63% dos casos em 3, 6, 9 e 12 meses, respectivamente.
Quando comparada com a cintilografia pós–terapia anterior, a
cintilografia de acompanhamento demonstrou melhora em 50%,17%, 44%
e 43% dos pares de imagens avaliados em 3,6,9 e 12 meses,
respectivamente.

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Alfatirotropina (substância ativa) possui propriedades
bioquímicas comparáveis ao TSH pituitário humano. A ligação de
alfatirotropina aos receptores de TSH nas células epiteliais
normais da tireóide ou em tecido de câncer de tireóide bem
diferenciado estimula a absorção e organificação de iodo e a
síntese e secreção de tireoglobulina (Tg), triiodotironina (T3) e
tiroxina (T4).

Nos pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado, a
tireoidectomia total ou subtotal é realizada, geralmente, seguida
por terapia de reposição ou terapia de supressão da tiroxina. A
maioria dos pacientes recebe também tratamento com iodo radioativo
para ablação do tecido residual remanescente (resíduos de
tireóide). O iodo radioativo deve ser administrado quando o nível
sérico de TSH está elevado, de forma que o tecido tireoidiano capte
o iodo. Anteriormente, a elevação do nível sérico de TSH era obtida
pela retirada ou interrupção da tiroxina, de forma que os pacientes
se tornavam hipotireóideos. Com Alfatirotropina (substância ativa),
os pacientes continuam recebendo tiroxina e permanecem eutireóideos
e, desta forma, evitam os sintomas de hipotireoidismo.

A depuração diminuída do iodo, especificamente 131I, em
pacientes hipotireóideos, quando comparado a pacientes
eutireóideos, está bem documentada. Hlad e Bricker (1954)
demonstraram uma correlação direta entre um decréscimo na taxa de
filtração glomerular e decréscimos da depuração de 131I.
Montenegro et al (1996) estudaram a função renal avaliada pela
depuração da creatinina em 41 pacientes. Os resultados demonstraram
um decréscimo de 50% na depuração da creatinina (CrCl) quando os
pacientes estavam hipotireóideos versus eutireóideos (90
+- 3 mL/min versus 62 +- 4 mL/min p lt; 0,05).
Em estudos clínicos com Alfatirotropina (substância ativa), a
depuração diminuída de 131I durante o estado
hipotireóideo complicou as comparações entre a captação de
131I observado no leito da tireóide, quando os pacientes
estavam eutireóideos após a administração de Alfatirotropina
(substância ativa), versus a captação enquanto os
pacientes estavam em estado hipotireóideo.

Farmacocinética

A farmacocinética de Alfatirotropina (substância ativa) foi
estudada em 16 pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado
após uma única injeção intramuscular de 0,9 mg. Após a injeção, o
nível de pico médio (Cmáx) obtido foi 116 ± 38 mU/L e ocorreu
aproximadamente 13 ± 8 horas após a administração. A meia-vida de
eliminação foi 22 ± 9 horas. Os órgãos de depuração de TSH no homem
não foram identificados, mas estudos de TSH derivado da pituitária
sugerem o envolvimento do fígado e rins.

Em dois estudos clínicos de Fase 3, foram medidos os níveis de
TSH. Em um estudo, os níveis séricos médios de TSH foram 101 ± 60
mU/L e 132 ± 89 mU/L, 24 horas após a primeira e segunda doses,
respectivamente, e 16 ± 12 mU/L, 72 horas após a segunda dose de
Alfatirotropina (substância ativa) 0,9 mg IM. O TSH basal foi 0,2 ±
0,3 mU/L antes da administração de Alfatirotropina (substância
ativa). No segundo estudo de Fase 3, Alfatirotropina (substância
ativa) 0,9 mg foi administrado a cada 24 horas, em duas doses
(regime de 2 doses) ou 0,9 mg a cada 72 horas para três doses
(regime de 3 doses). O nível sérico máximo de TSH foi 124 ± 59
mU/L, 24 horas após a segunda dose no regime de 2 doses (nível
basal 0,08 ± 0,17 mU/L). Os níveis de TSH permaneceram acima de 25
mU/L por aproximadamente quatro dias. O nível sérico máximo de TSH
foi 102 ± 44 mU/L, 24 horas após a dose final no regime de 3
doses (nível basal 0,10 ± 0,13 mU/L). Os níveis de TSH foram ≥ 25
mU/L por aproximadamente nove dias.

Cuidados de Armazenamento do Thyrogen

Thyrogen deve ser armazenado sob refrigeração (entre 2°C e
8°C). Se necessário, a solução reconstituída pode ser armazenada
por até 24 horas sob refrigeração (entre 2°C e 8°C. Proteger da
luz.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.

Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide
embalagem.

Guarde-o em sua embalagem original.

Característica física

Thyrogen é um pó branco a esbranquiçado, esterilizado e não
pirogênico (não contém substâncias produzidas por bactérias) antes
de ser preparado para injeção. O profissional de saúde deve
misturar gentilmente todo conteúdo do frasco através de movimentos
circulares até que todo material esteja dissolvido.

A solução não deve ser agitada vigorosamente. Após
reconstituição com água para injetáveis, é uma solução clara e
incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observealguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de
crianças.

Dizeres Legais do Thyrogen

MS: 1.2543.0015

Farm. Resp.:
Bruna Belga Cathala – CRF – SP 42.670

Fabricado para:
Genzyme Corporation 
Cambridge, MA, EUA

Por:
Hospira Inc.
McPherson, KS, EUA

Embalado por:
Genzyme Corporation
Northborough, MA, EUA.

Importado por:
Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 São Paulo – SP
CEP: 05008-010
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria Brasileira

SAC 0800 77 123 73

Venda sob prescrição médica.

Thyrogen, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.