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Restiva

Como Restiva funciona?

Os adesivos Restiva contêm como princípio ativo a
buprenorfina que pertence a um grupo de medicamentos chamados
analgésicos opioides.

A buprenorfina é continuamente absorvida através da pele em
contato com o adesivo transdérmico, atinge a corrente sanguínea e
bloqueia as mensagens de dor que são enviadas para o cérebro.

O efeito analgésico total da dose inicial ocorre em 72 horas (3
dias), momento a partir do qual o médico poderá alterar a dose.

Contraindicação do Restiva

Restiva é contraindicado a:

  • Pacientes com hipersensibilidade (alergia) à buprenorfina ou a
    qualquer componente da fórmula;
  • Pacientes com função respiratória gravemente comprometida ou a
    pacientes que estejam utilizando antidepressivos inibidores da
    monoaminoxidase (IMAOs), devendo esperar no mínimo 14 dias para
    iniciar tratamento com buprenorfina.

Restiva não deve ser utilizado em pacientes com miastenia
gravis (uma doença crônica autoimune, caracterizada por
déficit motor e fadiga muscular) e delirium tremens (síndrome de
abstinência, caracterizada por alucinações e tremedeira).

Como usar o Restiva

Analgésicos opióides, como Restiva, foram usados para tratar a
dor por muitos anos. Na maioria dos casos, não ocorre vício.
Entretanto, com o passar do tempo, seu corpo pode se acostumar com
o uso de Restiva de modo que, se você parar repentinamente de
usá-lo, pode apresentar alguns sintomas de abstinência.

É importante discutir essa questão com seu médico.

Restiva está disponível em três potências diferentes.

Seu médico decidirá que adesivo, ou combinação de adesivos, é
adequado para controlar sua dor.

Cada adesivo é aplicado na pele e dura por sete dias.

Após sete dias, retire o adesivo e aplique um novo adesivo na
pele em um lugar diferente.

Utilizando pela primeira vez

A dose de partida usual de Restiva é de 5 microgramas/h,
aplicada uma vez a cada 7 dias.

Adesivos de 10 e 20 microgramas/h estão disponíveis para
dores mais fortes.

Seu médico pode prescrever uma combinação de adesivos, se
necessário, para controlar sua dor.

O primeiro adesivo pode levar até três dias para alcançar o
efeito máximo. Isso porque buprenorfina é absorvida lentamente
através da pele e através do sangue.

Seu médico pode prescrever medicamentos adicionais para
controlar a dor durante esse tempo.

Aplicando o adesivo

  1. Encontre uma região de pele limpa e intacta na parte externa
    superior do braço, na região superior do tórax, superior das costas
    ou do lado do tórax. Não aplique o adesivo na pele quando estiver
    vermelha, queimada ou lesionada. O local da aplicação deve ser
    alternado se o adesivo for reaplicado ou quando for ser aplicado um
    segundo adesivo. O local de aplicação pode ser repetido após
    intervalo de pelo menos 3 semanas.

  1. Certifique-se de que o local esteja quase sem pelos e sem
    cicatrizes grandes. Se a região apresentar pelos, corte-os com
    tesoura, mas não depile ou raspe a área escolhida, já que isso pode
    lesionar a pele.
  2. A área escolhida deve estar limpa. Se necessário, lave a área
    somente com água limpa, não use sabão, álcool, óleos, loções ou
    dispositivos abrasivos. A área escolhida para aplicar o adesivo
    deve estar seca, portanto, seque a área completamente após a
    lavagem com água.
  3. Retire o adesivo do sachê. Restiva deve ser aplicado
    imediatamente após a abertura do sachê.
  4. Para aplicar o adesivo, retire a camada de proteção e pressione
    firmemente o adesivo com a palma da mão no local escolhido por
    aproximadamente 30 segundos.
  5. Certifique-se que todo o adesivo está em contato com a pele
    especialmente ao redor das bordas. Se as bordas do adesivo
    começarem a se soltar, elas podem ser grudadas com uma fita adesiva
    adequada para pele.
  6. Lave suas mãos com água limpa.

O adesivo deve ser usado continuamente por 7 dias, não é afetado
por banho, ducha e natação. Entretanto, é recomendado mantê-lo seco
sempre que possível. Se um adesivo cair, um novo deve ser aplicado,
seguindo as recomendações acima.

Durante o tratamento com Restiva, deve-se evitar exposição do
local de aplicação a fontes de calor externas, tais como almofadas
de aquecimento, cobertores elétricos, lâmpadas de aquecimento, etc,
já que pode ocorrer aumento na absorção da buprenorfina, o que pode
levar a um aumento na incidência de eventos adversos relacionados
aos opioides.

Os efeitos de uso de Restiva em banheiras quentes e sauna
não foram estudados.

Durante o tratamento com Restiva, também se deve evitar o uso de
protetores solares, soluções, cremes e outros produtos na área em
que o adesivo será aplicado.

Trocando o adesivo

Troque seu adesivo no mesmo horário do mesmo dia de cada
semana.

Por exemplo, se você começar a usar seu adesivo às 9h00 da manhã
de segunda-feira, troque seu adesivo na próxima segunda-feira às
9h00.

  1. Após sete dias, retire o adesivo.
  2. Dobre o adesivo pela metade de modo que o lado adesivo fique
    para dentro.
  3. Jogue o adesivo em um lugar seguro, no qual as crianças não tem
    acesso.
  4. Aplique um novo adesivo em uma área diferente da pele, seguindo
    as etapas “Aplicando o adesivo”.
  5. O local da aplicação deve ser alternado se um adesivo for
    reaplicado ou adicionado. O local de aplicação pode ser repetido
    após intervalo de pelo menos 3 semanas.

Posologia

A menor dose de Restiva, 5 mg, deve ser usada como a dose
inicial em todos os pacientes.

No tratamento da dor é fundamental a avaliação do
paciente. Além disso, a terapia deverá ser revisada regularmente,
sendo ajustada baseando-se nas informações do próprio paciente
referentes à dor e reações adversas, bem como na avaliação clínica
do médico.

Como ocorre com todos os opioides, a concentração plasmática
efetiva mínima para analgesia varia entre os pacientes,
especialmente em pacientes tratados anteriormente com opioides
agonistas potentes.

Consequentemente, os pacientes devem ser tratados com
variação individualizada da dose para se obter o efeito
desejado.

A dose efetiva mínima de buprenorfina poderá aumentar em função
do uso de doses repetidas, em qualquer paciente, devido ao aumento
da dor e/ou desenvolvimento de tolerância farmacológica.

Idosos

Não é necessário ajuste de dosagem no idoso.

Crianças

Não foi estabelecida a segurança e eficácia de Restiva em
pacientes com menos de 18 anos de idade.

Insuficiência renal

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência
renal.

Insuficiência hepática

Em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada, não é
necessário ajuste de dose de Restiva.

Pacientes com insuficiência hepática grave podem acumular
buprenorfina durante o tratamento. Deve-se considerar terapia
alternativa e Restiva deve ser usado com cautela neste
caso.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Descontinuação

Após a remoção de um adesivo de Restiva, as concentrações da
substância no sangue diminuem gradativamente. Isto deve ser
considerado quando a terapia com Restiva for seguida por
tratamento com outros opioides.

Como uma regra geral, um opioide subsequente não deve ser
administrado dentro de 24 horas após a remoção de um adesivo
Restiva.

Este medicamento não deve ser cortado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Restiva?

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

  1. Trocar o adesivo (aplicar um novo) e seguir os intervalos
    conforme descrito acima, baseando-se no dia e horário que aplicou o
    novo adesivo.
  2. Não aplique dois adesivos ao mesmo tempo para compensar
    dose omitida.

    Isto aumentará a chance de ter reações adversas
    indesejáveis.

Precauções do Restiva

Febre

Doença febril grave pode aumentar a taxa de absorção de
buprenorfina.

Lesões cranianas

Restiva deve ser usado com particular precaução em
pacientes com lesão cerebral, lesões intracranianas ou aumento na
pressão intracraniana, ou nível reduzido de consciência de origem
indeterminada.

Convulsões

A buprenorfina pode diminuir o limiar para convulsão em
pacientes com histórico de distúrbios convulsivos.

Depressão respiratória

Deve-se ter especial cautela quando Restiva for prescrito
para pacientes que sabidamente têm, ou suspeita-se que tenham,
problemas com abuso de drogas ou álcool ou doença mental séria, uma
vez que há relatos de ocorrência de depressão respiratória devido
ao uso concomitante de buprenorfina via intravenosa com álcool e
benzodiazepínicos.

Intervalo QT

Deve-se ter cautela ao prescrever Restiva para pacientes
com prolongamento congênito de intervalo QT e para pacientes
tomando medicações antiarrítmicas de Classe 1A (por exemplo,
quinidina, procainamida) ou de Classe III (por exemplo, amiodarona,
sotalol) ou qualquer outra medicação que prolongue o intervalo
QT.

Dependência de drogas

A buprenorfina produz efeitos semelhantes aos da morfina,
incluindo euforia e dependência física, porém a magnitude destes
efeitos é menor quando comparado aos efeitos observados com doses
semelhantes de agonistas puros.

A administração de buprenorfina a pessoas que são fisicamente
dependentes de opioides enquadrados como agonistas puros pode levar
à síndrome de abstinência, dependendo do nível de dependência
física, do tempo e da dose de buprenorfina.

O uso crônico de buprenorfina pode resultar no desenvolvimento
de dependência física. A síndrome de abstinência (síndrome de
retirada), quando ocorre, geralmente é leve, começa após 2 dias e
pode durar até 2 semanas.

Os sintomas da síndrome de abstinência incluem agitação,
ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia (excesso de
movimentação de um órgão ou região do corpo), tremor e distúrbios
gastrointestinais.

Atenção: pode causar dependência física ou
psíquica.

Carcinogenicidade, mutagenicidade e comprometimento da
fertilidade

Testes indicam que a buprenorfina não é genotóxica, ou seja, não
causa danos ao material genético do organismo.

Em estudos realizados em ratos e camundongos não houve evidência
de qualquer potencial carcinogênico relevante para os seres
humanos.

Estudos para avaliar toxicidade reprodutiva da buprenorfina em
ratos não demonstraram comprometimento na fertilidade.

Testes laboratoriais

Foram observados níveis aumentados de aminotransferase (enzimas
do fígado) e diminuição de peso com a utilização de
buprenorfina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Este medicamento pode causar
doping”.

Reações Adversas do Restiva

Em geral, as reações adversas incluídas neste item são aquelas
com uma relação plausível com o uso do medicamento.

As frequências das reações adversas são dadas como se
segue:

  • Muito comum – ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento;
  • Comum – ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento;
  • Incomum – ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam
    este medicamento;
  • Rara – ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam
    este medicamento;
  • Muito rara – ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento.

Distúrbios do sistema imunológico

Incomum

  • Reações alérgicas (incluindo inchaço da garganta e da
    língua). 

Rara

  • Respostas anafiláticas (reação alérgica grave e imediata que
    pode levar à morte). 

Distúrbios metabólico e nutricional

Comum

  • Anorexia (redução ou perda do apetite).

 Rara

  • Desidratação.

Distúrbios psiquiátricos

Comum

  • Confusão;
  • Depressão;
  • Insônia;
  • Nervosismo;
  • Ansiedade.

 Incomum

  • Labilidade de afeto;
  • Agitação;
  • Humor eufórico;
  • Alucinação;
  • Diminuição da libido;
  • Pesadelos;
  • Agressão.

Rara

  •  Distúrbio psicótico.

Não conhecida

  • Despersonalização (experiências de sentimentos de irrealidade,
    de ruptura com a personalidade). 

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comum

  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Sonolência.

Comum

  • Tremor. 

Incomum

  • Comprometimento da concentração;
  • Coordenação anormal;
  • Disartria (dificuldade de articular as palavras);
  • Disgeusia (alteração ou diminuição do paladar);
  • Hipoestesia (perda ou diminuição de sensibilidade em
    determinada parte do organismo);
  • Comprometimento da memória;
  • Enxaqueca;
  • Síncope (desmaio);
  • Parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira
    na pele).

Não conhecida

  • Convulsões. 

Distúrbios oculares

Incomum

  • Olho seco;
  • Visão embaçada.

Rara

  • Miose (diminuição do diâmetro da pupila). 

Distúrbios do ouvido e labirinto

Incomum

  • Tinido (zumbido no ouvido);
  • Vertigem (tontura).

Distúrbios cardíacos 

Incomum

  • Palpitações;
  • Taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco).

Rara

  • Angina de peito (dor no peito, relacionada à doença das
    artérias coronárias.

Distúrbios vasculares

Incomum

  • Vermelhidão;
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Hipotensão (pressão baixa).

Rara

  • Vasodilatação;
  • Hipotensão ortostática (queda súbita de pressão arterial na
    posição ereta).

Distúrbios respiratório, torácico e
mediastinal

Comum

  • Dispneia (dificuldade respiratória, falta de ar).

Incomum

  • Tosse;
  • Soluços;
  • Chiado no peito.

Rara

  • Insuficiência respiratória
  • Depressão respiratória;
  • Asma agravada;
  • Hiperventilação;
  • Rinite.

Distúrbios gastrintestinais

Muito comum

  • Constipação;
  • Náusea;
  • Vômito.

Comum

  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Dispepsia (má digestão);
  • Boca seca.

Incomum

  • Flatulência.

Rara

  • Disfagia (dificuldade de engolir);
  • Íleo paralítico (obstrução funcional dos intestinos).

Não conhecida

  • Viverticulite (inflamação no intestino grosso). 

Distúrbios hepatobiliares 

Não conhecida

  • Cólica biliar.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Muito comum

  • Prurido (coceira e/ou ardência).

Comum

  • Eritema (vermelhidão);
  • Sudorese.

Incomum

  • Pele seca;
  • Urticária;
  • Dermatite de contato (inflamação na pele)**.

Rara

  • Edema (inchaço) facial.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido
conjuntivo

Incomum

  • Espasmos musculares;
  • Mialgia (dor muscular).

Distúrbios renal e urinário 

Incomum

  • Incontinência urinária (perda de urina);
  • Retenção urinária (dificuldade para urinar);
  • Hesitação urinária (dificuldade de iniciar a micção).

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário

Rara

  • Disfunção sexual.

Distúrbios gerais e condições no local da
administração

Muito comum

  • Reação no local da aplicação*.

Comum

  • Condições de astenia (incluindo fraqueza muscular);
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades do corpo).

Incomum

  • Edema (inchaço);
  • Pirexia (febre);
  • Tremores;
  • Síndrome de retirada;
  • Dermatite no local da aplicação**;
  • Dor no peito.

Rara

  • Sintomas tipo gripe.

Não conhecido

  • Síndrome de retirada neonatal (sintomas de abstinência no
    recém-nascido por uso materno da medicação).

Laboratoriais

Incomum

  • Aumento da alanina aminotransferase (uma enzima do
    fígado);
  • Diminuição de peso.

Lesões, envenenamento e complicações do
processo

Incomum

  • Lesão acidental (incluindo queda). 

* Inclui: eritema (vermelhidão) no local da aplicação, edema
(inchaço) no local da aplicação, prurido (coceira) no local da
aplicação, erupção no local da aplicação.

** Em alguns casos, reações alérgicas locais tardias ocorreram
com sinais evidentes de inflamação. Nesses casos, o tratamento com
Restiva deve ser interrompido.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou
cirurgião-dentista.

População Especial do Restiva

Uso na gravidez

Restiva deve ser usado durante a gravidez apenas se os
benefícios justificarem o potencial risco para o feto.

Demonstrou-se que a buprenorfina atravessa a placenta em
humanos, sendo detectada no sangue, urina e mecônio de
recém-nascidos e também no leite materno em baixas
concentrações.

A administração de analgésicos opioides às mães, incluindo
buprenorfina, podem causar depressão respiratória no bebê
recém-nascido.

O uso prolongado de buprenorfina durante a gravidez pode
resultar em síndrome de retirada nos bebês recém-nascidos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso durante a lactação

Uma vez que a buprenorfina passa para o leite da mãe,
Restiva não deve ser usado por mulheres que estejam
amamentando.

Trabalho de parto

Restiva não é recomendado para uso em mulheres
imediatamente antes ou durante o trabalho de parto e parto, uma vez
que opioides, em geral, podem causar depressão respiratória em
recém-nascidos.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar
máquinas

A buprenorfina pode prejudicar a habilidade de dirigir veículos
e operar máquinas.

Durante o tratamento, e 24 horas após a retirada do
adesivo, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas,
pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.

Outras condições

Restiva deve ser usado com precaução em pacientes com
hipotensão (pressão arterial baixa), hipovolemia e choque (volume
sanguíneo reduzido), doença do trato biliar, pancreatite,
distúrbios inflamatórios intestinais, hipertrofia prostática,
insuficiência adrenocortical.

Restiva deve ser usado com precaução em pacientes com
comprometimento hepático grave.

Restiva deve ser usado com precaução após cirurgia
abdominal, já que os opioides são conhecidos por comprometer a
motilidade intestinal.

Assim como recomendado para todos os opioides, uma redução na
dosagem pode ser aconselhável para pacientes com
hipotireoidismo.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Composição do Restiva

Restiva 5mg

Cada adesivo transdérmico contém:

5 mg de buprenorfina (libera 5 microgramas/h).

Excipientes:

ácido levulínico, oleiloleato, povidona, Duro-Tak
387-2051(poliacrilato sem ligação cruzada), Duro-Tak 387- 2054
(poliacrilato com ligação cruzada), tereftalato de polietileno.

A área contendo a substância ativa é de 6,25 cm2.

Restiva 10mg

Cada adesivo transdérmico contém:

10 mg de buprenorfina (libera 10 microgramas/h).

Excipientes:

ácido levulínico, oleiloleato, povidona, Duro-Tak
387-2051(poliacrilato sem ligação cruzada), Duro-Tak 387- 2054
(poliacrilato com ligação cruzada), tereftalato de polietileno.

A área contendo a substância ativa é de 12,5 cm2.

Restiva 20mg

Cada adesivo transdérmico contém:

20 mg de buprenorfina (libera 20 microgramas/h).

Excipientes:

ácido levulínico, oleiloleato, povidona, Duro-Tak
387-2051(poliacrilato sem ligação cruzada), Duro-Tak 387- 2054
(poliacrilato com ligação cruzada), tereftalato de polietileno.

A área contendo a substância ativa é de 25 cm2.

Superdosagem do Restiva

Os sintomas de uma superdosagem incluem depressão respiratória,
apneia (parada respiratória), sedação, sonolência, náusea, vômito,
colapso cardiovascular (insuficiência cardiovascular) e miose
(diminuição das pupilas) marcante.

No caso de superdosagem, retire qualquer adesivo em contato com
o paciente e descarte adequadamente e procure socorro médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações. 

Interação Medicamentosa do Restiva

IMAOs não-seletivos intensificam os efeitos de medicamentos
opióides, o que pode causar ansiedade, confusão e depressão
respiratória. Este medicamento não deve ser usado concomitantemente
com IMAOs não-seletivos ou em pacientes que receberam IMAOs
não-seletivos nos últimos 14 dias. Como não se sabe se existe uma
interação entre IMAOs seletivos (por exemplo, selegilina) e
buprenorfina, aconselha-se tomar cuidado com essa combinação
medicamentosa.

Este medicamento, assim como todos os analgésicos opióides, deve
ser administrado com precaução em pacientes que estão atualmente
tomando outros depressores de SNC ou outros medicamentos que podem
causar depressão respiratória, hipotensão, sedação profunda ou
potencialmente resultam em coma. Tais agentes incluem sedativos ou
hipnóticos, anestésicos gerais, outros analgésicos opióides,
fenotiazinas, antieméticos de ação central, benzodiazepinas e
álcool.

Reduções no fluxo de sangue hepático induzidas por alguns
anestésicos gerais (por exemplo, halotano) e outros medicamentos
podem levar a uma queda na taxa de eliminação hepática.

Buprenorfina é metabolizada a norbuprenorfina por CYP450 3A4.
Aconselha-se cuidado quando este medicamento é
administrado concomitantemente com inibidores de CYP3A4 (por
exemplo, inibidores de protease, algumas classes de medicamento de
antimicóticos azóis, antagonistas de canal de cálcio e antibióticos
macrólidos) já que isso pode levar a níveis aumentados de
buprenorfina. A co-administração deste medicamento e indutores de
enzima (por exemplo, fenobarbitona, carbamazepina, fenitoína,
rifampicina) poderia levar à depuração aumentada resultante em
eficácia reduzida.

Em pacientes de ensaios clínicos, não houve nenhum efeito
aparente sobre a exposição deste medicamento quando usado
concomitantemente com vários antagonistas H2 ou inibidores de bomba
de próton. Existe o potencial para elevação de INR em pacientes que
estiverem concomitantemente tomando varfarina.

Ação da Substância Restiva

Resultados de eficácia

A eficácia de Buprenorfina (substância ativa) foi comparada com
placebo em um estudo duplo-cego randomizado com grupo paralelo em
pacientes com osteoartrite do joelho ou quadril (n=315) cuja dor
não era controlada apenas com não opioides (400 mg de ibuprofeno 4
vezes ao dia). As chances de tratamento bem sucedido foram 1,66
vezes maiores nos pacientes tratados com o Buprenorfina (substância
ativa) do que nos pacientes que receberam placebo.

Em outro estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego,
controlado com placebo e com controle ativo e grupo paralelo de
longo prazo (84 dias) foi conduzido em 134 pacientes com dor lombar
crônica não controlada com não-opioides. Os pacientes foram
mantidos em suas doses de AINE pré-estudo e randomizados para
receber um dos seguintes: adesivo transdérmico Buprenorfina
(substância ativa) a cada 7 dias, comprimidos de oxicodona 5
mg/paracetamol 325 mg a cada 6 horas ou placebo equivalente.

O controle da dor obtido com Buprenorfina (substância ativa) em
pacientes com dor lombar crônica foi superior estatisticamente ao
placebo e não inferior aos comprimidos de
oxicodona/paracetamol. Um estudo multicêntrico, duplo-cego com
grupo paralelo comparou a eficácia e o perfil de segurança de
Buprenorfina (substância ativa) e do placebo em pacientes com dor
persistente (≥2 meses) não relacionada ao câncer que precisaram de
analgésicos opioides. Os resultados mostraram que as chances de
tratamento ineficaz foram 1,79 (95% IC, 1,09–2,95) vezes maior para
placebo em relação ao adesivo transdérmico Buprenorfina (substância
ativa) (p=0,022). Demonstrando que em pacientes com dor crônica não
relacionada ao câncer que precisavam de terapia com opioides, o uso
do adesivo transdérmico Buprenorfina (substância ativa)
proporcionou analgesia eficaz.

A eficácia e a tolerabilidade de longo prazo do Buprenorfina
(substância ativa) foram investigadas em um estudo aberto de
acompanhamento de pacientes de dor crônica. Dos 385 pacientes
inscritos, 98% foram recrutados de estudos anteriores do
Buprenorfina (substância ativa) e a maioria tinha dor devido a
doenças articulares ou ósseas degenerativas. Os pacientes no estudo
receberam o Buprenorfina (substância ativa) por entre 1 e 609 dias;
a exposição média foi de 234 dias. A maioria dos pacientes começou
com o adesivo de 5 mg e as doses foram tituladas até o controle
eficaz da dor com o adesivo de 10 ou 20 mg. No 3º mês, 14% dos
pacientes estavam com Buprenorfina (substância ativa) inicial de 5
mg, 35% com o adesivo de 10 mg e 48% com o adesivo de 20 mg. A
maioria das doses permaneceu inalterada após mais 3 meses. Os
escores médios de dor permaneceram constantes durante todo o
estudo, indicando que o Buprenorfina (substância ativa)
proporcionou controle consistente por longo prazo da dor dos
pacientes. Também há evidências de alguma melhora na
funcionalidade, qualidade de vida e resultados de saúde. No longo
prazo, o adesivo transdérmico Buprenorfina (substância ativa)
proporcionou controle consistente da dor em pacientes com dor
crônica devido a doenças articulares ou ósseas degenerativas.

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

A buprenorfina é um agonista opioide parcial, que age no
receptor opioide mµ. Ela também possui atividade antagonista no
receptor opioide kappa. É classificada como uma substância
psicotrópica por convenção internacional.

Sistema endócrino

Os opioides podem influenciar os eixos
hipotalâmico-pituitário-adrenal ou –gonadal. Algumas alterações que
podem ser observadas durante o uso de opioides são aumento na
prolactina sérica e diminuição no cortisol e na testosterona
plasmáticos. Sintomas clínicos podem se manifestar devido a essas
alterações hormonais.

Outros efeitos farmacológicos

Estudos in vitro e em animais indicam vários efeitos
dos opioides naturais, como por exemplo a morfina, nos componentes
do sistema imune; a significância clínica desses efeitos é
desconhecida. Não se sabe se a buprenorfina, um opioide
semissintético, tem efeitos imunológicos semelhantes aos da
morfina. Assim como outros analgésicos opioides, a buprenorfina
apresenta um risco potencial de depressão respiratória. No entanto,
as evidências sugerem que a buprenorfina é um agonista parcial no
que diz respeito à sua atividade depressora respiratória, sendo
observado um efeito teto após a administração de doses intravenosas
maiores que 2 μg/kg. A depressão respiratória parece ser um evento
raro em doses terapêuticas da apresentação transdérmica (até 40
μg/h). Em alguns pacientes, a buprenorfina pode causar retenção
urinária e miose relacionadas com a dose. Em comparação com outros
analgésicos, a buprenorfina tem uma longa duração de ação. Isso
está relacionado à alta afinidade que possui pelos receptores
opioides e sua lenta dissociação deles.

Propriedades farmacocinéticas

Cada adesivo transdérmico de Buprenorfina (substância ativa)
fornece uma quantidade constante de buprenorfina por até 7 dias. O
estado de equilíbrio (steady state) é atingido em 72 horas (3
dias), momento a partir do qual se pode iniciar a titulação da
dose, conforme a necessidade de cada paciente.

Após a remoção de Buprenorfina (substância ativa), as
concentrações de buprenorfina declinam, diminuindo aproximadamente
50% em 12 horas (variação 10-24 h).

A taxa de liberação de buprenorfina de cada adesivo é
proporcional à área superficial. Cada adesivo transdérmico de
Buprenorfina (substância ativa) 5 mg libera 5 microgramas de
buprenorfina por hora. Cada adesivo transdérmico de Buprenorfina
(substância ativa) 10 mg libera 10 microgramas de buprenorfina por
hora. Cada adesivo transdérmico de Buprenorfina (substância ativa)
20 mg libera 20 microgramas de buprenorfina por hora.

Absorção:

Após a aplicação de Buprenorfina (substância ativa), a
buprenorfina se difunde do adesivo para a corrente sanguínea
através da pele.

A absorção não varia significativamente entre os locais de
aplicação especificados. A exposição média (ASC) em cada local de
aplicação está dentro de aproximadamente ± 11% da exposição média
para os quatro locais. Em estudos de farmacologia clínica, o tempo
mediano para que Buprenorfina (substância ativa) 10 mg depositasse
concentrações detectáveis de buprenorfina (25 picogramas/mL) foi de
aproximadamente 17 horas. A biodisponibilidade de buprenorfina de
um adesivo de Buprenorfina (substância ativa) em relação à
buprenorfina IV é de 15% (para todas as três concentrações).

Distribuição:

Aproximadamente 96% da buprenorfina se liga a proteínas
plasmáticas.

Em um estudo no qual foi administrada buprenorfina IV a
indivíduos saudáveis, o volume de distribuição no estado de
equilíbrio (steady state) foi de 430 L, refletindo o grande volume
de distribuição e alta lipofilicidade da substância. As
concentrações de buprenorfina no líquor parecem ser de
aproximadamente 15% a 25% das concentrações plasmáticas.

Metabolismo e Eliminação:

O metabolismo de buprenorfina na pele após a aplicação do
adesivo de Buprenorfina (substância ativa) é desprezível.

A buprenorfina absorvida pelo organismo sofre metabolismo
hepático, e subsequente excreção biliar e renal dos metabólitos
solúveis. O metabolismo hepático através das enzimas CYP3A4 e
UGT1A1/1A3 resulta em 2 metabólitos primários, norbuprenorfina e
buprenorfina 3-O-glicuronídeo, respectivamente. A norbuprenorfina é
o único metabólito ativo conhecido da buprenorfina. Esta é
glicuronizada antes de sua eliminação.

A buprenorfina livre é eliminada nas fezes em 7 dias.

Em um estudo em pacientes pós-operatórios, a depuração total de
buprenorfina foi de 55 L/h.

Local de Aplicação:

Um estudo realizado em indivíduos saudáveis demonstrou que o
perfil farmacocinético de buprenorfina depositada por Buprenorfina
(substância ativa) é semelhante quando aplicado na parte externa
superior do braço, no tórax superior, nas costas ou no lado do
tórax (linha axilar média, 5o espaço intercostal).

Dados de Segurança Pré-clínicos

Toxicidade sistêmica e dérmica: Em estudos de toxicidade de dose
única e de doses repetidas em ratos, coelhos, porquinhos da índia,
cães e mini porcos, Buprenorfina (substância ativa) causou nenhuma
ou poucas reações adversas sistêmicas, enquanto irritação da pele
foi observada em todas as espécies analisadas.

Dados toxicológicos disponíveis não indicam um potencial de
sensibilização dos aditivos dos sistemas transdérmicos.

Genotoxicidade e carcinogenicidade:

Uma bateria padrão de testes de genotoxicidade indicou que a
buprenorfina não é genotóxica. Em estudos a longo prazo em ratos e
camundongos, não houve evidência de qualquer potencial
carcinogênico relevante para seres humanos.

Toxicidade reprodutiva e no desenvolvimento: Não foram
observados efeitos na fertilidade ou na capacidade reprodutiva em
ratos tratados com buprenorfina. Não foram observados efeitos
tóxicos embriofetais em ratos ou coelhos. Em um estudo de
toxicidade no desenvolvimento pré e pós natal realizado com
buprenorfina, houve morte da prole e redução do peso dos filhotes
quando foram administradas doses maternas que produziam redução no
consumo de alimentos e sintomas clínicos.

Cuidados de Armazenamento do Restiva

Restiva deve ser conservado em temperatura ambiente
(15o a 30oC), protegido da luz e da
umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Características organolépticas

Os adesivos Restiva são retangulares ou quadrados com cantos
arredondados e de coloração bege.

Cada adesivo de Restiva é impresso com o nome comercial e a
potência em tinta azul.

Cada potência tem um tamanho diferente.

Quanto maior a potência, maior o tamanho do adesivo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Dizeres Legais do Restiva

MS – 1.9198.0002

Farm. Resp:

Kátia Esteves dos Santos
CRF-SP nº 36.165.

Fabricado por: 

LTS – Lohmann Therapie Systeme A.G.
Andernach – Alemanha.

Importado por: 

Mundipharma brasil prod. médicos e farmacêuticos LTDA.
Rua Verbo Divino, 2001 – 16º andar – Sala A 
Chácara Santo Antônio 
São Paulo – SP
CNPJ: 15.127.898/0001-30.

Venda sob prescrição médica.

Atenção: pode causar dependência fisica ou
psiquica.

Restiva, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.