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Tevacarbo

Tevacarbo® (carboplatina) está indicado no tratamento
de estados avançados do carcinoma de ovário de origem epitelial
(incluindo tratamentos de segunda linha e paliativo em pacientes
que já tenham recebido medicamentos contendo cisplatina). Está
também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas células de
pulmão, nos carcinomas espinocelulares de cabeça e pescoço e nos
carcinomas de cérvice uterina.

Como o Tevacarbo funciona?


Tevacarbo® (carboplatina) é um medicamento usado no
tratamento do câncer. A carboplatina se liga ao DNA alterando sua
configuração e inibindo sua síntese, desta forma impedindo o tumor
de proliferar.

Contraindicação do Tevacarbo

A administração de Tevacarbo® (carboplatina) está
contraindicada a pacientes com insuficiência renal grave,
mielodepressão grave e/ou na presença de sangramento volumoso. Está
também contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à
carboplatina ou a outros compostos contendo platina (por exemplo,
cisplatina) e a pacientes grávidas ou que estejam amamentando.

Como usar o Tevacarbo

Tevacarbo® (carboplatina) é um medicamento de uso
restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, portanto
deve ser preparado e administrado exclusivamente por profissionais
treinados em ambiente hospitalar ou ambulatorial.

Posologia do Tevacarbo


Tevacarbo® pode ser administrado tanto como agente
único ou em combinação com outros medicamentos antineoplásicos.
Tevacarbo® deve ser utilizado apenas por via intravenosa e deve ser
administrado por infusão IV por um período de no mínimo 15
minutos.

Tevacarbo® é um medicamento de uso restrito a
hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento deverão ser
determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o
tipo de neoplasia e a resposta ao tratamento. Para maiores
informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico
ou a bula específica para o profissional de saúde.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Tevacarbo?


Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o
plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se
você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse
medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da
programação de tratamento.

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Tevacarbo

Gerais

Tevacarbo® (carboplatina) deve apenas ser
administrado sob constante supervisão de médicos experientes em
terapia citotóxica. Monitoração cuidadosa da toxicidade é
mandatória, particularmente no caso de administração de altas
doses.

A carboplatina é um fármaco altamente tóxico, com estreito
índice terapêutico e é improvável que ocorra efeito terapêutico sem
alguma evidência de toxicidade.

Função da Medula Óssea

Tevacarbo® age na medula óssea suprimindo a produção
das células do sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e
plaquetas). Esta supressão depende da dose (quanto maior a dose,
menos células no sangue). Por este motivo exames de sangue
(hemograma) devem ser realizados em intervalos frequentes (por
exemplo, semanalmente) em pacientes que estão recebendo
carboplatina. Pacientes com insuficiência renal, em uso de outros
medicamentos que também suprimem a medula ou em radioterapia tem
maior risco de toxicidade grave. A dose de Tevacarbo®
para estes pacientes deve ser ajustada. O tratamento da toxicidade
pela carboplatina pode requerer uso de antibióticos, transfusões de
sangue e derivados, entre outros.

Função Renal

A carboplatina é excretada principalmente na urina e a função do
rim deve ser monitorada em pacientes que estejam recebendo este
medicamento. Se o paciente apresenta função do rim prejudicada pode
ser necessário ajuste de dose. A terapia prévia com cisplatina (um
quimioterápico) ou concomitante com outros fármacos tóxicos ao rim
pode aumentar o risco de toxicidade renal.

Sistema Nervoso Central / Funções Auditivas

Devem ser realizadas regularmente avaliações do sistema nervoso
antes e após o tratamento, particularmente em pacientes previamente
tratados com cisplatina (um quimioterápico) e em pacientes com mais
de 65 anos de idade. A carboplatina pode causar toxicidade auditiva
cumulativa. Audiogramas devem ser realizados antes do início da
terapia e durante o tratamento ou quando houver sintomas auditivos.
A perda auditiva importante pode requerer modificações da dose ou
descontinuação da terapia.

Efeitos Gastrintestinais

A carboplatina pode induzir vômitos. A incidência e gravidade
dos vômitos pode ser reduzida pelo prétratamento com antieméticos
(remédios que impedem o vômito) ou através da administração da
carboplatina em infusão intravenosa (na veia) por 24 horas, ou como
administração intravenosa (na veia) em doses fracionadas em 5 dias
consecutivos ao invés de uma infusão única.

Reações de Hipersensibilidade

Assim como com outros compostos contendo complexos de platina,
reações alérgicas à carboplatina foram relatadas. Os pacientes
devem ser monitorados quanto a possíveis reações alérgicas
anafilactóides (reação semelhante à anafilaxia), e equipamento e
medicações apropriados devem estar prontamente disponíveis para
tratar tais reações sempre que Tevacarbo® for
administrado.

Mutagenicidade e Carcinogenicidade

Estudos em animais demonstraram que a carboplatina é mutagênica
e teratogênica. A carboplatina pode causar dano fetal quando
administrada a mulheres grávidas. Não foi estudado o potencial
carcinogênico da carboplatina, embora compostos com mecanismo de
ação semelhante tenham sido relatados como carcinogênicos.

Efeitos Imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a
infecções

Administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes
imunocomprometidos (com defesas diminuídas) por agentes
quimioterápicos incluindo carboplatina pode resultar em infecções
sérias ou fatais.

Vacinação com vacinas atenuadas deve ser evitada em pacientes
recebendo Tevacarbo®. Vacinas mortas ou inativas podem
ser administradas, entretanto, a resposta a estas vacinas pode ser
diminuída.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar
máquinas

O efeito da carboplatina sobre a habilidade de dirigir ou operar
máquinas não foi sistematicamente avaliado.

Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.

Para maiores informações, consulte seu médico ou a bula
com informações técnicas aos profissionais de saúde.

Reações Adversas do Tevacarbo

Muitos efeitos colaterais do tratamento com
Tevacarbo® (carboplatina) são inevitáveis devido as suas
ações farmacológicas. No entanto, os efeitos adversos são
geralmente reversíveis se detectados precocemente.

As reações adversas como relatadas para os vários
sistemas são as seguintes

Tumores benignos, malignos e inespecíficos

Raros casos de desenvolvimento de leucemias mielóides agudas e
síndromes mielodisplásicas (tipos de câncer do sangue) foram
observados em pacientes que foram tratados com carboplatina,
principalmente quando tratados em combinação com outros agentes que
potencialmente podem causar estas doenças.

Sangue e sistema linfático

A principal toxicidade da carboplatina é a supressão da medula
óssea (diminuição da função da medula óssea), que é manifestada
pela trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do
sangue: plaquetas), leucopenia (redução de células de defesa no
sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de
defesa no sangue: neutrófilos) e/ou anemia (diminuição da
quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias). A
mielosupressão (diminuição da função da medula óssea) é relacionada
à dose. Transfusões podem ser necessárias particularmente em
pacientes sob terapia prolongada (exemplo: mais de 6 ciclos).
Sequelas clínicas tais como febre, infecções e hemorragia (perda
excessiva de sangue) podem ser observadas.

Metabolismo e nutrição

Podem ocorrer anormalidades dos eletrólitos, hipocalemia
(potássio sanguíneo baixo), hipocalcemia, hiponatremia (redução da
concentração de sódio no sangue) e/ou hipomagnesia (redução da
concentração de magnésio no sangue).

Sistema nervoso

Neuropatias periféricas (disfunção dos neurônios que pode levar
a perda sensorial, atrofia e fraqueza muscular, e decréscimos nos
reflexos profundos) podem ocorrer. O efeito, mais comum em
pacientes acima de 65 anos de idade, parece ser cumulativo,
ocorrendo principalmente em pacientes recebendo terapia prolongada
e/ou naqueles que receberam terapia anterior com cisplatina (um
quimioterápico).

Olhos

Anormalidades visuais, com perda visual transitória (que pode
ser completa para luz e cores) ou outros distúrbios podem ocorrer
em pacientes tratados com carboplatina. Melhora e/ou recuperação
total da visão geralmente ocorre dentro de semanas após a
interrupção do fármaco. Cegueira cortical (no cérebro) foi relatada
em pacientes com alteração de função renal recebendo altas doses de
carboplatina.

Ouvido e labirinto

Tinido (zumbido no ouvido) e perda auditiva foram relatados em
pacientes recebendo carboplatina. O risco de ototoxicidade pode ser
aumentado pela administração concomitante de outros fármacos
ototóxicos (com toxicidade auditiva) (por exemplo,
aminoglicosídeos).

Cardíaco

Insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração em
bombear a quantidade adequada de sangue), doença arterial
coronariana isquêmica (por exemplo: infarto do miocárdio, parada
cardíaca, angina e isquemia do miocárdio).

Vascular

Eventos cerebrovasculares.

Gastrintestinal

Náuseas (enjoo) e/ou vômitos, que são geralmente leves a
moderados em relação à gravidade, podem ocorrer dentro de 6 a 12
horas após a administração de Tevacarbo®, podendo
persistir por até 24 horas ou mais. Outras reações gastrintestinais
como mucosite (úlceras na mucosa dor órgãos do aparelho digestivo),
diarreia, constipação (prisão de ventre) e dor abdominal também
foram relatadas.

Hepatobiliar

Podem ocorrer elevações leves e geralmente transitórias nas
concentrações de fosfatase alcalina sérica (enzima encontrada em
diversos órgãos e tecidos), aspartato aminotransferase (AST ou TGO:
enzima do fígado) ou bilirrubina (substância resultante da
destruição e metabolização da célula sanguínea). Anormalidades
substanciais nos testes de funções hepáticas foram relatadas por
pacientes tratados com carboplatina que receberam altas doses de
carboplatina e transplante autólogo de medula óssea.

Sistema imune

Reações alérgicas a carboplatina têm sido relatadas. E incluem:
reações de anafilaxia/anafilactóides (reações alérgicas graves),
hipotensão (pressão baixa), broncoespasmos (chiado no peito) e
pirexia. Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em poucos
minutos após administração intravenosa da carboplatina.

Pele e tecido subcutâneo

Podem ocorrer raramente dermatites esfoliativas (descamação da
pele). Casos de rash (vermelhidão da pele) eritematoso,
pruridos (coceiras), urticária (alergia da pele) e alopecia (perda
de cabelo) relacionados ao uso de carboplatina têm sido
observados.

Musculoesquelético e de tecido conectivo

Mialgia (dor muscular) / artralgia (dor nas articulações).

Renal e urinário

Insuficiência renal aguda (diminuição aguda da função dos rins)
tem sido raramente reportada. Síndrome hemolítico-urêmica (doença
grave que se caracteriza por diminuição aguda da função dos rins,
anemia e diminuição das plaquetas – responsáveis pela coagulação do
sangue).

Geral

Astenia (fraqueza), sintomas semelhantes à gripe e reações no
local da injeção.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Tevacarbo

Uso em Crianças

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em
crianças.

Uso em Idosos

Dos 789 pacientes inicialmente tratados no estudo de terapia
combinada (NCIC e SWOG), 395 pacientes foram tratados com
carboplatina em combinação com a ciclofosfamida. Destes, 141 tinham
mais que 65 anos de idade e 22 deles tinham 75 anos ou mais. Neste
estudo a idade não foi um fator prognóstico de sobrevivência. Em
relação à segurança, pacientes idosos tratados com a carboplatina
estavam mais propensos a desenvolver trombocitopenia grave quando
comparados aos pacientes mais jovens.

Em dados combinados de 1942 pacientes (414 com 65 anos ou mais)
que receberam a carboplatina como agente único para diferentes
tipos de tumores, uma incidência similar dos eventos adversos foi
observada nos pacientes com 65 anos ou mais e em pacientes com
idade inferior a 65 anos. Outras experiências de relatos clínicos
não identificaram respostas diferentes entre os pacientes idosos e
os mais jovens, mas a sensibilidade maior de alguns pacientes
idosos não pode ser descartada. A função renal deve ser considerada
na seleção da dose da carboplatina devido à função renal dos idosos
muitas vezes estar diminuída.

Uso Durante a Gravidez

A carboplatina pode causar danos ao feto quando administrado a
mulheres grávidas. Tevacarbo® deve ser utilizado em
mulheres grávidas apenas em situações de risco de morte ou diante
da impossibilidade de uso de medicamentos seguros ou quando outros
medicamentos são ineficazes.

Caso Tevacarbo® seja utilizado durante a gravidez, ou
se a paciente engravidar durante o tratamento, a paciente deverá
ser alertada sobre os riscos potenciais para o feto. As mulheres em
idade fértil devem ser alertadas a evitar a gravidez durante o
tratamento com Tevacarbo®.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Uso durante a Lactação

Não está claramente estabelecido se a carboplatina ou seus
metabólitos contendo platina são excretados no leite materno. No
entanto, devido ao risco potencial de reações adversas sérias em
lactentes caso o fármaco passe para o leite, a amamentação deve ser
descontinuada durante a terapia.

Composição do Tevacarbo

Cada mL da solução injetável de Tevacarbo®
(carboplatina) contém:

10 mg de carboplatina.

Excipientes: manitol, água para injetáveis.

Apresentação do Tevacarbo


Solução injetável 10 mg/mL

Tevacarbo® (carboplatina) é apresentado em embalagem
contendo 1 frasco-ampola de 15 mL (150 mg) ou 45 mL (450 mg).

Via de administração: uso injetável apenas por via
intravenosa.

Uso adulto.

Cuidado: Agente citotóxico.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de
referência.

Superdosagem do Tevacarbo

Não há antídoto conhecido para a superdosagem com carboplatina.
Portanto, todas as medidas possíveis devem ser tomadas para se
evitar a superdosagem, o que inclui estar ciente do perigo
potencial de superdosagem, cálculo cuidadoso da dose a ser
administrada e disponibilidade de recursos diagnósticos e
terapêuticos adequados. Superdosagem aguda com carboplatina pode
resultar em aumento dos seus efeitos tóxicos esperados (por
exemplo, mielossupressão grave, vômitos e náuseas intratáveis,
toxicidade neurosensorial grave, insuficiências renal e hepática,
etc.) Pode ocorrer óbito.

A hemodiálise é efetiva e, mesmo assim, parcialmente, até 3
horas após a administração, uma vez que ocorre ligação rápida e
extensiva da platina às proteínas plasmáticas. Sinais e sintomas de
superdosagem devem ser tratados com medidas de suporte. O uso de
carboplatina em doses acima das recomendadas tem sido relacionado
com perda de visão.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Tevacarbo

Tevacarbo® é, na maioria das vezes, utilizado em
combinação com fármacos antineoplásicos (quimioterápicos) que
possuem efeitos citotóxicos similares. Nessas circunstâncias, é
provável a ocorrência de toxicidade auditiva.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Tevacarbo

Resultados de eficácia

Oitenta e oito pacientes com câncer epitelial de ovário fase IIB
-III foram randomizados para receber em primeira linha cisplatina
como único agente (100 mg/m2) mensal ou carboplatina
(substância ativa) (400 mg/m2) mensal de até 5 ciclos.
Crossover para o análogo inverso ocorreu com a progressão
ou a falta de resposta. O número mediano de episódios de vômitos
por ciclo com cisplatina foi 16 e com carboplatina (substância
ativa) 2 (p lt; 0,001). No braço cisplatina 27/40 (67,5 %)
desenvolveram toxicidade renal leve, 9/ 40 (22,5%) neurotoxicidade
OMS grau 1 e 18/ 40 (45%) evidência de ototoxicidade em
audiometria. No braço carboplatina (substância ativa) não foi
observada neuro ou ototoxicidade e 1/40 (2,5%) desenvolveram
toxicidade renal OMS grau 1.

Mielossupressão e anemia foram mais comuns com carboplatina
(substância ativa), mas apenas um episódio de trombocitopenia grau
IV foi visto com a primeira linha de carboplatina (substância
ativa). A taxa de resposta clínica (CR + PR) para a cisplatina foi
de 19 /40 e para carboplatina (substância ativa) 27/40. A sobrevida
atuarial para o grupo cisplatina em 24 meses foi de 50% e para o
grupo de carboplatina (substância ativa) 58%, sem diferença
significativa. Carboplatina (substância ativa) parece ser menos
tóxica do que a cisplatina, com taxas de sobrevida e resposta
semelhantes.

Meta-análise de 17 ensaios clínicos randomizados, compreendendo
4.920 pacientes, que comparam regimes à base de platina como
tratamento de primeira linha para carcinoma de pequenas células de
pulmão mostrou que regimes a base de platina foram associados com
uma sobrevivência ligeiramente superior em um ano (RR = 1,08, IC de
95% 1,01-1,16, p = 0,03), melhor resposta parcial (RR = 1,11, 95%
CI 1,02-1,21, p = 0,02) e com um maior risco de anemia, náuseas e
neurotoxicidade. Regimes baseados em cisplatina melhoraram a
sobrevida em 1 ano (RR = 1,16, 95% CI 1,06-1,27, p = 0,001),
resposta completa (RR = 2,29, 95% CI 1,08-4,88, p = 0,03) e
resposta parcial (RR = 1,19, IC de 95% 1,07-1,32, p = 0,002), com
um aumento do risco de anemia, neutropenia, neurotoxicidade e
náuseas.

Por outro lado, os regimes baseados em carboplatina (substância
ativa) não aumentaram a taxa de sobrevivência em 1 ano (RR = 0,95,
95% CI 0,85-1,07, p = 0,43). Houve diferença estatisticamente
significativa entre o efeito da cisplatina em comparação com
carboplatina (substância ativa) (p = 0,05).

Quinze pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente,
previamente tratados com quimioterapia de indução (Cisplatina e
5-FU), seguido por quimio e radioterapia foram tratados com
carboplatina (substância ativa) AUC 5 e paclitaxel 175
mg/m2 por via intravenosa a cada 3 semanas. Todos os
pacientes foram avaliados quanto à resposta e toxicidade. Após três
ciclos de quimioterapia, observou-se uma resposta completa (6,6%) e
7 respostas parciais (46,6%), com uma taxa de resposta geral de
53,2% (IC 95 % 26,6-78,7 %). Doença estável foi observada em 2
pacientes (13,3%) e doença progressiva foi observada em cinco
pacientes (33,3 %). A toxicidade foi leve: foi registrado um caso
de toxicidade G3 (neutropenia) e nenhum efeito colateral G4. Os
autores concluem que a combinação de carboplatina (substância
ativa) e paclitaxel foi bem tolerada e pode ser administrada com
segurança a pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente
como tratamento de segunda linha.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacodinâmico:

A carboplatina (substância ativa) é um agente antineoplásico
composto de platina.

Mecanismo de ação:

A carboplatina (substância ativa) se liga ao DNA através de
ligações cruzadas nas duas cadeias, alterando a configuração da
hélice e inibindo sua síntese. O efeito é provavelmente
independente do ciclo.

Propriedades farmacodinâmicas:

A carboplatina (substância ativa) é um composto de platina,
cis-diamina (1,1-ciclobutanodicarboxil) platina, com efeito
antineoplásico. As propriedades bioquímicas são similares às da
cisplatina.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção:

Após dose única por via intravenosa, sob infusão por 60 minutos,
a concentração plasmática de platina total e platina livre (ultra
filtrada) apresenta redução bifásica conforme cinética de primeira
ordem. A meia-vida inicial da platina livre é da ordem de magnitude
de 1 a 2 horas e a meia-vida final é de 3 a 6 horas. A platina
total tem a mesma meia-vida inicial, enquanto que a meia-vida final
é mais baixa (aproximadamente 24 horas). Uma relação
aproximadamente linear entre a dose (na área de 300 – 500
mg/m2) e a AUC plasmática de platina total e livre é
atingida. Repetidas doses de carboplatina (substância ativa)
durante 4 dias consecutivos não causam acúmulos de platina no
plasma. Após 24 horas da administração da dose, 85% da platina
plasmática está ligada a proteínas.

Distribuição:

O volume de distribuição para carboplatina (substância ativa) é
de 16 litros.

Eliminação:

A carboplatina (substância ativa) é excretada principalmente
através da urina, na qual 30% da dose é secretada inalterada. Em
pacientes com clearance de creatinina de 60 mL/min ou
mais, 65% e 70% da dose é recuperada após 12 e 24 horas
respectivamente. O clearance total da carboplatina
(substância ativa) é de 4,4 litros/hora.

Dados de segurança pré-clínicos

A DL50 da carboplatina (substância ativa) intravenosa é de 150 e
61 mg/kg para camundongos e ratos respectivamente e acima de 31,1
mg/kg para cães. Os principais órgãos atingidos após administração
única foram sistema hematolinfopoiético, rins e trato
gastrintestinal. Efeitos tóxicos após repetidas doses foram
investigados em camundongos, ratos e cães. Os principais órgãos
atingidos foram sistema hematolinfopoiético, trato gastrintestinal,
rins, fígado e órgãos reprodutivos de ambos machos e fêmeas.

O tratamento de ratos, machos e fêmeas, com carboplatina
(substância ativa) intravenosa antes do acasalamento e até a
implantação, causou aumento da letalidade fetal e diminuição de
fetos vivos. O tratamento de ratas grávidas com carboplatina
(substância ativa) intravenosa durante a organogenese (dias 7 – 17)
causou retardo no desenvolvimento e crescimento fetal e crescimento
pós-natal lento. O tratamento sem interrupção de ratas a partir do
17o dia de gravidez, passando pelo período de amamentação, até o
desmame, não causou qualquer efeito no nascimento, na viabilidade
ou no desenvolvimento da prole.

Carboplatina (substância ativa) apresentou-se genotóxica na
maioria dos testes in vitro e in vivo que foram
conduzidos.

Estudos de toxicidade demonstraram que o extravasamento da
injeção causa necrose tissular.

Cuidados de Armazenamento do Tevacarbo

Tevacarbo® (carboplatina) deve ser armazenado em
temperatura inferior a 25°C.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Tevacarbo® apresenta-se na forma de solução límpida,
incolor ou levemente amarelada e isenta de partículas visíveis.

O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada
deve ser devidamente descartada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Mensagens de Alerta do Tevacarbo

Este produto é de uso restrito a hospitais ou
ambulatórios especializados, com emprego específico em neoplasias
malignas e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado. As
informações ao paciente serão fornecidas pelo médico assistente,
conforme necessário.

Dizeres Legais do Tevacarbo

MS n°: 1.5573.0008

Farm. Resp.:
Carolina Mantovani Gomes Forti
CRF-SP n°: 34.304

Fabricado por:
Pharmachemie B. V. Haarlem – Holanda

Importado e distribuído por:
Teva Farmacêutica Ltda.
Av. Guido Caloi, 1935 – Prédio B – 1º Andar
São Paulo – SP
CNPJ nº 05.333.542/0001-08

® Marca registrada de Teva Pharmaceutical
Industries Ltd.

SAC Teva:
0800-777-8382

Veda sob prescrição médica. Uso restrito a
hospitais.

Cuidado: Agente Citotóxico.

Tevacarbo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.