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Mantidan

Como o Mantidan funciona?

Os possíveis mecanismos pelos quais Mantidan exerce seus efeitos
incluem aumento da síntese e liberação de dopamina e inibição do
processo de recaptação dessa substância. Também tem sido sugerido
que Mantidan exerce efeitos diretos sobre os receptores de dopamina
e que apresenta outras propriedades não dopaminérgicas, incluindo
ação anticolinérgica e inibição da ação do glutamato.

O tempo médio estimado para o início de ação deste
medicamento é aproximadamente 48 (quarenta e oito)
horas.

Contraindicação do Mantidan

Você não deve usar Mantidan se apresentar hipersensibilidade
conhecida à amantadina, ou a qualquer componente da
formulação, história de crises convulsivas e de úlceras gástricas e
duodenais. Durante o tratamento, você deve evitar atividades
arriscadas que exijam alerta e coordenação motora.

Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que
esteja usando, antes do início ou durante o
tratamento.

Como usar o Mantidan

O medicamento deve ser utilizado por via
oral.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Posologia

As doses da amantadina devem ser reduzidas em caso de
insuficiência cardíaca congestiva, inchaço nas pernas, pressão
baixa ao se levantar, ou disfunção renal.

Doença de Parkinson

A dose usual é de 100 mg, de 12 (doze) em 12 (doze) horas,
quando usado isoladamente.

Em indivíduos portadores de outras doenças sérias associadas, ou
em pacientes que estejam recebendo outros medicamentos
antiparkinsonianos, a dose inicial deve ser de 100 mg/dia e pode
ser aumentada para 200 mg/dia (100 mg de 12 (doze) em 12 (doze)
horas), se necessário, após observação do quadro.

Ocasionalmente, alguns pacientes que não respondem à dose de 200
mg/dia podem se beneficiar de um aumento até 400 mg/dia em doses
divididas (200 mg de 12 (doze) em 12 (doze) horas).

Reações extrapiramidais induzidas por droga

A dose usual é de 100 mg, de 12 (doze) em 12 (doze) horas.

Ocasionalmente, alguns pacientes que não respondem à dose de 200
mg/dia podem se beneficiar de um aumento até 300 mg/dia em doses
divididas.

Quando a amantadina é introduzida concomitantemente à levodopa,
o paciente exibe efeitos terapêuticos rapidamente. A amantadina
deve ser mantida em doses constantes de 100 ou 200 mg/dia, enquanto
a dose de levodopa vai sendo gradativamente aumentada.

O uso concomitante de medicações antiparkinsonianas
anticolinérgicas e de levodopa com amantadina pode proporcionar
benefício adicional, incluindo redução nas flutuações motoras que
ocorrem no tratamento, com levodopa. Pacientes que necessitam de
uma redução na dose habitual de levodopa, devido ao aparecimento de
eventos adversos podem compensar a perda do benefício com a adição
da amantadina.

Se a combinação carbidopa e levodopa, ou levodopa estiverem
sendo administradas inicialmente, simultaneamente com a amantadina,
a dose de amantadina deve ser mantida em 100 mg 1 (uma) ou 2 (duas)
vezes ao dia (de 12 (doze) em 12 (doze) horas), enquanto que as
doses da combinação carbidopa e levodopa, ou a dose da levodopa
devem ser gradualmente aumentadas para proporcionar um benefício
ótimo.

Quando o uso da amantadina for interrompido, a dosagem deve ser
reduzida gradualmente, a fim de impedir um aumento repentino nos
sintomas da Doença de Parkinson.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Mantidan?

No caso de esquecimento de uma dose, utilize Mantidan
normalmente, no próximo horário, no qual o medicamento está
prescrito.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico,
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Mantidan

Evite levantar-se abruptamente da posição horizontal, ou mesmo
sentado, pois podem ocorrer tonturas.

Avise seu médico caso alguma das alterações a seguir ocorram:
alterações mentais, ou de humor, embaçamento visual, sudorese nas
extremidades, dificuldade para urinar, inchaço nas pernas, falta de
ar.

Não tome uma dose maior do que a prescrita devido ao risco de
intoxicação. Se não houver melhora em alguns dias, ou se diminuírem
os efeitos da medicação, converse com seu médico.

Não interrompa o tratamento abruptamente, sem orientação médica,
pois pode haver piora do quadro da Doença de Parkinson e
aparecimento de sintomas neurológicos.

Mantidan não deve ser utilizado por portadores de glaucoma de
ângulo fechado que não estejam recebendo tratamento.

Uso em pacientes com insuficiência renal

Mantidan é excretado pela urina e seus níveis plasmáticos
aumentam quando há diminuição da função renal; portanto, há
necessidade de ajuste da dose em presença de insuficiência
renal.

Uso em pacientes com doenças do fígado

Mantidan deve ser administrado com cuidado, em pacientes, com
doenças do fígado, pois, raramente, pode haver anormalidades dos
níveis de enzimas hepáticas, embora uma relação específica entre a
amantadina e essas alterações não esteja bem estabelecida.

Interações medicamentosas

O uso concomitante deste medicamento com antialérgicos,
anticolinérgicos, antidepressivos tricíclicos, sulfametoxazol,
trimetoprima e com o medicamento antiarrítmico quinidina deve ser
feito sob estrita orientação médica.

Evite o uso abusivo de álcool, uma vez que a droga pode
potencializar seus efeitos no sistema nervoso central (SNC) e
causar tontura, confusão mental e pressão baixa ao se levantar,
entre outros.

Este medicamento contém lactose.

Informe a seu médico, ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Mantidan

Os eventos adversos de Mantidan (cloridrato de
amantadina) são apresentados em ordem de frequência decrescente a
seguir

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Náuseas, tontura, insônias, episódios depressivos,
irritabilidade, alucinações, confusão, perda do apetite, boca seca,
constipação, alterações da marcha, inchaço nas pernas, pele com
padrão reticulado, pressão baixa ao levantar, dor de cabeça,
sonolência, nervosismo, alterações dos sonhos, agitação, diarreia e
fadiga.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Insuficiência cardíaca, transtornos mentais e comportamentais,
retenção urinária, falta de ar, vermelhidão na pele, vômitos,
fraqueza, transtornos do humor, esquecimento, aumento da pressão,
diminuição da libido e alterações visuais, sensibilidade aumentada
à luz, embaçamento visual e alterações no nervo óptico.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Convulsões, diminuição da contagem de glóbulos brancos, eczema e
ideias suicidas.

Outras reações adversas já relatadas
incluem

Sistema Nervoso Central

Coma, estupor, delírios, diminuição dos movimentos, contratura
de músculo, comportamento agressivo, mania de perseguição, euforia,
movimentos involuntários anormais, anormalidades da marcha,
formigamentos, tremores e alterações no eletroencefalograma. A
interrupção abrupta do tratamento pode desencadear alguns desses
sintomas.

Cardiovascular e respiratório

Insuficiência respiratória aguda, excesso de líquido nos
pulmões, respiração ofegante, parada cardíaca, arritmias, pressão
baixa, palpitações.

Outras

Dor para engolir, aumento da contagem de glóbulos brancos,
diminuição grave da contagem de glóbulos brancos, inflamação na
córnea, alteração no diâmetro das pupilas, coceira, reações
alérgicas, incluindo reações anafiláticas (reações alérgicas
graves), inchaço e febre.

Alterações laboratoriais

Anormalidades dos níveis de enzimas hepáticas, aumento nas
concentrações de bilirrubinas e de creatinina.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe a empresa sobre o aparecimento de reações
indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato
através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

População Especial do Mantidan

Uso durante a gravidez e a lactação

Mantidan não deve ser utilizado nos três primeiros meses da
gravidez e no período de amamentação.

Não foram realizados estudos clínicos adequados e bem
controlados com este medicamento em mulheres grávidas. Informe a
seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento, ou
após seu término.

Informe ao médico se estiver amamentando, pois a
amantadina é excretada no leite materno e seu uso durante a
amamentação não é recomendado.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Esse medicamento é contraindicado em menores de 18
(dezoito) anos.

Uso em idosos

A dose de Mantidan deve ser reduzida em pacientes acima de 65
(sessenta) anos devido à diminuição na filtração renal observada,
nestes indivíduos.

Composição do Mantidan

Cada comprimido de Mantidan 100 mg contém:

Cloridrato de
amantadina
100 mg
Excipientes q.s.p*1 comprimido

*

Excipientes:

amido, lactose, talco e estearato de magnésio.

Superdosagem do Mantidan

Procure tratamento médico imediatamente caso suspeite de
superdosagem.

A superdosagem pode resultar em toxicidade cardíaca,
respiratória, renal e no SNC. As alterações cardíacas incluem
anormalidades do batimento cardíaco, palpitações e pressão alta.
Excesso de líquido nos pulmões e insuficiência respiratória aguda
já foram relatados, assim como insuficiência renal. Efeitos no SNC
incluem insônia, ansiedade, agitação, comportamento agressivo,
contratura de músculo, anormalidades da marcha, tremores, confusão,
transtornos de conduta, delírios, alucinações, transtornos mentais
e comportamentais, desânimo, sonolência e coma.

Pode haver exacerbações de crises convulsivas em pacientes
epiléticos. Aumento da temperatura corporal também já foi observado
em casos de superdosagem.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação Medicamentosa do Mantidan

Devem-se observar os pacientes que recebem Amantadina
(substância ativa) concomitantemente a medicamentos que atuam no
Sistema Nervoso Central (SNC).

Fármacos anticolinérgicos, ou outras medicações com atividade
anticolinérgicas, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos,
fenotiazinas, quinidina, quinina, trimetoprima e sulfametoxazol
podem potencializar efeitos colaterais anticolinérgicos da
Amantadina (substância ativa).

A coadministração de Amantadina (substância ativa) com
tioridazina pode agravar tremores em pacientes idosos, com Doença
de Parkinson, mas não se sabe se outras fenotiazinas produzem
efeito semelhante. A associação com clotrimoxazol e com quinidina
pode prejudicar o clearance renal da Amantadina
(substância ativa), resultando em aumento de suas concentrações
plasmáticas.

Interação Alimentícia do Mantidan

A Amantadina (substância ativa) reduz a tolerância ao
álcool.

Ação da Substância Mantidan

Resultados de eficácia

Em um estudo duplo-cego de duração de quatro semanas que incluiu
62 (sessenta e dois) pacientes com parkinsonismo, 29 (vinte e nove)
foram tratados com Amantadina (substância ativa) e 33 (trinta e
três) com placebo. Um efeito estatisticamente significante foi
observado no grupo que recebeu Amantadina (substância ativa), com
benefício ótimo observado após as primeiras duas semanas de
tratamento. Resposta favorável foi relatada por 79% dos pacientes
que receberam Amantadina (substância ativa), em comparação com 30%
dos que receberam placebo (plt;0,01).

Um estudo duplo-cego, placebo-controlado, cruzado e de
seguimento de longo prazo avaliou a Amantadina (substância ativa)
na Doença de Parkinson, em 26 (vinte e seis) pacientes. Outras
medicações anti-parkinsonianas foram descontinuadas em 23 (vinte e
três) dos 26 (vinte e seis) pacientes. A Amantadina (substância
ativa) resultou em melhora global estatisticamente significante de
12% em relação ao placebo. Dez pacientes continuaram o tratamento
por 10 (dez) a 12 (doze) meses e uma melhora global
estatisticamente significante foi notada nesses pacientes. As
melhoras no tremor e na rigidez (outros sintomas e sinais relativos
ao sistema nervoso e ao osteomuscular (e os não especificados) se
mantiveram relativamente estáveis ao longo do tempo ).

Metman e cols. determinaram a duração do efeito antidiscinético
da Amantadina (substância ativa) na Doença de Parkinson avançada,
reavaliando os sintomas motores e discinesias um ano após a
finalização de um estudo de curto prazo duplo-cego,
placebo-controlado e cruzado. Dezessete dos 18 (dezoito) pacientes
originalmente avaliados portadores de Doença de Parkinson avançada
complicada por discinesias e flutuações motoras participaram da
reavaliação, sendo que 13 (treze) dos 17 (dezessete) haviam
permanecido em tratamento, com Amantadina (substância ativa),
durante um ano. Dez dias antes da consulta de reavaliação, a
Amantadina (substância ativa) foi substituída por cápsulas
idênticas, contendo Amantadina (substância ativa) ou placebo. Os
sintomas parkinsonianos e a gravidade das discinesias foram
graduados enquanto os pacientes recebiam infusões intravenosas
constantes de levodopa na mesma dose que haviam recebido no ano
anterior. Um ano após o início da coterapia com Amantadina
(substância ativa), seu efeito antidiscinético foi similar em
magnitude (redução de 56% na discinesia em comparação a uma redução
de 60% no ano anterior).

As complicações motoras durante o tratamento regular com
levodopa oral também permaneceram melhores, demonstrando que os
efeitos benéficos da Amantadina (substância ativa) sobre as
complicações motoras se mantêm, por pelo menos, um ano após o
início do tratamento. Wolf e cols. demonstraram, em estudo
randomizado controlado com placebo, a eficácia da Amantadina
(substância ativa) na manutenção do controle de sintomas
discinéticos em trinta e dois (32) pacientes que se apresentavam
estáveis com uso de Amantadina (substância ativa) para o controle
da discinesia induzida por levodopa durante pelo menos um ano.

Neste estudo, os pacientes estáveis foram alocados
aleatoriamente para continuar o tratamento com Amantadina
(substância ativa) ou placebo. Foram avaliadas a intensidade e
duração da discinesia. Os pacientes que descontinuaram a Amantadina
(substância ativa) tiveram uma piora significante após três semanas
(p=0,02) enquanto os pacientes que permaneceram em uso da
Amantadina (substância ativa) não apresentaram alteração
estatisticamente significante.

Snow e cols. realizaram um estudo duplo-cego, placebo-controlado
e cruzado para avaliar o efeito da Amantadina (substância ativa) na
discinesia induzida por levodopa, na Doença de Parkinson e
encontraram uma redução de 24% no escore geral de discinesia, após
administração de Amantadina (substância ativa), em relação ao
placebo (p = 0,004).

Sawada e cols avaliaram o efeito da Amantadina (substância
ativa) no controle da discinesia em um estudo duplo-cego controlado
com placebo em trinta e seis (36) pacientes com Doença de Parkinson
e discinesia, que receberam tratamento com Amantadina (substância
ativa) ou placebo em diferentes períodos do estudo, que teve
delineamento cruzado (crossover trial) , num total de
sessenta e duas (62) intervenções avaliadas. Sessenta e quatro por
cento (64%) dos pacientes tratados com Amantadina (substância
ativa) apresentaram melhora da discinesia, em comparação com 16%
dos que receberam placebo (p= 0,016), de acordo com a avaliação
pela Escala de Discinesia de Rush (RDRS).

Uma avaliação baseada em evidência das intervenções
terapêuticas para Doença de Parkinson publicada no periódico Lancet
considerou a Amantadina (substância ativa) como

  • Provavelmente eficaz como monoterapia na intervenção
    sintomática para o tratamento do parkinsonismo em pacientes com
    Doença de Parkinson inicial;
  • Provavelmente eficaz no controle do parkinsonismo em pacientes
    já em tratamento com levodopa;
  • Eficaz no tratamento sintomático das discinesias de pacientes
    tratados com levodopa. 

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação na Doença de Parkinson

O mecanismo de ação da Amantadina (substância ativa) no
tratamento da Doença de Parkinson não está completamente
estabelecido. Ela é considerada o único fármaco disponível no
tratamento da Doença de Parkinson que apresenta efeitos
antiglutamatérgicos, graças à ação antagonista nos receptores do
tipo N-metil-D- aspartato (NMDA) de glutamato. Dados de estudos em
animais não conseguiram comprovar que a Amantadina (substância
ativa) aumenta as concentrações extracelulares da dopamina pela
inibição da recaptação da dopamina em nível pré-sináptico, ou por
estimulação intrínseca do neurônio receptor dopaminérgico, ou ainda
por aumentar a sensibilidade do receptor pós-sináptico da dopamina,
porém as doses utilizadas em modelos animais geralmente são maiores
do que as usadas na clínica. Evidências mais recentes sugerem que a
Amantadina (substância ativa) aumenta a liberação de dopamina de
maneira indireta, por meio do antagonismo dos receptores NMDA.

Um estudo utilizando doses terapêuticas (baixo µM) demonstrou
que a Amantadina (substância ativa) inibe a estimulação da
liberação da acetilcolina pelo receptor do ácido
N-metil-D-aspartato (NMDA) em ratos. Embora a Amantadina
(substância ativa) não apresente atividade anticolinérgica em
cachorros na dose de 31,5 mg/kg, em doses equivalentes àquelas
usadas em seres humanos (15,8 mg/kg) ocorrem sinais clínicos
sugestivos de efeitos anticolinérgicos, tais como boca seca,
retenção urinária e constipação.

Estudos mais recentes relataram que a Amantadina (substância
ativa) pode aumentar os receptores D2 estriatais e sugerem que esta
neossíntese dos receptores D2 seja um dos mecanismos que explique a
eficácia clínica do fármaco. 

Farmacocinética

Amantadina é bem absorvido por via oral. As concentrações
plasmáticas máximas (Cmáx) são diretamente relacionadas
à dose, para doses de até 200 mg/dia. Doses superiores a 200 mg/dia
podem promover um aumento maior que o proporcional nas
Cmáx. A Amantadina (substância ativa) é primariamente
excretada na urina na sua forma inalterada, por filtração
glomerular e secreção tubular.

Oito metabólitos da Amantadina (substância ativa) podem ser
identificados na urina humana. Um dos metabólitos, o composto
N-acetilado, está presente na urina humana numa proporção de 5-15%
da dose administrada. A acetil-amantadina plasmática correspondeu a
80% da concentração plasmática total de Amantadina (substância
ativa) em cinco de 12 (doze) voluntários sadios que ingeriram 200
mg de Amantadina (substância ativa) e que foram avaliados em um
estudo clínico. A acetil-amantadina não foi identificada no plasma
dos outros sete voluntários. A contribuição deste metabólito para a
eficácia, ou a toxicidade não é conhecida. Provavelmente existe uma
relação entre a concentração plasmática da Amantadina (substância
ativa) e sua toxicidade. Com o aumento das concentrações, a
toxicidade parece ser mais frequente; no entanto, valores absolutos
nas concentrações de Amantadina (substância ativa) associadas aos
eventos adversos não foram estabelecidos.

A farmacocinética da Amantadina (substância ativa) foi
determinada em 24 (vinte e quatro) adultos saudáveis após a
administração oral de 100 mg de Amantadina (substância ativa). A
média (± DP) da Cmáx foi de 0,22 ± 0,03 µg/mL (variação
de 0,18 a 0,32 µg/mL). O tempo necessário para atingir a
Cmáx foi de 3,3 ± 1,5 horas (variação de 1,5 a 8
horas). A meia-vida observada foi de 17 ± 4 horas, ou 16 ± 6 horas
segundo outro estudo realizado com 19 (dezenove) voluntários.

As concentrações plasmáticas da Amantadina (substância ativa)
podem estar aumentadas em indivíduos idosos (acima de 60 (sessenta)
anos) e em portadores de insuficiência renal. A meia-vida de
eliminação aumenta duas a três vezes quando o clearance de
creatinina é menor que 40 mL/min/1,73 m2 e chega a oito
dias em pacientes fazendo hemodiálise, pois este procedimento
praticamente não remove a Amantadina (substância ativa).

O pH urinário influencia a taxa de excreção da Amantadina
(substância ativa) e a administração de fármacos que acidificam a
urina pode aumentar a eliminação deste fármaco. 

Cuidados de Armazenamento do Mantidan

Conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30º C). Proteger
da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem
original.

Características físicas

Mantidan apresenta-se como um comprimido branco, circular,
biconvexo, com vinco em um dos lados e liso do outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Mantidan

M.S.: 1.9427.0071

Farm. Resp.:

Dr. Geovani Pereira de Almeida
CRF-SP 46.862

Fabricado por:

Eurofarma Laboratórios S.A.
Rod. Pres. Castelo Branco, km 35,6 – Itapevi – SP

Registrado por:

Momenta Farmacêutica LTDA
Rua Enéas Luis Carlos Barbanti, 216 – São Paulo – SP
CNPJ: 14.806.008/0001-54 – Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção médica.

Mantidan, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.