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Rebetol

A combinação de Rebetol com a alfapeginterferona 2b ou
alfainterferona 2b é utilizada para o tratamento da hepatite C
crônica, em pacientes adultos. Essa combinação também é indicada no
tratamento de pacientes com hepatite C crônica infectados
concomitantemente com HIV clinicamente estáveis.

Pacientes tratados previamente:

A combinação de Rebetol com a alfainterferona 2b é utilizada
para o tratamento da hepatite C crônica, em pacientes adultos que
responderam previamente ao tratamento com alfainterferona
isoladamente (monoterapia), mas cuja doença reapareceu.

A combinação de Rebetol com a alfapeginterferona 2b pode ser
utilizada para o tratamento da hepatite C crônica, em pacientes
adultos que não responderam previamente ao tratamento com
alfainterferona (peguilada ou não peguilada) isoladamente ou em
combinação com tratamento com ribavirina.

A ação da ribavirina se inicia logo após sua administração.


Como o Rebetol funciona?

Rebetol é um medicamento que contém ribavirina, substância que
inibe a multiplicação de muitos tipos de vírus, incluindo o vírus
da hepatite C. Rebetol não deve ser utilizado sem
alfainterferona 2b ou alfapeginterferona 2b, ou seja, Rebetol não
deve ser utilizado isoladamente. 

Contraindicação do Rebetol

Este medicamento é contraindicado para uso
por:

  • Pessoas com histórico de hipersensibilidade (alergia) à
    ribavirina ou a qualquer componente da fórmula do
    Rebetol;
  • Pessoas com histórico de doença cardíaca nos últimos 6
    meses;
  • Mulheres grávidas ou que pretendem engravidar. Rebetol pode
    causar danos ao feto;
  • Mulheres que estão amamentando;
  • Pessoas com quaisquer distúrbios do sangue, como por exemplo,
    anemia (baixa contagem de células vermelhas do sangue), talassemia
    e anemia falciforme;
  • Pessoas com condições médicas debilitantes;
  • Pessoas com doença renal grave e/ou que estejam sendo
    submetidas à hemodiálise;
  • Pessoas com doença grave do fígado diferente da hepatite
    C;
  • Pessoas com hepatite autoimune ou qualquer outro problema do
    sistema imunológico;
  • Pessoas que estejam tomando medicamentos que suprimem o sistema
    imune (que protege a pessoa contra infecção e algumas
    doenças).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Como usar o Rebetol

Tome as cápsulas com um pouco de água durante as refeições. Não
mastigue nem abra as cápsulas.

O número de cápsulas que você deve tomar será determinado pelo
seu médico, com base na sua doença e peso. Seu médico poderá
ajustar a dose e a duração do tratamento de acordo com sua
resposta. Os exames de sangue ajudarão o seu médico a saber se o
tratamento está funcionando bem. Dependendo dos resultados desses
exames, seu médico poderá modificar o número de cápsulas que você
deve tomar.

O tratamento poderá ser interrompido caso você apresente
problemas renais ou do fígado.

Rebetol não deve ser utilizado isoladamente porque a ribavirina
não é eficaz como monoterapia no tratamento da hepatite C.

A interferona, que é o medicamento utilizado em combinação com
Rebetol pode causar cansaço incomum; se você estiver injetando esse
medicamento em você ou injetando em outra
pessoa, faça-o à noite, na hora de deitar.

As doses recomendadas, em geral são as
seguintes:

Peso do paciente

Dose diária usual de Rebetol

Número de cápsulas de 200mg

lt; 65kg800mg4 (2 pela manhã e 2 à noite)
65-80kg1.000mg5 (2 pela manhã e 3 à noite)
81-105kg1.200mg6 (3 pela manhã e 3 à noite)
gt; 105kg1.400mg7 (3 pela manhã e 4 à noite)

Duração do tratamento:

Atenção: Rebetol é apenas utilizado em combinação com
alfapeginterferona 2b ou alfainterferona 2b para infecção por vírus
da hepatite C. Para informações completas consulte a bula do
medicamento receitado pelo seu médico.

A duração do tratamento dependerá da resposta e das suas
condições clínicas, podendo variar de 3 meses a um ano.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não pode ser partido, aberto ou
mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Rebetol?

Se você esquecer de tomar uma dose de Rebetol, tome as cápsulas
esquecidas assim que lembrar durante o mesmo dia, tentando acertar
os horários. Não tome dose dobrada para compensar a dose esquecida.
Se deixou de tomar as cápsulas durante um dia todo, entre em
contato com o seu médico para receber orientação.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Rebetol

Se durante o tratamento com este medicamento você apresentar
sintomas de reação alérgica importante (tais como dificuldade para
respirar, chiado no peito ou urticária), procure seu médico
imediatamente.

Informe o seu médico:

  • Se você tem ou teve um distúrbio grave do sistema nervoso ou um
    distúrbio mental, confusão, perda de consciência, ou teve ideias de
    suicídio ou se tentou o suicídio;
  • Sse você alguma vez teve depressão ou apresentou sintomas
    associados com depressão (por exemplo, sensação de tristeza, de
    abatimento, etc) durante o tratamento com Rebetol;
  • Se você for homem e sua mulher ou companheira estiver em idade
    que possa engravidar;
  • Se você teve alguma doença grave do coração ou se apresenta
    alguma doença cardíaca;
  • Se você tem mais que 65 anos ou se apresenta problemas nos
    rins;
  • Se você tem ou teve alguma doença grave;
  • Se você tem problemas da tiroide;
  • Se você usa azatioprina.

Seu médico recomendará que você faça exames de sangue para
avaliar a função dos rins e fígado. Se você tiver doenças renais
seu médico fará a monitoração mais cuidadosa da diminuição da
contagem de glóbulos vermelhos no sangue.

Durante o tratamento com Rebetol em combinação com
alfainterferona, foram relatados distúrbios na gengiva e dentes,
podendo levar à perda destes. Além disso, durante tratamentos
prolongados com Rebetol em combinação com alfainterferona foi
relatada boca seca, que pode também causar prejuízos aos dentes e
mucosas da boca. Por isso, escove muito bem os dentes duas vezes ao
dia e consulte seu dentista regularmente. Alguns pacientes podem
apresentar vômitos. Caso isso ocorra, lave bem a boca após.

Durante o tratamento com Rebetol em combinação com
alfainterferona, os pacientes podem apresentar problemas oculares
e, raramente, perda da visão. Se você receber ribavirina em
combinação com uma alfainterferona, você deve ser submetido a um
exame oftalmológico antes do início do tratamento. Qualquer
paciente que apresente queixa de diminuição ou perda da visão deve
ser prontamente submetido a exame oftalmológico completo. Os
pacientes que apresentam distúrbios oculares preexistentes (por
exemplo, retinopatia diabética ou hipertensiva) devem ser
submetidos a exames oftalmológicos regularmente durante o
tratamento de combinação com ribavirina e alfainterferona. O
tratamento combinado de ribavirina e alfainterferonas deve ser
descontinuado nos pacientes que apresentarem piora ou desenvolverem
um novo distúrbio ocular.

Reações Adversas do Rebetol

Assim como qualquer medicamento, Rebetol em combinação com a
alfapeginterferona 2b ou alfainterferona 2b pode causar efeitos
indesejáveis, embora nem todas as pessoas os apresentem. Embora nem
todas essas reações adversas possam ocorrer, elas podem requerer
atenção médica se ocorrerem.

Sensações psicológicas:

Algumas pessoas se tornam deprimidas quando tomam Rebetol em
tratamento combinado com interferona, e, em alguns casos, as
pessoas apresentam pensamento suicida ou homicida ou comportamento
agressivo (algumas vezes dirigido contra outras pessoas). Alguns
pacientes realmente cometeram o suicídio. Assegure-se de procurar
cuidado de emergência se você notar que está ficando deprimido, ou,
se tiver pensamento suicida, ou se apresentar alguma alteração de
comportamento. Você pode querer considerar a possibilidade de pedir
a alguém de sua família ou amigo próximo para ajudá-lo a ficar
alerta aos sinais de depressão ou alterações de comportamento.

Contate seu médico imediatamente se você notar alguma
das seguintes reações adversas durante o tratamento em
combinação:

  • Dor no peito ou tosse persistente; alterações nos batimentos
    cardíacos;
  • Confusão, sensação de depressão; pensamento suicida ou
    comportamento agressivo; tentativa de suicídio;
  • Sensação de atordoamento ou formigamento;
  • Distúrbios do sono, do pensamento ou de concentração;
  • Dor forte no estômago, fezes escuras ou semelhantes ao carvão,
    sangue nas fezes ou urina, dor nas costas ou na parte lateral do
    abdome;
  • Dor ou dificuldade para urinar;
  • Sangramento nasal intenso;
  • Febre ou calafrios, começando após algumas semanas de
    tratamento;
  • Problemas de visão ou de audição;
  • Vermelhidão ou manchas intensas na pele.

Foram relatadas as seguintes reações adversas com a
combinação de Rebetol em combinação com uma alfainterferona em
adultos:

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

  • Diminuição no número de glóbulos vermelhos no sangue (que pode
    causar fadiga, respiração curta, tontura), diminuição em
    determinados glóbulos brancos (que pode torná-lo mais susceptível a
    diferentes infecções);
  • Dificuldade de concentração, sensação de ansiedade ou oscilação
    do humor, sensação de depressão ou de irritação, sensação de
    cansaço, distúrbio para despertar ou para se manter acordado;
  • Tosse, boca seca, faringite (dor de garganta);
  • Diarreia, vertigem, febre, sintomas gripais, cefaleia, náusea,
    tremores, infecção viral, vômitos, fraqueza;
  • Perda de apetite, perda de peso, dor no estômago;
  • Pele seca, irritação, dor ou vermelhidão no local de injeção,
    perda de cabelos, prurido, dor muscular e óssea, dores musculares,
    dor nas articulações e músculos, erupção cutânea.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Diminuição nas células que promovem a coagulação do sangue,
    chamadas plaquetas, que pode resultar em fácil ferimento e
    sangramentos espontâneos, diminuição em determinadas células
    brancas do sangue chamadas linfócitos que ajudam no combate a
    infecções, diminuição na atividade da glândula tireoide (a qual
    pode fazer com que você se sinta cansado, deprimido, pode aumentar
    sua sensibilidade ao frio e outros sintomas), excesso de açúcar ou
    de ácido úrico (como na gota) no sangue, baixo nível de cálcio no
    sangue;
  • Infecções fúngicas, choro anormal, agitação, nervosismo,
    comportamento agressivo, sensação de confusão, falta de interesse,
    distúrbio mental, sonhos incomuns, desejo de auto-agressão,
    sonolência, alterações do sono, perda de interesse em sexo ou
    incapacidade de realizá-lo, vertigem (sensação de entrar em
    parafuso);
  • Visão anormal ou borrada, dor ou infecção ocular, olhos secos
    ou lacrimejantes, alterações na audição ou voz, zumbidos, infecção
    no ouvido, dor de ouvido, herpes simples, alterações de paladar,
    perda de paladar, sangramento gengival ou ferida na mucosa da boca,
    feridas na língua, gengivas inflamadas, enxaqueca, infecções
    respiratórias, sinusite, sangramento nasal, tosse seca, respiração
    rápida ou dificuldade para respirar, nariz entupido ou com
    corrimento, sede;
  • Sopro cardíaco (batimentos cardíacos com som anormal), dor no
    peito, sensação de desmaio, mal estar, rubor, aumento de suor,
    pressão sanguínea baixa ou alta, palpitações (batimentos cardíacos
    fortes acelerados) frequência cardíaca rápida;
  • Constipação, indigestão, gazes intestinais, aumento de apetite,
    colo irritado, irritação da próstata, icterícia (pele amarelada),
    fezes amolecidas, dor no lado direito ao redor das costelas, fígado
    aumentado, mal estar gástrico, necessidade frequente de urinar,
    urinando mais que o normal, infecção do trato urinário, urina
    anormal;
  • Menstruação difícil, irregular, ou, ausência de menstruação,
    menstruações anormalmente abundantes e prolongadas, cólicas
    menstruais, distúrbios do ovário ou da vagina, dor mamária;
  • Textura anormal dos cabelos, acne, artrite, contusão, eczema
    (pele inflamada, vermelha, pruriginosa e seca, com possíveis
    gotejamentos nas lesões), sensibilidade tátil aumentada ou
    diminuída, alterações nas unhas, sensação de insensibilidade ou
    formigamento, dor no local de injeção, dor nas articulações, mãos
    trêmulas, psoríase, mãos e tornozelos inchados, pele sensível ao
    sol, erupção cutânea com lesões malhadas, vermelhidão da pele ou
    alteração na pele, gânglios inchados, tensão muscular, tumor (não
    especificado), desequilíbrio ao andar, distúrbio aquoso.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

  • Diabetes; 
  • Pneumonia.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

  • Suicídio.

Se você é um paciente adulto infectado concomitantemente com
vírus da hepatite C e vírus HIV, recebendo tratamento anti-HIV, a
adição de Rebetol e alfapeginterferona 2b, pode aumentar o seu
risco de apresentar piora da função hepática (HAART) e aumento do
seu risco de acidose lática, insuficiência hepática e
desenvolvimento de anormalidades no sangue (redução no número de
células vermelhas no sangue que transportam oxigênio, determinadas
células brancas que combatem infecções, e células que promovem a
coagulação do sangue chamada plaquetas) (NRTI).

Em pacientes infectados concomitantemente com vírus da
hepatite C e vírus HIV, recebendo HAART, as seguintes reações
adversas adicionais ocorreram com a combinação de Rebetol cápsulas
e alfapeginterferona 2b (não listadas acima):

  • Apetite diminuído, dor nas costas, diminuição dos linfócitos
    CD4, metabolismo de gorduras alterado, hepatite, dor nos membros,
    candidíase oral (sapinho), anormalidade em vários parâmetros
    laboratoriais no sangue.

Se qualquer dessas reações adversas se tornar grave ou se você
notar qualquer reação adversa não relacionada nesta bula, informe o
seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Rebetol

Gravidez

Tanto homens quanto mulheres devem adotar medidas especiais de
precaução em sua atividade sexual se houver alguma possibilidade
para ocorrência de gravidez.

Tratamento de pacientes do sexo feminino:

Este medicamento não deve ser usado por mulheres
grávidas ou que possam engravidar durante o tratamento. Se você
estiver grávida, você não deve tomar Rebetol.

Você deve ter um teste negativo para gravidez antes de iniciar o
tratamento, mensalmente durante o tratamento e nos 4 meses
seguintes ao término do tratamento. Isto deve ser discutido com o
seu médico.

Tratamento de pacientes do sexo masculino:

Nnão mantenha relações sexuais com mulher grávida a menos que
esteja usando camisinha. Isto vai diminuir a possibilidade da
ribavirina passar para o corpo da mulher. Se sua mulher ou
companheira não estiver grávida agora, mas estiver em idade que
pode engravidar, ela deve ser submetida ao teste de gravidez
mensalmente durante o tratamento e por 7 meses depois do término do
tratamento. Se o homem for tratado com esse medicamento, ele e sua
parceira devem utilizar métodos anticonceptivos eficientes para
evitar que ela engravide durante o tratamento e durante 7 meses
depois que o tratamento tiver terminado.

Amamentação

Se você é mulher que está amamentando, você não deve tomar
Rebetol. Interrompa a amamentação antes de iniciar o
tratamento.

Este medicamento causa malformação ao bebe durante a
gravidez.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Rebetol não afeta sua habilidade de dirigir veículos ou operar
máquinas; entretanto, a alfapeginterferona 2b e a alfainterferona
2b podem afetá-la. Não dirija nem opere máquinas se você apresentar
fadiga, sonolência ou confusão durante o tratamento.

Composição do Rebetol

Cada cápsula contém:

200mg de ribavirina.

Excipientes:

celulose microcristalina, lactose monoidratada, croscarmelose
sódica e estearato de magnésio. Componentes da cápsula: gelatina,
dióxido de titânio, laurilsulfato de sódio, dióxido de silício e
dióxido de ferro (tinta de impressão).

Superdosagem do Rebetol

Se alguém usar uma quantidade de cápsulas de Rebetol maior
do que deveria, informe seu médico ou farmacêutico assim que
possível.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Rebetol

Realizaram-se estudos de interação com a ribavirina em
associação com alfainterferona e antiácidos. As concentrações da
ribavirina são similares quando esta é administrada isoladamente ou
concomitantemente com alfainterferona.

O potencial para a ocorrência de interações pode persistir
durante um período de até 2 meses (5 vezes à meia-vida da
ribavirina) após a conclusão do tratamento com ribavirina devido à
sua longa meia-vida.

Os resultados dos estudos in vitro nos quais foram
utilizadas preparações de microssomas hepáticos de rato e humanos
indicaram não existir metabolismo da ribavirina mediado pelas
enzimas do citocromo P450. A ribavirina não inibe as enzimas do
citocromo P450. Os estudos de toxicidade não revelaram indícios de
indução das enzimas hepáticas pela ribavirina. Por conseguinte, é
mínimo o potencial para a ocorrência de interações com as enzimas
do citocromo P450.

Antiácidos:

A biodisponibilidade de 600 miligramas de ribavirina diminuiu
com a co-administração de um antiácido contendo magnésio, alumínio
e meticona; a AUCtf diminuiu em 14%. É possível que a
biodisponibilidade diminuída, neste estudo, se tenha devido ao
atraso no trânsito da ribavirina ou à alteração do pH. Esta
interação não é considerada clinicamente relevante.

Análogos dos nucleosídeos:

A ribavirina mostrou inibir in vitro a fosforilação da
zidovudina e da estavudina. Desconhece-se o significado clínico
destes dados. No entanto, estes dados in vitro levantam a
possibilidade de que a utilização concomitante de ribavirina com
zidovudina ou com estavudina possa conduzir ao aumento da viremia
do HIV. Por conseguinte, recomenda-se o monitoramento frequente das
concentrações plasmáticas do RNA do HIV em pacientes em tratamento
com ribavirina e um dos fármacos anteriormente referidos. Se o
nível de RNA do HIV aumentar, a utilização de ribavirina
concomitantemente com inibidores da transcriptase reversa deve ser
revista.

Didanosina (ddI):

A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada.
Dados in vitro, a exposição à didanosina ou ao seu
metabolito ativo (5´trifosfato de dideoxiadenosina) está aumentada,
quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram
notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como
neuropatia periférica, pancreatite, e hiperlactacidemia/acidose
láctica sintomática, com a utilização da ribavirina.

Pacientes co-infectados por HCV e HIV Não foi observada
evidência aparente de interação medicamentosa em 47 doentes
coinfectados por HCV e HIV, que completaram um subestudo
farmacocinético de 12 semanas, para avaliar o efeito da ribavirina
na fosforilação intracelular de alguns nucleosídeos inibidores da
transcriptase reversa (lamivudina, zidovudina ou estavudina). No
entanto, devido à elevada variabilidade, os intervalos de confiança
são muito alargados. A exposição plasmática à ribavirina pareceu
não ser afetada pela administração concomitante de nucleosídeos
inibidores da transcriptase reversa (NITRs).

Foi notificada a exacerbação da anemia devida à ribavirina
quando a zidovudina é parte do regime de tratamento do HIV, embora
o mecanismo exato ainda não seja conhecido. Não é recomendada a
utilização concomitante de ribavirina com zidovudina devido ao
aumento do risco de anemia. Deve considerar-se a substituição da
zidovudina num regime de tratamento antirretroviral combinado se
este já estiver estabelecido. Tal seria particularmente importante
em pacientes com história conhecida de anemia induzida por
zidovudina.

Interferência a exames laboratoriais:

Todos os pacientes devem efetuar as análises hematológicas e
bioquímicas habituais antes do início do tratamento (contagem de
células sanguíneas completa e diferencial com fórmula leucocitária,
contagem de plaquetas, eletrólitos, creatinina sérica, parâmetros
da função hepática, ácido úrico). São considerados aceitáveis como
orientação, antes do início do tratamento com ribavirina em
associação com a alfainterferona, os seguintes valores
laboratoriais:

Hemoglobina ≥ 12 g/dL (mulheres); ≥ 13 g/dL (homens).

Plaquetas ≥ 90.000/mm3.

Contagem de neutrófilos ≥ 1500/mm3.

Os dados sobre a eficácia e segurança em doentes co-infectados
por HIV e HCV e com contagem de células CD4 abaixo das 200 cel/μL,
são limitados (N = 51). Assim, recomenda-se precaução no tratamento
de doentes com contagem de células CD4 baixas.

A avaliação laboratorial deverá ser feita na 2ª e 4ª semanas de
terapêutica e depois, periodicamente, de acordo com a necessidade
clínica.

Mulheres em idade fértil:

As pacientes do sexo feminino devem efetuar mensalmente um teste
de gravidez durante o tratamento e nos 4 meses seguintes à sua
conclusão. As parceiras de pacientes do sexo masculino devem
efetuar um teste de gravidez mensalmente durante o tratamento e nos
7 meses seguintes à sua conclusão.

O ácido úrico pode aumentar com a ribavirina devido à hemólise
pelo que o desenvolvimento de gota deve ser cuidadosamente
monitorizado nos pacientes com predisposição.

Ação da Substância Rebetol

Resultados da eficácia

Em 1998 foram publicados dois ensaios clínicos envolvendo 1744
pacientes que mostraram o maior benefício da terapia combinada de
alfainterferona e ribavirina sobre a monoterapia com
alfainterferona1 tendo sido mostrado maior benefício no
tratamento de pacientes com genótipo 1 por 48 semanas e genótipo
não-1 por 24 semanas. Essa conduta foi posteriormente ratificada
pelo consenso Internacional de Paris realizado em 1999.

Um outro estudo foi realizado com a finalidade de se estabelecer
a melhor dose de ribavirina para ser associada a alfainterferona
peguilada, assim como o tempo de tratamento mais adequado. Quatro
grupos foram tratados, um associando-se alfainterferona peguilada e
ribavirina 800 mg por 24 semanas, um grupo associando
alfainterferona peguilada e ribavirina 1000-1200 mg por 24 semanas,
outro grupo utilizando alfainterferona peguilada e ribavirina 800
mg por 48 semanas e um quarto grupo tratado com interferona
peguilada e ribavirina 1000-1200 mg por 48 semanas. O estudo
mostrou que para pacientes com genótipo tipo 1, grupos que
utilizaram o tratamento por 48 semanas foi estatisticamente
superior ao tratamento por 24 semanas e a dose padrão de ribavirina
foi estatisticamente superior a doses baixas de ribavirina. Em
pacientes com genótipo tipo 2 e 3 o percentual de resposta viral no
grupo de tratamento 4 não obteve diferença estatística
significativa. Portanto, o tratamento com alfainterferona peguilada
e ribavirina é individualizada pelo genótipo. Pacientes com HCV do
genótipo 1 requer tratamento por 48 semanas e dose padrão de
ribavirina; aqueles com genótipo tipos 2 e 3 podem ser tratados
adequadamente com alfainterferona peguilada e baixas doses de
ribavirina por 24 semanas.

Características farmacológicas

A ribavirina é rapidamente absorvida, amplamente distribuída nos
tecidos, metabolizada em grande parte e excretada principalmente
pela urina.

Ensaios clínicos em humanos com ribavirina têm demonstrado sua
eficácia e segurança no controle de infecções virais comuns. A
ribavirina é rapidamente absorvida através da administração oral,
com a concentração do pico plasmático da droga ocorrendo dentro de
1-2 horas após administração e excretada principalmente na urina.
Em adultos saudáveis com função renal normal, aproximadamente 53%
da dose oral única é excretada na urina dentro de 72-80 horas, e
cerca de 33% é excretada dentro das primeiras 24 horas. Cerca de
15% da dose oral única é excretada nas fezes dentro de 72
horas.

Em homens, ratos, e macacos rhesus, o acúmulo de ribavirina e/ou
seus metabólitos tem sido notada nas hemácias. Foi observado um
platô de hemácias em homens dentro de 4 dias, que decresce
gradualmente com uma aparente meia-vida de 40 dias (a meia-vida dos
eritrócitos).

Cuidados de Armazenamento do Rebetol

Conservar em temperatura ambiente. Não congelar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Caracteríticas físicas

Rebetol é apresentado em cápsulas de gelatina branca opaca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Rebetol

MS 1.0171.0180

Farm. Resp.:

Cristina Matushima
CRF-SP nº 35.496

Registrado e importado por:

Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua João Alfredo, 353 – São Paulo/SP
CNPJ 03.560.974/0001-18 – Brasil
Central de Relacionamento 0800-0122232

Fabricado por:

MSD International GmbH (Puerto Rico Branch) LLC, Las Piedras,
Porto Rico – EUA

Embalado por:

Schering-Plough Labo N.V., Heist-op-den-Berg, Bélgica

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Rebetol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.