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Quicard

Contraindicação do Quicard

  • Dicloridrato de Dicloridrato de Trimetazidina (substância
    ativa) está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a
    Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) ou a qualquer um
    dos componentes da fórmula;
  • Doença de Parkinson, sintomas de parkinsonismo, tremores,
    síndrome da perna inquieta e outras alterações relacionadas ao
    movimento;
  • Insuficiência renal grave (depuração da creatinina lt;
    30ml/min).

Este medicamento é contraindicado para uso por
crianças.

Como usar o Quicard

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Os comprimidos devem ser ingeridos com copo de água, no momento
das refeições.

A posologia recomendada é de 1 comprimido de 35mg duas vezes ao
dia, um de manhã, durante o café da manhã e outro à noite, durante
o jantar.

Os benefícios do tratamento devem ser avaliados após três meses
e a Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) deve ser
descontinuada se não houver resposta ao tratamento.

A segurança e eficácia da Dicloridrato de Trimetazidina
(substância ativa) em crianças com menos de 18 anos não foram
estabelecidas. Não existem dados disponíveis.

Precauções do Quicard

Este medicamento geralmente não é recomendado durante a
amamentação.

Este medicamento não é um tratamento curativo de uma crise de
angina de peito e nem é indicado como tratamento inicial da angina
de peito instável. Também não é um tratamento do infarto do
miocárdio. Não é indicado na fase pré-hospitalar ou durante os
primeiros dias de hospitalização.

No caso de uma crise de angina, a coronariopatia deve ser
reavaliada e uma adaptação do tratamento deve ser considerada
(tratamento com medicamento e possível revascularização).

A Trimetazidina pode causar ou agravar os sintomas de
parkinsonismo (tremores, acinesia, hipertonia) que devem ser
investigados regularmente, principalmente em pacientes idosos. Em
casos duvidosos, os doentes devem ser referenciados para um
neurologista para avaliação adequada. A ocorrência de alterações de
movimento, tais como as dos sintomas de parkisionismo, síndrome da
perna inquieta, tremores, instabilidade da marcha deve levar à
descontinuação definitiva do Dicloridrato de Trimetazidina
(substância ativa).

Estes casos têm uma incidência baixa e são habitualmente
reversíveis após a descontinuação do tratamento. A maioria dos
doentes se recuperou no período de 4 meses após a descontinuação do
Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa). Se
os sintomas de parkinsonismo persistirem por mais de 4 meses
após a descontinuação do medicamento, deve ser solicitada a opinião
de um neurologista.

Podem ocorrer quedas, relacionadas com a instabilidade postural
ou hipotensão, em particular nos pacientes em tratamento
anti-hipertensivo.

Recomenda-se precaução ao prescrever Dicloridrato de
Trimetazidina (substância ativa) para pacientes em que sejam
esperadas uma maior exposição

  • Insuficiência Renal moderada;
  • Pacientes idosos com mais de 75 anos.

Pacientes com insuficiência renal

Em doentes com insuficiência renal moderada (depuração da
creatinina [30-60] ml/min), a dose recomendada é de 1 comprimido de
35mg de manhã durante o café da manhã.

Pacientes idosos

Os doentes idosos devido à diminuição da função renal
relacionada com a idade, podem ter maior exposição à Trimetazidina.
Em doentes com insuficiência renal moderado (depuração da
creatinina [30-60] ml/min), a dose recomendada é de 1 comprimido de
Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) de manhã durante o
café da manhã. O ajuste da dose nos doentes idosos deve ser
realizado com cuidado.

População pediátrica

A segurança e eficácia da Trimetazidina em crianças com menos de
18 anos não foram estabelecidas. Não existem dados disponíveis.

Condução de veículos e operações de
máquinas

Nos estudos clínicos com a Trimetazidina não se observaram
efeitos hemodinâmicos, contudo, têm sido observados, na experiência
pós-comercialização, casos de tonturas e sonolência, o que pode
afetar a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

Gravidez

Estudos feitos em animais não demonstraram efeito teratogênico;
entretanto, na ausência de dados clínicos, o risco de má formação
fetal não pode ser excluído.

Portanto, por motivos de segurança, é preferível evitar a
prescrição deste medicamento durante a gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Lactação

Na ausência de dados sobre a excreção do fármaco no leite
materno, não é recomendável amamentar durante o tratamento. Um
risco para recém nascidos não pode ser excluído.

Este medicamento pode causar
doping.

Reações Adversas do Quicard

Como qualquer medicamento, Dicloridrato de Trimetazidina
(substância ativa) pode causar efeitos indesejáveis.

As reações adversas, definidas como eventos adversos
possivelmente atribuíveis ao tratamento com Trimetazidina, estão
listadas usando a seguinte convenção de frequência

  • Muito comum (≥1/10);
  • Comum (≥1/100, lt;1/10);
  • Incomum (≥1/1000, lt; 1/100);
  • Rara (≥1/10000, lt;1/1000);
  • Muito rara (lt;1/10000);
  • Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados
    disponíveis).

Alterações comuns (≥1/100 e lt;1/10)

Alterações do sistema nervoso

Tonturas, cefaléia.

Alterações gastrointestinais

Dor abdominal, diarréia, dispepsia, náuseas e vômitos.

Alterações da pele

Erupção cutânea, prurido, urticária.

Alterações gerais

Astenia.

Alterações raras (≥1/10000, lt;1/1000)

Alterações cardiovasculares

Palpitações, extrassistoles, taquicardia, hipotensão arterial,
hipotensão ortostática que pode ser associada a mal-estar geral,
tonturas ou queda, especialmente em pacientes idosos em tratamento
da hipertensão arterial, vermelhidão.

Alterações desconhecidas (não pode ser calculado a
partir dos dados disponíveis)

Alterações do sistema nervoso

Sintomas de parkinsonismo (tremores, acinesia, hipertonia),
instabilidade postural, síndrome da perna inquieta, outras
alterações relacionadas ao movimento, normalmente reversíveis após
a descontinuação do tratamento, alterações do sono (insônia e
sonolência).

Alterações gastrointestinais

Constipação.

Alterações da pele

Angiodema e pustulose exantemática generalizada aguda
(PEGA).

Alterações sanguíneas e do sistema
linfático

Agranulocitose, trombocitopenia, púrpura trombocitopenica.

Alterações hepatobiliares

Hepatite.

Em caso de eventos adversos pelo Sistema de Notificações
em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Quicard

Não foram observadas interações medicamentosas entre a
Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) e outros
medicamentos antianginosos, glicosídeos cardíacos, antiarrítmicos
ou anticoagulantes.

Ação da Substância Quicard

Resultados da eficácia

Os benefícios clínicos da Trimetazidina no tratamento da
cardiopatia isquêmica foram demonstrados através de vários estudos
clínicos, desde o lançamento do produto no mercado.

Estudo multicêntrico de avaliação da eficácia anti-isquêmica e
tolerabilidade de Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa)
em pacientes com angina estável previamente tratados com
medicamento antianginoso convencional. Os resultados apontaram uma
melhora significativa na capacidade e tolerância ao exercício.
Outros resultados apontam uma redução significativa da ocorrência
de episódios de angina e do consumo de nitratos, sugerindo que
Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) seja eficaz e bem
tolerado, como combinação no tratamento para doenças arteriais
coronarianas em pacientes diabéticos não controlados com agentes
hemodinâmicos.

Estudo multicêntrico aberto de avaliação da eficácia
anti-isquêmica e tolerabilidade de Dicloridrato de Trimetazidina
(substância ativa) em pacientes acima de 65 anos com doença
arterial coronariana e tratados com Dicloridrato de Trimetazidina
(substância ativa) em combinação com tratamento hemodinâmico
prévio. Os resultados apontaram uma melhora significativa na
capacidade e tolerância ao exercício. Outros resultados apontam uma
redução significativa da ocorrência de episódios de angina e do
consumo de nitratos, sugerindo que Dicloridrato de Trimetazidina
(substância ativa) seja eficaz e bem tolerado, como combinação no
tratamento para doenças arteriais coronarianas em pacientes idosos
com angina pectoris.

Estudo randomizado placebo controlado, duplo cego, constatou que
o tratamento com Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa)
melhorou a função ventricular esquerda, sintomas, metabolismo
glicêmico e função endotelial. A alteração do substrato
preferencial para obtenção de energia de ácidos graxos para
metabolismo glicêmico por Dicloridrato de Trimetazidina (substância
ativa) surge como um tratamento adjunto efetivo em pacientes com
diabetes com cardiomiopatia pós-isquêmica.

Num estudo com 426 doentes randomizados, duplo cego e controlado
por placebo (TRIMPOL-II), a Trimetazidina (60 mg/dia) adicionada ao
metoprolol 100 mg diários (50 mg duas vezes ao dia) durante 12
semanas, melhorou significativamente os sintomas clínicos e os
parâmetros das provas de esforço, quando comparados com o placebo:
duração total do exercício + 20.1s, p= 0,023; carga total +0,54
METs, p=0.001; tempo para o aparecimento de infradesnivelamento de
1 mm no segmento ST +33,4s, p=0.003; tempo para o aparecimento da
angina +33,9s, p lt;0,001; crises anginosas por semana -0,73, p=
0,014 e consumo de nitratos de ação rápida por semana, -0,63, p=
0,032, sem alterações hemodinâmicas.

Num estudo com 223 doentes randomizados, duplo cego e controlado
por placebo (Sellier), um comprimido de liberação modificada de 35
mg (duas vezes ao dia) adicionado a 50 mg de atenolol (uma vez ao
dia) durante 8 semanas, produziu, um aumento significativo (+34,4s,
p=0,03) no tempo necessário ao aparecimento de infradesnivelamento
de 1 mm no segmento ST nas provas de esforço, no subgrupo de
doentes (n=173), quando comparado com o placebo, após 12 horas da
administração do medicamento. Foi também identificada uma diferença
significativa no tempo para o aparecimento da angina
pectoris (p=0,049). Nenhuma diferença significativa entre
os grupos foi encontrada para os outros objetivos secundários
(duração total do exercício total, carga total e resultados
clínicos).

Em um estudo randomizado, duplo-cego com 1962 pacientes (Estudo
VASCO) foi comparado o uso de 50mg/dia de atenolol associado a 2
doses de Trimetazidina (70mg/dia e 140mg/dia) VS placebo. Na
população em geral, incluindo os pacientes sintomáticos e
assintomáticos, o uso da Trimetazidina não demonstrou o benefício,
tanto nos objetivos ergométricos (duração total do exercício, tempo
para surgir 1 mm ST e tempo para o aparecimento da angina) como
clínicos. Contudo, no subgrupo de doentes sintomáticos (n=1574)
definidos numa análise post-hoc, a Trimetazidina (140
mg) melhorou significativamente a duração total do exercício
(+23,8s versus +13,1s placebo; p=0,001) e o tempo para o
aparecimento da angina (+46,3s versus +32,5s placebo;
p=0,005).

Foi realizado um estudo de acompanhamento médio de 13 ± 3 meses
com 55 pacientes com insuficiência cardíaca num modelo aberto, onde
estes foram alocados aleatoriamente. Um grupo foi tratado com
terapia convencional em associação à Trimetazidina (20mg três vezes
ao dia) (28 pacientes) enquanto o outro com terapia convencional
(27 pacientes). No grupo que utilizou Trimetazidina, a classe
funcional NYHA melhorou significativamente comparada com o grupo da
terapia convencional isolada (p lt; 0.0001). A associação da
Trimetazidina reduziu significativamente o índice diastólico de
dilatação cardíaca (de 98 ± 36ml para 81 ± 27ml, p=0.04) e aumentou
a fração de ejeção de 36± 7% para 43±10% (p=0.002).

Características Farmacológicas

Mecanismo de ação

Ao preservar o metabolismo energético das células expostas a
hipóxia ou isquemia, a Trimetazidina previne a diminuição nos
níveis intracelulares de ATP, assegurando assim o bom funcionamento
das bombas iônicas e do fluxo transmembranar de sódio-potássio,
enquanto mantém a homeostase celular.

A Trimetazidina inibe a β-oxidação dos ácidos graxos por
bloqueio da cadeia longa da 3-cetoacil CoA tiolase que aumenta a
oxidação da glucose. Numa célula isquêmica, a energia obtida
durante a oxidação da glucose requer menos consumo de oxigênio do
que no processo de β-oxidação. A potencialização da oxidação da
glucose otimiza o processo de energia celular, e com isso mantém o
metabolismo energético apropriado durante a isquemia.

Nos doentes com cardiopatia isquêmica, a Trimetazidina atua como
um agente metabólico preservando os níveis intracelulares de
fosfatos de alta energia miocárdicos. Os efeitos anti-isquêmicos
são alcançados sem efeitos hemodinâmicos concomitantes.

Propriedades farmacológicas

A Trimetazidina é um agente anti-isquêmico de ação
exclusivamente metabólica, que age independentemente de quaisquer
alterações hemodinâmicas. Como demonstrado em estudos com miócitos
isolados, Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) otimiza
o metabolismo cardíaco durante e após a isquemia, através da
transferência do metabolismo do ácido graxo para o metabolismo da
glicose.

Estimulando esta via, a Trimetazidina restabelece o elo entre
glicólise e oxidação da glicose e mantém a produção de ATP,
beneficiando a viabilidade dos miócitos e a própria função
cardíaca. Através deste exclusivo mecanismo de ação, a
Trimetazidina reduz o acúmulo de lactato na célula, minimizando a
acidose intracelular e preservando, dessa forma, a integridade das
membranas intra e extracelulares, além de assegurar o funcionamento
das bombas iônicas e o fluxo transmembrana de sódio e potássio,
mantendo a homeostase celular.

Estas propriedades anti-isquêmicas foram amplamente confirmadas
em estudos clínicos, tanto em regime de monoterapia quanto em
associação. Graças a seu exclusivo modo de ação metabólico, a
Trimetazidina reduz as crises de angina, aumenta a tolerância ao
exercício e melhora a contratilidade cardíaca dos pacientes
coronariopatas sem modificar seus parâmetros hemodinâmicos
sistêmicos. Esta importante eficácia anti-isquêmica foi confirmada
em monoterapia versus placebo e versus drogas de
referência, e é também observada na terapia em associação.

Estudos clínicos demonstraram que o uso de Trimetazidina em
pacientes portadores de insuficiência cardíaca resulta em: aumento
da capacidade funcional (conforme classificação da New York
Heart Association
), aumento da capacidade física (conforme
teste ergométrico em esteira), redução nos volumes ventriculares e
aumento da contratilidade cardíaca (conforme ecocardiograma) e
redução dos níveis séricos de BNP Brain Natriuretic Peptide
(conforme dosagem sanguínea).

Por apresentar eficácia anti-isquêmica exclusivamente por ação
metabólica, a Trimetazidina demonstrou ser altamente eficaz e
segura tanto em monoterapia como em associação com drogas de efeito
hemodinâmico (betabloqueadores, antagonistas do cálcio e nitratos),
uma vez que não apresenta nenhum tipo de interação medicamentosa
com estas drogas. Devido a um modo de ação totalmente diferente dos
demais agentes anti-isquêmicos clássicos, a eficácia da
Trimetazidina é sinérgica quando usada em conjunto com outros
agentes anti-isquêmicos, sem sobreposição.

Estudos em animais

A atividade da Trimetazidina sobre o metabolismo celular
foi investigada em cães com insuficiência aórtica ou coronariana e
em camundongos sob hipóxia severa, comprovando evitar

  • O acúmulo de lactato ao nível do tecido miocárdico;
  • A redução da taxa de intermediários da glicólise ao nível
    da célula hepática.

O estudo do potencial energético celular, efetuado em
ratos após injeção de vasopressina, e em camundongos sob hipóxia
severa, demonstrou que a Trimetazidina

  • Evita, ao nível das células miocárdicas, a depleção das
    reservas energéticas de ATP;
  • Ao nível dos neurônios, evita a redução intracelular das
    reservas de ATP e de AMP cíclico;
  • Mantém, no hepatócito, a atividade funcional das enzimas
    mitocondriais, sede da produção energética celular.

A Trimetazidina opõe-se, também, às modificações
eletrofisiológicas induzidas pela isquemia

  • Diminuindo a elevação do segmento ST no ECG de cães submetidos
    a infarto do miocárdio experimental;
  • Após isquemia cerebral provocada em coelhos, facilita o
    aparecimento de uma atividade elétrica global ao EEG, e permite um
    retorno precoce à reatividade cortical.

Desta maneira, a trimetazina é capaz de

  • Ajudar a manter o metabolismo energético no coração e órgãos
    neurosensoriais durante episódios de isquemia e hipóxia;
  • Reduzir a acidose intracelular e alterações no fluxo iônico
    transmembrana causado pela isquemia;
  • Diminuir a migração e infiltração de neutrófilos polinucleares
    em tecidos cardíacos isquêmicos e perfusados. Isto também reduz o
    tamanho dos infartos experimentais;
  • Exercer essa ação na ausência de qualquer efeito hemodinâmico
    direto.

Concluindo, a Trimetazidina corrige os distúrbios metabólicos
provocados pela isquemia experimental.

Estudos em seres humanos

Estudos controlados em duplo-cego demonstraram que em
pacientes coronariopatas, a Trimetazidina

  • Aumenta a reserva coronária, ou seja, retarda o aparecimento
    das alterações isquêmicas aos esforços (a partir do 15° dia de
    tratamento);
  • Diminui significativamente a frequência das crises
    anginosas;
  • Propicia uma redução significativa no consumo de nitratos;
  • Aumenta a capacidade de exercício;
  • Melhora a contratilidade cardíaca.

Um estudo de dois meses em pacientes recebendo atenolol 50mg,
adicionando Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) 35mg
produziu um aumento significativo no tempo de 1-mm na depressão do
segmento ST em testes de esforço, quando comparado ao placebo, 12
horas após a administração do medicamento.

Propriedades farmacocinéticas

Após a administração oral, a concentração máxima é atingida em
torno de 5 horas (em média) após a tomada do comprimido. Durante as
24 horas, a concentração plasmática se mantém igual ou superior a
75% da concentração máxima para a 11a hora. O estado de
equilíbrio é alcançado na 60a hora, no máximo.

O volume de distribuição aparente é de 4,8 L/kg; a fixação
protéica da Trimetazidina é fraca: seu valor medido in
vitro
é de 16%.

A eliminação da Trimetazidina é feita principalmente por via
urinária, essencialmente sob a forma inalterada. A meia-vida de
eliminação do Dicloridrato de Trimetazidina (substância ativa) é,
em média de 7 horas no paciente voluntário jovem e de 12 horas no
idoso com mais de 65 anos.

O clearance total da Trimetazidina é resultante de um
clearance renal predominante que é diretamente relacionado
ao clearance da creatinina e, em menor grau, a um
clearance hepático que diminui com a idade.

Um estudo clínico específico realizado em uma população de
idosos utilizando uma posologia de 2 comprimidos por dia em duas
tomadas, analisados por um método cinético de população, demonstrou
um aumento da exposição de plasma que não justifica uma alteração
posológica neste grupo.

Quicard, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.