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Soro Antiescorpiônico Instituto Butantan

Como o Soro Antiescorpiônico – Instituto Butantan
funciona?


No organismo humano, o veneno dos escorpiões do gênero
Tityus (escorpião amarelo, escorpião marrom, escorpião
preto e etc) causa alterações na região da picada, principalmente
dor. O veneno age também no sistema nervoso autônomo, que controla
a temperatura corporal e as funções de digestão, respiração e
circulação sanguínea. Desta forma, o paciente pode apresentar
náuseas e vômitos, dor abdominal, agitação, aumento na pressão
sanguínea que pode posteriormente evoluir para queda e mesmo
choque. A lesão cardíaca provocada pelo veneno pode dificultar o
bombeamento do sangue pelos pulmões, com acúmulo e dificuldade
respiratória. O soro antiescorpiônico purificado, quando injetado
no paciente picado, age neutralizando o veneno em circulação.

O resultado do tratamento com a aplicação das doses recomendadas
do soro antiescorpiônico é mais eficiente quanto mais precocemente
essas doses forem administradas. O soro deve ser aplicado por via
intravenosa.

Contraindicação do Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

  • As contraindicações praticamente não existem, porém a aplicação
    do soro antiescorpiônico deve ser feita em condições de estrita
    observação médica pelo risco de reações;
  • Deve-se avaliar a indicação da terapia antiveneno pela presença
    de manifestações sistêmicas, ou seja, não limitadas à região à
    picada. Mesmo em crianças, a grande maioria dos acidentes é leve e
    não requer o tratamento com soro antiescorpiônico;
  • O soro antiescorpiônico não é contraindicado na gravidez, mas o
    médico deve ser informado sobre essa condição;
  • Alimentação prévia e/ou ingestão de bebidas não contraindicam o
    emprego do soro antiescorpiônico, mas é preciso cuidado maior
    devido ao risco de aspiração de vômitos;
  • Em casos de acidentes provocados por outros animais
    peçonhentos, como aranhas, serpentes ou lagartas, o soro
    antiescorpiônico não é indicado.

Como usar o Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

O soro antiescorpiônico deve ser aplicado por um profissional
habilitado, em serviço de saúde e sob supervisão médica. A via de
administração é a intravenosa e a dose varia de acordo com a
gravidade do quadro, que é definida pela presença e intensidade das
manifestações clínicas características do envenenamento por
escorpiões do gênero Tityus. A aplicação do soro deve ser
feita o mais rápido possível após o acidente.

Atenção:

O soro antiescorpiônico é o único medicamento eficaz para o
tratamento de envenenamentos moderados e graves por escorpiões do
gênero Tityus. Este soro não é indicado em casos de
acidentes provocados por outros gêneros de escorpiões. É importante
que o diagnóstico do acidente seja feito por médico especializado,
através dos sintomas característicos que o acidentado
apresenta.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Não há containdicação relativa à faixa
etária.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Soro
Antiescorpiônico – Instituto Butantan?


Não se aplica.

Em caso de dúvidas procure orientação do farmacêutico ou
do seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

  • Não usar garrotes ou torniquetes;
  • Não fazer incisões no local da picada;
  • Não aplicar amoníaco, cáusticos, substâncias irritantes ou
    contaminadas no local da picada;
  • Manter-se em repouso;
  • Procurar o serviço de saúde mais próximo de onde ocorreu o
    acidente para avaliar a necessidade de uso de soro;
  • Compressas mornas na região da picada podem aliviar o quadro
    doloroso.

Reações Adversas do Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

As reações podem ocorrer até 24 horas após a administração do
antiveneno e, na maioria das vezes, são leves. Em geral, ocorrem
durante ou logo após sua infusão. Costumam ter início com uma
sensação de coceira pelo corpo, manchas avermelhadas na pele,
vermelhidão no rosto, congestão nasal e/ou das conjuntivas, som
semelhante a um assobio agudo durante a respiração, tosse seca,
náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. A interrupção da
administração do antiveneno nesse momento e o tratamento da
manifestação alérgica impedem a progressão do quadro alérgico. Após
cessado o quadro de alergia, a soroterapia deve ser novamente
instituída até o término da aplicação da dose recomendada.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

A Doença do Soro é uma reação tardia que pode aparecer 5 a 24
dias após o tratamento com o antiveneno. Os seus principais
sintomas são: febre baixa; manchas ou erupções avermelhadas na pele
com coceiras; inchaço com dores nas grandes articulações; ínguas.
Se você apresentar algumas dessas manifestações, procure o seu
médico para o tratamento.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Durante o uso do antiveneno pode ocorrer febre alta (até 39ºC),
acompanhada de calafrios e sudorese. Nesses casos, a infusão deve
ser interrompida e administrado um antitérmico. Após a melhora, a
soroterapia deve ser reinstituída. Caso haja recorrência do quadro,
a solução que contém o soro deve ser desprezada e preparada nova
solução.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

O choque anafilático ou o edema de glote são raros, mas podem
ocorrer durante a administração do soro. Os sintomas iniciais são
sensação de formigamento nos lábios, palidez, falta de ar, som
semelhante a um assobio agudo durante a respiração, pressão baixa e
desmaios. A aplicação do soro deve ser interrompida e o paciente
deve ser submetido ao tratamento imediatamente.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Não descrita na literatura.

Prevenção das reações

Informe ao médico se você já foi tratado (a) com soros
heterólogos (antiofídicos, antitetânico, antidiftérico ou
antirrábico). Mesmo que não haja nenhum antecedente alérgico, a
reação adversa pode ocorrer e o corpo clínico estará pronto para
fazer o atendimento no caso de aparecimento.

Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

Apresentação

Solução Injetável

Cada mL do soro neutraliza no mínimo 1,0 mg de veneno de
Tityus serrulatus, no total de no mínimo 5,0 mg de veneno
por frasco-ampola com 5 mL.

Cada cartucho contém 05 frascos-ampola com 5 mL de soro
antiescorpiônico.

O soro antiescorpiônico é apresentado em frasco-ampola contendo
5 mL de solução injetável da fração F(ab`)2 de
imunoglobulinas heterólogas específicas e purificadas, capazes de
neutralizar no mínimo 1,0 mg de veneno-referência de Tityus
serrulatus
(soroneutralização em camundongos) por mL de soro.
O soro antiescorpiônico é obtido a partir do plasma de equinos
hiperimunizados, com veneno de escorpiões Tityus
serrulatus
.

Via de administração: intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Composição

Cada frasco-ampola com 5 mL contém

Fração F(ab´)2 de imunoglobulinas heterólogas que
neutralizam, no mínimo, 5,0 mg de venenoreferência de Tityus
serrulatus
(soroneutralização em camundongos).

Fenol

17,5 mg (máximo)

Solução fisiológica a 0,85%

5 mL

Superdosagem do Soro Antiescorpiônico – Instituto Butantan

Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação
de superdoses de soro antiescorpiônico.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação Medicamentosa do Soro Antiescorpiônico –
Instituto Butantan

Não ingerir líquidos tóxicos ou bebidas alcoólicas.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Ação da Substância Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

Resultados de Eficácia


Não há ensaios clínicos controlados para a avaliação de eficácia
do Soro Antiescorpiônico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno
de Tityus Serrulatus (substância ativa), que é de origem
equina (heteróloga), porém a sua capacidade em neutralizar as
atividades tóxicas dos venenos de escorpiões do gênero
Tityus é comprovada através de modelos animais de
laboratório e pelo uso sistemático em pacientes.

Características Farmacológicas


O Soro Antiescorpiônico + Imunoglobulina Heteróloga Contra
Veneno de Tityus Serrulatus (substância ativa) é uma
solução isotônica de imunoglobulinas heterólogas específicas de
origem equina (IgG), purificadas por digestão enzimática, não
pirogênica. As imunoglobulinas derivam do plasma de cavalos sadios,
hiperimunizados com veneno integral de escorpiões Tityus
serrulatus
recebidos de diferentes regiões do Brasil. A
atividade biológica neutralizante da letalidade dos venenos,
exercida pelo Soro Antiescorpiônico + Imunoglobulina Heteróloga
Contra Veneno de Tityus Serrulatus (substância ativa), é
avaliada pela proteção conferida em camundongos, após inoculação
intraperitonial de misturas de volumes diferentes de soro com
quantidade fixa de veneno-referência.

O poder neutralizante do Soro Antiescorpiônico + Imunoglobulina
Heteróloga Contra Veneno de Tityus Serrulatus (substância
ativa) deverá ser, no mínimo de 1,0 mg de veneno-referência de
Tityus serrulatus por mL de soro. O plasma equino digerido
enzimaticamante pela ação da pepsina, reduz o peso molecular da IgG
de 160 kDa para 90 kDa a 100 kDa, eliminando da molécula de IgG a
fração Fc, responsável pela ativação do sistema complemento por via
clássica. Obtém-se desse modo uma molécula mais pura e menos
reatogênica quanto a efeitos de natureza alérgica induzidos no
paciente. A atividade neutralizante dos sítios combinatórios das
moléculas de imunoglobulina, tratadas pela pepsina mantêm-se
inalterada e, ainda, a possibilidade de formação espontânea de
agregados proteicos, responsáveis também por reações alérgicas
indesejáveis, é substancialmente reduzida.

Apesar do elevado grau de purificação do soro continua
existindo, em potencial baixo, a possibilidade de indução a reações
alérgicas em indivíduos hipersensíveis. Entre as reações
indesejáveis a anafilaxia pode ocorrer pela degranulação de
mastócitos ou ativação do sistema complemento, embora o choque
anafilático letal seja muito raro.

Estudos bioquímicos experimentais demonstram que os efeitos
observados no envenenamento humano por Tityus são devidos
a ações nos canais de sódio, produzindo despolarização das
terminações nervosas pós-glanglionares, com liberação de
catecolaminas e acetilcolina. Estes mediadores determinam o
aparecimento de manifestações orgânicas decorrentes da
predominância dos efeitos simpáticos ou parassimpáticos.

Cuidados de Armazenamento do Soro Antiescorpiônico –
Instituto Butantan

O soro antiescorpiônico somente é encontrado em serviços de
saúde de referência para tratamento de pacientes acidentados. Deve
ser armazenado e transportado à temperatura entre +2ºC a +8°C. Não
deve ser colocado no congelador ou “freezer”; o congelamento é
estritamente contraindicado. Uma vez aberto o frasco-ampola, o soro
deve ser usado imediatamente.

Prazo de validade

O prazo de validade do soro antiescorpiônico é de 36 meses a
partir da data de fabricação, desde que mantido sob refrigeração à
temperatura entre +2ºC a +8°C. Esse prazo é indicado na embalagem e
essa condição deve ser respeitada rigorosamente.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

O soro antiescorpiônico é uma solução límpida a levemente
opalescente e incolor a ligeiramente amarelada. Não deve ser usado
se houver turvação ou presença de precipitado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utiliza-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Soro Antiescorpiônico – Instituto
Butantan

Número do Registro M.S.: 1.2234.0006

Farmacêutica Responsável:

Dra. Silvia Regina Q. Sperb
CRF-SP n° 32.679

Registrado e Fabricado por:

Instituto Butantan
Av. Vital Brasil, 1500 – Butantã
CEP: 05503-900 – São Paulo/SP
CNPJ.: 61.821.344/0001-56
Indústria Brasileira

Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC):

0800 701 2850
e-mail: sac@butantan.gov.br

Uso sob prescrição médica. Proibida venda ao
Comércio.

Soro-Antiescorpionico-Instituto-Butantan, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.