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Lonipril

– Hipersensibilidade à fórmula.

Como usar o Lonipril

Uso Oral

Hipertensão:

– Descontinuar o tratamento com diuréticos 2 a 3 dias antes de
iniciar este produto, para reduzir o risco de queda de pressão.

– Iniciar com 10 mg, em dose única diária.

– Dose de manutenção: 20 a 4a mg em dose única diária.

Insuficiência cárdiaca congestiva:

– Iniciar com 5 mg por dia.

– Manutenção: 5 a 20 mg por dia.

Precauções do Lonipril

Neutropenia/agranulocitose

O captopril, outro inibidor da ECA, tem mostrado causar
agranulocitose e depressão da medula óssea, raramente em pacientes
não complicados, porém com maior frequência em pacientes com
prejuízo da função renal, especialmente se estes possuírem também
uma desordem vascular do colágeno.

A avaliação de dados clínicos experimentais com Lisinopril
(substância ativa) são insuficientes para demonstrar que este não
cause agranulocitose em níveis semelhantes. Experiência
pós-lançamento do Lisinopril (substância ativa) tem revelado raros
casos de neutropenia e depressão da medula óssea na qual uma
relação causal com o Lisinopril (substância ativa) não pode ser
excluída. Em pacientes com distúrbios vascular do colágeno e renal,
deve-se considerar a monitoração periódica da contagem de glóbulos
brancos no sangue.

Hipotensão sintomática

Hipotensão sintomática tem ocorrido raramente em pacientes com
hipertensão não-complicada. Em pacientes hipertensos que estejam
recebendo Lisinopril (substância ativa), há maior probabilidade de
ocorrer hipotensão se o paciente estiver depletado de volume, por
exemplo, devido à terapia diurética, restrição dietética de sal,
diálise, diarreia ou vômitos.

Foi observada hipotensão sintomática em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva, com ou sem insuficiência renal
associada. É mais provável que isto ocorra em pacientes com graus
mais graves de insuficiência cardíaca (uso de altas doses de
diuréticos de alça, hiponatremia ou comprometimento da função
renal).

Em pacientes com risco elevado de hipotensão sintomática, o
início da terapia e o ajuste da dose de Lisinopril (substância
ativa) e/ou diurético devem ser monitorados sob cuidadosa
supervisão médica.

Considerações semelhantes aplicam-se aos pacientes com
cardiopatia isquêmica ou doença vascular cerebral, nos quais a
redução excessiva da pressão arterial poderia resultar em infarto
do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição
supina e, se necessário, deve receber infusão intravenosa de soro
fisiológico. Uma resposta hipotensiva transitória não é uma
contraindicação ao tratamento, que pode continuar normalmente, uma
vez que a pressão arterial aumentou após a expansão de volume.

Assim como outros vasodilatadores, Lisinopril (substância ativa)
deve ser administrado com cautela em pacientes com estenose aórtica
ou com cardiomiopatia hipertrófica.

Com o uso de Lisinopril (substância ativa) podem ocorrer
decréscimos adicionais da pressão arterial sistêmica em alguns
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva que tenham pressão
arterial normal ou baixa. Este efeito é previsto e, geralmente, não
é razão para a interrupção do tratamento. Se a hipotensão se tornar
sintomática, pode ser necessária a redução da dose ou a suspensão
de Lisinopril (substância ativa).

Hipotensão em infarto agudo do miocárdio

Tratamento com Lisinopril (substância ativa) não deve ser
iniciado no infarto agudo do miocárdio em pacientes sob risco de
grave deterioração hemodinâmica após tratamento com um
vasodilatador. Isto é em pacientes com pressão sistólica menor ou
igual a 100mmHg ou choque cardiogênico.

Durante os 3 primeiros dias após o infarto, a dose deve ser
reduzida caso a pressão sistólica seja menor ou igual a 120mmHg.
Doses de manutenção devem ser reduzidas a 5mg ou temporariamente a
2,5mg caso a pressão sistólica seja menor ou igual a 100mmHg. Se a
hipotensão persistir (pressão sistólica inferior a 90mmHg por mais
de uma hora) então Lisinopril (substância ativa) deve ser
descontinuado.

Bloqueio duplo do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)

Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da
enzima conversora de angiotensina (ECA), bloqueadores do receptor
de angiotensina II ou alisquireno aumenta o risco de hipotensão,
hipercalaemia e função renal reduzida (incluindo insuficiência
renal aguda). Portanto, o bloqueio duplo do sistema SRAA através do
uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores do receptor de
angiotensina II ou alisquireno não é recomendado.

Se a terapia de bloqueio duplo for considerada necessária, esta
deve ocorrer somente sob a supervisão de um especialista e
monitoramento frequente da função renal, eletrólitos e pressão
arterial.

Os inibidores da ECA e bloqueadores do receptor de angiotensina
II não devem ser utilizados em concomitância por pacientes com
nefropatia diabética.

Cirurgia/anestesia

Em pacientes submetidos a grandes cirurgias ou sob anestesia com
agentes que produzem hipotensão, Lisinopril (substância ativa) pode
bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação
compensatória de renina. Se ocorrer hipotensão e for considerada
como decorrente deste mecanismo, pode-se corrigi-la através de
expansão de volume.

Comprometimento da função renal

Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, a hipotensão
que segue após o início da terapia com inibidores da ECA pode levar
a algum comprometimento da função renal. Insuficiência renal aguda,
normalmente reversível, foi observada nessa situação.

Em alguns pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou
estenose da artéria de rim único, que foram tratados com inibidores
da ECA, foram observados aumentos da ureia sanguínea e da
creatinina sérica, geralmente reversíveis com a interrupção da
terapia. Isto é especialmente provável em pacientes com
insuficiência renal.

Se hipertensão renovascular também estiver presente, há um risco
maior de ocorrer hipotensão grave e insuficiência renal. Nestes
pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão
médica, com baixas doses e com uma cuidadosa titulação de dose.

Uma vez que o tratamento com diuréticos pode ser um fator
contribuinte para o caso acima, o mesmo deve ser descontinuado e a
função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de
tratamento com Lisinopril (substância ativa).

Alguns pacientes hipertensos sem doença vascular renal
pré-existente aparente desenvolveram aumentos de ureia sanguínea e
creatinina sérica, geralmente pequenos e transitórios,
especialmente quando Lisinopril (substância ativa) foi administrado
concomitantemente a um diurético.

Esta ocorrência é mais provável em pacientes com disfunção renal
pré-existente. Pode ser necessária a redução da dose e/ou
interrupção do diurético e/ou de Lisinopril (substância ativa).

No infarto agudo do miocárdio, o tratamento com Lisinopril
(substância ativa) não deve ser iniciado em pacientes com evidência
de disfunção renal, definida como concentrações de creatinina
sérica excedendo 177micromol/L e/ou proteinúria excedendo 500mg/24
h. Se a disfunção renal se desenvolver durante o tratamento com
Lisinopril (substância ativa) (concentrações de creatinina sérica
excedendo 265 micromol/L ou o dobro do valor do pré-tratamento),
então o médico deve considerar a descontinuação de Lisinopril
(substância ativa).

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edemas angioneuróticos de face, extremidades, lábios, língua,
glote e/ou laringe foram raramente relatados em pacientes tratados
com inibidores da ECA, inclusive Lisinopril (substância ativa).
Isto pode ocorrer a qualquer momento durante o tratamento. Nesses
casos, Lisinopril (substância ativa) deve ser descontinuado
imediatamente e tratamento e monitoração adequados devem ser
instituídos para assegurar o completo desaparecimento dos sintomas
antes de liberar o paciente.

Até mesmo nos casos sem dispneia respiratória, nos quais somente
o inchaço da língua está presente, os pacientes podem necessitar de
observação prolongada, uma vez que o tratamento com
anti-histamínicos e corticosteroides pode não ser suficiente.

Muito raramente, foram relatadas fatalidades com edema
angioneurótico associado a edema de laringe e da língua. Pacientes
com comprometimento de língua, glote ou laringe, que podem
apresentar obstrução das vias aéreas, especialmente aqueles com um
histórico de cirurgia das vias aéreas.

Nestes casos, deve-se administrar imediatamente terapia de
emergência, que pode incluir administração de adrenalina e/ou
manutenção das vias desobstruídas. O paciente deve estar sob
constante supervisão médica até a completa resolução dos sintomas
ocorridos.

Pacientes com história de edema angioneurótico não relacionado a
tratamento com inibidores da ECA podem estar sob risco maior de
desenvolver edema angioneurótico enquanto estiverem recebendo um
inibidor da ECA.

Alguns medicamentos, se administrados concomitantemente com
inibidores da ECA, podem aumentar o risco de angioedema.

Pacientes diabéticos

Em pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos
orais ou insulina, o controle da glicemia deve ser cuidadosamente
monitorado durante o primeiro mês de tratamento com Lisinopril
(substância ativa).

Pacientes em hemodiálise

Reações anafilactoides foram relatadas em pacientes que sofreram
certos procedimentos de hemodiálise (por exemplo: com a membrana de
alto fluxo AN 69 e durante aférese de lipoproteínas de baixa
densidade (LDL) com sulfato de dextrana) e tratados
concomitantemente com um inibidor da ECA.

Nesses pacientes deve ser considerado o uso de uma membrana de
diálise diferente ou uma diferente classe de agentes
anti-hipertensivos.

Dessensibilização

Pacientes recebendo inibidores da ECA durante tratamento de
dessensibilização (por exemplo: veneno de hymenoptera) apresentaram
reações anafilactoides. Nos mesmos pacientes, essas reações foram
evitadas com a descontinuação temporária dos inibidores da ECA, mas
reapareceram com o reinício inadvertido da terapia.

Etnias

Há uma maior incidência de angioedema em pacientes negros do que
nos demais pacientes recebendo inibidores da ECA Inibidores da ECA
podem ter um menor efeito na pressão arterial em pacientes negros
hipertensos que nos demais pacientes hipertensos.

Tosse

Foi relatada tosse com o uso de inibidores da ECA.

Caracteristicamente, a tosse é não produtiva, persistente e se
resolve após a descontinuação do tratamento. Tosse induzida por
inibidores da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico
diferencial da tosse.

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: D

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

O Lisinopril (substância ativa) é contraindicado no segundo e
terceiro trimestres de gestação. O uso de Lisinopril (substância
ativa) durante o primeiro trimestre de gravidez não é recomendado.
Quando a gravidez é detectada, Lisinopril (substância ativa) deve
ser descontinuado o mais rápido possível.

Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal
e neonatal quando administrados a gestantes durante o segundo e
terceiro trimestres. O uso de inibidores da ECA durante esse
período foi associado com dano fetal e neonatal, incluindo
hipotensão, disfunção renal, hipercalemia e/ou hipoplasia do crânio
no recém-nascido.

Oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando diminuição
da função renal fetal, ocorreu e pode resultar em contratura dos
membros, deformações craniofaciais e desenvolvimento de pulmão
hipoplástico.

Se houver exposição à Lisinopril (substância ativa) durante o
segundo e terceiro trimestres de gravidez exames de
ultrassonografia consecutivos devem ser realizados para avaliar o
ambiente intra-amniótico. Entretanto, as pacientes e os médicos
devem estar cientes de que o oligoidrâmnio pode não aparecer até
que o dano causado ao feto seja irreversível. Recém-

nascidos cujas mães receberam Lisinopril (substância ativa)
devem ser observados atentamente quanto à hipotensão, oligúria e
hipercalemia.

O Lisinopril (substância ativa), que atravessa a barreira
placentária, tem sido removido da circulação neonatal por diálise
peritoneal com algum benefício clínico e teoricamente pode ser
removido por transfusão exsanguínea. Estes efeitos adversos ao
embrião e ao feto aparentemente não resultam da exposição
intrauterina ao inibidor da ECA limitada ao primeiro trimestre de
gravidez.

Um estudo epidemiológico retrospectivo sugere que a exposição
materna ao inibidor da ECA durante o primeiro trimestre de
gravidez, pode levar a um aumento do risco de má formações,
particularmente cardiovascular e do SNC. Caso o Lisinopril
(substância ativa) seja usado durante o primeiro trimestre de
gravidez, a paciente deve ser informada sobre o risco potencial
para o feto.

Uso durante a lactação

Não se sabe se o Lisinopril (substância ativa) é excretado no
leite materno. Como muitos medicamentos são excretados no leite
materno, deve-se ter cuidado se Lisinopril (substância ativa) for
prescrito a lactantes.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Quando dirigir veículos ou operar máquinas, deve-se levar em
consideração que pode ocorrer ocasionalmente tontura ou fadiga
durante o tratamento de hipertensão.

Uso pediátrico

A eficácia e a segurança de Lisinopril (substância ativa) em
crianças não foram estabelecidas.

Reações Adversas do Lonipril

Estudos clínicos

Em estudos clínicos controlados, Lisinopril (substância ativa)
demonstrou ser geralmente bem tolerado. Na maioria dos casos, as
reações adversas foram leves e transitórias.

As reações adversas clínicas mais frequentes observadas com
Lisinopril (substância ativa) em estudos clínicos controlados
foram: tonturas, cefaleia, diarreia, fadiga, tosse e náuseas.
Outras reações adversas menos frequentes incluem efeitos
ortostáticos, inclusive hipotensão, erupções cutâneas e
astenia.

Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, doses
elevadas de Lisinopril (substância ativa) podem predispor a
sintomas relacionados à hipotensão (vertigem, síncope) e a
alterações bioquímicas relacionadas à função renal comprometida
(hipercalemia e creatinina sérica aumentada) como seria esperado
com terapia com inibidor da ECA.

Pós-comercialização

As seguintes definições de frequência são usadas:

  • Muito comum (≥ 10%);
  • Comum (≥ 1%, lt; 10%);
  • Incomum (≥ 0,1, lt; 1%);
  • Rara (≥ 0,01, lt; 0,1%);
  • Muito rara (lt; 0,01%), incluindo relatos isolados.

Alterações do sistema linfático e sangue

Muito rara

Depressão da medula óssea, anemia, trombocitopenia, leucopenia,
agranulocitose e anemia hemolítica.

Alterações endócrinas

Rara

Secreção inapropriada do hormônio antidiurético.

Alterações do Metabolismo e nutrição

Incomum

Hipercalemia.

Rara

Hiponatremia.

Muito rara

Hipoglicemia.

Alterações psiquiátricas e do sistema
nervoso

Comum

Tontura e cefaleia.

Incomum

Alterações do humor (incluindo sintomas de depressão),
parestesia, vertigem, distúrbios do paladar, distúrbios do sono,
alucinações.

Rara

Confusão mental e distúrbios do olfato.

Alterações cardíacas e vasculares

Comum

Efeitos ortostáticos (incluindo hipotensão).

Incomum

Infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral,
possivelmente secundária à hipotensão grave em pacientes de alto
risco, palpitações, taquicardia e síncope1.

1 A frequência se refere a população de pacientes
hipertensos. A frequência na população de pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva é comum.

Alterações respiratórias, torácicas e do
mediastino

Comum

Tosse.

Incomum

Rinite.

Muito rara

Broncoespasmo e sinusite.

Alterações gastrintesinais

Comum

Diarreia e vômito.

Incomum

Náusea, dor abdominal e indigestão.

Rara

Boca seca.

Muito rara

Pancreatite e angioedema intestinal.

Alterações hepato-biliares

Muito rara

Hepatite (colestática ou hepatocelular), icterícia e
insuficiência hepática.

Muito raramente, foram relatados que em alguns pacientes o
desenvolvimento indesejável de hepatites tem progredido para
insuficiência hepática.

Pacientes recebendo Lisinopril (substância ativa) que
desenvolveram icterícia ou elevação acentuada das enzimas hepáticas
devem descontinuar o tratamento com Lisinopril (substância ativa) e
receber acompanhamento médico apropriado.

Alterações da pele e tecido subcutâneo

Incomum

Erupção cutânea, prurido, hipersensibilidade/edema
angioneurótico (edema angioneurótico da face, extremidades, lábios,
língua, glote, e/ou laringe).

Rara

Urticária, alopécia e psoríase.

Muito rara

Diaforese, pênfigo, necrólise epidermal tóxica, síndrome de
Stevens-Johnson, eritema multiforme e pseudolinfoma cutâneo.

Um complexo de sintomas tem sido relatado os quais podem
incluir um ou mais dos sintomas a seguir:

Febre, vasculite, mialgia, artralgia/artrites, um exame positivo
para anticorpos antinucleares (ANA), aumento da velocidade de
hemossedimentação (VHS), eosinofilia, leucocitose, erupções
cutâneas, fotossensibilidade e outras manifestações
dermatológicas.

Alterações renais e urinárias

Comum

Disfunção renal.

Rara

Uremia e insuficiência renal aguda.

Muito rara

Oligúria/anúria.

Alterações do sistema reprodutivo e mamas

Incomum

Impotência.

Alterações gerais e condições do local de
aplicação

Incomum

Fadiga e astenia.

Avaliações laboratoriais

Incomum

Aumento de ureia no sangue, aumento de creatinina sérica e
aumento das enzimas hepáticas.

Rara

Diminuição de hemoglobina, diminuição de hematócrito e aumento
de bilirrubina sérica.

Alterações no sistema imune

Desconhecida

Reação anafilática/anafilactoide.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

Lonipril, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.