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Talidomida

A Talidomida (substância ativa) é o medicamento de escolha para
o ENH ou reação tipo II.

Tratamento da úlcera aftoide idiopática em pacientes que
convivem com o vírus HIV

Pode ser utilizada no tratamento das aftas mucocutâneas em
pacientes que convivem com o vírus HIV e que não respondem ao
tratamento com corticosteroides.

Tratamento da doença enxerto contra hospedeiro
(DECH)

O tratamento da DECH crônica consiste em medidas de suporte
associadas, principalmente, à imunossupressão sistêmica prolongada
baseada em corticosteroides, sendo a Talidomida (substância ativa)
indicada para o tratamento de pacientes refratários a
corticoide.

Tratamento do lúpus eritematoso

É indicada para pacientes com diagnóstico de lúpus eritematoso,
em qualquer de suas formas clínicas (lúpus eritematoso sistêmico,
discoide e cutâneo subagudo), com manifestações cutâneas
resistentes aos tratamentos convencionais.

Tratamento do mieloma múltiplo refratária à
quimioterapia

Os esquemas terapêuticos que incluem a Talidomida (substância
ativa) podem ser usados como primeira linha de tratamento ou para
os casos refratários ou recidivados à quimioterapia que não a
tenham recebido no período do diagnóstico. A Talidomida (substância
ativa) é indicada para pacientes com mieloma múltiplo refratário à
quimioterapia convencional, sendo que o tratamento, somente poderá
continuar após 3 meses, se houver comprovação laboratorial da
remissão da doença.

Tratamento da síndrome mielodisplásica

É indicada somente para pacientes com anemia refratária sem
sideroblastos em anel, anemia refratária com sideroblastos em anel
e anemia refratária não especificada, refratários à
eritropoetina.

Contraindicação do Talidomida

Hipersensibilidade

A talidomida é contraindicada a pacientes que apresentam
hipersensibilidade ao medicamento ou aos seus componentes. Reações
cutâneas graves são mais comuns em pacientes que convivem com o
vírus HIV e que fazem uso da talidomida.

Leucopenia e neutropenia

Contagens reduzidas de células brancas sanguíneas, incluindo
neutropenia, foram observadas em pacientes em uso de talidomida.
Como são mais frequentemente observadas em pacientes com baixas
contagens de neutrófilos, não deve ser iniciado o tratamento com
contagem absoluta de neutrófilos (CAN) lt; 750 por mm³.

Neuropatia periférica

A Talidomida (substância ativa) pode causar neuropatia
periférica que pode ser irreversível. A Talidomida (substância
ativa) pode também agravar a neuropatia já existente e, como tal,
não deverá ser usada por pacientes com sinais ou sintomas clínicos
de neuropatia periférica.

Precauções especiais devem ter tomadas, a critério
médico, nas seguintes situações:

  • Pacientes com câncer, previamente ou concomitantemente,
    expostos a agentes quimioterápicos neurotóxicos, como cisplatina,
    etoposídeo, alcaloides da vinca ou taxanos;
  • Pacientes em uso de antirretrovirais conhecidamente associados
    à neuropatia periférica, como estavudina e didanosina;
  • Pacientes em tratamento com os seguintes tuberculostáticos
    como isoniazida, etambutol e etionamida;
  • Outros medicamentos, como bortezomibe, cloranfenicol,
    dapsona, fenitoína, hidralazina, lítio, metronidazol,
    nitrofurantoína e óxido nitroso.

Existe pouca evidência do aparecimento de neuropatia periférica
associada ao uso do medicamento em pacientes com eritema
nodoso hansênico.

Proibida para mulheres grávidas ou com chance de
engravidar. Categoria de Risco na Gravidez e Lactação X do
FDA.

Como usar o Talidomida

A sonolência e a tontura, dose dependentes, são as principais
manifestações do uso da Talidomida (substância ativa). Isso
caracteriza a importância da utilização do fármaco em dose única
diária, se possível, antes de dormir, o que leva a um significativo
aumento da adesão ao tratamento.

Uso oral.

A Talidomida (substância ativa) deve ser ingerida com água, pelo
menos, 1 hora após as refeições. A administração do fármaco na hora
de dormir minimiza o impacto do seu efeito sedativo.

Caso a posologia indique a necessidade de ingestão de 50
mg de Talidomida (substância ativa), deve-se partir o comprimido da
seguinte maneira:

  1. Segure o comprimido conforme imagem abaixo, posicionando os
    polegares na fase sulcada do comprimido.

  1. Girar as mãos para baixo, de forma a partir o comprimido na
    fase inferior (lisa), que está em contato com os indicadores.

Posologia do Talidomida


Eritema nodoso hansênico (ENH) ou reação tipo
II

A Talidomida (substância ativa) é o medicamento de escolha na
dose de 100 a 400 mg/dia, conforme a intensidade do quadro. Manter
a poliquimioterapia se o paciente ainda estiver em tratamento
específico. Associar corticosteroide em caso de comprometimento de
nervos (bem definido após palpação e avaliação da função neural),
segundo o esquema já referido.

A dose da Talidomida (substância ativa) e/ou do corticoide deve
ser reduzida conforme resposta terapêutica.

Na associação de Talidomida (substância ativa) e corticoide,
usar ácido acetilsalicílico 100 mg/dia como profilaxia para
tromboembolismo.

Úlceras aftoides

O tratamento padrão para aftas mucocutâneas em pacientes que
convivem com o vírus HIV que não respondem ao tratamento com
corticosteroides, consiste em administração de 200 mg/dia por
quatro semanas, podendo essa dose ser diminuída, a critério médico,
frente à ocorrência de sedação ou algum outro evento adverso. Caso
não ocorra remissão completa das lesões no período de quatro
semanas, o médico deverá ser consultado para prolongamento do
tratamento e/ou reajuste de dose.

Doença do enxerto contra hospedeiro

Recomenda-se que se inicie com 50 a 100 mg/dia e que a dose seja
escalonada semanalmente, caso haja tolerância. Doses acima de 200
mg/dia devem ser divididas em 2 a 4 tomadas por dia, 1 hora após as
refeições. A dose alvo é de 400 mg/dia, mantendo-se a dose
continuamente em caso de resposta objetiva. A avaliação de resposta
deve ser feita após 3 meses de terapia, em caso de ausência de
resposta, a medicação deve ser suspensa. Doses acima de 400 mg/dia
devem ser prescritas com cautela.

Lúpus eritematoso

O tratamento com o medicamento Talidomida (substância ativa)
deve iniciar-se com a dose de 50 mg até 100 mg/dia, dividida em 2
doses diárias, por pelo menos 6 meses, por via oral. A dose máxima
recomendada é cerca de 400 mg/dia. Se não ocorrer reativação da
lesão cutânea, tenta-se reduzir a dose (50 mg em dias alternados)
e, depois de 3 meses, suspendese a Talidomida (substância ativa).
Caso surjam novas lesões cutâneas, reinicia-se o tratamento.

Mieloma múltiplo

O tratamento preconizado é de 200 mg/dia acrescidos de 200 mg a
cada 2 semanas com limite de 400 mg/dia ou até o limite de
tolerância do paciente em relação aos efeitos colaterais. A dose
diária é de 100 mg, por via oral, nos primeiros 14 dias e, não
havendo intolerância, aumentar para 200 mg continuamente até
regressão da doença. Havendo intolerância, manter a dose de 100 mg
ao dia. Usar continuamente até regressão da doença.

Síndrome mielodisplásica

Iniciar o tratamento com 100 a 200 mg/dia em dose única durante
4 semanas, com aumento da dose a cada mês, conforme a tolerância do
paciente. Doses acima de 200 mg/dia devem ser divididas em 2 a 4
tomadas diárias, 1 hora após as refeições. A dose de resposta ao
tratamento varia entre 200 a 400 mg/dia, sendo esta última a dose
máxima diária. A redução da dose diária para 100 mg, ou mesmo 50
mg, foi associada à diminuição de eventos adversos, porém a custa
de uma diminuição das taxas de resposta. O tratamento deve ser
mantido até quando houver ação terapêutica sem intolerância ao
medicamento.

Não havendo resposta terapêutica com 12 a 16 semanas, o
tratamento deve ser suspenso.

Dose esquecida

Se o paciente esquecer-se de tomar uma dose do medicamento, ele
deverá tomá-lo o mais rápido possível. Entretanto, se estiver quase
na hora da sua próxima dose, ele deverá pular a dose esquecida e
voltar ao seu esquema de dose regular. O paciente nunca poderá
dobrar as doses.

Casos especiais

Os pacientes com disfunção renal ou hepática grave devem ser
cuidadosamente monitorizados para detecção de efeitos adversos.

    Reações Adversas do Talidomida

    Teratogenicidade

    Embora não seja precisamente estudado, acredita-se que,
    aproximadamente, 100% das mulheres grávidas expostas à Talidomida
    (substância ativa) durante o período crítico (considerado do 21º ao
    40º dia de gestação) geram bebês com alguma malformação. Foi
    documentado que mesmo uma dose única de 50 mg pode levar a alguma
    malformação.

    A teratogenicidade manisfesta-se de diferentes formas, como
    focomelia, que é a mais comum, malformação do crânio, microftalmia,
    anoftalmia, deformidades ou ausência do pavilhão auricular e
    atresia de canal externo com orelhas de implantação baixa, nariz em
    sela, fenda palatina, malformação do sistema respiratório,
    anomalias cardiovasculares, malformação do trato gastrointestinal,
    ausência de vesícula biliar e ducto biliar comum, anomalias do
    trato urinário e rins.

    Devidos aos motivos acima citados, a Talidomida (substância
    ativa) tem seu uso proibido durante a gravidez.

    As frequências de reações adversas são definidas da
    seguinte forma:

    • Muito comum ( gt; 1/10 );
    • Comum ( gt; 1/100 a ≤ 1/10 );
    • Incomum ( gt; 1/1000 a ≤ 1/100);
    • Rara (gt; 1/10.000 a ≤ 1/1000);
    • Muito rara (≤ 1/10.000 ).

    Reação muito comum ( gt; 10% ou gt; 1/10)

    Neuropatia periférica

    A terapia crônica com Talidomida (substância ativa) pode levar à
    neuropatia periférica, que é, provavelmente, o risco mais
    significativo aos pacientes em uso do medicamento. A toxicidade é,
    inicialmente, observada como torpor de dedos e pés, seguido de
    perda de sensibilidade superficial em pés e mãos. Os sintomas da
    neuropatia podem ser iniciados após a descontinuação do uso da
    Talidomida (substância ativa). A neuropatia pode não ser
    reversível, por isso todos os pacientes em uso de Talidomida
    (substância ativa) devem ser avaliados e
    monitorados neurologicamente.

    O risco parece aumentar em pacientes idosos e com doses
    cumulativas do medicamento e a incidência de neuropatia varia
    largamente em diferentes estudos.

    Constipação

    É um efeito adverso muito comum. Parece estar associada ao uso
    prolongado e, em geral, é responsiva a laxantes moderados, como
    leite de magnésia, lactulose e psyllium (fibra solúvel).
    Normalmente, pode ser melhorada com o uso de alimentos laxativos,
    aumento da ingestão hídrica, leite ou magnésio.

    Sonolência

    Sonolência e tontura, dose dependentes, são os efeitos adversos
    mais comuns à Talidomida (substância ativa). É observado o
    desenvolvimento de tolerância à sedação com uso contínuo.

    Erupções hematológicos

    Contagens reduzidas de células brancas sanguíneas, incluindo
    neutropenia, foram observadas em pacientes em uso de Talidomida
    (substância ativa), particularmente em pacientes com alguma
    desordem que pode afetar o sistema hematológico. A neutropenia,
    dose dependente, é mais comum em pacientes que convivem com o vírus
    HIV, transplantados de medula óssea e em pacientes com baixa
    contagem de neutrófilos pré-tratamento.

    A trombocitopenia, contagem reduzida de plaquetas, também foi
    observada nos casos de MM e ENH. Deve-se monitorar sinais e
    sintomas de sangramento incluindo petequias, epistaxis e
    sangramento gastrointestinal, especialmente se a medicação
    concomitante pode aumentar o risco de hemorragia.

    Reação comum (gt; 1% e ≤ 10%)

    Erupções cutâneas

    As erupções desaparecem após a descontinuação do medicamento com
    ou sem o uso de anti-histamínicos. O aparecimento de dano
    epidérmico grave, vasculite alérgica e trombocitopenia, que podem
    ameaçar a vida, são também conhecidos. Erupções cutâneas graves são
    mais comuns em pacientes que convivem com o vírus HIV e fazem uso
    da Talidomida (substância ativa).

    Infecções

    As alterações na imunidade decorrentes do uso contínuo da
    Talidomida (substância ativa) podem aumentar a possibilidade de
    infecções graves. Essas reações foram reportadas como comuns em
    indivíduos portadores de mieloma múltiplo e também foram reportadas
    em pacientes portadores de ENH e pacientes que convivem com o vírus
    HIV, porém sem determinação de frequencia.

    Eventos tromboembólicos

    Um risco maior de trombose venosa profunda e embolia pulmonar
    tem sido constatado em pacientes tratados com Talidomida
    (substância ativa). Se o paciente evidenciar episódios
    tromboembólicos, deve-se suspender o tratamento e iniciar uma
    terapia anticoagulante normal. Alguns quimioterápicos parecem
    aumentar o risco de trombose venosa profunda por um mecanismo
    sinérgico de aumento de toxicidade. A associação com dexametasona
    também aumenta esse risco.

    Sintomas, tais como falta de ar, dores no peito, tumefação dos
    braços ou pernas devem ser monitorados pelo médico.

    Outros efeitos

    Efeitos endócrinos

    Leve decréscimo da secreção do hormônio folículo estimulante
    (FSH) e hormônio luteinizante (LH) em mulheres usuárias de
    Talidomida (substância ativa). Alterações no nível do hormônio
    estimulante da tireoide (TSH), secreções da tireoide e aumento na
    secreção de corticotropina e prolactina foram reportadas em
    indivíduos portadores de HIV, porém, a frequência não foi
    determinada.

    Atenção: este produto é um medicamento que
    possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas
    tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado
    e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
    imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos
    adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
    NOTIVISA, disponível em
    ” portal.anvisa.gov.br/notivisa1″
    Informe também à Funed por meio do Serviço de Atendimento ao
    Cliente (SAC).

    Interação Medicamentosa do Talidomida

    A Talidomida (substância ativa) é um substrato com fraca ligação
    às isoenzimas do citocromo P450 e, como tal, são improváveis
    interações clinicamente significativas com medicamentos
    metabolizados por este sistema enzimático.

    Medicamento-medicamento

    Medicamentos que causam sonolência

    A Talidomida (substância ativa) tem propriedades sedativas,
    motivo pelo qual poderá potencializar a sedação induzida pelos
    medicamentos dos seguintes grupos: ansiolíticos, hipnóticos,
    antipsicóticos, anti histamínicos H1, derivados dos opiáceos,
    barbitúricos, antidepressivos tricíclicos e álcool.

    Medicamentos que causam bradicardia

    Devido ao potencial da Talidomida (substância ativa) para
    induzir bradicardia, deverá ter-se particular atenção com
    medicamentos que tenham o mesmo efeito farmacodinâmico, como
    substâncias ativas que induzem torsade de pointes,
    bloqueadores beta ou agentes anticolinesterásicos.

    Medicamentos que causam neuropatia
    periférica

    Os medicamentos conhecidos por estarem associados à neuropatia
    periférica devem ser usados com precaução nos pacientes que
    tomam Talidomida (substância ativa).

    Dexametasona e quimioterápicos

    A associação entre a Talidomida (substância ativa) e a
    dexametasona ou a Talidomida (substância ativa) e alguns
    quimioterápicos pode levar a um risco aumentado de eventos
    tromboembólicos.

    Varfarina

    Uma administração de dose múltipla de 200 mg/dia de Talidomida
    (substância ativa), durante 4 dias, não teve qualquer efeito sobre
    o valor da “Razão Normalizada Internacional” (RNI) em voluntários
    saudáveis. Contudo, devido ao risco aumentado de trombose em
    pacientes com cancro e ao metabolismo potencialmente acelerado da
    varfarina com corticosteroides, é aconselhada uma monitorização
    apertada dos valores de RNI durante o tratamento em combinação com
    Talidomida-prednisona, bem como durante as primeiras semanas após a
    conclusão destes tratamentos.

    Contraceptivos hormonais

    Em um estudo, a administração de Talidomida (substância ativa)
    200 mg/dia em pacientes saudáveis não afetou a farmacocinética de
    contraceptivos orais contendo noretisterona e etinilestradiol.

    Medicamento – Exame laboratorial

    Nenhuma informação sobre possíveis interações medicamento-exame
    laboratorial está disponível.

    Precauções do Talidomida

    Os pacientes em uso de Talidomida (substância ativa) devem
    evitar tarefas de risco, como dirigir automóveis ou operar
    maquinários complexos ou perigosos. Esses pacientes devem evitar o
    uso de bebidas alcóolicas e de outros medicamentos que causem
    sonolência.

    Pacientes com histórico de convulsões ou fatores de risco para o
    desenvolvimento de convulsões devem ser monitorados
    rigorosamente.

    Devido à possibilidade do desenvolvimento de neuropatia
    periférica irreversível, os pacientes devem ser cuidadosamente
    monitorados. Recomenda-se a realização de exames clínicos e
    neurológicos nos pacientes antes do início do tratamento com
    Talidomida (substância ativa) e a execução de monitorização de
    rotina regularmente durante o tratamento. Os principais sintomas
    indicativos são: parestesia, disestesia, desconforto, coordenação
    anormal ou fraqueza. Em caso de achados positivos, o tratamento com
    a Talidomida (substância ativa) deve ser imediatamente
    reavaliado.

    Contagens de células brancas do sangue devem ser monitoradas de
    forma contínua, especialmente em pacientes que convivem com o vírus
    HIV e transplantados de medula óssea, devido ao risco de leucopenia
    e neutropenia. A carga viral deve ser medida no limite basal, após
    o primeiro e terceiro mês de terapia e a cada 3 meses durante o
    tratamento em pacientes que convivem com o vírus HIV.

    Os pacientes em uso de taldomida não podem doar sangue ou
    esperma.

    Este medicamento contém lactose.

    Gravidez, reprodução e teratogenicidade

    A Talidomida (substância ativa) é teratogênica para os humanos,
    mesmo em uma única dose de 50 mg. A teratogenicidade manisfesta-se
    de diferentes formas, como focomelia, que é a mais comum,
    malformação do crânio, microftalmia, anoftalmia, deformidades ou
    ausência do pavilhão auricular e atresia de canal externo com
    orelhas de implantação baixa, nariz em sela, fenda palatina,
    malformação do sistema respiratório, anomalias cardiovasculares,
    malformação do trato gastrointestinal, ausência de vesícula biliar
    e ducto biliar comum, anomalias do trato urinário e rins.

    É proibido o uso da Talidomida (substância ativa) por mulheres
    grávidas ou que estejam amamentando.

    O uso da Talidomida (substância ativa) deve ser feito com
    cautela por mulheres em idade fértil, compreendida entre a menarca
    e a menopausa.

    Categoria de Risco na Gravidez e Lactação X do
    FDA.

    Lactação

    Desconhece-se se a Talidomida (substância ativa) é excretada
    através do leite materno em seres humanos. Estudos em animais
    demonstraram que a Talidomida (substância ativa) é excretada
    através do leite materno. Como medida de prevenção, o aleitamento
    deve ser interrompido durante o tratamento com a Talidomida
    (substância ativa).

    Pediatria

    Nenhuma informação sobre os parâmetros farmacocinéticos do
    medicamento está disponível para a utilização em pacientes menores
    de 18 anos.

    Geriatria

    Estudos sobre os efeitos da Talidomida (substância ativa) na
    população idosa não estão disponíveis.

    A Talidomida (substância ativa) é teratogênica e, por isso,
    devem-se ter precauções durante a exposição. A utilização desse
    medicamento poderá ser recomendada somente após a falência de
    outros esquemas terapêuticos. O profissional deve ficar atento às
    orientações fornecidas ao usuário e aos procedimentos que ele
    necessita saber antes de iniciar o tratamento, durante e após o
    término da administração da Talidomida (substância ativa), de
    acordo com as recomendações abaixo.

    Atenção profissional de saúde

    Talidomida (substância ativa) pode causar o nascimento de
    crianças com graves defeitos físicos.

    Focomelia

    Nesta síndrome, a criança pode nascer com braços e pernas
    malformados ou ausentes, alterações cardíacas, visuais, auditivas e
    do aparelho digestivo.

    Seu papel é fundamental para que isto não
    aconteça.

    Talidomida (substância ativa) é proibida para mulheres
    grávidas ou com chance de engravidar. Categoria de Risco na
    Gravidez e Lactação: X do FDA.

    A dispensação da Talidomida (substância ativa) é regulamentada
    pela Portaria n.º 344/98, portanto, só pode ser dispensada mediante
    apresentação de receita médica que deve ficar retida.

    Facilite o uso correto deste produto preenchendo devidamente o
    quadro impresso na caixa com indicações constantes na receita
    médica.

    Talidomida (substância ativa) é um medicamento importante no
    tratamento das reações hansênicas e outras doenças.

    Oriente o paciente que:

    • Este medicamento é de uso exclusivo, portanto não deve ser
      passado para nenhuma outra pessoa;
    • Pode causar o nascimento de crianças sem braços e sem
      pernas;
    • Não deve ser tomado por mulheres grávidas ou com chance
      engravidar;
    • Este medicamento não provoca aborto e não evita filhos;
    • Se o tratamento com Talidomida (substância ativa) for suspenso
      ou caso expire o prazo de validade inscrito na lateral do cartucho
      e do envelope, este medicamento deve ser devolvido no local em que
      foi pego pelo paciente.

    Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de
    tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob
    imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de
    surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para
    o diagnóstico precoce e tratamento.

    Conduta sugerida

    Importante

    A Talidomida (substância ativa) está presente no esperma de
    homens que estejam em tratamento, na mesma quantidade que está no
    sangue. Eles devem utilizar preservativos durante a relação sexual
    com mulheres em idade fértil, mesmo que tenham sido submetidos à
    vasectomia. A utilização dos métodos contraceptivos deve continuar
    por, no mínimo, 4 semanas após a última dose de Talidomida
    (substância ativa).

    Nos casos excepcionais de indicação de Talidomida para
    mulheres em idade fértil, quando se fizer indispensável o uso do
    medicamento e desde que esgotados todos os outros recursos
    terapêuticos, recomendam-se os seguintes itens:

    • A paciente deve abster-se sexualmente ou aderir a dois métodos
      contraceptivos concomitantemente. Um deles deve ser de alta
      eficácia (pílula anticoncepcional, anticoncepcional injetável ou
      implantado pela via intradérmica, dispositivo intrauterino DIU) e o
      outro eficaz (preservativo masculino, preservativo feminino,
      diafragma);
    • A prevenção da gravidez deve iniciar-se, pelo menos, 4 semanas
      antes do início do tratamento com o medicamento, durante toda a
      terapia e por mais 4 semanas após a interrupção da administração da
      Talidomida (substância ativa);
    • A paciente, em idade fértil, deve fazer um teste de gravidez 24
      horas antes de começar o tratamento com Talidomida (substância
      ativa). O teste deve ser realizado, ainda, uma vez por semana
      durante o primeiro mês do tratamento e a cada 2 a 4 semanas após o
      primeiro mês.

    Além disso, a paciente não deve ter contato sexual
    heterossexual, a menos que use dois métodos de controle de
    natalidade efetivos ao mesmo tempo por, pelo menos, 1 mês antes de
    iniciar o tratamento com Talidomida (substância ativa), durante o
    tratamento e por, pelo menos, 1 mês após parar de ingerir a
    Talidomida (substância ativa).

    Qualquer suspeita de exposição do feto à Talidomida (substância
    ativa) deve ser notificada à:

    ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
    Unidade de Farmacovigilância ou por e-mail
    farmacovigilancia@anvisa.gov.br.

    Ação do Talidomida

    Resultados de Eficácia


    Eficácia da Talidomida no tratamento do eritema nodoso
    hansênico ou reação tipo II

    Em 1965, foi publicado o primeiro estudo descrevendo o uso de
    Talidomida (substância ativa) por 6 pacientes com reações
    hansênicas severas. Em todos os casos foram observados efeitos
    benéficos dentro de 8 a 48h após a administração oral de Talidomida
    (substância ativa) e rápida melhoria do eritema nodoso. Foram
    utilizadas doses entre 100 mg e 500 mg por dia e durante 4 semanas
    não foram observados efeitos tóxicos.

    Em uma revisão, que incluiu 4.522 pacientes tratados com
    Talidomida (substância ativa), observou-se que 99% dos pacientes
    apresentaram melhora, enquanto apenas 1% não apresentou nenhuma
    mudança ou teve o quadro agravado. Neste trabalho, foi observado,
    ainda, que a melhor dose inicial de Talidomida (substância ativa)
    para tratar eritema nodoso hansênico era de 400 mg/dia, com doses
    de manutenção entre 50-100 mg/dia.

    Outro estudo, realizado pela Organização Mundial de Saúde,
    comparou a eficácia da Talidomida (substância ativa) e do ácido
    acetilsalicílico no tratamento de eritema nodoso hansênico. Foram
    incluídos 92 pacientes, sendo que, conforme a aleatorização, 42
    pacientes receberam o ácido acetilsalicílico e 50 pacientes
    receberam Talidomida (substância ativa). Nesse estudo, também foi
    observada a eficácia de Talidomida (substância ativa) para
    tratamento do eritema nodoso hansênico (tabela 1).

    Tabela 1: Resposta cutânea dos pacientes com eritema
    nodoso submetidos ao uso da Talidomida (substância ativa) e ácido
    acetilsalicílico:

    *Ausência de lesões após 8 dias de tratamento.

    Eficácia da Talidomida no tratamento do mieloma múltiplo
    (MM)

    Bittencourt, em 2004, realizou estudo sobre a verificação dos
    efeitos terapêuticos da Talidomida (substância ativa) em pacientes
    com mieloma múltiplo, no serviço de hematologia do Hospital das
    Clínicas de Porto Alegre. Foram acompanhados 35 portadores de MM em
    uso de doses baixas (100 mg de Talidomida (substância ativa)).

    Após acompanhar esse grupo de pacientes por 33 meses, as
    principais observações foram:

    • Para as indicações de indução de remissão de recaída,
      refratariedade ou primeira linha, 65% dos pacientes apresentaram
      redução dos marcadores de atividade da doença em até 6 meses de
      uso;
    • Naqueles cuja indicação foi para manter o plateau, 87,5%
      atingiram o objetivo;
    • Verificou-se que a dose de 100 mg é efetiva com o tempo médio
      de 12 semanas para apresentar resposta satisfatória, repetindo os
      resultados de experiências publicadas anteriormente.

    Eficácia da Talidomida no tratamento de úlceras aftoides
    em pacientes que convivem com o vírus HIV

    Em um estudo duplo-cego, randomizado, pacientes foram submetidos
    a tratamento, por quatro semanas, com 200 mg de Talidomida
    (substância ativa) ou de placebo, por via oral, em dose única
    diária, visando à cicatrização das úlceras aftoides bucais de
    pacientes convivendo com o vírus HIV7.

    No grupo em uso de Talidomida (substância ativa), 16 dos 29
    pacientes (55%) tiveram cicatrização completa de suas úlceras
    aftoides bucais após 4 semanas, comparativamente a apenas 2 de 28
    pacientes (7%) no grupo placebo. Foi observada diminuição da dor e
    melhoria da capacidade de se alimentar com o tratamento com
    Talidomida (substância ativa).

    Em outro estudo, visando determinação da segurança e da eficácia
    da Talidomida (substância ativa) para o tratamento de ulcerações
    aftoides esofágicas em pacientes convivendo com o vírus HIV, 24
    pacientes (com ulcerações aftoides esofágicas confirmadas por
    biópsia) foram aleatoriamente distribuídos para receber Talidomida
    (substância ativa) 200 mg ou placebo, em dose única diária, por
    quatro semanas.

    Oito dos 11 pacientes (73%), que receberam Talidomida
    (substância ativa), tiveram cicatrização completa das úlceras
    aftoides na quarta semana de avaliação endoscópica,
    comparativamente a 3 dos 13 pacientes (23%) que receberam
    placebo.

    Eficácia da Talidomida no tratamento da doença enxerto
    contra hospedeiro (DECH)

    Em uma revisão de literatura, realizada pelo Ministério da
    Saúde, observou-se que vários estudos de fase II para tratamento de
    DECH crônica de alto risco ou refratária apresentaram resposta à
    Talidomida (substância ativa) em doses entre 100 a 1.600 mg/dia.
    Porém, não foi observada atividade de Talidomida (substância ativa)
    para tratamento de DECH aguda refratária. Observou-se ainda que
    doses altas são mal toleradas e que nos estudos de fase III
    analisados não foi demonstrado benefício no uso de Talidomida
    (substância ativa) como profilaxia ou como tratamento de primeira
    linha para DECH crônica.

    Em outro estudo, em que se avaliou a atividade da Talidomida
    (substância ativa) em 44 pacientes com DECH crônica refratária ou
    de alto risco, também observaram-se a efetividade e a segurança do
    tratamento. Foram observadas taxas de resposta de 59% e de
    sobrevida global de 64% dos pacientes que utilizaram Talidomida
    (substância ativa).

    Igualmente, em outros três trabalhos observou-se situação
    semelhante, registrando taxas de respostas entre 20% e 38%11,12,13.
    Em um desses trabalhos observou-se, ainda, que a Talidomida
    (substância ativa) pode ser utilizada em crianças com DECH crônica
    refratária a corticoide, porém as doses variaram bastante, podendo
    ser entre 400 e 1.200 mg/dia, e 3 a 12 mg/kg dia.

    Doses acima de 400 mg/dia foram mal toleradas, de modo que
    recomenda-se uma dose alvo de 400 mg/dia.

    Eficácia da Talidomida no tratamento da Síndrome
    Mielodisplásica

    Estudo não randomizado, com 47 pacientes com síndrome
    mielodisplásica (MDS) de baixo risco, foi realizado por 16 semanas,
    sendo que iniciou-se o tratamento com 200 mg/dia de Talidomida
    (substância ativa), por 4 semanas, com aumento da dose conforme
    tolerado pelo paciente até 800 mg/dia na 16ª semana. Demonstrou-se
    que 83% dos pacientes (39/47) completaram pelo menos 8 semanas de
    tratamento. Vinte e dois pacientes interromperam o tratamento entre
    a 8ª e 16ª semana por efeitos colaterais, sendo que destes, 8
    pacientes (36%) obtiveram resposta hematológica. Dezessete
    pacientes completaram 16 semanas de tratamento, sendo que 15 (88%)
    obtiveram resposta hematológica. Desses 17 pacientes, 8 pararam o
    tratamento por efeitos colaterais na 16ª semana, 9 continuaram o
    tratamento e 6 completaram 56 semanas de tratamento.

    Foi realizado um estudo prospectivo, multicêntrico para avaliar
    a eficácia e a toxicidade de Talidomida (substância ativa) em 68
    pacientes adultos com MDS. Iniciou-se o tratamento com 200 mg/dia
    aumentando a dose em 50 mg/dia a cada semana até a dose diária alvo
    de 1.000 mg/dia. Observou-se que apenas 9% dos pacientes (6/68)
    apresentaram melhora hematológica. Dos 62 pacientes que não
    responderam ao tratamento, 46 (68%) alcançaram estabilização da
    síndrome e 16 (24%) tiveram falha no tratamento, seja por morte ou
    por piora do diagnóstico.

    Em uma análise retrospectiva de uma série de casos, com 83
    pacientes com MDS, em que foi iniciado tratamento com 100 mg
    diários de Talidomida (substância ativa), por um mês, com aumento
    da dose conforme tolerado até 400 mg/dia, observou-se que 16
    pacientes (19%) apresentaram melhora hematológica, sendo que 6
    responderam com diminuição de seus pedidos de transfusão de
    concentrado de glóbulos vermelhos (PRBC) em 100%, 4 diminuíram suas
    transfusões em 100% e tiveram aumento de sua hemoglobina (Hb) e 1
    paciente não dependente de transfusão de PRBC aumentou Hb mais que
    2 g/dL.

    Em outra análise retrospectiva da eficácia da Talidomida
    (substância ativa) em pacientes com MDS, em que iniciou-se o
    tratamento com 100 mg/dia com aumento gradual da dose em 100 mg/dia
    por semana até se observar melhora hematológica, foram avaliados 29
    pacientes, sendo que 6 pacientes (3 com um complexo cariótipo)
    demonstraram falha ao tratamento com Talidomida (substância ativa)
    e a síndrome progrediu (5 pacientes apresentaram progressão para
    leucemia mieloide aguda); 4 pacientes não demonstraram nenhuma
    melhora hematológica e nem progressão da síndrome (doença estável),
    sendo que 2 destes pacientes tinham anemia refratária com um
    complexo cariótipo prévio; e 19 pacientes responderam ao
    tratamento, obtendo melhora hematológica.

    A intolerância à Talidomida (substância ativa), devido aos seus
    efeitos colaterais, foi o motivo principal da suspensão do
    tratamento.

    Os efeitos colaterais mais comuns observados
    foram:

    Fadiga, constipação, tontura, sedação, falta de ar, retenção de
    fluido, erupção, dormência e formigamento dos dedos das mãos e dos
    pés, febre, dor de cabeça, náusea, câimbras musculares, infecção,
    neuropatia e dispneia. Três pacientes tiveram eventos adversos
    sérios, como infarto do miocárdio, pneumonia associada com a rápida
    progressão da MDS para leucemia mieloide aguda e hemorragia,
    entretanto, somente em um caso, o evento foi atribuído à Talidomida
    (substância ativa).

    Características Farmacológicas


    A Talidomida (substância ativa) é um derivado do ácido glutâmico
    existente em formas isoméricas R(+) e S(-) rapidamente
    interconvertidas em solução aquosa e apresenta rotação óptica igual
    a zero. Alguns estudos sugerem que o isômero R é responsável pela
    sedação e o isômero S, responsável pelos efeitos teratogênicos,
    dados esses não conclusivos, visto que não foram realizados estudos
    clínicos utilizando apenas um dos enantiômeros.

    Estudos demonstraram, inicialmente, que a Talidomida (substância
    ativa) possui ação ansiolítica, hipnótica, antiemética e adjuvante
    analgésica, além de apresentar efeito teratogênico. Depois foi
    demonstrado que ela é altamente eficaz em suprimir o eritema nodoso
    hansênico. Demonstrou-se, também, que ela é útil em pacientes com
    perda progressiva de peso corporal e suores noturnos relacionados
    ao câncer ou em pessoas que convivem com o vírus HIV e apresenta
    atividade antitumoral em pacientes com mieloma múltiplo e numa
    variedade de tumores sólidos.

    Mecanismo de ação

    A Talidomida (substância ativa) é um agente imunomodulador com
    espectro de ação não completamente compreendido. Sua ação pode
    estar relacionada à supressão da produção do fator de necrose
    tumoral (TNF-α), efeitos nas interleucinas e no interferon (IFN-γ),
    infrarregulação de algumas moléculas de adesão da superfície
    celular envolvidas na migração de leucócitos e mudanças nas
    proporções de linfócitos CD4+ (células T auxiliares) e CD8+
    (células T citotóxicas). Um estudo demonstrou que aumento nos
    níveis de interleucina 2 (IL-2) e decréscimo nos níveis de TNF-α in
    vitro são observados apenas com a molécula de Talidomida
    (substância ativa) intacta.

    Sabe-se que a Talidomida (substância ativa) inibe a quimiotaxia
    dos neutrófilos. Ela leva ao decréscimo da infiltração dérmica de
    neutrófilos e células T, além da redução de níveis de TNF-α em
    pacientes com eritema nodoso hansênico.

    Foi demonstrado que a Talidomida (substância ativa) inibe a
    angiogênese induzida pelo fator de crescimento fibroblástico básico
    (bFGF), efeito que ocorre apenas após ativação metabólica espécie
    específica do fármaco. Todavia, não é possível identificar um
    mecanismo dominante único, visto que a ação das citocinas e a
    grande variedade de efeitos da Talidomida (substância ativa)
    parecem ser complexos.

    O mecanismo da ação teratogênica permanece desconhecido,
    entretanto, algumas hipóteses são propostas.

    Essas podem ser agrupadas em seis categorias onde a
    Talidomida afeta a:

    • Replicação ou transcrição do DNA;
    • Síntese e/ou função dos fatores de crescimento;
    • Síntese e/ou função das integrinas;
    • Angiogênese;
    • Condrogênese;
    • Morte ou lesão celular.

    Farmacocinética

    A biodisponibilidade da Talidomida (substância ativa)
    administrada por via oral é limitada e não foi ainda bem
    caracterizada, parcialmente devido à sua baixa solubilidade em
    água. Um estudo realizado com pacientes com hanseníase sugere um
    aumento de biodisponibilidade em comparação a voluntários sadios. A
    meia vida é de, aproximadamente, 8,7 horas em indivíduos saudáveis,
    podendo variar bastante dependendo da condição clínica do
    paciente.

    O volume de distribuição é de, aproximadamente, 121 L em
    indivíduos saudáveis. A ligação às proteínas do plasma dos
    enantiômeros R(+) e S(-) revelou ser de 55% e 65%,
    respectivamente22. A Talidomida (substância ativa) está presente no
    esperma dos pacientes do sexo masculino em níveis idênticos às
    concentrações do plasma. O fármaco sofre hidrólise não enzimática
    no plasma, levando a cinco produtos principais.

    Existe uma metabolização hepática mínima da Talidomida
    (substância ativa) pelo sistema enzimático citocromo P45022. A
    Talidomida (substância ativa) não induz ou inibe o seu próprio
    metabolismo19,20,21. A rota exata de eliminação não é bem
    estabelecida, mas sabe-se que menos de 0,6% do fármaco é excretado
    de maneira inalterada na urina após as primeiras 24 horas, o que
    sugere uma rota de excreção não renal como predominante.

    A farmacocinética da Talidomida (substância ativa) em pacientes
    com disfunção renal ou hepática é desconhecida.

    A concentração plasmática máxima, o tempo necessário para
    alcançar o pico da concentração plasmática e o tempo de meia vida
    de eliminação para comprimidos de Talidomida (substância ativa)
    ainda não foram definidos. Na tabela 2, estão especificadas essas
    informações correspondentes à forma farmacêutica cápsula.

    Tabela 2: Tempo necessário para atingir o pico de
    concentração plasmática máxima, a concentração plasmática máxima e
    o tempo de meia vida de eliminação, após administração de dose
    única:

    Talidomida, Bula extraída manualmente da Anvisa.

    Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.