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Miodarid

Extra-sístole ventriculares, supraventriculares e atriais,
flutter atrial, fibrilação auricular paroxística, extra-sístoles
ventriculares da Doença de Chagas, taquicardia ventricular e outras
afecções associadas à excitabilidade cardíaca aumentada.

Como antianginoso

Angina do peito crônica estável com ou sem alteração do ECG,
cardiopatia isquêmica com ou sem síndrome anginosa, seqüelas de
infarto do miocárdio. Na profilaxia e tratamento da síndrome de
Wolff-Parkinson-White.

Contraindicação do Miodarid

Miodarid é contraindicado quando existirem as seguintes
condições clínicas:

Bloqueio atrioventricular pré-existente de segundo ou terceiro
grau sem marcapasso, por haver risco de bloqueio cardíaco
completo.

Episódios de bradicardia que dêem lugar a síncope, a menos que
estejam controlados por marcapasso.

Disfunção severa do nó sinusial, que produza bradicardia
sinusial marcante, a menos que esteja controlada por
marcapasso.

Pacientes que apresentem síncope e bloqueio de ramo com estudo
eletrofisiológico do feixe de his mostrando um intervalo hv
superior a 65 m/seg, a menos que esteja implantado marcapasso.

O Miodarid também é contraindicado na gravidez, salvo em casos
excepcionais em razão do risco tireoideano fetal. O uso durante a
amamentação é contraindicado devido à passagem do fármaco para o
leite em quantidades significativas.

Em pacientes com hipersensibilidade ao iodo.

O uso do Miodarid é contraindicado durante a gravidez e
lactação.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após o seu término.

Informe seu médico se está amamentando.

Como usar o Miodarid

3 comprimidos revestidos diários durante 8 a 10 dias.

Dose de manutenção variável segundo cada caso (de ½ a 2
comprimidos revestidos ao dia).

Pode-se utilizar esquema de 5 dias de tratamento (de 2ª a 6ª
feira), intercalada com dois dias de descanso (sábado e
domingo).

Os comprimidos revestidos podem ser administrados em 1, 2 ou 3
vezes ao dia, Miodarid sempre durante ou após as refeições. A
dose de Miodarid não deve ser reduzida em pacientes com
insuficiência hepática.

Siga a orientação do seu médico, respe itando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Precauções do Miodarid

Deve-se ter cautela em casos de tratamento com Miodarid em
pacientes portadores de disfunção hepática (podem requerer menores
doses); insuficiência cardíaca congestiva; disfunção tireoideana
incluindo bócio ou nódulos (existe risco maior de hipotireoidismo
ou hipertireoidismo); hipopotassemia (o Miodarid pode ser ineficaz
ou arritmogênico, portanto, deve-se corrigir antes de iniciar o
tratamento) deve ser precedida avaliação do risco/benefício.

Também recomenda-se considerar que durante a cirurgia cardíaca a
céu aberto em pacientes que recebem amiodarona, existe o risco
de hipotensão após a eliminação da circulação extracorpórea.

Pode haver interação maior do uso de amiodarona concomitante com
digoxina em pacientes pediátricos do que em adultos.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja
usando antes do início ou durante o tratamento.

Não tome medicamento sem o conhecimento do seu médico,
pode ser perigoso para a saúde.

Reações Adversas do Miodarid

A ocorrência de efeitos adversos geralmente está relacionada à
dose e à duração do tratamento, quase sempre são reversíveis após a
suspensão de Miodarid, freqüentemente não obrigam a suspender o
tratamento e melhoram ao diminuir a dose.

Manifestações gastrintestinais

Anorexia, náuseas, vômito, dor abdominal e constipação.

Manifestações oftálmicas

Visão turva. Acúmulo de microdepósitos pardo-amarelados na
córnea da maioria dos pacientes durante tratamento prolongado;
estes depósitos, reversíveis, podem causar fotofobia, aparecimento
de halos coloridos ao redor da luz e, ocasionalmente, acuidade
visual reduzida.

O uso de colírios de metilcelulose pode minimizar ou mesmo
prevenir o aparecimento deste quadro clínico.

Manifestações alérgicas

Manifesta-se por eritema cutâneo, geralmente ocorrem durante as
2 primeiras semanas de tratamento. Reações de fotossensibilidade,
como eritema e edema de áreas expostas à luz solar, ocorrem em
cerca de 10% dos pacientes.

Outras manifestações

Bradicardia sinusial assintomática (2-4%); bloqueio AV (2-5%),
fibrose pulmonar; pneumonite/alveolite intersticial; ataxia,
formigamento nos dedos das mãos e dos pés; tremor e agitação das
mãos, debilidade nos braços e nas pernas, cefaléia, insônia,
hipotireoidismo, hipertireoidismo, insuficiência cardíaca
congestiva, epididimite não infecciosa e hepatite, freqüentemente
não obrigam a suspender o tratamento e melhoram ao diminuir a
dose.

Informe seu médico o aparecimento de reações
desagradáveis, tais como anorexia, náuseas, vômitos, dor
abdominal e constipação.

População Especial do Miodarid

Crianças

Nas crianças a presença de efeitos colaterais é baixa e o
crescimento parece não ser afetado, apesar da existência de
alteração na função tireoideana. O início e a duração do tratamento
podem ser mais curtos, contudo, Miodarid é altamente efetivo para o
tratamento de arritmias pediátricas.

Amamentação

A amiodarona é excretada no leite materno, e o lactente recebe
aproximadamente 25% da dose administrada à mãe, portanto, não é
recomendável o uso da droga em mulheres em fase de amamentação.

Pacientes idosos (acima de 60 anos)

Ainda que não se tenha realizado estudos adequados e bem
controlados na população geriátrica, os idosos podem experimentar
um aumento da incidência de efeitos neurotóxicos e disfunção
tireoideana. 

Composição do Miodarid

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de amiodarona 200 mg.

Excipientes:

celulose microcristalina, lactose, amido, amidoglicolato de
sódio, dióxido de silício, povidona, estearato de magnésio, dióxido
de titânio, corante laca vermelho, hipromelose e macrogol.

Superdosagem do Miodarid

O tratamento é principalmente sintomático e de
manutenção e pode incluir o seguinte

Se a ingestão for recente, pode ser benéfico o vômito e/ou
lavagem gástrica; é importante o controle do ritmo cardíaco e da
pressão arterial. Para a bradicardia pode estar indicado um
agonista beta-adrenérgico ou um marcapasso. A hipotensão pode
responder a inotrópicos positivos e/ou vasopressores. 

Interação Medicamentosa do Miodarid

Interações Farmacodinâmicas 

Medicamentos que induzem torsade de pointes ou
prolongamento do QT 

Medicamentos que induzem “torsade de
pointes
” 

As associações com medicamentos que podem induzir torsade de
pointes
são contraindicadas.

Medicamentos antiarrítmicos tais como:

Classe Ia, sotalol, bepridil.

Medicamentos não antiarrítmicos tais como:

Vincamina, alguns agentes neurolépticos, cisaprida, eritromicina
IV, pentamidina (quando administradas por via parenteral), uma vez
que existe um aumento no risco de ocorrer torsade de
pointes
potencialmente letal.

Medicamentos que causam prolongamento
QT 

A administração concomitante de Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) com medicamentos conhecidos por prolongar o
intervalo QT deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos
riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o risco de
torsade de pointes” pode aumentar (vide “Advertências e
Precauções”) e os pacientes devem ser monitorados quanto ao
prolongamento do intervalo QT.

Fluoroquinolonas devem ser evitadas por pacientes recebendo
Cloridrato de Amiodarona (substância ativa).

Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca ou que
causam distúrbios de automatismo ou condução 

As associações com estes medicamentos não são
recomendadas. 

Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a
frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), uma vez que podem
ocorrer distúrbios de automatismo (bradicardia excessiva) e de
condução. 

Medicamentos que podem induzir hipocalemia

As associações com os seguintes medicamentos não são
recomendadas. 

Laxativos estimulantes podem levar a hipocalemia e
consequentemente, aumento do risco de torsade de pointes.
Por isso, devem ser utilizados outros tipos de laxantes.

Deve-se ter cautela quando os seguintes medicamentos são
utilizados em associação com Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa):

  • Alguns diuréticos indutores de hipocalemia, isolados ou
    combinados; 
  • Corticosteroides sistêmicos (gluco-, mineralo-),
    tetracosactida; 
  • Anfotericina B (IV).

Deve-se prevenir o início de hipocalemia (e corrigir a
hipocalemia); o intervalo QT deve ser monitorado e, em caso de
torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos
(instituir marcapasso ventricular; pode ser administrado magnésio
IV). 

Anestesia geral

Foram relatadas complicações potencialmente severas em
pacientes submetidos à anestesia geral:

Bradicardia (irresponsiva à atropina), hipotensão, distúrbios da
condução, redução do débito cardíaco.

Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias
severas (síndrome de angústia respiratória aguda do adulto), às
vezes fatais, geralmente no período pós-cirúrgico imediato. Isto
pode estar relacionado com uma possível interação com altas
concentrações de oxigênio.

Efeito de Cloridrato de Amiodarona (substância ativa)
sobre outros produtos

o Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) e/ou seu
metabólito, a desetilCloridrato de Amiodarona (substância ativa),
inibem os CYP1A1, CYP1A2, CYP3A4, CYP2C9, CYP2D6 e a glicoproteína
P e podem aumentar a exposição de seus substratos.

Devido à longa meia-vida do Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa), as interações podem ser observadas por vários meses após a
descontinuação do Cloridrato de Amiodarona (substância ativa).

Substratos P-gp 

o Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) é um inibidor da
P-gp. A administração concomitante com substratos da P-gp deverá
resultar em aumento de suas exposições.

Digitálicos 

Pode ocorrer perturbação no automatismo (bradicardia excessiva)
e na condução atrioventricular (ação sinérgica). Além disso, um
aumento na concentração plasmática da digoxina é possível devido à
redução do clearance de digoxina.

Devem ser monitorados os níveis de digoxina plasmática e ECG. Os
pacientes devem ser observados quanto aos sinais clínicos de
toxicidade digitálica. Pode ser necessário ajuste posológico do
digitálico.

Dabigatrana

Deve-se ter cautela quando o Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) é administrada com dabigatrana devido ao risco
de sangramento. Se necessário, ajustar a dose de dabigatrana de
acordo com as informações de sua bula.

Substratos do CYP 2C9 

o Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) aumenta as
concentrações de substratos da CYP 2C9 tais como varfarina ou
fenitoína através da inibição do citocromo P450 2C9.

Varfarina

A combinação de varfarina com Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) pode exacerbar o efeito do anticoagulante oral,
elevando o risco de sangramento. É necessário monitorar os níveis
de protrombina (INR) regularmente e ajustar as doses orais do
anticoagulante durante e após o tratamento com Cloridrato de
Amiodarona (substância ativa).

Fenitoína

A combinação de fenitoína com Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) pode resultar em superdose de fenitoína,
resultando em sinais neurológicos. Deve ser empregada monitoração
clínica e a dose de fenitoína deve ser reduzida logo que surgirem
sinais de superdose. Devem ser determinados os níveis de fenitoína
plasmática.

Substratos do CYP 2D6 

Flecainida

o Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) aumenta as
concentrações plasmáticas da flecainida, pela inibição do citocromo
CYP2D6. Portanto, a dose de flecainida deve ser ajustada

Substratos do CYP P450 3A4

Quando tais substâncias são administradas concomitantemente com
Cloridrato de Amiodarona (substância ativa), um inibidor do CYP3A4,
pode ocorrer um aumento de suas concentrações no plasma, o que
poderá acarretar num possível aumento de sua toxicidade.

Ciclosporina

A combinação com Cloridrato de Amiodarona (substância ativa)
pode aumentar os níveis plasmáticos de ciclosporina. A dose deve
ser ajustada. 

Fentanila

A combinação com Cloridrato de Amiodarona (substância ativa)
pode acentuar os efeitos farmacológicos da fentanila e aumentar o
risco de toxicidade.

Estatinas

O risco de toxicidade muscular (ex.: rabdomiólise) é
aumentado pela administração concomitante de Cloridrato de
Amiodarona (substância ativa) e estatinas metabolizadas pelo CYP
3A4, tais como sinvastatina, atorvastatina e lovastatina.
Recomenda-se o uso de estatinas não metabolizadas pelo CYP3A4
quando administradas com Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa).

 Outros medicamentos metabolizados pelo
CYP3A4

Lidocaína, tacrolimus, sildenafila, midazolam, triazolam,
diidroergotamina, ergotamina e colchicina.

Efeito de outros produtos sobre Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa)

Os inibidores do CYP 3A4 e do CYP 2C8 podem ter um potencial
para inibir o metabolismo do Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa) e aumentar a sua exposição.

Recomenda-se evitar inibidores do CYP 3A4 (por exemplo, suco de
toranja e determinados medicamentos) durante o tratamento com
Cloridrato de Amiodarona (substância ativa).

Outras interações medicamentosas com Cloridrato de
Amiodarona (substância ativa)

A administração concomitante de Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) com sofosbuvir m combinação com outro antiviral
de ação direta sobre o vírus da Hepatite C (como daclatasvir,
simeprevir ou ledipasvir) não é recomendada, pois pode levar a
bradicardia sintomática grave. O mecanismo para este efeito de
bradicardia é desconhecido.

Se a coadministração não puder ser evitada, o monitoramento
cardíaco é recomendado.

Interferência em exames laboratoriais

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de
Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) em exames
laboratoriais.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Atlansil.

Interação Alimentícia do Miodarid

Evitar o consumo de suco de toranja.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Atlansil.

Ação da Substância Miodarid

Resultados de Eficácia


O Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) tem sido utilizada
para suprimir um grande número de arritmias supraventricular e
ventricular no útero, em adultos e crianças incluindo AV nodal,
taquicardia juncional, flutter e fibrilação atrial, taquicardia
ventricular e fibrilação ventricular associada com doença arterial
coronária e cardiomiopatia hipertrófica.

Em geral a eficácia do Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa) é igual ou superior aos outros agentes antiarrítmicos e pode
ter alcance em 60% a 80% da maioria das taquiarritmias
supraventriculares (incluindo aquelas associadas com a síndrome de
Wolff-Pakinson-White) e 40% a 60% para taquiarritmias
ventriculares.

Referência Bibliográfica

Connolly SJ. Evidence-Based
Analysis of Amiodarone Efficacy and Safety. Circulation. 1999; 100:
2025- 2034.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Atlansil.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas 

O Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) é um
agente antiarrítmico com as seguintes propriedades:

Propriedade antiarrítmica 

  • Prolongamento da fase 3 do potencial de ação da fibra cardíaca
    devido principalmente a redução da corrente de potássio (classe III
    de Vaughan Williams); este prolongamento não está relacionado com a
    frequência cardíaca;
  • Diminuição do automatismo sinusal levando a bradicardia que não
    responde à administração de atropina;
  • Inibição adrenérgica alfa e beta não competitiva;
  • Retardo da condução betabloqueadoressinoatrial, atrial e nodal,
    mais nítido quando a frequência cardíaca é mais rápida;
  • Nenhuma alteração na condução intra-ventricular;
  • Aumento dos períodos refratários e diminuição da excitabilidade
    miocárdica em nível atrial, nodal e ventricular;
  • Diminuição da condução e aumento dos períodos refratários nas
    vias acessórias atrioventriculares.

Propriedade anti-isquêmica 

  • Diminuição do consumo de oxigênio por diminuição moderada da
    resistência periférica e redução da frequência cardíaca;
  • Propriedades antagonistas não competitivas alfa e
    beta-adrenérgicas;
  • Aumento do débito coronário por efeito direto sobre a
    musculatura lisa das artérias miocárdicas;
  • Manutenção do débito cardíaco devido a diminuição da pressão
    aórtica e da resistência periférica.

Propriedades farmacocinéticas 

O Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) é metabolizada
principalmente pelo CYP 3A4, e também pelo CYP 2C8.

O Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) e seu metabólito,
desetilamiodarona, apresentam in vitro um potencial de
inibir os CYP 1A1, CYP 1A2, CYP 2C9, CYP 2C19, CYP 2D6, CYP 3A4,
CYP 2A6, CYP 2B6 e 2C8. O Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa) e a desetilamiodarona tem também um potencial para inibir
alguns transportadores, tais como a glicoproteína-P e o
transportador de cátions orgânicos – OCT2 (um estudo mostra um
aumento de 1,1% na concentração de creatinina, um substrato de
OCT2). Dados in vivo descrevem interações do Cloridrato de
Amiodarona (substância ativa) sobre substratos de CYP 3A4, CYP 2C9,
CYP 2D6 e P-gp.

O Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) apresenta trânsito
lento e alta afinidade aos tecidos. Sua biodisponibilidade por via
oral varia de 30 a 80% (valor médio 50%) entre os indivíduos. O
pico de concentração plasmática é atingido em 3 a 7 horas após dose
oral única. A atividade terapêutica é, geralmente, obtida em uma
semana (variando de alguns dias a duas semanas) de acordo com a
dose de ataque.

A meia-vida do Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) é
longa, incluindo variabilidade interpaciente considerável (20 a 100
dias). Durante os primeiros dias de tratamento com Cloridrato de
Amiodarona (substância ativa) o produto se acumula em quase todos
os tecidos, particularmente no tecido adiposo. A eliminação ocorre
após alguns dias e a concentração plasmática no estado de
equilíbrio é atingida entre o período de um a alguns meses
dependendo de cada paciente.

Essas características justificam o emprego de doses de ataque,
que visam criar rapidamente a impregnação tissular necessária à
atividade terapêutica.

A iodina é parcialmente removida da molécula e é encontrada na
urina como ioduro; isto corresponde a 6 mg/24 horas quando uma dose
de 200 mg de Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) é
administrada diariamente. A parte remanescente da molécula,
portanto incluindo a maior parte de iodina, é eliminada nas fezes
após excreção hepática. O Cloridrato de Amiodarona (substância
ativa) é eliminada essencialmente por via biliar.

O clearance plasmático do Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) é baixo e a excreção renal insignificante o que
permite o emprego de Cloridrato de Amiodarona (substância ativa)
nas posologias habituais nos pacientes com insuficiência renal.

Após a interrupção do tratamento a eliminação continua durante
muitos meses. A persistência de uma atividade residual durante 10
dias a um mês deve ser levada em conta durante a condução do
tratamento.

Dados de segurança pré-clínica

Em um estudo de carcinogenicidade de 2 anos em ratos, o
Cloridrato de Amiodarona (substância ativa) causou um aumento de
tumores foliculares de tireoide (adenoma e/ou carcinoma) em ambos
os sexos com exposição clinicamente relevantes.

Como os sinais de mutagenicidade foram negativos, é proposto um
mecanismo epigênico em vez de genotóxico para este tipo de indução
de tumor.

No camundongo, os carcinomas não foram observados, mas foi
observada uma hiperplasia folicular da tiroide,
dose-dependente.

Estes efeitos sobre a tiroide em ratos e camundongos são muito
provavelmente devido a efeitos do Cloridrato de Amiodarona
(substância ativa) na síntese e/ou liberação de hormônios da
glândula tiroide. A relevância destes achados é considerada
baixa.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Atlansil.

Cuidados de Armazenamento do Miodarid

Conservar em temperatura ambiente (15° a 30°C). Proteger da luz
e umidade.

Prazo de validade: vide cartucho.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido;
poderá ocorrer diminuição significativa do seu efeito
terapêutico.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide
cartucho.

Dizeres Legais do Miodarid

Registro M.S. Nº 1.0465.0209

Farm. Responsável:

Dr. Marco Aurélio Limirio G. Filho
CRF-GO nº 3.524

Laboratório Neo Química Com. e Ind. Ltda.

VPR 1 – Quadra 2-A – Módulo 4 – DAIA – Anápolis – GO
CEP 75132-020

Miodarid, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.