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Pirfel

Como o Pirfel funciona?


O Pirfel é um anti-inflamatório não esteroide (AINE, medicamento
que bloqueia a inflamação e que não é derivado de hormônios) que
possui também propriedades analgésicas (que reduz ou elimina a dor)
e antipiréticas (reduz a febre).

Contraindicação do Pirfel

Não use Pirfel se:

  • Já apresentou úlcera gastrointestinal (ferida no estômago e/ou
    na parte inicial do intestino), hemorragia ou perfuração
    gastrintestinal (no estômago e intestino observados através de
    sangue vivo ou “pisado” – com coloração marrom escura – no vômito
    e/ou fezes).
  • Apresenta úlcera péptica ativa (ferida atual no estômago e/ou
    na parte inicial do intestino).
  • Apresenta hipersensibilidade (alergia) conhecida ao piroxicam
    ou a outros componentes da fórmula.
  • Usando ácido acetilsalicílico ou outro anti-inflamatório não
    hormonal (que não é derivado de hormônio) e desenvolveram sintomas
    de asma (doença respiratória onde a respiração é difícil, curta e
    ofegante), pólipo nasal (massa de tecido mucoso dentro do nariz),
    angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa,
    geralmente de origem alérgica) ou urticária (alergia da pele).
  • Para tratar a dor da cirurgia para revascularização do
    miocárdio (cirurgia que corrige obstruções das coronárias – vasos
    que levam sangue para o músculo do coração – através de ponte de
    veia safena ou de artéria mamária).
  • Insuficiência renal (diminuição da função dos rins), hepática.
    (diminuição da função do fígado) ou cardíaca (diminuição da
    capacidade de bombeamento do coração) graves.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12
anos.

Como usar o Pirfel

Cada cápsula de Pirfel contem o equivalente a 20 mg de
piroxicam. O piroxicam, na forma oral (cápsulas), deve ser engolido
inteiro com um pouco de água. A dosagem de Pirfel deve obedecer a
recomendação para cada indicação do produto, entretanto, Pirfel não
deve ser utilizado por mais de 14 dias para tratamentos em
condições agudas.

Artrite reumatoide, osteoartrite (artrose, doença
articular degenerativa) e espondilite anquilosante

A dose inicial recomendada é de 20 mg ao dia, em dose única. A
maioria dos pacientes pode ser mantida com 20 mg ao dia.

Gota aguda

O Pirfel não deve ser usado como tratamento de primeira escolha
de gota aguda quando um AINE é indicado. Pelo mesmo motivo, não
deve ser usado no tratamento de gota aguda em pacientes com maior
risco de desenvolver eventos adversos gastrintestinais. Iniciar a
terapia com uma única dose de 40 mg ao dia, seguida nos próximos 4
a 6 dias por 40 mg/dia, em dose única ou fracionada.

O Pirfel não é indicado para o tratamento prolongado da
gota.

Distúrbios musculoesqueléticos agudos

O Pirfel não deve ser usado como tratamento de primeira escolha
de distúrbios musculoesqueléticos agudos quando um AINE é indicado.
Pelo mesmo motivo, não deve ser usado no tratamento de distúrbios
musculoesqueléticos agudos em pacientes com maior risco de
desenvolver eventos adversos gastrintestinais. Deve-se iniciar a
terapia com 40 mg ao dia, nos primeiros 2 dias, em dose única ou
fracionada. Para os 7 a 14 dias restantes, a dose deve ser reduzida
para 20 mg ao dia.

Dor pós-traumática aguda e pós-operatória
aguda

A dose recomendada é de 20 mg/dia em dose única.

Dismenorreia primária aguda

O Pirfel não deve ser usado como tratamento de primeira escolha
de dismenorreia quando um AINE é indicado. Pelo mesmo motivo, não
deve ser usado no tratamento de dismenorreia em pacientes com maior
risco de desenvolver eventos adversos gastrintestinais. Assim que
surgirem os sintomas, iniciar com a dose recomendada de 40 mg em
dose única diária nos dois primeiros dias e, se necessário, 20
mg/dia em dose única diária por mais 1 ou até 3 dias se
necessário.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

A dose total de Pirfel administrada sob a forma combinada de
cápsulas, comprimidos solúveis, comprimidos sublinguais,
supositórios e injeções intramusculares não deve exceder a dose
máxima diária recomendada nas indicações.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Pirfel?


Caso o paciente se esqueça de tomar Pirfel no horário
estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar. Entretanto, se já
estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve
desconsiderar a dose esquecida e tomar a próxima. Neste caso, o
paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses
esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Pirfel

Efeitos Cardiovasculares (CV)

Anti-inflamatórios aumentam o risco de:

  • Eventos trombóticos (“entupimento” dos vasos sanguíneos),
    cardiovasculares (CV) (no coração e vasos sanguíneos), o que
    aumenta o risco de infarto do miocárdio (“entupimento” dos vasos
    que levam sangue ao músculo do coração que é lesado e/ou morre) e
    acidente vascular cerebral (AVC ou “derrame cerebral”), que podem
    ser fatais;
  • Aparecimento de hipertensão (“pressão alta”) ou piora da
    hipertensão já existente;
  • Retenção de líquidos levando a piora da função cardíaca
    (capacidade do coração fazer circular o sangue no corpo) em
    portadores de insuficiência cardíaca congestiva (diminuição da
    função do músculo do coração, que não consegue bombear o sangue
    para ser usado pelo organismo).

Se você tem doença cardiovascular (CV), insuficiência cardíaca
congestiva preexistente ou hipertensão deve ser cuidadosamente
monitorada pelo seu médico. O risco pode aumentar com a duração do
uso. Para reduzir os riscos potenciais recomenda-se que a dose de
Pirfel seja a menor dose capaz de gerar o efeito desejado e o
tratamento dure o menor tempo possível.

Retenção de Líquido e Edema

Observada retenção de líquido e edema em alguns pacientes
recebendo anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo
Pirfel. Portanto, Pirfel deve ser utilizado com cautela em
pacientes com comprometimento da função cardíaca e outras condições
que predisponham, ou piorem pela retenção de líquidos.

Efeitos Gastrintestinais

Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo Pirfel,
podem causar reações adversas gastrintestinais graves incluindo
inflamação, sangramento, ulceração e perfuração do estômago,
intestino delgado (parte do intestino que vai do estômago até o
intestino grosso) ou grosso (parte do final do tubo digestivo), que
pode ser fatal. O uso de doses diárias acima de 20 mg de Pirfel
leva a um aumento do risco de efeitos colaterais gastrintestinais.
Os pacientes com maior risco de desenvolverem este tipo de
complicação gastrintestinal com AINEs são os idosos, pacientes com
doença cardiovascular, pacientes utilizando corticosteroides,
medicamentos antiplaquetários, (como o ácido acetilsalicílico),
inibidores seletivos de recaptação da serotonina, pacientes que
ingiram álcool ao mesmo tempo em que Pirfel ou pacientes com
história anterior ou ativa de doença gastrintestinal, como
ulceração, sangramento ou doenças inflamatórias
gastrintestinais.

Efeitos Renais

Raramente os anti-inflamatórios não esteroides podem lesar os
rins por diminuição da produção de substâncias (prostaglandinas)
responsáveis por controlar a quantidade de sangue que chega até ele
e pela intensidade da inflamação. Suspender a medicação pode
reverter a reação. O risco é maior em portadores de alterações na
função renal como os com síndrome nefrótica (doença dos rins que
gera perda de proteína na urina) e doença renal aparente (qualquer
doença do rim), além dos portadores de insuficiência cardíaca
congestiva, cirrose hepática (doença que destrói as células do
fígado substituindoas por cicatrizes), pacientes de risco devem ser
monitorados.

Reações Cutâneas

Foram relatadas muito raramente em associação ao uso de AINEs,
incluindo Pirfel, reações cutâneas graves, algumas fatais,
incluindo dermatite esfoliativa (descamação da pele), síndrome de
Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e
mucosas) e necrólise epidérmica tóxica (descamação grave da camada
superior da pele). Os pacientes parecem estar sob maior risco de
desenvolverem estas reações no início do tratamento; o início da
reação ocorre, na maioria dos casos, no primeiro mês de
tratamento.

O Pirfel deve ser descontinuado ao primeiro sinal de rash
cutâneo (lesão avermelhada na pele), lesão da mucosa (algum
problema nas áreas do corpo que tem mucosa: olhos, boca, nariz, ou
qualquer outro sinal de hipersensibilidade (alergia)).

Efeitos Oftalmológicos

Devido aos relatos de alterações oculares (alterações na visão
ao se usar um AINES) encontradas com AINEs, é recomendado que
pacientes com propensão (tendência a poder desenvolver uma
determinada situação) a desenvolverem estas alterações, façam
avaliação oftalmológica (avaliação dos olhos com o médico), durante
o tratamento com Pirfel.

Geral

O uso de AINEs, incluindo Pirfel, pode causar infertilidade
temporária em algumas mulheres (dificuldade de engravidar por um
determinado tempo).

Alguns estudos sugerem que o uso do Pirfel pode aumentar o risco
de aborto espontâneo no início da gravidez. Pirfel deve ser evitado
durante o terceiro trimestre da gravidez.

Se usado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez, os
AINEs podem causar disfunção renal fetal que pode resultar na
redução do volume de líquido amniótico ou oligoidrâmnio em casos
graves.

Tais efeitos podem ocorrer logo após o início do tratamento e
são geralmente reversíveis. As mulheres grávidas utilizando Pirfel
devem ser cuidadosamente monitoradas quanto ao volume de líquido
amniótico.

Se você está amamentando ou pretende amamentar, não é
recomendado usar Pirfel, já que ele é excretado pelo leite e a
segurança deste medicamento em crianças amamentadas não é
conhecida.

Reações Adversas do Pirfel

O Pirfel em geral é bem tolerado. Sintomas gastrintestinais são
os mais frequentemente encontrados, apesar de na maioria dos casos
não interferir no curso da terapêutica.

Distúrbios sanguíneo (sangue) e linfático
(linfa)

Anemia (diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos do sangue
responsáveis pelo transporte de oxigênio), anemia aplástica (anemia
por diminuição da produção de glóbulos vermelhos), anemia
hemolítica (anemia por aumento da velocidade de destruição de
glóbulos vermelhos), eosinofilia (aumento de um tipo de célula
branca de defesa do sangue chamada eosinófilo), leucopenia
(diminuição do número de células brancas de defesa do sangue,
chamadas de leucócitos) e trombocitopenia (diminuição do número de
plaquetas, células de coagulação do sangue).

Distúrbios do sistema imunológico

Anafilaxia (reação alérgica grave, que gera resposta em todo o
corpo e pode até levar à incapacidade de respirar) e ‘doença do
soro’ (reação alérgica parecida com a que acontece após aplicação
de substância biológica, ou seja, produzida por um organismo
vivo).

Distúrbios do metabolismo e nutricional

Anorexia (falta de apetite), hiperglicemia (aumento da
quantidade de açúcar no sangue), hipoglicemia (diminuição da
quantidade de açúcar no sangue) e retenção de líquidos (acúmulo de
líquidos no organismo).

Distúrbios psiquiátricos

Depressão, pesadelos, alucinações, insônia, confusão mental
(apresenta pensamentos ou fala confusas), alterações de humor e
irritação.

Distúrbio do sistema nervoso

Meningite asséptica (inflamação da membrana que envolve o
cérebro e a medula, chamada de meninge, que acontece na ausência de
microorganismos), tontura, dor de cabeça, parestesia (sensação
formigamento, queimação, ardor e coceira em uma região que não tem
lesão visível), sonolência (sono) e vertigem (tontura).

Distúrbios oftálmicos

Visão turva (visão com dificuldade para ficar nítida/clara),
irritações oculares (do olho) e edema (inchaço) dos olhos.

Distúrbios do ouvido e labirinto

Disfunção auditiva (alteração da capacidade de ouvir) e tinido
(zumbido no ouvido).

Distúrbios cardíacos

Palpitações (quando a pessoa passa a sentir os batimentos do
coração).

Distúrbios vasculares

Vasculite (inflamação da parede de um vaso sanguíneo) e
hipertensão (pressão alta).

Distúrbios respiratório, torácico e
mediastinal

Broncoespasmo (crise de chiado no peito), dispneia (falta de ar)
e epistaxe (sangramento nasal).

Distúrbios gastrintestinais

Desconforto e/ou dor abdominal (na barriga), constipação (prisão
de ventre), diarreia, desconforto epigástrico (sensação de
queimação ou de peso que pode aparecer após ingerir alimentos),
flatulência (excesso de gases no estômago ou intestinos), gastrite
(lesão do estômago), sangramento gastrintestinal (no estômago e
intestino que podem ser observados através de sangue vivo ou
“pisado” – com coloração marrom escura – no vômito e/ou fezes),
pancreatite (inflamação do pâncreas), indigestão, náuseas (enjoo),
perfuração, estomatite (inflamação da mucosa da boca que gera
várias lesões conhecidas popularmente como aftas), úlcera (ferida
no estômago) e vômitos.

Distúrbios hepatobiliares (fígado/bile)

Casos fatais de hepatite (inflamação do fígado) e icterícia
(coloração amarelada de pele e mucosas sinalizando alteração da
função do fígado).

Procure imediatamente seu médico se observar icterícia
durante o uso de Pirfel

Distúrbios mamários e do sistema
reprodutivo

Diminuição reversível da fertilidade feminina (diminuição
reversível da capacidade da mulher engravidar).

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Alopecia (perda de cabelos), angioedema (inchaço das partes mais
profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica),
vários graus de reação alérgica na pele que podem ser observadas
desde vermelhidão, coceira até aparecimento de regiões em que as
células morrem gerando complicações graves, passando por lesões
descamativas, bolhosas e inchaços

Distúrbios renais e urinários

Síndrome nefrótica (doença dos rins que gera perda de proteína
na urina), glomerulonefrite (inflamação das células renais
responsáveis pela filtração, glomérulos), nefrite intersticial
(tipo de inflamação nos rins) e insuficiência renal (diminuição da
função dos rins). Distúrbios Gerais: edema (inchaço, principalmente
no tornozelo) e mal-estar.

Exames laboratoriais

Anticorpos antinucleares (ANA) positivos (indicativos de doença
autoimune), elevações reversíveis de nitrogênio da ureia sanguínea
e da creatinina (substâncias encontradas na urina), diminuição na
hemoglobina e no hematócrito (exame que fornece uma estimativa do
número de glóbulos vermelhos no sangue) sem associação evidente com
sangramento gastrintestinal, aumento dos níveis de transaminase
(enzima presente nas células do fígado), aumento ou diminuição de
peso.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Pirfel

Gravidez

Primeiro e segundo trimestre de gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Terceiro trimestre de gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Composição do Pirfel

Cada cápsula contém

Piroxicam

20 mg

Excipiente*

1 Cápsula

*Croscarmelose sódica, lactose monoidratada, laurilsulfato de
sódio, estearato de magnésio, amido.

Apresentação do Pirfel 


Pirfel cápsula de 20mg em embalagens contendo 10 e 15 cápsulas
ou 30 e 60 cápsulas em embalagem fracionável.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de
referência.

Superdosagem do Pirfel

Em caso de superdose com Pirfel recomenda-se tratamento
sintomático (dos sintomas) e de suporte. Não há antídotos
específicos. Estudos indicam que a administração de carvão ativado
pode resultar em uma redução na absorção ou reabsorção do
piroxicam, reduzindo assim a quantidade total de fármaco ativo
(medicamento funcionando no corpo) disponível. Embora não haja
estudos até o momento, hemodiálise (diálise sanguínea),
provavelmente, não é útil na tentativa de eliminar o piroxicam já
que grande porcentagem do fármaco se liga às proteínas plasmáticas
(proteínas do sangue).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Pirfel

Informe ao seu médico todas as medicações que está usando para
que ele avalie se uma nova medicação interferirá na ação da outra;
isso se chama interação medicamentosa.

Evite o uso de Pirfel nos seguintes casos:

  • Junto com outros anti-inflamatórios não hormonais incluindo
    inibidores da COX-2 (medicamento que inibe a substância que
    desencadeia o processo de resposta inflamatória do corpo). O uso
    concomitante de dois AINEs sistêmicos podem aumentar a frequência
    de úlceras gastrintestinais e sangramento.
  • Se ao usar um anti-inflamatório ou ácido acetilsalicílico
    (medicamento que bloqueia a inflamação e que não é derivado de
    hormônios) você apresentou rinite (inflamação da mucosa nasal) ou
    broncoespasmo (crise de chiado) grave. Pessoas alérgicas ao ácido
    acetilsalicílico não devem usar Pirfel. Avise o seu médico se você
    tem ou teve estas condições.

O Pirfel interfere no efeito antiplaquetário (evita a agregação
de plaquetas no sangue) do ácido acetilsalicílico em baixa dosagem
e pode, assim, interferir no tratamento profilático da doença
cardiovascular com ácido acetilsalicílico.

Além disso, deve-se evitar o uso de Pirfel junto com os
seguintes medicamentos:

  • Ácido acetilsalicílico.
  • Anticoagulantes (medicamentos usados para reduzir a capacidade
    do sangue de coagular, conhecidos como “medicamentos para afinar o
    sangue”).
  • Anti-hipertensivos (medicamentos para controle da “pressão
    alta”).
  • Corticosteroides (anti-inflamatórios hormonais).
  • Ciclosporina, metotrexato e tacrolimo (medicamentos que alteram
    a resposta do sistema de defesa).
  • Lítio (medicamento utilizado para doenças psiquiátricas).
  • Colestiramina (medicamento que age reduzindo o
    colesterol).

A dose de Pirfel pode necessitar de ajustes em portadores de
alteração da função do fígado, se você tem qualquer problema no
fígado, avise seu médico.

Uso com Anticoagulantes Orais

O uso concomitante de AINEs, incluindo Pirfel, com
anticoagulantes orais aumenta o risco de sangramento
gastrintestinal e não gastrintestinal e deve ser administrado e
monitorado a critério médico.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Ação da Substância Pirfel

Resultados de Eficácia


O Piroxicam (substância ativa) foi comparado ao naproxeno no
tratamento de artrite reumatoide. Melhora significativa foi
observada no final do tratamento com cada droga, contudo Piroxicam
(substância ativa) foi significativamente mais eficaz do que o
naproxeno em diminuir a duração da rigidez matinal.

Pacientes com dismenorreia primária foram incluídas em um estudo
para avaliar a eficácia de Piroxicam (substância ativa) na cólica
menstrual e sintomas associados. O Piroxicam (substância ativa)
proporcionou um alívio significativo da dor menstrual e reduziu a
necessidade de paracetamol como analgésico complementar. O fármaco
foi bem tolerado e não apresentou diferença com o grupo placebo em
relação a eventos adversos.

Em 2 estudos paralelos, Piroxicam (substância ativa) foi
considerado bem tolerado e significativamente mais eficaz do que
placebo no alívio da dor moderada a grave, inchaço e limitação de
movimentos resultantes de lesões musculoesqueléticas agudas. A
eficácia e tolerância de Piroxicam (substância ativa) foram
comparadas a indometacina e naproxeno e em todos os grupos de
tratamento, a dor espontânea, dor ao movimento e inchaço das
articulações foram significativamente reduzidas em até três dias
após o início do tratamento. A avaliação geral da eficácia foi
excelente ou boa em mais de 80% dos pacientes. O Piroxicam
(substância ativa) foi significativamente melhor tolerado pelos
pacientes.

O Piroxicam (substância ativa) foi comparado ao paracetamol e
placebo no alívio da dor pós-operatória dentária. O Piroxicam
(substância ativa) apresentou mais alívio da dor do que placebo e
não apresentou diferença significativa em relação ao paracetamol na
eficácia analgésica.

Pacientes com artrite gotosa aguda foram tratados com Piroxicam
(substância ativa) em um estudo multicêntrico. O alívio da dor foi
perceptível dentro de 4 horas após a primeira dose e
posteriormente, com o alívio precoce de outros sintomas associados
com a artrite gotosa aguda. O Piroxicam (substância ativa) foi bem
tolerado e foi altamente eficaz e seguro no tratamento de gota
aguda.

Um estudo multicêntrico, não comparativo foi realizado por 156
médicos em 8 países europeus para avaliar a eficácia e tolerância
de Piroxicam (substância ativa) no tratamento da osteoartrose. Na
avaliação global, os investigadores avaliaram a eficácia do
Piroxicam (substância ativa) moderada em 82% dos pacientes enquanto
a tolerância foi considerada excelente ou boa em 92% dos casos. Os
dados mostram que Piroxicam (substância ativa) é eficaz e
proporciona tolerância muito favorável no tratamento da
osteoartrite.

Referências

1. Fenton SF, Et al: A
double-blind, crossover, multicenter study of Piroxicam (substância
ativa) and naproxen in rheumatoid arthritis. Curr Ther Res 1988;
44:1058-1070.2. Saltveit T:Piroxicam (substância ativa) in primary
dysmenorrhea. Acta Obstet Gynecol Scand 64:635-637, 1985.
3. Heere LP: Piroxicam (substância ativa) in acute musculoskeletal
disorders and sports injuries. Am J Med 1988 May
20;84(5A):50-5.
4. Melzack R, Et al: Piroxicam (substância ativa) versus
acetaminophen and placebo for the relief of postoperative dental
pain. Current Therapeutic Research, 1985, 37:1134-4.
5. Murphy JE: Piroxicam (substância ativa) in the treatment of
acute gout: A multicenter open study in general practice. J Int Med
Res, 1979, 7: 507.
6. Dessaim P, Et al: Piroxicam (substância ativa) in the treatment
of osteoarthrosis: A multicenter study in general practice
involving 1218 patients. J Int Med Res, 1979, 7: 335.

Exclusivo Piroxicam (substância ativa) Solução para
uso intramuscular 20 mg/mL

Foi realizado um estudo envolvendo 64 pacientes com cólica renal
aguda para avaliar os efeitos terapêuticos de Piroxicam (substância
ativa) intramuscular 40 mg versus 75 mg de diclofenaco sódico
intramuscular, ambos em dose única. O grau de dor foi analisado
segundo a Escala Visual Análoga. O Piroxicam (substância ativa)
intramuscular pode ser usado com sucesso no tratamento de cólica
renal aguda e apresenta início de ação mais rápido e efeito
prolongado em relação ao diclofenaco sódico.

Um estudo prospectivo e multicêntrico foi desenhado e
implementado para determinar a eficácia e segurança de Piroxicam
(substância ativa) solução intramuscular no tratamento de desordens
musculoesqueléticas agudas. Um total de 1.058 pacientes de 165
centros médicos na Itália foi estudado. As doenças tratadas com
mais frequência foram lombalgia, tensões e periartrite. Em uma
dosagem de 40 mg em dose única diária em um período de 2 dias e 5
dias adicionais de doses diárias de 20 mg, os sinais e sintomas de
dor e restrição de movimento foram significativamente reduzidos em
intensidade já no terceiro dia de tratamento, com melhoria
adicional vista sobre o sétimo dia. No início do tratamento, os
sintomas foram classificados como de moderada ou grave intensidade
em quase todos os pacientes, mas no terceiro dia, a percentagem de
pacientes com sintomas leves ou mesmo nenhum variou de 37% a 63%.
No sétimo dia, 73% a 84% dos pacientes tiveram sintomas leves ou
nenhum. Os efeitos colaterais foram relatados ou observados em 9,2%
dos pacientes. A maioria dos efeitos secundários foi de gravidade
leve, mas o tratamento foi interrompido em 23 (2,1%) pacientes por
causa de reações adversas. Nenhum dos efeitos secundários graves,
tais como a úlcera, hemorragia, ou choque anafilático, foram
observados ou relatados. A eficácia do tratamento, a partir de uma
avaliação global pelos pacientes e investigadores, foi classificada
como boa ou muito boa em 75% a 79% dos pacientes; a segurança
sistêmica foi considerada boa ou muito boa de 88% a 91%, a
segurança local foi boa de 87% a 94% dos pacientes estudados.

Referências

1. M. Eandi et al: injectable
Piroxicam (substância ativa) in acute musculoskeletal disords:
results of a large multicenter study. Current Therapeutic Research
1989 Vol 45 385-97.
2. Al-Waili NS1, Saloom KY. Intramuscular Piroxicam (substância
ativa) versus intramuscular diclofenac sodium in the treatment of
acute renal colic: double-blind study. Eur J Med Res. 1999 Jan
26;4(1):23-6.

Exclusivo Piroxicam (substância ativa) Supositórios
20 mg

A tolerabilidade local, segurança e eficácia do meloxicam
supositórios de 15 mg foram comparados com Piroxicam (substância
ativa) 20 mg supositórios ao longo de um período de 3 semanas em um
estudo randomizado em pacientes com osteoartrite. Os pacientes
foram randomizados 2:1 para receber meloxicam (n = 216) ou
Piroxicam (substância ativa) (n = 109). Mais de 90% de pacientes e
pesquisadores avaliaram a tolerabilidade local de ambos os
tratamentos como boa ou muito boa (endpoint primário). Não houve
diferença significativa entre os grupos. A eficácia global foi
relatada por cerca de 80% dos pacientes em ambos os grupos para ser
bom ou muito bom.

Um segundo estudo que avaliou a eficácia de supositórios de
Piroxicam (substância ativa) 20 mg, administrada uma vez ao dia
durante 4 semanas, incluiu 96 pacientes que sofrem de osteoartrite
e 20 pacientes que sofrem de artrite reumatoide. Os escores dos
parâmetros medidos (dor, inchaço, limitação de movimento)
diminuíram significativamente 2 e 4 semanas após o início da
terapia. A auto-avaliação da dor e rigidez dos pacientes também
melhoraram significativamente durante o estudo. Avaliação global da
eficácia e tolerância foi excelente ou bom em mais de 80% dos
pacientes.

Em dor pós-operatória, o Piroxicam (substância ativa) foi
avaliado em um estudo que incluiu um grupo de 51 pacientes
submetidos a procedimento cirúrgico ortopédico (reconstrução
ligamentar, osteotomia tibial e substituição total de joelho) dos
quais 26 receberam Piroxicam (substância ativa) (40 mg IM seguidos
de 20 mg via retal, oral ou IM diariamente) e 25 placebo por
período máximo de 6 dias. Os pacientes poderiam solicitar analgesia
suplementar se necessário durante o período. Todos os pacientes
receberam no dia 1 pós-cirurgia Piroxicam (substância ativa) 40 mg
por via oral, retal ou IM sendo que nos demais dias (2, 3 e, se
necessário, 4 e 5) doses complementares de Piroxicam (substância
ativa) ou placebo pela manhã. O grupo tratado com Piroxicam
(substância ativa) apresentou maior eficácia que o placebo tanto em
relação a controle de dor, como inchaço e movimentação precoce.

Outro estudo sobre eficácia de Piroxicam (substância ativa)
supositório em dor pós-operatória avaliou de forma aberta e não
randomizada 30 pacientes submetidas à perineoplastia. Todas as
pacientes incluídas apresentavam dor de moderada a forte
intensidade e a posologia de Piroxicam (substância ativa) foi de 40
mg (1 supositório de 12 em 12 horas) nos dias 1 e 2 e 20 mg (1
supositório ao dia) nos dias 3, 4 e 5. Observou-se a partir da 7ª
hora redução significativa da dor em relação ao escore de dor basal
(plt;0,01). Ao final do período de observação, 10% das pacientes
persistiam com edema local leve, 96,7% urinaram espontaneamente
logo após a retirada da sonda vesical e a avaliação clínica global
foi considerada ótima ou boa em 94% dos casos.
Em dismenorreia primaria foi realizado estudo em 26 mulheres com
idades entre 18 e 44 anos randomizado e comparativo entre Piroxicam
(substância ativa) 20 mg por via retal (n=7), placebo (n=6) ou
naproxeno sódico 550 mg via retal (n=7). O Piroxicam (substância
ativa) demonstrou maior eficácia no controle da dor e sintomas
relacionados à dismenorreia quando comparado tanto a placebo quanto
a naproxeno.

O Piroxicam (substância ativa) por via retal também foi avaliado
em um trabalho envolvendo 33 pacientes para uma serie de doenças
reumáticas, inflamatórias e articulares degenerativas (poliarterite
crônica, espondilite anquilosante, pseudo-poliarterite rizomélica
osteoartrite de joelho, artrite gotosa incluindo gota aguda,
periarterite escápulo-humeral, patologia de disco intervertebral)
incluindo quem utilizou Piroxicam (substância ativa) nas doses de
30 mg ou 40 mg. Seu efeito anti-inflamatório e analgésico foi
observado em todos os casos com maior resposta nos pacientes com
artrite gotosa aguda. Neste mesmo estudo foi realizada avaliação
farmacocinética com comparação de dados históricos relativos à
apresentação oral de Piroxicam (substância ativa) evidenciando
concentrações séricas semelhantes nas 2 apresentações (oral e
supositórios).

Estudos de farmacocinética também foram realizados e
evidenciaram concentrações plasmáticas semelhantes entre as 2
apresentações (oral e retal).

Referências

1. Carrabba M.; Paresce E.;
Angelini M.; Galanti A.; Marini M.G.; Cigarini P. A comparison of
the local tolerability, safety and efficacy of meloxicam and
Piroxicam (substância ativa) suppositories in patients with
osteoarthritis: a single-blind, randomized, multicentre study.
Current Medical Research and Opinion. 1995, v. 13, n. 6, p.
343-355.
2. Heynen G, Dessain P: Piroxicam (substância ativa) suppositories
for osteoarthritis and rheumatoid arthritis: an open multicentre
study in 116 patients; Eur J Rheumatol Inflamm. 1983;6(1):134-8
3. Bastos AC, Ramos LO e Bagnoli VR. Piroxicam (substância ativa)
Supositório no Pós-Operatório de Perineoplastia.J Bras Ginecol
1986; 96(7): 363-368.
4. Costa S, Mioli M, Ravaioli R et al. Prostaglandin Synthetase
Piroxicam (substância ativa)Beta-Cyclodextrin In The Treatment Of
Primary Dismenorrhea. Curr Ther Res 1987; 42(1): 156-164.
5. Neuman M. A Clinical And Pharmacokinetic Study of Piroxicam
(substância ativa) Administered as Rectal Suppository. Drug Expert
Clin Res 1981; 7(1): 15-24.
6. Schiantarelli P, Acerbi D, Bovis G. Some Pharmacokinetic
Properties and Bioavailability by Oral and Rectal Route of
Piroxicam (substância ativa) in Rodents and in Man. Drug Res 1981;
31(1): 92-97.
7. Michotte Y, Van Klaveren HP, Detaevenier MR et al.
Bioequivalence of Two Formulations of Piroxicam (substância ativa).
Drug Res 1991; 41(1): 244-246.

Exclusivo Piroxicam (substância ativa) Gel 5
mg/g

Foi realizado um estudo duplo-cego em que Piroxicam (substância
ativa) 0,5%, em administrações de 5 mg 4 vezes ao dia, foi
comparado a um gel-placebo no tratamento de afecções agudas de
tecidos moles (entorses acromioclaviculares, supra-espinhosos ou de
tornozelo, ou ainda, tendinite de Aquiles). Dos 200 pacientes
envolvidos no estudo (100 por tratamento), apenas 6 do grupo que
recebia Piroxicam (substância ativa) (6%) descontinuaram o
tratamento devido à ineficácia, comparado a 42 (42%) do grupo
placebo (p lt; 0,001). Foram observadas reduções significativas na
dor (espontânea ou de movimento), grau de restrição das
articulações, limiar de pressão e sensibilidade do local afetado
com Piroxicam (substância ativa) gel em relação ao placebo. O tempo
para obtenção da melhora dos sintomas foi menor com Piroxicam
(substância ativa) gel. A avaliação geral da eficácia e melhora das
afecções foi melhor no grupo recebendo Piroxicam (substância ativa)
do que no que recebia placebo (p lt; 0,0001). Tanto o gel contendo
Piroxicam (substância ativa) quanto o placebo foram bem tolerados.
Sete pacientes recebendo gel com 0,5% de Piroxicam (substância
ativa) e quinze recebendo placebo relataram eventos adversos
principalmente relacionados à pele. Desta forma, este estudo
demonstra que Piroxicam (substância ativa) gel, 5 mg
administrado 4 vezes ao dia é eficaz no tratamento de problemas
músculo-esqueléticos (entorses e tendinites), além de ser bem
tolerado.

Cento e oitenta e quatro pacientes (n=184) com osteoartrite
sintomática do joelho confirmada radiologicamente foram avaliados
em um estudo randomizado duplo-cego, tratados com Piroxicam
(substância ativa) gel 0,5% ou gel homeopático 3x/dia durante 4
semanas. Os end-points principais foram a diminuição da dor ao
andar mensurada na escala visual analógica (EVA) de dor bem como no
índice articular de Ritchie. A redução da dor foi de 16,5 mm na EVA
no grupo que utilizou homeopatia (n = 86) e 8,1 mm no grupo
Piroxicam (substância ativa) (n = 86); a diferença entre os grupos
de tratamento foi de 8,4 mm (95% intervalo de confiança 0,8-15,9),
e após o ajuste para a dor no início do estudo que foi de 6,8 mm
(95% intervalo de confiança -0,3 a 13,8). Não houve diferença
significativa entre os grupos de tratamento no índice articular de
Ritchie (P = 0,78).

Referências

Piroxicam (substância ativa) 0,5%
topical gel compared to placebo in the treatment of injuries: a
d-blind study comparing efficacy and safety’, A.L. Russel, Clin.
Invest. Med., Volume 14:1 pp. 35-43. Por favor, confirmar
referência.
Van Haselen RA, Fisher PA; A randomized controlled trial comparing
topical Piroxicam (substância ativa) gel with a homeopathic gel in
osteoarthritis of the knee; Rheumatology (Oxford). 2000
Jul;39(7):714-9.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Feldene®.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

O Piroxicam (substância ativa) é um agente anti-inflamatório não
esteroide que possui também propriedades analgésicas e
antipiréticas. Edema, eritema, proliferação tecidual, febre e dor
podem ser inibidos em animais de laboratório pela administração de
Piroxicam (substância ativa). É eficaz independentemente da
etiologia da inflamação.

Embora o mecanismo de ação de Piroxicam (substância
ativa) não seja totalmente conhecido, estudos isolados in
vitro
e in vivo mostraram que Piroxicam (substância
ativa) interage em várias etapas da resposta imune e da inflamação
através da:

  • Inibição da síntese de prostanoides, incluindo as
    prostaglandinas, por inibição reversível da enzima
    ciclooxigenase;
  • Inibição da agregação dos neutrófilos;
  • Inibição da migração das células polimorfonucleares e monócitos
    para a área de inflamação;
  • Inibição da liberação de enzimas lisossomais de leucócitos
    estimulados;
  • Inibição da formação do ânion superóxido pelo neutrófilo;
  • Redução da produção do fator reumatoide sistêmico e do fluido
    sinovial em pacientes com artrite reumatoide soro-positiva.

Ficou estabelecido que Piroxicam (substância ativa) não atua
pela estimulação do eixo hipófise-adrenal. Estudos in
vitro
não revelaram qualquer efeito negativo sobre o
metabolismo cartilaginoso.
Em estudos clínicos, Piroxicam (substância ativa) mostrou-se eficaz
como analgésico em dores de várias etiologias (pós-trauma,
pós-episiotomia e pós-operatório). O início da analgesia é
imediato.

Em dismenorreia primária, os níveis aumentados de
prostaglandinas endometriais causam hipercontratilidade uterina,
resultando em isquemia uterina e consequente dor. O Piroxicam
(substância ativa), como um potente inibidor da síntese das
prostaglandinas, demonstrou reduzir esta hipercontratilidade
uterina e ser eficaz no tratamento da dismenorreia primária.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção e Distribuição

O Piroxicam (substância ativa) é bem absorvido após a
administração oral ou retal. Com a ingestão de alimentos, há uma
leve diminuição na velocidade da absorção, porém não atinge a
extensão da mesma. Concentrações plasmáticas estáveis são mantidas
durante o dia com apenas uma administração diária. Tratamento
contínuo com 20 mg/dia, durante um ano, produz níveis sanguíneos
similares aos observados depois de alcançado o steady state .

As concentrações plasmáticas do fármaco são proporcionais nas
doses de 10 mg e 20 mg e geralmente alcançam o pico dentro de 3 a 5
horas após a administração. A dose única de 20 mg geralmente produz
níveis de pico plasmático de Piroxicam (substância ativa) de 1,5 a
2 mcg/mL, enquanto que a concentração plasmática máxima do fármaco,
após ingestão diária contínua de 20 mg de Piroxicam (substância
ativa), usualmente se estabiliza entre 3 e 8 mcg/mL. A maioria dos
pacientes alcançam o steady state dos níveis plasmáticos dentro de
7 a 12 dias.

O tratamento com dose de ataque de 40 mg/dia nos primeiros 2
dias, seguida de 20 mg/dia nos dias subsequentes, permite uma alta
porcentagem de alcance (aproximadamente 76%) dos níveis de steady
state imediatamente após a segunda dose. Os níveis de steady state,
a área sob a curva e a meia-vida de eliminação são similares aos
obtidos após administração de 20 mg diários.

O estudo comparativo da biodisponibilidade de doses múltiplas de
Piroxicam (substância ativa) nas formas cápsulas e solução para uso
intramuscular mostrou que, após a administração intramuscular de
Piroxicam (substância ativa), o nível plasmático foi
significantemente maior do que os obtidos com ingestão de cápsula
durante os 45 minutos após a administração no primeiro dia, durante
os 30 minutos no segundo dia e os 15 minutos no sétimo dia. As duas
formulações são bioequivalentes.

Metabolismo e Eliminação

O Piroxicam (substância ativa) é extensamente metabolizado,
sendo que menos de 5% da dose diária é excretada de forma
inalterada na urina e nas fezes. O metabolismo do Piroxicam
(substância ativa) é predominantemente mediado via citrocromo P450
CYP2C9 no fígado. Uma importante via metabólica é a hidroxilação do
anel piridil do Piroxicam (substância ativa), seguida por
conjugação com ácido glicurônico e eliminação urinária. O tempo de
meia-vida plasmática é de aproximadamente 50 horas no homem.

O Piroxicam (substância ativa) deve ser administrado com cautela
a pacientes com conhecida ou suspeita de metabolizadores fracos
CYP2C9, baseados no histórico prévio/experiência com outros
substratos CYP2C9, uma vez que podem apresentar níveis plasmáticos
altos anormais devido à redução do clearance metabólico (vide o
item 5. Advertências e Precauções – Metabolizadores Fracos dos
Substratos CYP2C9).

Farmacogenética

A atividade de CYP2C9 é reduzida em indivíduos com polimorfismos
genéticos como os polimorfismos CYP2C9*2 e CYP2C9*3. Dados
limitados de dois relatórios publicados mostraram que os pacientes
com genótipos CYP2C9*1/*2 heterozigótico (n=9), CYP2C9*1/*3
heterozigótico (n=9) e CYP2C9*3/*3 homozigótico (n=1) mostraram
níveis sistêmicos de Piroxicam (substância ativa) 1,7; 1,7 e 5,3
mais altos, respectivamente, que os pacientes com CYP2C9*1/*1
(n=17, genótipo metabolizador normal) após a administração de uma
dose oral única. Os valores médios da meia-vida de eliminação de
Piroxicam (substância ativa) dos pacientes com genótipos
CYP2C9*1/*3 (n=9) e CYP2C9*3/*3 (n=1) foram 1,7 e 8,8 vezes maiores
que dos pacientes com CYP2C9*1/*1 (n=17). Estima-se que a
frequência do genótipo homozigótico *3/*3 seja de 0% a 5,7% em
vários grupos étnicos.

Dados de Segurança Pré-clínicos

Estudos de toxicidade subagudos e crônicos foram realizados com
ratos, camundongos, cães e macacos, usando doses que variavam de
0,3 mg/kg/dia a 25 mg/kg/dia. A última dose é aproximadamente 90
vezes a dose recomendada para humanos. A única patologia observada
foi caracteristicamente associada com a toxicidade em animais por
AINEs; isto é, necrose papilar renal e lesão gastrintestinal. No
que diz respeito a essas últimas, os macacos mostraram-se os mais
resistentes para tais efeitos, enquanto os cães, os mais
sensíveis.

Exclusivo Cápsulas 20 mg, Comprimido de dissolução
instantânea 20 mg

Um estudo comparativo da farmacocinética e biodisponibilidade de
doses múltiplas de Piroxicam (substância ativa), nas formas de
comprimidos de dissolução instantânea e cápsulas, mostrou que após
administração de doses únicas diárias durante 14 dias, os perfis
dos tempos das concentrações plasmáticas médias de Piroxicam
(substância ativa) para as duas formas farmacêuticas estudadas
foram praticamente sobreponíveis. Não houve diferenças
significantes entre os valores médios de Cmáx, Cmín, T1/2 e Tmáx no
steady state. Este estudo concluiu que Piroxicam (substância ativa)
comprimidos de dissolução instantânea é bioequivalente a cápsulas
quando administrado em doses únicas diárias. Estudos de doses
únicas demonstraram bioequivalência quando os comprimidos de
dissolução instantânea são administrados com ou sem água.

Exclusivo Piroxicam (substância ativa) Gel 5
mg/g

Propriedades Farmacodinâmicas

O Piroxicam (substância ativa) é um agente anti-inflamatório não
esteroide (AINE) utilizado no tratamento de condições
inflamatórias. Embora o mecanismo de ação deste agente não seja
totalmente conhecido, o Piroxicam (substância ativa) inibe a
síntese e a liberação de prostaglandinas por inibição reversível da
enzima ciclooxigenase.

Propriedades Farmacocinéticas

Baseado em vários estudos de farmacocinética e de distribuição
tecidual em ratos e em cães, Piroxicam (substância ativa) gel 0,5%
é contínua e gradualmente absorvido desde a pele até a musculatura
ou líquido sinovial. Em adição, o equilíbrio de absorção entre a
pele e o músculo ou líquido sinovial parece ser alcançado
rapidamente em poucas horas após a aplicação.

Em um estudo de doses múltiplas de Piroxicam (substância ativa)
gel 0,5%, aplicado 2 vezes ao dia (dose total diária equivalente a
20 mg de Piroxicam (substância ativa)) por 14 dias, os níveis
plasmáticos aumentaram lentamente durante o decorrer do tratamento,
chegando a mais de 200 ng/mL no quarto dia.

Os níveis plasmáticos de steady state (estado de equilíbrio)
foram em média entre 300 ng/mL e 400 ng/mL, e os valores médios
permaneceram abaixo de 400 ng/mL, mesmo no 14º dia de tratamento.
Os níveis de Piroxicam (substância ativa) gel observados no
equilíbrio foram aproximadamente 5% dos observados em pacientes
recebendo doses orais similares (20 mg/dia). A meia-vida
de eliminação neste estudo foi calculada em aproximadamente 79
horas. Em humanos, o gel demonstrou ser bem tolerado na pele de
voluntários com sensibilidade cutânea.

A meia-vida sérica de Piroxicam (substância ativa) é de
aproximadamente 50 horas.

Dados de Segurança Pré-clínicos

Estudos de toxicidade subaguda e crônica foram realizados em
ratos, camundongos, cães e macacos, usando doses parenterais que
variaram de 0,3 mg/kg/dia a 25 mg/kg/dia. Os dados não-clínicos
mostram efeitos típicos de um AINE não seletivo da COX; a saber,
necrose papilar renal e lesões gastrintestinais. No que diz
respeito a este último, o macaco provou ser bastante resistente a
este efeito e o cão extraordinariamente sensível. Em estudos de
toxicidade reprodutiva, o Piroxicam (substância ativa) aumenta a
incidência de distocia e prolongamento do trabalho de parto em
animais, quando a administração do medicamento é continuada durante
a gravidez. A administração de inibidores da síntese de
prostaglandinas também tem demonstrado resultar em um aumento da
perda pré- e pós-implantação. Essas observações foram feitas usando
dosagem parenteral, e, como mencionado no sub-item “Propriedades
Farmacocinéticas”, os níveis plasmáticos de equilíbrio do Piroxicam
(substância ativa) obtidos em pacientes usando o gel tópico são
apenas cerca de 5% dos alcançados utilizando uma dose equivalente
do produto parenteral.

Estudos de toxicidade aguda e crônica e de irritação têm sido
conduzidos adicionalmente usando produtos dérmicos. Em um estudo de
toxicidade aguda, Piroxicam (substância ativa) gel foi aplicado
topicamente em dose única de 5 g/kg em ratos albinos (200 a 300
vezes a aplicação clínica recomendada). Não foram observadas
mortes, sinais clínicos de toxicidade, irritação na pele e nem
alterações significantes na autópsia. Foi realizado um estudo
durante 1 mês em ratos albinos em que um grupo recebeu aplicação
diária de 1 g do gel na pele dorsal, um outro grupo foi tratado com
o veículo e o terceiro grupo serviu como controle não tratado .
Neste estudo, não foram observadas irritação da pele no local do
tratamento nem alterações hematológicas relacionadas ao fármaco, em
parâmetros químicos laboratoriais, peso dos órgãos, histopatologia
ou autópsia. O gel também foi avaliado em relação à irritação
primária da pele, irritação nos olhos e fototoxicidade em coelhos e
em relação à fotoalergia e potencial de sensibilização da pele em
cobaias, todos de acordo com os protocolos padrão estabelecidos.
Não houve reações na pele intacta dos coelhos após a aplicação de
Piroxicam (substância ativa) gel 0,5% ou de veículo. Na pele
lesada, Piroxicam (substância ativa) gel produziu leve eritema e
edema, que foram um pouco maiores do que na administração do
veículo.

O efeito anti-inflamatório e analgésico do gel de
Piroxicam (substância ativa) 0,5% foram estudados em ratos e
cobaias utilizando um modelo padrão de dor e inflamação tais
como:

Edema de pata induzido por carragenina, eritema ultravioleta na
cobaia e edema traumático em ratos, dor induzida por leveduras em
ratos, eritema no abdômen induzido por óleo de algodão em cobaias,
formação de granuloma induzido por cera de algodão em ratos e
indução adjuvante de artrite em ratos. O gel de Piroxicam
(substância ativa) 0,5% foi comparável ao gel de indometacina 1% em
todos os modelos e foi comparável ao Piroxicam (substância ativa)
administrado oralmente na inibição de inflamação no modelo de edema
de pata em ratos.

O Piroxicam (substância ativa) tópico é um agente
anti-inflamatório não esteroide, que possui também propriedade
analgésica. Edema, eritema, proliferação de tecido, febre e dor
podem ser inibidos em animais de laboratório pela administração de
Piroxicam (substância ativa) gel.

Não foram observados efeitos teratogênicos após a administração
oral de Piroxicam (substância ativa) em testes com animais. O
Piroxicam (substância ativa) inibe a síntese e a liberação das
prostaglandinas através da inibição reversível da enzima
ciclooxigenase. Esse efeito, assim como ocorre com outros AINEs,
foi associado a um aumento da incidência de distocia e
prolongamento do trabalho de parto em animais, quando o fármaco é
administrado até o final da gravidez. Sabe-se que fármacos
anti-inflamatórios não esteroides podem também induzir o fechamento
do ducto arterioso em crianças.

Estudos preliminares indicam que, após administração oral,
existe Piroxicam (substância ativa) no leite materno em uma
concentração de aproximadamente 1% do que é alcançado no plasma
após administração oral.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Feldene®.

Cuidados de Armazenamento do Pirfel

O Pirfel cápsula deve ser conservado em temperatura ambiente
(entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Cacacterísticas físicas

Cápsula de gelatina dura, de cor azul na cabeça e incolor no
corpo, com granulado amarelo claro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Pirfel

MS: nº 1.0235.1207

Farm. Resp.:

Dra. Telma Elaine Spina
CRF-SP nº 22.234

Registrado por:

EMS S/A. Rod. Jornalista F. A. Proença, km 08 –
Bairro Chácara Assay Hortolândia/SP
CEP: 13.186-901
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira

Fabricado e embalado por:

EMS S/A Hortolândia/SP

Ou

Fabricado por:

Novamed fabricação de produtos farmacêuticos LTDA
Manaus/AM

Embalado por:

EMS S/A.
Hortolândia/SP

Pirfel, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.