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Orap

Como Orap funciona?

Orap é um medicamento neuroléptico que possui a propriedade de
bloquear seletivamente um tipo de receptor denominado receptor
dopaminérgico. A melhora dos sintomas é observada progressivamente
com o decorrer do tratamento.

Contraindicação do Orap

Orap não deve ser tomado se você:

  • Tiver sonolência e lentidão decorrentes da doença, ou do uso de
    medicamentos, ou álcool.
  • Tem uma conhecida sensibilidade exacerbada à Orap
    (alergia).
  • Tem depressão.
  • Toma certos medicamentos.
  • Tem Doença de Parkinson.
  • Possui batimentos cardíacos com frequência muito baixa.
  • Possui problemas de coração, principalmente, batimentos
    irregulares do coração, anormalidades na atividade elétrica do
    coração (às vezes conhecida como “prolongamento do intervalo QT”),
    histórico familiar de anormalidades nas atividades elétricas do
    coração, ou se você estiver usando medicamentos que possam alterar
    a atividade elétrica do coração;
  • Tem níveis mais baixos de minerais no sangue (eletrólitos) que
    o normal. Seu médico irá orientá-lo.

Em caso de dúvida, contacte seu médico.

Como usar o Orap

Orap deve ser tomado uma vez ao dia de preferência pela
manhã.

A dose ideal deve ser estabelecida pelo médico responsável pelo
tratamento. É muito importante que você tome a quantidade certa de
Orap.

Adultos

Em geral, o tratamento é iniciado com 2 a 4 mg ao dia. O médico
pode aumentar a dose até obter o efeito desejado. A quantidade
máxima que você pode tomar por dia é 20 mg (ou seja, 20 comprimidos
de Orap 1 mg ou 5 comprimidos de Orap 4 mg).

Idosos

O tratamento é iniciado com metade da dose recomendada para
adultos. O médico pode ajustar a dose de acordo com o efeito
obtido.

Crianças

Orap tem sido usado principalmente em crianças maiores de 3
anos. A dose recomendada para crianças é menor do que a de adultos.
O médico irá indicar a dose exata para o tratamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários,
as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem
o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Orap?

Se você se esquecer de tomar seu medicamento, tome a próxima
dose normalmente e continue com seu medicamento como recomendado
pelo médico. Não tome o dobro da dose.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Orap

Crianças

A experiência de uso em crianças abaixo de 3 anos é muito
limitada. A dose recomendada para crianças é menor do que a de
adultos.

O médico irá indicar a dose exata para o tratamento.

Pacientes idosos com demência

Se você é um paciente idoso com demência, que é uma doença que
causa diminuição da atividade mental com sintomas como perda de
memória, perda de atenção e maior dificuldade para falar; tomar
Orap pode ser associado a riscos adicionais.

Seu médico irá discutir isto com você.

Exame de sangue

Se o seu médico achar necessário administrar doses maiores que 4
mg/dia (pacientes adultos ou idosos) ou maiores que 0,05 mg/kg/dia
(pacientes pediátricos), ele poderá solicitar um exame de sangue
para decidir se a dose de Orap pode ser aumentada.

Tome cuidado especial com Orap

Verifique com o seu médico antes de tomar Orap se:

  • Você tem epilepsia ou qualquer outro problema que pode causar
    convulsões;
  • Você pratica exercícios físicos pesados, vai para algum lugar
    muito quente ou não bebe o suficiente;
  • Você tem problemas no fígado.

Informe seu médico imediatamente se você
apresentar:

  • Febre, rigidez muscular intensa, suor ou diminuição dos níveis
    de consciência (uma doença também chamada de “síndrome neuroléptica
    maligna”). Tratamento médico imediato poderá ser necessário;
  • Movimentos involuntários rítmicos da língua, boca e face.

A descontinuação de Orap é necessária.

Informe seu médico se você apresentar:

Anormalidades de coordenação ou movimentos musculares
involuntários (também conhecidos como “sintomas extrapiramidais –
SEP” ou Parkinsonismo). Os sintomas podem incluir movimentos
lentos, rigidez ou movimentos bruscos dos membros, pescoço, face,
olhos ou boca e língua, que podem resultar postura involuntária ou
expressões faciais incomuns. Pode ser necessário iniciar medicação
para acabar com estes efeitos adversos.

Alterações hormonais que podem causar: em algumas mulheres pode
causar produção de leite materno inesperada; inchaço das mamas,
menstruação irregular, menstruação rara ou muito leve ou ausência
de menstruação; alguns homens podem apresentar inchaço das mamas ou
dificuldade de ereção.

Iniciar ou descontinuar Orap:

Após o início do tratamento com Orap pode levar algum tempo para
os sintomas começarem a desaparecer e iniciar o efeito do
medicamento.

Somente pare de tomar Orap se o seu médico permitir. Se o seu
médico pedir para você parar o tratamento, você deverá parar
gradualmente, especialmente se você estiver tomando uma dose
alta.

Se você parar de tomar Orap de repente, você poderá
sentir os seguintes sintomas:

Dor de estômago, vômito, movimentos espasmódicos temporários e
sonolência.

Então mantenha contato com o seu médico a partir do momento que
você parar de tomar o medicamento.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

No início do tratamento, Orap pode produzir sonolência.
Isto pode fazer com que você fique menos atento e reduzir sua
capacidade de dirigir e operar máquinas. Então, você só deverá
dirigir ou operar máquinas se o seu médico permitir.

Gravidez e amamentação

Não se aconselha o uso de Orap durante a gestação e a
amamentação. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na
vigência do tratamento ou após o seu término.

Informar ao médico se está amamentando.

Recém-nascidos expostos a medicamentos antipsicóticos (incluindo
pimozida) durante o terceiro trimestre de gravidez correm o risco
de apresentar sintomas extrapiramidais e/ou de retirada, que podem
variar em gravidade após o parto.

Estes sintomas em recém-nascidos podem incluir agitação, aumento
ou redução anormal do tônus muscular, tremor, sonolência,
dificuldade respiratória ou transtornos alimentares.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Antes de tomar Orap informe seu médico se você
estiver tomando qualquer um dos seguintes
medicamentos:

  • Certos medicamentos denominados azólicos que são usados para
    infecções causadas por fungos. Exemplos de azólicos são
    cetoconazol, itraconazol, miconazol e fluconazol e alguns
    antibióticos denominados macrolídeos, tais como eritromicina,
    claritromicina ou troleandomicina. No entanto, a associação de
    Orap com as formas para uso tópico destas substâncias (por
    exemplo cremes, loções, óvulos vaginais) não apresenta
    problema.
  • Certas drogas anti-AIDS;
  • Certos antidepressivos, tais como a nefazodona, amitriptilina
    maprotilina, sertralina, paroxetina, citalopram e
    escitalopram;
  • Algumas outras drogas utilizadas no tratamento de doença
    mental, tais como a clorpromazina e o sertindol;
  • Certos medicamentos que atuam no coração, tais como a
    quinidina, disopiramida, procainamida, amiodarona, sotalol e
    bepridil;
  • Certos anti-histamínicos, tais como o astemizol e a
    terfenadina;
  • Cisaprida, uma droga utilizada para certos problemas
    digestivos;
  • O antimalárico halofantrina;
  • O antibacteriano esparfloxacino;
  • Certos medicamentos que alteram o nível de minerais
    (eletrólitos) no sangue e alguns usados para tirar o excesso de
    água do organismo e aumentar o volume de urina.

Orap pode alterar os efeitos de medicamentos para Doença de
Parkinson.

Informe seu médico se você está tomando algum destes
medicamentos. Ele decidirá quais os medicamentos você poderá tomar
junto com Orap.

Interação com álcool

Orap potencializa os efeitos do álcool. Portanto, você não
deve ingerir bebidas alcoólicas se estiver tomando Orap.

Interação com alimento

Você deve evitar consumir suco de “grapefruit” (também
conhecido como pomelo ou toranja) junto à Orap.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

No início do tratamento, Orap pode produzir sonolência. Isto
pode fazer com que você fique menos atento e reduzir sua capacidade
de dirigir e operar máquinas. Então, você só deverá dirigir ou
operar máquinas se o seu médico permitir.

Gravidez e amamentação

Não se aconselha o uso de Orap durante a gestação e a
amamentação. Informe seu médico a ocorrência de

gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informar ao médico se está amamentando. Recém-nascidos expostos a
medicamentos antipsicóticos (incluindo pimozida) durante o terceiro
trimestre de gravidez correm o risco de apresentar sintomas
extrapiramidais e/ou de retirada, que podem variar em gravidade
após o parto. Estes sintomas em recém-nascidos podem incluir
agitação, aumento ou redução anormal do tônus muscular, tremor,
sonolência, dificuldade respiratória ou transtornos
alimentares.

Crianças

A experiência de uso em crianças abaixo de 3 anos é muito
limitada. A dose recomendada para crianças é menor do que a de
adultos. O médico irá indicar a dose exata para o tratamento.

Pacientes idosos com demência

Se você é um paciente idoso com demência, que é uma doença que
causa diminuição da atividade mental com sintomas como perda de
memória, perda de atenção e maior dificuldade para falar; tomar
Orap pode ser associado a riscos adicionais. Seu médico irá
discutir isto com você.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Orap

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

  • Tontura, sonolência, suor excessivo, micções excessivas durante
    a noite.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Perda de apetite, boca seca, produção de saliva em excesso,
    vômito, constipação, ganho de peso;
  • Depressão, dificuldade para iniciar ou manter o sono,
    nervosismo ou inquietação;
  • Anormalidades da coordenação, movimentos involuntários do
    músculo (também conhecido como “sintomas extrapiramidais – SEP” ou
    Parkinsonismo), dor de cabeça e tremores;
  • Lentidão;
  • Rigidez ou inflexibilidade dos músculos;
  • Visão embaçada,
  • Pele oleosa;
  • Micções frequentes;
  • Impotência ou disfunção erétil (“DE”);
  • Exaustão extrema.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Lentidão, rigidez ou solavanco nos movimentos dos membros,
    movimentos do tipo roda denteada dos músculos quando a força é
    utilizada na tentativa de dobrar um dos membros, postura incomum,
    involuntária ou expressões faciais, fala arrastada, movimento
    espástico do globo ocular em uma posição fixa, geralmente para
    cima.
  • Coceira na pele,erupção cutânea;
  • Atraso do período menstrual;
  • Inchaço da face.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

  • Aumento do açúcar sanguíneo em pacientes diabéticos, açúcar na
    urina;
  • Aumento dos níveis no sangue do hormônio prolactina, aumento
    das mamas, mesmo em homens, saída de secreção pelos mamilos, perda
    do desejo sexual;
  • Diminuição da temperatura do corpo;
  • Níveis de sódio no sangue insuficientes;
  • Urticária;
  • Rigidez dos músculos do pescoço;
  • SEP intensos associados à febre alta;
  • Convulsões;
  • Movimentos involuntários dos músculos da face, olhos, ou boca e
    língua com efeitos de longa duração que, algumas vezes, podem
    continuar após a interrupção do medicamento ou aparecer após a
    descontinuação do medicamento;
  • Distúrbios graves no ritmo cardíaco resultando em perda da
    efetividade dos batimentos cardíacos;
  • Anormalidades no traçado cardíaco (eletrocardiograma,
    ECG);
  • Anormalidades no exame das atividades elétricas do cérebro
    (EEG).

Importante

Se você apresentar palpitações, tontura, desmaio, febre alta,
rigidez muscular, respiração rápida, suor excessivo ou diminuição
do alerta mental, entre em contato com seu médico imediatamente.
Seu corpo pode não estar reagindo de maneira adequada ao
medicamento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Orap

Orap 1 mg

Cada comprimido contém

1 mg de pimozida.

Excipientes:

amido de milho, celulose microcristalina, corante amarelo
laranja laca de alumínio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado,
óleo vegetal hidrogenado, óxido férrico, povidona e talco.

Orap 4 mg

Cada comprimido contém

4 mg de pimozida.

Excipientes:

amido de milho, celulose microcristalina, corante indigotina
laca de alumínio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, óleo
vegetal hidrogenado, óxido férrico, povidona e talco.

Superdosagem do Orap

Contate seu médico se você ingeriu uma quantidade maior de
Orap.

Os possíveis sinais de uma superdose são:

Rigidez muscular pronunciada, batimento cardíaco irregular,
incapacidade de se movimentar ou inabilidade de se manter
sentado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Orap

O metabolismo de Pimozida (substância ativa) é catalisado
principalmente pelo citocromo P450 (CYP3A4) e CYP2D6 e em menor
extensão, pelo CYP1A2. Dados in vitro indicam que
especialmente inibidores potentes do sistema de isoenzimas 3A4,
tais como antimicóticos azólicos, inibidores da protease do HIV,
antibióticos macrolídeos e nefazodona, inibem o metabolismo da
Pimozida (substância ativa), resultando em níveis plasmáticos
marcantemente elevados da Pimozida (substância ativa).

Dados in vitro também indicaram que a quinidina diminui
o metabolismo da Pimozida (substância ativa) dependente da
isoenzima 2D6. Níveis elevados de Pimozida (substância ativa) podem
aumentar o risco de prolongamento do intervalo QT. O uso
concomitante de Pimozida (substância ativa) com medicamentos que
sabidamente inibem o citocromo P450 CYP 3A4 ou CYP 2D6 é
contraindicado.

Uso concomitante de Pimozida (substância ativa) com drogas
conhecidas por prolongar o intervalo QT também é contraindicado.
Alguns exemplos incluem certos antiarrítmicos, como aqueles da
classe IA (quinidina, disopiramida e procainamida) e da classe III
(amiodarona e sotalol), antidepressivos tricíclicos
(amitriptilina), certos antidepressivos tetracíclicos
(maprotilina), certos medicamentos antipsicóticos (fenotiazinas e o
sertindol), certos anti-histamínicos (astemizol e terfenadina),
cisaprida, bepridil, halofantrina e esparfloxacino. Esta lista é
apenas informativa e não se esgota por si.

Não administre Pimozida (substância ativa) em combinação com
drogas que causam alteração eletrolítica.

Uso concomitante com diuréticos deve ser evitado, em particular
os que causam hipocalemia.

Um estudo in vivo com Pimozida (substância ativa)
adicionada ao estado de equilíbrio da sertralina revelou um aumento
de 40% na AUC (área sob a curva) e Cmáx da Pimozida
(substância ativa).

Em um estudo in vivo da coadministração da Pimozida
(substância ativa) com citalopram resultou num aumento médio nos
valores de QTc de aproximadamente 10 milisegundos. O citalopram não
alterou a AUC e a Cmáx da Pimozida (substância
ativa).

Um estudo in vivo da coadministração de Pimozida
(substância ativa) (dose única de 2 mg) e paroxetina (60 mg
diários) foi associado com um aumento médio de 151% na AUC da
Pimozida (substância ativa) e 62% no Cmáx da Pimozida
(substância ativa).

Como o CYP1A2 também pode colaborar para o metabolismo de
Pimozida (substância ativa), ao prescrever, o médico deve estar
atento ao potencial teórico de interação medicamentosa com
inibidores deste sistema enzimático.

Pimozida (substância ativa) pode, de um modo
dose-relacionado, diminuir o efeito antiparkinsoniano da
levodopa.

Interação Alimentícia do Orap

Como o suco de “grapefruit” (pomelo ou toranja) é
conhecido por inibir o metabolismo de drogas metabolizadas pelo
CYP3A4, o consumo concomitante do suco de grapefruit com Pimozida
(substância ativa) deve ser evitado.

Ação da Substância Orap

Resultados de eficácia

A Pimozida (substância ativa) foi estudada em um estudo
internacional. Cento e oitenta pacientes psicóticos crônicos em 36
centros, de 8 países e 3 continentes.

O estudo foi conduzido em cinco etapas

Etapa I: seleção dos pacientes

Todos os pacientes estavam sob tratamento de manutenção com
neurolépticos clássicos (geralmente com haloperidol e/ou
clorpromazina).

Etapa II: descontinuação do tratamento de manutenção
clássico até recaída

Pacientes sem recaída em quatro semanas foram excluídos do
estudo.

Etapa III

Reinstituição do tratamento de manutenção clássico.

Etapa IV

Substituição de todos os tratamentos com antipsicóticos e
antiparkinsoniano por uma dose diária de Pimozida (substância
ativa) (dose mediana: 6 mg).

Etapa V

Avaliação duplo-cega de Pimozida (substância ativa) (manutenção
da dose ótima individual determinada na Etapa IV, comparado
com placebo).

Os resultados mostraram que todos os 180 pacientes demonstraram
sinais de deterioração clínica dentro de quatro semanas após
interrupção do tratamento de manutenção com um neuroléptico
clássico. Dos 154 pacientes que notadamente melhoraram, 141
entraram no estudo duplo-cego, controlado por placebo: 84 dos quais
tiveram recaída, dentro do previsto, quatro semanas após a
descontinuação da Pimozida (substância ativa) (P = 9,8X10-25,
teoria binomial).

Análises estatísticas do item 36 da escala de avaliação dos 84
pacientes que completaram o estudo com sucesso e dos 26 pacientes
que deterioraram durante o tratamento com a Pimozida (substância
ativa) demonstraram que a Pimozida (substância ativa) produziu
benefícios adicionais aos pacientes que foram sensíveis aos efeitos
antipsicóticos e de socialização dos neurolépticos clássicos.

Pacientes que não foram responsivos aos efeitos incisivos dos
neurolépticos, mas presumivelmente se beneficiaram dos efeitos de
contenção ou sedativos, deterioraram quando tratados com Pimozida
(substância ativa). A Pimozida (substância ativa) aparentemente é
um medicamento de escolha para tratamento de manutenção de longa
duração de pacientes psicóticos crônicos.

A segurança e eficácia de Pimozida (substância ativa) nos
indivíduos com esquizofrenia foi investigada em um estudo
duplo-cego controlado por placebo. Oitenta homens e mulheres com
esquizofrenia crônica, com idade entre 20 e 60 anos, foram
divididos em cinco grupos: 3 mg de Pimozida (substância ativa) uma
vez ao dia, 6 mg de Pimozida (substância ativa) uma vez ao dia, 5
mg de trifluoperazina três vezes ao dia, 15 mg de trifluoperazina
uma vez ao dia e placebo.

Os pacientes foram comparados antes, durante e após os 70 dias
do período do estudo usando escalas de sintomas psiquiátricos e de
comportamento, e escala de avaliação de sintomas
extrapiramidais.

Os resultados demonstraram que análises da Escala Breve de
Avaliação Psiquiátrica (BPRS) feitas ao final do período de 70 dias
de tratamento não apresentaram heterogeneidade significativa nos
cinco grupos tratados. Adicionalmente ao escore total, quatro itens
que pareciam ser mais facilmente observáveis foram analisados.
Estes itens foram: distanciamento emocional, afeto embotado,
desorganização conceitual e maneirismo e postura.

As comparações simultâneas não alcançaram níveis significativos
para nenhum destes itens. Contudo, a análise de covariância do
total dos escores na Escala de Observação e Avaliação das
Enfermeiras dos Pacientes Internados [Nurses Observation Scale
for Inpatient Evaluation
(NOSIE)] revelaram diferença
significativa (plt;0,01) no efeito dos cinco medicamentos no
comportamento dos pacientes.

Quinze (15) mg de trifluoperazina uma vez ao dia e 3 mg de
Pimozida (substância ativa) diariamente não diferem nas comparações
dois a dois com placebo. Todos os pacientes nestes grupos de
tratamento deterioraram em algum grau (Figura 1). Entretanto, 6 mg
de Pimozida (substância ativa) e 5 mg de trifluoperazina três vezes
ao dia provaram ser superiores ao placebo (plt;0,05 e plt;0,01,
respectivamente, Figura 1).

Não houve, no entanto, diferença significativa entre estes dois
grupos de tratamento. Os pacientes recebendo 6 mg de Pimozida
(substância ativa) e 5 mg de trifluoperazina três vezes ao dia
gradualmente melhoraram ao longo dos 70 dias de estudo (Figura 2).
Houve também diferença significativa entre os cinco medicamentos no
efeito quanto aos sintomas extrapiramidais na escala de avaliação
dos cinco medicamentos (plt;0,01).

Os pacientes que receberam 15 mg de trifluoperazina em uma dose
diária ou 3 mg ou 6 mg de Pimozida (substância ativa) melhoraram,
estatisticamente, em comparação com o grupo placebo, que deteriorou
(Figura 3). Estes resultados, apesar de aparentemente paradoxais,
parecem demonstrar que neurolépticos eficazes protegem dos sintomas
extrapiramidais pacientes que receberam medicamentos psicotrópicos
por um período prolongado.

Quando distonia e discinesia foram estudadas separadamente do
escore total, todos os quatro medicamentos
foram estatisticamente superiores ao placebo com valores p de
0,05 e 0,01, respectivamente (Figura 4).

Seis (6) mg de Pimozida (substância ativa) uma vez ao dia e 5 mg
de trifluoperazina três vezes ao dia, provaram que são medicamentos
antipsicóticos eficazes, enquanto protegem pacientes que receberam
medicamentos psicotrópicos durante um período prolongado de
distonia e discinesia.

Figura 1: Efeito do tratamento no comportamento
(NOSIE)

Figura 2: Efeito do tratamento no comportamento
(NOSIE)

Figura 3: Efeito do tratamento no sistema extrapiramidal
na escala de avaliação

Figura 4: Efeito do tratamento na distonia e
discinesia

Em um estudo duplo-cego controlado por placebo, a eficácia da
Pimozida (substância ativa) na manutenção e tratamento de
ressocialização em pacientes esquizofrênicos crônicos não
internados foi avaliada, usando a tioridazina como medicamento
referência.

Quarenta mulheres esquizofrênicas crônicas (entre 24 e 60 anos
de idade) pacientes do Centro de Saúde Mental em Norman, Oklahoma
foram incluídas. Todas estavam em boa condição física e foram
mantidas por ao menos 3 meses, com medicação, não internadas.
Quinze pacientes receberam Pimozida (substância ativa), quinze
pacientes receberam tioridazina e dez pacientes receberam
placebo.

A dose média diária foi de 5,5 mg de Pimozida (substância ativa)
(faixa de 2 a 16 mg), 188,8 mg de tioridazina (faixa de 75 a 375
mg) e 3,3 cápsulas de placebo (faixa de 1 a 10). A tioridazina em
dose única oral, não excedendo 375 mg/dia e Pimozida (substância
ativa) em dose única oral, não excedendo 16 mg/dia por 6 meses
demonstraram ser efetivas nos tratamentos de manutenção comparados
com placebo. O desenho do estudo foi baseado na retrogressão
antecipada dos indivíduos tratados com placebo durante período de 6
meses do estudo, o que refletiu em 5 e 9 (56%) “falhas de
tratamento” no grupo placebo quando comparados com 2 e 14 (14%) e 2
e 12 (17%) nos grupos da tioridazina e Pimozida (substância ativa),
respectivamente.

Adicionalmente, em alguns casos, a avaliação de melhora acima da
linha de base foi notada em ambos grupos de medicamentos,
particularmente na impressão global (p=0,05). Os efeitos adversos
mais comumente observados com tioridazina foram sedação,
anormalidades da função hepática e no eletrocardiograma. Cefaleia e
inquietação ocorreram em sua maioria com Pimozida (substância
ativa). Sintomas extrapiramidais e insônia foram observados mais
comumente nos pacientes tratados com Pimozida (substância ativa)
que em indivíduos igualmente tratados com placebo.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Pimozida (substância ativa) contém Pimozida (substância
ativa), um derivado difenilbutilpiperidínico. A Pimozida
(substância ativa) possui atividade antipsicótica, que tem se
mostrado útil no tratamento e controle de pacientes esquizofrênicos
em fase crônica. Pimozida (substância ativa) pode ser
administrado em dose única diária e sua possibilidade de provocar
sedação é discreta.

Pimozida (substância ativa) melhora seletivamente os
distúrbios da percepção e ideação, promovendo um maior contato
social, interesse, iniciativa e discernimento.

Em estudos com pacientes emocionalmente instáveis, Pimozida
(substância ativa) demonstrou que é possível se obter uma
estabilização emocional e melhora da motivação, realizações e
sensação de bem-estar.

Admite-se que o mecanismo básico de ação da Pimozida (substância
ativa) relaciona-se à propriedade de bloquear seletivamente os
receptores dopaminérgicos centrais tendo ação noradrenérgica apenas
em doses elevadas.

Os efeitos extrapiramidais típicos de outros compostos
antipsicóticos também são observados com Pimozida (substância
ativa), porém têm ocorrido menos efeitos colaterais autonômicos. Da
mesma maneira que com outros antipsicóticos, também foram descritos
efeitos endócrinos e alterações eletrocardiográficas com o uso da
Pimozida (substância ativa).

Dados pré-clínicos

Estudos in vitro têm demonstrado que a Pimozida
(substância ativa) bloqueia o canal hERG cardíaco e prolonga a
duração do potencial de ação em corações isolados perfundidos.
Estes efeitos no canal hERG podem ser atenuados pelo efeito
bloqueador da Pimozida (substância ativa) nos canais de cálcio L.
Um prolongamento significativo do intervalo QTc foi demonstrado em
um número de estudos in vivo em animais com administração
de Pimozida (substância ativa) intravenosa ou oral. As doses que
prolongaram o intervalo QTc não causaram arritmias.

Carcinogenicidade e mutagenicidade

Os resultados de estudos de mutagenicidade não indicam
genotoxicidade. Os estudos de carcinogenicidade não revelaram
tumores relacionados ao tratamento em ratos ou camundongos machos,
mas o aumento na incidência de adenomas pituitários e
adenocarcinomas da glândula mamária em fêmeas de camundongo.
Acredita-se que estes achados histopatológicos na glândula mamária
e na pituitária sejam mediados pela prolactina e eles ocorrem em
roedores após hiperprolactinemia causada por uma variedade de
fármacos antipsicóticos e a sua relevância para os seres humanos é
desconhecida.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Mais de 50% da dose administrada de Pimozida (substância ativa)
por via oral é absorvida. Os picos plasmáticos ocorrem geralmente
de 6 a 8 horas (faixa: 4 a 12 horas) após a administração.

Houve uma diferença interindividual maior do que 10 vezes na
área sob a curva de nível sérico de Pimozida (substância
ativa)-tempo e um grau de variação equivalente nos níveis dos picos
séricos entre os pacientes estudados. O significado dessas
variações não é claro, já que existem poucas relações entre níveis
plasmáticos e achados clínicos.

Metabolismo

A Pimozida (substância ativa) aparentemente sofre um metabolismo
significativo de primeira passagem no fígado.

A Pimozida (substância ativa) é amplamente metabolizada,
principalmente por N-desalquilação no fígado. Este metabolismo é
catalisado principalmente por CYP3A4 e CYP2D6 e, em menor extensão,
pelo CYP1A2. Foram identificados dois metabólitos principais:
1-(4-piperidil)-2-benzimidazolinona e ácido
4,4-bis-(4-fluorofenil)butírico. Estes metabólitos não possuem
atividade antipsicótica.

Eliminação

Apenas uma pequena fração de Pimozida (substância ativa) é
excretada inalterada na urina. A via mais importante de eliminação
dos metabólitos é a renal.

Em pacientes esquizofrênicos, a meia-vida de eliminação
situou-se em aproximadamente 55 horas.

Cuidados de Armazenamento do Orap

Você deve conservar Orap em temperatura ambiente (entre 15ºC e
30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Os comprimidos de Orap 1 mg possuem coloração alaranjada e são
circulares. Os comprimidos de Orap 4 mg possuem coloração verde e
são circulares.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Orap

MS – 1.1236.0006

Farm. Resp.:

Marcos R. Pereira – CRF-SP n° 12.304

Registrado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rua Gerivatiba, 207, São Paulo – SP
CNPJ 51.780.468/0001-87

Fabricado por:

Lusomedicamenta – Sociedade Técnica Farmacêutica, S.A.
Estrada Consiglieri Pedroso, 69 – Queluz de Baixo, Portugal

Importado e Embalado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, km 154 São José dos Campos, SP
CNPJ 51.780.468/0002-68
Indústria Brasileira

Venda Sob Prescrição Médica.

Só Pode Ser Vendido com Retenção da
Receita.

Orap, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.