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Lartruvo

Contraindicação do Lartruvo

Olaratumabe (substância ativa) é contraindicado para pacientes
que tenham histórico de reação de hipersensibilidade grave ao
olaratumabe ou a qualquer outro ingrediente usado na
formulação.

Como usar o Lartruvo

Instruções para administração

Inspecionar o conteúdo do frasco quanto a materiais particulados
e descoloração antes da diluição.

Descarte o frasco caso sejam identificados materiais
particulados ou descolorações.

  1. Calcular a dose e o volume necessário de Olaratumabe
    (substância ativa) para preparar a solução para infusão.
  2. Retirar o volume necessário de Olaratumabe (substância ativa) e
    depois diluir apenas com solução estéril de cloreto de sódio 0,9%,
    num recipiente de infusão intravenosa para um volume final de 250
    mL. Inverter suavemente o recipiente para misturar
    adequadamente.
  3. Descartar o frasco com a porção de Olaratumabe (substância
    ativa) não utilizada.
  4. Inspecionar visualmente a solução para infusão para detecção de
    material particulado e descoloração antes da administração. Se
    partículas ou descolorações forem identificadas, descartar a
    solução.
  5. Administrar a solução para infusão de Olaratumabe (substância
    ativa) por via intravenosa durante 60 minutos através de uma linha
    de infusão independente. Lavar o sistema com solução estéril de
    cloreto de sódio 0,9% ao final da infusão.

Posologia do Olaratumabe


Não administrar Olaratumabe (substância ativa) por injeção
intravenosa em push ou bolus. Não administrar ou
misturar Olaratumabe (substância ativa) com soluções contendo
dextrose. Não administrar Olaratumabe (substância ativa) em infusão
concomitante de eletrólitos ou outras medicações no mesmo cateter
intravenoso.

A dose recomendada de Olaratumabe (substância ativa) é de 15
mg/Kg administrada por infusão intravenosa durante 60 minutos nos
dias 1 e 8 de cada ciclo de três semanas, até a progressão da
doença ou toxicidade inaceitável. Para os primeiros 8 ciclos,
Olaratumabe (substância ativa) é coadministrado com doxorrubicina,
que é administrada no dia 1 de cada ciclo após a infusão de
Olaratumabe (substância ativa).

Pré-medicação

Pré-medicar todos os pacientes com um antagonista de H1 (por
exemplo, difenidramina) e dexametasona (ou medicamentos
equivalentes) por via intravenosa, 30-60 minutos antes das doses de
Olaratumabe (substância ativa), nos dias 1 e 8 do ciclo 1.

Para os ciclos subsequentes, pré-medicar todos os pacientes com
um antagonista de H1 (por exemplo, difenidramina), por via
intravenosa, 30-60 minutos antes de cada dose de Olaratumabe
(substância ativa).

Em pacientes que tenham sofrido reações relacionadas à infusão
(RRI) de Grau 1 ou 2, interromper a infusão e administrar
paracetamol, e repetir o antagonista de H1 e dexametasona (ou
medicamentos equivalentes), conforme necessário. Para todas as
infusões subsequentes, pré-medicar com o seguinte (ou medicamentos
equivalentes): cloridrato de difenidramina (por via intravenosa),
paracetamol e dexametasona.

Ajustes de dose

Reações relacionadas à infusão (RRI)

Após a recuperação da RRI de Grau 1 e 2, reduzir a taxa de
infusão de Olaratumabe (substância ativa) em 50% e manter a taxa
reduzida para todas as infusões seguintes [de acordo com os
critérios do National Cancer Institute Common Terminology
Criteria for Adverse Events
(NCI CTCAE)]. Interromper
imediatamente e permanentemente Olaratumabe (substância ativa) para
RRI de Grau 3 ou 4.

Outras toxicidades não hematológicas

Para toxicidade não hematológica grave de Grau 3, considerada
relacionada a Olaratumabe (substância ativa), reduzir a dose de
Olaratumabe (substância ativa) a 12 mg/Kg para todas as infusões
subsequentes.

Neutropenia

Se ocorrer febre/infecção neutropênica ou neutropenia de Grau 4
com duração superior a uma semana, interromper temporariamente a
administração de Olaratumabe (substância ativa) até que a contagem
absoluta de neutrófilos seja de 1.000 x 103/µL ou superior e, em
seguida, reduza a dose para 12 mg/Kg.

Para toxicidades relacionadas à doxorrubicina, refira-se à bula
atual.

Precauções do Lartruvo

Reações relacionadas à infusão

Reações relacionadas à infusão (RRI), incluindo reações
anafiláticas, foram relatadas em ensaios clínicos com Olaratumabe
(substância ativa). As RRI ocorreram em 70 de 485 (14%) pacientes
que receberam ao menos uma dose de Olaratumabe (substância ativa)
em estudos clínicos. Para 68 desses 70 (97%) pacientes, a primeira
ocorrência de RRI foi no primeiro ou segundo ciclo. RRI de Grau ≥ 3
ocorreram em 11 dos 485 (2,3%) pacientes, com uma (0,2%)
fatalidade.

Os sintomas de RRI incluíram rubor, falta de ar, broncoespasmo
ou febre/calafrios, e em casos graves manifestados como hipotensão
grave, choque anafilático ou parada cardíaca. RRI exigiram
descontinuação permanente em 2,3% dos pacientes e interrupção da
infusão em 10% dos pacientes. Todos os 59 pacientes com RRI Grau 1
ou 2 retomaram a administração de Olaratumabe (substância ativa);
12 (20%) desses pacientes apresentaram RRI Grau 1 ou 2 com a
reintrodução. A incidência de RRI na base de dados de segurança
global (n=485) foi semelhante (18% versus 12%) entre os pacientes
que receberam (56%) e aqueles que não receberam (44%) medicação
prévia. Reações graves relacionadas à infusão, como reações
anafiláticas, podem ocorrer apesar do uso da pré-medicação. O risco
de reação anafilática está associado com níveis elevados de
anticorpo IgE contra galactose-α-1-3-galactose. Monitorar os
pacientes durante a infusão quanto a sinais e sintomas de RRI, em
um ambiente com equipamento de reanimação disponível.

Interromper imediatamente e permanentemente Olaratumabe
(substância ativa) (substância ativa) em casos de RRI de Grau 3 ou
4.

Imunogenicidade

Da mesma forma que com todas as proteínas terapêuticas, há
potencial para imunogenicidade. Nos estudos clínicos, 13/370 (3,5%)
dos pacientes avaliáveis tratados com Olaratumabe (substância
ativa) apresentaram resultado positivo para anticorpos
anti-Olaratumabe (substância ativa), decorrentes do tratamento, em
um ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Anticorpos
neutralizantes foram detectados em todos os pacientes que
apresentaram resultado positivo para anticorpos antiOlaratumabe
(substância ativa) decorrentes do tratamento.

Os efeitos dos anticorpos anti-Olaratumabe (substância ativa) na
eficácia, segurança e exposição não puderam ser avaliados devido ao
número limitado de pacientes com anticorpos anti-Olaratumabe
(substância ativa) decorrentes do tratamento. A detecção da
formação de anticorpos é altamente dependente da sensibilidade e
especificidade do ensaio. Além disso, a incidência observada de
positividade a anticorpos (incluindo anticorpos neutralizantes) em
um ensaio pode ser influenciada por vários fatores, incluindo a
metodologia do ensaio, o manuseio da amostra, o momento da coleta
da amostra, as medicações concomitantes e a doença de base.

Por esses motivos, a comparação da incidência de anticorpos a
Olaratumabe (substância ativa) com as incidências de anticorpos a
outros produtos pode ser enganosa.

Toxicologia não-clínica

Estudos com animais não foram realizados para testar o potencial
de carcinogenicidade, genotoxicidade ou diminuição da fertilidade
de Olaratumabe (substância ativa).

Uso em indivíduos com potencial reprodutivo

Informar as mulheres em idade fértil, ou as mulheres que
engravidarem durante o tratamento, dos riscos potenciais de
Olaratumabe (substância ativa) para o feto e para a manutenção da
gravidez. Aconselhar as mulheres para evitar a gravidez (utilizar
contracepção eficaz) durante o tratamento com Olaratumabe
(substância ativa) e por pelo menos 3 meses após a última dose.

Uso durante a gravidez (categoria C)

Evitar o uso de Olaratumabe (substância ativa) em mulheres
grávidas e só utilizar se o benefício potencial para a mãe superar
o risco potencial para o feto. Com base no seu mecanismo de ação,
Olaratumabe (substância ativa) tem potencial de causar dano fetal.
Olaratumabe (substância ativa) interrompe a sinalização da PDGFR-α
e pode resultar em efeitos adversos durante fases críticas do
desenvolvimento embriofetal.

Estudos em animais não foram realizados especificamente para
avaliar o efeito de Olaratumabe (substância ativa) na reprodução
feminina e no desenvolvimento fetal. Modelos em animais knockout
relacionam a interrupção da sinalização do PDGFR-α a efeitos
adversos no desenvolvimento embriofetal. A administração de um
anticorpo PDGFR-α murino a fêmeas de camundongo prenhes durante a
organogênese causou malformações e variações esqueléticas. Não
existem dados disponíveis sobre o uso de Olaratumabe (substância
ativa) em mulheres grávidas para informar os riscos associados com
a droga. Aconselhar as mulheres grávidas do risco potencial para o
feto.

Uso durante a lactação

Não se sabe se Olaratumabe (substância ativa) é excretado no
leite humano. Não foram realizados estudos para avaliar o impacto
de Olaratumabe (substância ativa) na produção de leite ou a sua
presença no leite materno. O IgG humano é excretado no leite
humano, mas os dados publicados sugerem que os anticorpos do leite
materno não entram na circulação neonatal e infantil em quantidades
substanciais.

Devido ao risco potencial de reações adversas graves nos
lactentes, é aconselhável que a amamentação não seja recomendada
durante o tratamento com Olaratumabe (substância ativa) e por pelo
menos 3 meses após a última dose.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia de Olaratumabe (substância ativa) em
pacientes pediátricos não foram estabelecidas.

Uso geriátrico

Os estudos clínicos de Olaratumabe (substância ativa) não
incluíram números suficientes de pacientes de 65 anos de idade ou
mais para determinar se eles respondem de modo diferente dos
pacientes mais jovens.

Efeitos na capacidade de dirigir e utilizar
máquinas

Não há efeitos conhecidos sobre a capacidade de conduzir ou
operar máquinas associados com o uso de Olaratumabe (substância
ativa).

Reações Adversas do Lartruvo

Olaratumabe em associação com doxorrubicina para sarcoma
de partes moles

A tabela a seguir apresenta a frequência e a gravidade das
reações adversas medicamentosas (RAMs) observadas em ≥ 5% dos
pacientes tratados com Olaratumabe (substância ativa) na parte de
Fase II de um estudo de Fase Ib/II de Olaratumabe (substância
ativa) em associação com doxorrubicina para sarcoma de partes
moles.

Reduções na dose de Olaratumabe (substância ativa) em razão de
reações adversas ocorreram em 25% (16/64) dos pacientes; a reação
adversa mais comum que levou à redução da dose foi neutropenia Grau
3 ou 4 (20%). Atrasos na dose de Olaratumabe (substância ativa) em
razão de reações adversas ocorreram em 52% (33/64) dos pacientes;
as reações adversas mais comuns que resultaram em atrasos na dose
foram neutropenia (33%), trombocitopenia (8%) e anemia (5%).

Tabela 2 – Reações adversas ocorridas com taxa de
incidência ≥ 5% em pacientes recebendo Olaratumabe (substância
ativa) e doxorrubicina para sarcoma de partes moles durante a parte
de Fase II de um estudo de Fase Ib/II:

a Muito comum: ≥ 10%.
b Referir-se ao Critério NCI CTCAE (Versão 4.03) para
cada grau de toxicidade.
c Reações relacionadas à infusão é um termo composto com
base numa avaliação de 57 termos.
d Dor musculoesquelética inclui artralgia, dor nas
costas, dor óssea, dor no flanco, dor na virilha, dor
musculoesquelética no peito, dor musculoesquelética, mialgia,
espasmos musculares, dor no pescoço e dor nas extremidades.

Os pacientes em ambos os grupos de tratamento que receberam 5 ou
mais ciclos de doxorrubicina foram autorizados e receberam
dexrazoxano antes de cada dose de doxorrubicina para minimizar o
risco de cardiotoxicidade da doxorrubicina. Em geral, a taxa de
disfunção cardíaca emergente do tratamento foi de 7%.

As toxicidades conhecidas reportadas para doxorrubicina,
observadas na combinação de Olaratumabe (substância ativa) e
doxorrubicina, incluem fadiga, anemia, trombocitopenia e alopecia.
Consultar a bula de doxorrubicina para a descrição completa de
todos os eventos adversos associados ao tratamento com
doxorrubicina.

Atenção:

este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos
adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em

Lartruvo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.