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Meropenem BioChimico

  • Infecções do trato respiratório inferior;
  • Infecções urinárias, incluindo infecções complicadas;
  • Infecções intra-abdominais;
  • Infecções ginecológicas, incluindo infecções pós-parto;
  • Infecções de pele e anexos;
  • Meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da medula
    espinhal);
  • Septicemia (doença sistêmica causada pela propagação de
    microrganismos e suas toxinas através do sangue);
  • Tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para
    infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos
    (com baixo número de neutrófilos no sangue);
  • Infecções polimicrobianas (causadas por vários microrganismos)
    – devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra
    bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias,
    meropeném é eficaz para o tratamento de infecções
    polimicrobianas;
  • Fibrose cística – meropeném intravenoso tem sido utilizado
    eficazmente em pacientes com fibrose cística e infecções crônicas
    do trato respiratório inferior, tanto como monoterapia, quanto em
    associação com outros agentes antibacterianos.

O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes
tratamentos.

Como o Meropenem Tri-Hidratado BioChimico
funciona?


O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral
(administrado por via injetável).

O Meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência
com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que
penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a
maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas
múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a
potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro
de bactérias aeróbicas e anaeróbicas.

Contraindicação do Meropenem – BioChimico

Você não deve utilizar meropeném se apresentar alergia ao
meropeném ou carbonato de sódio anidro. Antes de iniciar o
tratamento com Meropeném informe seu médico se você tem reação
alérgica a qualquer outro antibiótico, incluindo penicilinas,
outros carbapenêmicos ou outros antibióticos betalactâmicos.

Como usar o Meropenem – BioChimico

Adultos

A faixa de dosagem é de 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três
administrações.

Dose usual

500 mg a 1 g, por administração intravenosa a cada 8 horas,
dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da sensibilidade
conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do
paciente.

Exceções:

  • Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser
    de 1 g a cada 8 horas;
  • Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8
    horas.

Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem
causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se doses de
pelo menos 1 g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve
ultrapassar 6 g por dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo
menos 20 mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve
ultrapassar 120 mg/kg por dia, divididos em 3 doses).

Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no
tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa.
Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus
por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de
aproximadamente 15 a 30 minutos.

Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a
administração de bolus de 2 g.

Adultos com doença renal

A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance
(depuração) de creatinina inferior a 51 mL/min, como esquematizado
abaixo.

Depuração de creatinina (ml/min)

Dose (baseada na faixa de unidade de dose de 500 mg
a 2,0 g a cada 8 horas)

Frequência

26-50

1 unidade de dose

A cada 12 horas

10-25

½ unidade dose

A cada 12 horas

lt;10

½ unidade dose

A cada 24 horas

Meropeném é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração,
caso seja necessário a continuidade do tratamento com Meropeném
recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o
tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no
tipo e gravidade da infecção.

Não existe experiência com diálise peritoneal.

Adultos com doença hepática

Não é necessário ajuste de dose.

Idosos

Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal
normal ou com valores de clearance de creatinina
superiores a 50 mL/min.

Crianças

Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose
intravenosa é de 10 a 40 mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e
da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada
do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.

Em crianças com peso superior a 50 kg, deve ser utilizada a
posologia para adultos.

Exceções:

  • Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser
    de 20 mg/kg a cada 8 horas.
  • Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40 mg/kg a cada
    8 horas.

Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em
bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de
aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança
disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40 mg/kg para
crianças.

Não há experiência em crianças com função renal alterada.

Reconstituição, compatibilidade e
estabilidade

Preparo de Meropeném

Para injeção intravenosa em bolus Meropeném deve ser
reconstituído em água estéril para injeção (10 mL para cada 500
mg), conforme tabela abaixo. Essa reconstituição fornece uma
solução de concentração final de aproximadamente 50 mg/mL.

As soluções reconstituídas podem variar de incolores a
ligeiramente amareladas.

Frasco

Conteúdo do diluente a ser adicionado

500 mg

10 mL

1 g

20 mL

Para infusão intravenosa, os frascos-ampolas de Meropeném podem
ser diretamente reconstituídos com um fluido de infusão compatível
e, posteriormente, a esta diluição pode ser adicionada a outra
solução, também compatível, para infusão conforme necessário.

Utilizar preferencialmente soluções de Meropeném
recém-preparadas. Entretanto, as soluções reconstituídas de
Meropeném mantêm potência satisfatória em temperatura ambiente (15
a 30°C) ou sob refrigeração (2°C a 8°C).

Deve-se agitar a solução reconstituída antes do uso. Meropeném
não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham
outros fármacos.

As soluções de Meropeném não devem ser congeladas.

Estabilidade após reconstituição

Estabilidade de Meropeném reconstituído:

Diluente

Período de estabilidade (horas)

15 a 30°C

2 a 8°C

Frascos reconstituídos com água para
injeção, para a administração em bolus

825

Infusões (1-20 mg/mL) preparadas com:

Cloreto de Sódio 0,9%

10

48

Soro glicosado 5%

3

18

Soro glicosado 10%

28

Soro glicosado 5% em cloreto de sódio
0,9%

314

Soro glicosado 5% em cloreto de sódio
0,2%

318

Soro glicosado 5% em cloreto de
potássio (KCl) 0,15%

318

Soro glicosado 5% em bicabornato de
sódio (NaHCO3) 0,02%

218

Soro glicosado 5% em solução de
lactato de Ringer

318

Soro glicosado 5% e cloreto de Sódio
0,18%

420

Soro glicosado 5% e cloreto de Sódio
0,45%

224

Manitol 2,5%

420

Manitol 10%

320

Injeção de lactato de Ringer

8

48

Injeção de bicabornato de sódio 5%

315

Nota: Os medicamentos de uso parenteral devem ser
visualmente inspecionados antes da administração com relação a
materiais estranhos, e não devem ser utilizados se estes estiverem
presentes.

Do ponto de vista microbiológico, a não ser que o modo
de abrir, reconstituir e diluir elimine o risco de contaminação
microbiológica, o produto deve ser utilizado
imediatamente.

Se não utilizado imediatamente, o tempo e condições de
armazenamento pós-reconstituição são de responsabilidade do
usuário.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Meropenem Tri-Hidratado BioChimico?


O esquema de doses será estabelecido por seu médico, que irá
monitorar a administração adequada nos períodos determinados.

Precauções do Meropenem – BioChimico

Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer
supercrescimento de microrganismos não sensíveis, sendo então
necessárias repetidas avaliações de cada paciente.

Raramente, foi relatada a ocorrência de colite (inflamação do
intestino) pseudomembranosa, assim como ocorre com praticamente
todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o
diagnóstico de colite (inflamação do intestino) pseudomembranosa em
pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de
Meropeném.

Informe seu médico se você teve diarreia grave
decorrente do uso de outros antibióticos.

Pacientes com doença hepática

Informe seu médico se você tem problemas no fígado, pois
pacientes portadores de alterações hepáticas devem ter a função do
fígado monitorada durante o tratamento com Meropeném.

Pacientes com doença renal

Informe seu médico se você tem problemas nos rins. A dose de
Meropeném pode precisar ser reduzida se os rins não estiverem
funcionando adequadamente.

Interações medicamentosas

Informe seu médico se estiver tomando ácido valpróico, pois o
uso concomitante com Meropeném pode reduzir os níveis sanguíneos
desta medicação.

Informe seu médico se você estiver tomando probenecida. Não se
recomenda a coadministração de Meropeném e probenecida. Meropeném
foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos
sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos
estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a
probenecida.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Reações Adversas do Meropenem – BioChimico

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam esse medicamento)

  • Trombocitemia (aumento do número de plaquetas no sangue);
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Aumento das enzimas hepáticas (transaminases séricas, fosfatase
    alcalina, desidrogenase láctica e aumento da
    gama-glutamiltransferase);
  • Exantema (manchas ou pápulas na pele);
  • Prurido (coceira);
  • Inflamação e dor no local da aplicação.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam esse medicamento)

  • Candidíase oral (infecções por fungos na boca) e vaginal
    (infecções por fungos na vagina);
  • Eosinofilia (aumento do número de eosinófilos no sangue);
  • Trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no
    sangue);
  • Leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos do sangue);
  • Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no
    sangue);
  • Parestesia (sensação de dormência);
  • Aumento da bilirrubina sanguínea;
  • Urticária (coceira na pele com vermelhidão);
  • Tromboflebites (inflamação venosa com formação de trombo).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam esse medicamento)

  • Convulsões;
  • Agranulocitose (ausência ou número insuficiente de glóbulos
    brancos/granulócitos no sangue).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam esse medicamento)

  • Anemia hemolítica;
  • Angioedema (inchaço da pele, mucosas, vísceras e cérebro);
  • Manifestações de anafilaxia (reações alérgicas intensas);
  • Colite pseudomembranosa (inflamação no intestino);
  • Eritema multiforme (vermelhidão inflamatória da pele);
  • Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica com formação de
    erupções cutâneas nas mucosas);
  • Necrólise epidérmica tóxica (degeneração da pele).

Frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir
dos dados disponíveis

  • Reação ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos
    [Síndrome DRESS – erupção cutânea grave (lesões de pele);
  • Febre;
  • Linfadenopatia (aumento dos gânglios, anormalidades
    hematológicas (do sangue);
  • Envolvimento multivisceral (diversos órgãos)].

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Meropenem –
BioChimico

Uso pediátrico

A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3
meses não foram estabelecidas. Portanto, Meropeném não é
recomendado para uso abaixo desta faixa etária.

Capacidade de dirigir e operar máquinas

Não se espera que Meropeném afete a capacidade de dirigir
veículos e operar máquinas, mas é importante a avaliação do médico,
pois foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e
convulsões durante do uso do medicamento.

Uso durante a gravidez e lactação

A segurança de Meropeném na gravidez humana não foi
estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado
efeitos adversos no feto em desenvolvimento.

Meropeném não deve ser usado na gravidez, a menos que os
benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais
para o feto, a critério médico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Foram relatados casos de excreção de Meropeném no leite materno.
Meropeném não deve ser usado em mulheres que estejam amamentando, a
menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial
para o bebê.

Você deve informar seu médico se estiver
amamentando.

Composição do Meropenem – BioChimico

Apresentação

Pó para solução injetável

Caixa com 25 frascos-ampola contendo meropeném tri-hidratado
equivalente a 500 mg ou 1 g de meropeném.

Via intravenosa.

Uso adulto e pediátrico acima de 3 meses.

Composição

Cada frasco-ampola de meropeném 500 mg
contém

570,8 mg de meropeném tri-hidratado, equivalente a 500 mg de
meropeném anidro.

Cada frasco-ampola de meropeném 1 g contém

1141,6 mg de meropeném tri-hidratado, equivalente a 1 g de
meropeném anidro.

Excipiente:

carbonato de sódio anidro.

Superdosagem do Meropenem – BioChimico

É improvável que ocorra a superdosagem intencional, embora a
superdosagem possa ocorrer particularmente em pacientes com
alteração renal.

Experiências limitadas na pós-comercialização indicam que se
ocorrer um efeito adverso decorrente de superdosagem e será
geralmente de gravidade leve e solucionado com a suspensão do
tratamento ou redução da dose. O tratamento sintomático deve ser
considerado.

Em indivíduos com função normal dos rins ocorrerá rápida
eliminação renal. Hemodiálise, se necessário, removerá Meropeném e
seu metabólito.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Meropenem –
BioChimico

A probenecida compete com meropeném (substância ativa) pela
secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal do
meropeném (substância ativa), provocando aumento da meia-vida de
eliminação e da sua concentração plasmática.

Uma vez que a potência e a duração da ação de meropeném
(substância ativa) dosado sem a probenecida são adequadas, não se
recomenda a coadministração de meropeném (substância ativa) e
probenecida.

O efeito potencial de meropeném (substância ativa) sobre a
ligação de outros fármacos às proteínas plasmáticas ou sobre o
metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é
tão baixa que não se espera que haja interação com outros fármacos,
considerando-se este mecanismo.

Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas de ácido
valpróico quando coadministrado com agentes carbapenêmicos
resultando na diminuição de 60 – 100% dos níveis de ácido valpróico
em aproximadamente dois dias.

Devido ao rápido início e ao prolongamento da redução da
concentração a coadministração de meropeném (substância ativa) em
pacientes estabilizados com ácido valpróico não é considerada
gerenciável e deve ser evitada.

Meropeném (substância ativa) foi administrado concomitantemente
com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes.
Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos
específicos, além do estudo com a probenecida.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Meropenem – BioChimico

Resultados da eficácia

O meropeném (substância ativa) é estável em testes de
suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas
de rotina normal. Testes in vitro mostram que meropeném
(substância ativa) pode atuar de forma sinérgica com vários
antibióticos.

Demonstrou-se que meropeném (substância ativa), tanto in
vitro
quanto in vivo, possui um efeito
pós-antibiótico contra micro-organismos gram-positivos e
gram-negativos.

O meropeném (substância ativa) é ativo in vitro contra
muitas cepas resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos.
Isto é explicado parcialmente pela maior estabilidade às
beta-lactamases.

A atividade in vitro contra cepas resistentes às
classes de antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou
quinolonas, é normal.

A prevalência de resistência adquirida pode variar
geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e
informações locais sobre resistências são importantes
particularmente quando relacionadas ao tratamento de infecções
graves.

Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um
especialista quando a prevalência local da resistência é tal que a
utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é
questionável.


Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

O meropeném (substância ativa) é um antibiótico carbapenêmico
para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I humana
(DHP-I). O meropeném (substância ativa) é estruturalmente similar
ao imipeném.

O meropeném (substância ativa) exerce sua ação bactericida
através da interferência com a síntese da parede celular
bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas,
seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases
e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de
penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de
meropeném (substância ativa) contra um amplo espectro de bactérias
aeróbicas e anaeróbicas.

As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro
da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).

Mecanismos de resistência

A resistência bacteriana ao meropeném (substância ativa) pode
ser resultado de um ou mais fatores:

  • Redução da permeabilidade da membrana externa das bactérias
    gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas);
  • Redução da afinidade dos PBPs alvos;
  • Aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo;
  • Produção de beta-lactamases que possam hidrolisar os
    carbapenêmicos.

Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de
infecções devido à resistência bacteriana a carbapenêmicos.

A suscetibilidade ao meropeném (substância ativa) de um dado
clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados.

As interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas
de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de
microbiologia clínica.

O espectro antibacteriano do meropeném (substância ativa) inclui
as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas
diretrizes terapêuticas.

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios
gram-positivos

Enterococcus faecalis (note que E. faecalis
pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária),
Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à
meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o
MRSA [S. aureus resistente à oxacilina] são resistentes ao
meropeném (substância ativa)), Staphylococcus, incluindo
espécies Staphylococcus epidermidis (apenas cepas
suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina,
incluindo o MRSE [S. epidermidis resistentes à meticilina]
são resistentes ao meropeném (substância ativa)), Streptococcus
agalactiae
(Streptococcus grupo B), grupo
Streptococcus milleri (S. anginosus, S.
constellatus
e S. intermedius), Streptococcus
pneumoniae
, Streptococcus pyogenes
(streptococcus grupo A).

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios
gram-negativos

Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter
aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus
influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae,
Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus
vulgaris, Serratia marcescens.

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios
gram-positivos

Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter
aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus
influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae,
Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus
vulgaris, Serratia marcescens.

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios
gram-negativos

Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus,
Peptostreptococcus species
(incluindo P. micros, P
anaerobius, P. magnus).

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser
um problema: Aeróbios gram-positivos

Enterococcus faecium (E. faecium pode
apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem
mecanismos de resistência adquiridos).

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser
um problema: Aeróbios gram-negativos

Acinetobacer species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas
aeruginosa.

Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios
gram-negativos

Stenotrophomonas maltophiliae espécies de
Legionella.

Outros organismos inerentemente resistentes

Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella
burnetii, Mycoplasma pneumoniae.

A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao
meropeném (substância ativa) in vitro de várias outras
espécies de bactérias. No entanto, o significado clínico desses
achados in vitro é incerto.

Aconselhamento sobre o significado clínico dos achados in
vitro
deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais,
com especialistas em microbiologia clínica local e com diretrizes
profissionais locais.

Propriedades Farmacocinéticas

Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de meropeném
(substância ativa) é de aproximadamente 1 hora; o volume de
distribuição médio é de aproximadamente 0,25L/kg e a depuração
média é de 239mL/min. a 500mg caindo para 205mL/min. a 2g.

Doses de 500, 1.000 e 2.000mg de meropeném (substância ativa) em
uma infusão de 30 minutos resulta em picos de concentração
plasmática de aproximadamente 23μg/mL para dose de 500mg; 49μg/mL
para dose de 1g e 115μg/mL após dose de 2g, que corresponde a
valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153μg.h/mL, respectivamente. Após
infusão por 5 minutos os valores de concentração máxima
(Cmáx) são 52 e 112μg/mL após doses de 500 e 1.000mg,
respectivamente.

Quando doses múltiplas são administradas a indivíduos com função
renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de
acúmulo de meropeném (substância ativa).

Um estudo com 12 pacientes com meropeném (substância ativa)
1.000mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais pós-
cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida
comparáveis como os de pacientes normais, porém apresentou maior
volume de distribuição (27L).

Distribuição

A ligação de meropeném (substância ativa) às proteínas
plasmáticas foi de aproximadamente 2% e foi independente da
concentração. O meropeném (substância ativa) tem boa penetração na
maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo pulmões,
secreções brônquicas, bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele,
fáscia, músculo e exsudado peritoneal.

Metabolismo

O meropeném (substância ativa) é metabolizado por hidrólise do
anel beta-lactâmico gerando um metabólito microbiologicamente
inativo. In vitro o meropeném (substância ativa) apresenta
uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1
(DHP-I) humana comparada ao imipeném e não é requerida a
coadministração de um inibibor de DHP-I.

Eliminação

O meropeném (substância ativa) é primariamente excretado pelos
rins; aproximadamente 70% (50% – 70%) da dose é excretada
inalterada em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito
microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa 2% da
dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que
o meropeném (substância ativa) sofre filtração e secreção
tubular.

Insuficiência renal

Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC (área sob a
curva) plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de
2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CrCL 33 –
74mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes com distúrbios renais
graves (CrCL 4 – 23mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que
fazem hemodiálise (CrCL lt; 2mL/min) quando comparado com pacientes
saudáveis (CrCL gt; 80mL/min).

A AUC do metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto
foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios
renais. São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção
renal moderada ou grave.

O meropeném (substância ativa) é eliminado por hemodiálise com
depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes
anúricos.

Insuficiência hepática

Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na
farmacocinética de meropeném (substância ativa) efeitos
relacionados à doença no fígado após doses repetidas.

Adultos

Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não
demonstraram diferenças significativas de farmacocinética
versus indivíduos saudáveis com função renal
equivalente.

A população modelo desenvolvida a partir dos dados de 79
pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que
dependem do volume central sobre o peso e da depuração da
creatinina e da idade.

Crianças

A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a
doses de 10, 20 e 40mg/kg apresentou valores de Cmáx
aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1.000 e
2.000mg, respectivamente.

A comparação demonstrou farmacocinética consistente entre as
doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos
os pacientes, menos os mais novos (lt; 6 meses t 1⁄2 1,6 horas). As
depurações médias do meropeném (substância ativa) foram
5,8mL/min/kg (6 – 12 anos), 6,2mL/min/kg (2 – 5 anos), 5,3mL/min/kg
(6 – 23 meses) e 4,3mL/min/kg (2 – 5 meses).

Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas
como meropeném (substância ativa) e mais de 12% como metabólito. As
concentrações de meropeném (substância ativa) no líquido
cefalorraquidiano das crianças com meningite são de aproximadamente
20% dos níveis plasmáticos corrente embora haja uma variabilidade
individual significante.

A farmacocinética de meropeném (substância ativa) em neonatos
requerendo tratamento antiinfeccioso apresentou aumento da
depuração em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior,
com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas.

A simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK
demonstrou que o regime de dose de 20mg/kg a cada 8 horas atingiu
60% T gt; CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e
em 91% dos neonatos não prematuros.

Idosos

Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65 – 80
anos) demonstraram redução da depuração plasmática correlacionada
com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a
pequena redução da depuração não-renal.

Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em
casos de distúrbios renais moderados a graves.

Dados de segurança pré-clínica

Estudos em animais indicam que meropeném (substância ativa) é
bem tolerado pelos rins.

Evidência histológica de dano tubular renal foi observado em
camundongos e em cães apenas em doses de 2.000mg/kg e em doses
superiores.

O meropeném (substância ativa) é geralmente bem tolerado pelo
Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com
doses muito altas de 2.000mg/kg ou mais.

A DL50 IV de meropeném (substância ativa) em roedores
é superior a 2.000mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6
meses de duração foram observados apenas efeitos secundários,
incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos
vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de
500mg/kg.

Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes
realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo
potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis
em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena
redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120mg/kg).

Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao meropeném
(substância ativa) em animais jovens em comparação com animais
adultos.

A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais.
A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da
injeção.

O único metabólito de meropeném (substância ativa) teve um
perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.

Cuidados de Armazenamento do Meropenem –
BioChimico

Meropeném deve ser armazenado em sua embalagem original, em
temperatura ambiente (15 a 30°C). A estabilidade do medicamento
após reconstituição está descrito no item ‘Posologia’.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Meropenem – BioChimico

Reg. MS 1.0063.0229

Farmacêutico Responsável:

Rafael Nunes Princesval
CRF-RJ nº 17295

Fabricado e Registrado por:

Instituto Biochimico Ind. Farm. LTDA
Rua Antônio João n° 168, 194 e 218
Cordovil, Rio de Janeiro
CNPJ: 33.258.401/0001-03
Indústria Brasileira

Embalado por:

Instituto Biochimico Ind. Farm. LTDA
Rua Isaltino Silveira, n° 768, Galpão 7
Cantagalo, Três Rios

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

Meropenem-Biochimico, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.