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Gardasil 9

Estas doenças incluem lesões pré-cancerosas e cancros dos órgãos
genitais femininos (colo do útero, vulva e vagina), lesões
pré-cancerosas e cancro do ânus e verrugas genitais em homens e
mulheres

Gardasil 9 foi estudado em homens e mulheres dos 9 aos 26 anos
de idade.

Gardasil 9 protege contra os tipos de HPV que provocam a maioria
dos casos destas doenças.

Gardasil 9 destina-se a prevenir estas doenças. A vacina não é
utilizada para tratar doenças associadas ao HPV.

Gardasil 9 não tem qualquer efeito em indivíduos que já tenham
uma infeção persistente ou doença associada a qualquer um dos tipos
de HPV presentes na vacina. No entanto, em indivíduos que já
estejam infetados com um ou mais tipos de HPV presentes na vacina,
Gardasil 9 pode ainda proteger contra as doenças associadas aos
outros tipos de HPV presentes na vacina Gardasil 9 não pode
provocar doenças associadas ao HPV.

Quando um indivíduo é vacinado com Gardasil 9, o sistema
imunitário (o sistema de defesas naturais do organismo) estimula a
produção de anticorpos contra os nove tipos de HPV presentes na
vacina, para ajudar a proteger contra as doenças provocadas por
estes vírus.

Se você ou o seu filho receberem uma primeira dose de Gardasil
9, têm que completar o esquema de vacinação com Gardasil 9.

Se você ou o seu filho já receberam uma vacina contra o HPV,
pergunte ao seu médico se Gardasil 9 é adequado para si.

Gardasil 9 deve ser utilizado em conformidade com as
recomendações oficiais.

Contraindicação do Gardasil 9

Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos
excipientes.

Indivíduos com hipersensibilidade após administração prévia de
Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18,
31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) ou de Gardasil/Silgard, não
devem receber Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6,
11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa).

Como usar o Gardasil 9

Gardasil 9 é administrado pelo seu médico por via injetável.
Gardasil 9 destina-se a adolescentes e adultos a partir dos 9 anos
de idade.

Se tem entre 9 e 14 anos de idade (inclusive) no momento
da primeira injeção

Gardasil 9 pode ser administrado de acordo com um
esquema de 2 doses:

  • Primeira injeção – na data selecionada;
  • Segunda injeção – administrada entre 5 e 13 meses após a
    primeira injeção.

Se a segunda dose for administrada menos de 5 meses após a
primeira injeção, deverá ser sempre administrada uma terceira
dose.

Gardasil 9 pode ser administrado de acordo com um
esquema de 3 doses:

  • Primeira injeção – na data selecionada;
  • Segunda injeção – 2 meses após a primeira injeção (não
    menos de 1 mês após a primeira dose);
  • Terceira injeção – 6 meses após a primeira injeção (não
    menos de 3 meses após a segunda dose).

As três doses devem ser administradas no período de 1 ano. Para
mais informações fale com o seu médico.

Se tem idade igual ou superior a 15 anos no momento da
primeira injeção

Gardasil 9 deve ser administrado de acordo com um
esquema de 3 doses:

  • Primeira injeção – na data selecionada;
  • Segunda injeção – 2 meses após a primeira injeção (não menos de
    1 mês após a primeira dose);
  • Terceira injeção – 6 meses após a primeira injeção (não menos
    de 3 meses após a segunda dose).

As três doses devem ser administradas no período de 1 ano. Para
mais informações fale com o seu médico.

Recomenda-se que os indivíduos que recebem a primeira dose de
Gardasil 9, completem o esquema de vacinação com Gardasil 9.

Gardasil 9 será administrado por meio de uma injeção aplicada no
músculo através da pele (preferencialmente no músculo da parte
superior do braço ou da coxa).

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Gardasil 9?


Caso se esqueça de levar uma injeção na data prevista, o seu
médico decidirá quando deverá ser administrada a dose de que se
esqueceu.

É importante que siga as instruções do seu médico ou enfermeiro
relativamente às consultas programadas para as restantes doses.
Caso se esqueça ou não possa ir à consulta na data prevista, peça
conselho ao seu médico. Quando Gardasil 9 é administrado como
primeira dose, o esquema de vacinação deve ser completado com
Gardasil 9 e não com outra vacina contra o HPV.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste
medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Precauções do Gardasil 9

Não receba Gardasil 9 se você ou o seu
filho:

Têm alergia (hipersensibilidade) a alguma das substâncias ativas
ou a qualquer outro componente desta vacina.

Desenvolveram uma reação alérgica após receberem uma dose de
Gardasil ou Silgard (tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV) ou Gardasil
9.

Advertências do Gardasil 9


Fale com o seu médico ou enfermeiro se você ou o seu
filho:

  • Têm uma alteração da coagulação (uma doença que faz com que
    sangre mais do que seria normal), por exemplo hemofilia;
  • Têm um sistema imunitário debilitado, devido, por exemplo, a
    uma alteração genética, uma infeção pelo VIH ou medicamentos que
    afetam o sistema imunitário;
  • Têm uma doença com febre elevada. Contudo, uma febre ligeira ou
    uma infeção respiratória superior (por exemplo, uma constipação)
    não constituem, por si só, um motivo para adiar a vacinação.

Pode ocorrer desmaio (sobretudo em adolescentes), por vezes
acompanhado de queda, após qualquer injeção por agulha. Deste modo,
informe o seu médico ou enfermeiro se desmaiou após uma injeção
anterior.

Tal como acontece com qualquer vacina, Gardasil 9 poderá não
proteger totalmente todas as pessoas que são vacinadas.

Gardasil 9 não protegerá contra todos os tipos de Papilomavírus
Humano. Deste modo, devem continuar a ser tomadas as precauções
apropriadas contra doenças de transmissão sexual.

A vacinação não substitui o rastreio do cancro do colo do útero
de rotina. Se é mulher, deve continuar a seguir os conselhos do seu
médico no que diz respeito aos esfregaços cervicais/testes de
Papanicolaou e medidas preventivas e de proteção.

De que outras informações importantes acerca de Gardasil
9 você ou o seu filho deverão tomar conhecimento?

A duração da proteção é atualmente desconhecida. Estão em curso
estudos de acompanhamento a longo prazo para determinar se será
necessária uma dose de reforço.

Gardasil 9 contém cloreto de sódio

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por
dose, ou seja, é praticamente ‘isento de sódio’.

Reações Adversas do Gardasil 9

Como todos os medicamentos e vacinas, esta vacina pode causar
efeitos secundários, embora estes não se manifestem em todas as
pessoas.

Após a administração de Gardasil 9, podem observar-se os
seguintes efeitos secundários:

Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10
pessoas)

Efeitos secundários observados no local da injeção (dor, inchaço
e vermelhidão) e dores de cabeça.

Frequentes (podem afetar até 1 em 10
pessoas)

Efeitos secundários observados no local da injeção nódoa negra e
comichão), febre, cansaço, tonturas e náuseas.

Quando Gardasil 9 foi administrado com uma vacina de reforço
combinada contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa (acelular)
e a poliomielite (inativada) durante a mesma consulta, houve mais
casos de inchaço no local de injeção.

Os efeitos secundários seguintes foram comunicados com Gardasil
ou Silgard e podem também ser observados após a administração de
Gardasil 9:

Foi comunicado desmaio, por vezes acompanhado de tremor ou
rigidez. Apesar dos episódios de desmaio serem pouco frequentes, os
doentes devem ser observados durante 15 minutos após receberem a
vacina contra o HPV.

Foram comunicadas reações alérgicas. Algumas destas reações
foram graves. Os sintomas podem incluir dificuldade em respirar,
pieira, urticária e/ou erupção cutânea.

Tal como com outras vacinas, os efeitos secundários que foram
comunicados durante a utilização geral incluem inchaço dos
gânglios (pescoço, axilas, virilhas); fraqueza muscular, mal estar,
formigueiro nos braços, pernas e tronco ou confusão (Síndrome de
Guillain-Barré, Encefalomielite aguda disseminada); vómitos, dor
nas articulações, dores musculares, cansaço invulgar ou fraqueza,
arrepios, mal-estar geral, sangrar ou fazer nódoas negras mais
facilmente que o habitual e infeção na pele no local da
injeção.

Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo
possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com
o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.

População Especial do Gardasil 9

Gravidez e amamentação

Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou
planeia engravidar, consulte o seu médico antes de receber esta
vacina.

Gardasil 9 pode ser administrado a mulheres que estão a
amamentar ou pretendem amamentar.

Condução de veículos e utilização de
máquinas

Gardasil 9 pode afetar ligeira e temporariamente a capacidade de
conduzir e utilizar máquinas.

Composição do Gardasil 9

Apresentação

Gardasil 9 encontra-se disponível em embalagens contendo 1 ou 10
seringas pré-cheias.

É possível que não sejam comercializadas todas as
apresentações.

Composição

As substâncias ativas são:

Proteínas não infecciosas altamente purificadas de cada um dos
tipos de Papilomavírus Humano (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e
58).

1 dose* (0,5 ml) contém aproximadamente:

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 6

30 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 11

40 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 16

60 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 18

40 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 31

20 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 33

20 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 45

20 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 52

20 microgramas

Proteína L12,3 do
Papilomavírus Humano 1 Tipo 58

20 microgramas

1 Papilomavírus Humano =HPV.
2 Proteína L1 sob a forma de partículas tipo vírus
produzidas em células de levedura (Saccharomyces
cerevisiae
Canade 3C-5 (Estirpe 1895)) por meio de tecnologia
ADN recombinante.
3 Adsorvida no adjuvante amorfo de sulfato de
hidroxifosfato de alumínio (0,5 miligramas de Al).
* 1 dose de Gardasil 9 suspensão injetável contém 0,5 mL.

O amorfo de sulfato de hidroxifosfato de alumínio está incluído
na vacina como um adjuvante.

Os adjuvantes são incluídos para melhorar a resposta imunitária
das vacinas.

Os outros componentes da suspensão da vacina
são:

cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio
e água para preparações injetáveis.

Interação Medicamentosa do Gardasil 9

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver
tomado, ou o seu filho estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.

Gardasil 9 pode ser administrado com uma vacina de reforço
combinada contendo, além de difteria (d) e tétano (T), tosse
convulsa (acelular) (Pa) e/ou poliomielite (inativada) (VIP)
(vacinas TdPa, Td-VIP, TdPa-VIP) num local de injeção diferente
(noutra parte do corpo, ex. no outro braço ou na perna) durante a
mesma consulta.

Gardasil 9 poderá não ter o efeito desejado se for usado com
medicamentos que provocam supressão do sistema imunitário.

Os contracetivos orais (ex. a pílula) não reduziram a proteção
obtida pelo Gardasil 9.

Ação da Substância Gardasil 9

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico:

Vacinas, vacinas contra o Papilomavírus humano, código ATC:
J07BM03.

Mecanismo de ação

Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) é uma vacina nonavalente
recombinante não infecciosa, com adjuvante. É preparada a partir de
partículas tipo vírus (VLPs) altamente purificadas da proteína
principal da cápside L1, dos mesmos quatro tipos de HPV (tipos 6,
11, 16, 18) presentes na vacina qHPV, Gardasil ou Silgard e de 5
tipos adicionais de HPV (tipos 31, 33, 45, 52, 58).

Tem o mesmo adjuvante amorfo de sulfato de hidroxifosfato de
alumínio que a vacina qHPV. As VLPs não podem infetar as células,
reproduzir-se ou provocar doença. Pensa-se que a eficácia das
vacinas VLP L1 é mediada pelo desenvolvimento de uma resposta
imunitária humoral.

Com base em estudos epidemiológicos, estima-se que Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) proteja contra os tipos de HPV responsáveis
por aproximadamente: 90% dos casos de cancro do colo do útero, mais
de 95% dos casos de adenocarcinoma in situ (AIS), 75-85% dos casos
de neoplasia intra-epitelial cervical de alto grau (CIN2/3), 85-90%
dos casos de cancro da vulva, 90-95% dos casos de neoplasia
intra-epitelial vulvar de alto grau (VIN2/3), 80-85% de casos de
cancro da vagina, 75-85% de casos de neoplasia intra-epitelial
vaginal de alto grau (VaIN 2/3), 90-95% de casos de cancro do ânus,
85-90% dos casos de neoplasia intraepitelial anal de alto grau (AIN
2/3), associados ao HPV, e 90% dos casos de verrugas genitais.

A indicação de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV)
dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 tem por base
a:

  • Imunogenicidade não-inferior entre Vacina Contra Papilomavírus
    Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
    (substância ativa) e a vacina qHPV para os tipos 6, 11, 16 e 18 em
    raparigas dos 9 aos 15 anos de idade, mulheres e homens dos 16 aos
    26 anos de idade. Consequentemente, pode-se inferir que a eficácia
    de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
    18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) contra infeção
    persistente e doença associadas aos tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV é
    comparável à da vacina qHPV;
  • Demonstração de eficácia contra infeção persistente e doença
    associada aos tipos 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV em raparigas e
    mulheres dos 16 aos 26 anos de idade;
  • Demonstração de imunogenicidade não-inferior contra os tipos de
    HPV de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11,
    16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) em rapazes e
    raparigas dos 9 aos 15 anos de idade e homens dos 16 aos 26 anos de
    idade, comparada com raparigas e mulheres dos 16-26 anos de
    idade.

Ensaios clínicos com a vacina qHPV

Eficácia em mulheres e homens dos 16 aos 26 anos de
idade:

A eficácia foi avaliada em 6 ensaios clínicos de Fase II e III,
aleatorizados, em dupla ocultação, controlados por placebo, num
total de 28.413 indivíduos (20.541 raparigas e mulheres dos 16 aos
26 anos de idade, 4.055 rapazes e homens dos 16 aos 26 anos de
idade, 3.817 mulheres dos 24 aos 45 anos de idade). A vacina qHPV
foi eficaz na redução de incidência de CIN (de qualquer grau
incluindo CIN 2/3), AIS, verrugas genitais, VIN 2/3 e VaIN 2/3
associados aos tipos 6, 11,16 ou 18 de HPV da vacina nas raparigas
e mulheres que eram PCR negativas e seronegativas no momento de
inclusão Tabela 2). A vacina qHPV foi eficaz na redução de
incidência de verrugas genitais associadas aos tipos 6 e 11 de HPV
da vacina, em rapazes e homens que eram PCR negativos e
seronegativos no momento de inclusão.

A eficácia contra a neoplasia intra-epitelial do
pénis/perineal/perianal (PIN) de grau 1/2/3 ou cancro
do pénis/perineal/perianal não foi demonstrada uma vez que o
número de casos foi muito limitado para obter uma significância
estatística (Tabela 2). A vacina qHPV foi eficaz na redução da
incidência de neoplasia intra-epitelial anal (AIN) de graus 2 e 3
associada aos tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV nos rapazes e homens que
eram PCR negativos e seronegativos no momento de inclusão (Tabela
2).

Tabela 2 – Análise de eficácia da vacina qHPV na
população PPE* para os tipos de HPV da vacina:

*A população PPE (população por-protocolo) consistiu nos
indivíduos que receberam as 3 doses de vacina no período de 1 ano
após a inclusão no estudo, não tiveram desvios significativos ao
protocolo do estudo e não tiveram exposição prévia (PCR negativos e
seronegativos) ao(s) tipo(s) relevante(s) de HPV (tipos 6, 11, 16 e
18), antes da dose 1 e até 1 mês após a dose 3 (Mês 7).
Análises de ensaios clínicos combinados foram
prospetivamente planeadas e incluiram a utilização de critérios de
inclusão de estudo similares.
N = Número de indivíduos com, pelo menos, uma visita de seguimento
após o Mês 7.
IC = Intervalo de confiança.
**Os indivíduos foram seguidos até 4 anos (mediana 3,6 anos).
***Duração da mediana de acompanhamento foi de 2,4 anos.
****Duração da mediana de acompanhamento foi de 2,15 anos.

Eficácia em mulheres dos 24 aos 45 anos de
idade:

A eficácia da vacina qHPV em mulheres dos 24 aos 45 anos de
idade foi avaliada num ensaio clínico de Fase III, aleatorizado, em
dupla ocultação, controlado por placebo, (Protocolo 019, FUTURE
III), num total de 3.817 mulheres.

Na população PPE, a eficácia da vacina qHPV contra a incidência
combinada de infeção persistente, verrugas genitais, lesões
vaginais e vulvares, CIN de qualquer grau, AIS e cancro do colo do
útero associados aos tipos 6, 11, 16 ou 18 de HPV foi de 88,7% (IC
de 95%: 78,1; 94,8). A eficácia da vacina qHPV contra a incidência
combinada de infeção persistente, verrugas genitais, lesões
vaginais e vulvares, CIN de qualquer grau, AIS e cancro do colo do
útero associados aos tipos 16 ou 18 de HPV foi de 84,7% (IC de 95%:
67,5; 93,7).

Estudos de eficácia a longo prazo:

Um grupo de indivíduos está atualmente a ser seguido durante 10
a 14 anos após a vacinação com a vacina qHPV, para monitorização de
segurança, imunogenicidade e proteção contra as doenças genitais
associadas aos tipos 6/11/16/18 de HPV.

A persistência da resposta de anticorpos (após a dose 3) foi
observada durante 10 anos em adolescentes que tinham 9-15 anos de
idade no momento da vacinação; durante 9 anos em mulheres que
tinham 16-23 anos de idade no momento de vacinação; durante 6 anos
nos homens que tinham 16-26 anos de idade no momento da vacinação e
durante 8 anos nas mulheres que tinham 24-45 anos de idade no
momento da vacinação.

No estudo de extensão a longo prazo em mulheres dos 16-23 anos
de idade vacinadas com qHPV no ensaio clínico de base (n=1984), não
foram observados casos de doenças por HPV (casos de CIN de alto
grau associados aos tipos 6/11/16/18 do HPV) até aproximadamente 10
anos. Neste estudo, foi estatisticamente demonstrada uma proteção
com a duração até aproximadamente 8 anos.

Nos estudos de extensão a longo prazo dos ensaios clínicos, foi
observada proteção clínica após a dose 3 na população PPE.

A população PPE incluiu indivíduos que receberam as 3 doses de
vacina no período de 1 ano após a inclusão no ensaio e não tiveram
desvios significativos ao protocolo do estudo e que eram
seronegativos ao(s) tipo(s) relevante(s) de HPV (tipos 6, 11, 16 e
18), antes da dose 1 e, entre os indivíduos com 16 ou mais anos de
idade à data de inclusão no ensaio clínico de base, eram PCR
negativos aos tipo(s) relevante(s) de HPV antes da dose 1 e até 1
mês após a dose 3 (Mês 7).

Nestes estudos de extensão dos ensaios clínicos, não foram
observados casos de neoplasia intra-epitelial de alto grau nem
casos de verrugas genitais em indivíduos que receberam a vacina
qHPV no ensaio clínico de base ao longo de 10,7 anos em
raparigas (n=369) e 10,6 anos em rapazes (n=326), que tinham 9-15
anos de idade no momento da vacinação (mediana de seguimento de
10,0 e 9,9 anos, respetivamente); ao longo de 9,6 anos em homens
(n=918), que tinham 16-26 anos de idade no momento da vacinação
(mediana de seguimento de 8,5 anos) e ao longo de 8,4 anos em
mulheres (n=684), que tinham 24-45 anos de idade no momento da
vacinação (mediana de seguimento de 7,2 anos).

Indivíduos infetados pelo VIH:

Foi realizado um estudo documentando a segurança e a
imunogenicidade da vacina qHPV em 126 indivíduos infetados pelo
VIH, com idades entre os 7 e os 12 anos, com nível basal percentual
de CD4 ≥15 e no mínimo 3 meses de terapia antiretroviral altamente
ativa (HAART) para indivíduos com uma percentagem de CD4lt;25 (dos
quais 96 receberam a vacina qHPV). A seroconversão para todos os
quatros antigénios ocorreu em mais do que 96% dos indivíduos. Os
Títulos Médios Geométricos (GMTs) foram um pouco mais baixos do que
os observados em indivíduos não infetados pelo VIH com a mesma
idade, em outros estudos. A relevância clínica da resposta inferior
é desconhecida. O perfil de segurança foi semelhante ao dos
indivíduos não infetados pelo VIH em outros estudos. A percentagem
de CD4 ou o RNA do VIH plasmático não foram afetados pela
vacinação.

Ensaios clínicos com Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58

A eficácia e/ou imunogenidade de Vacina Contra Papilomavírus
Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
(substância ativa) foram avaliadas em oito ensaios clínicos. Os
ensaios clínicos para avaliar a eficácia de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) contra placebo não eram aceitáveis, uma vez
que a vacinação contra o HPV está recomendada e implementada em
muitos países para proteção contra a infeção e doença por HPV.
Deste modo, o estudo clínico principal (Protocolo 001) avaliou a
eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6,
11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) utilizando a
vacina qHPV como comparador.

A eficácia contra os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV foi
essencialmente avaliada utilizando uma estratégia de
bridging que demonstrou imunogenicidade comparável (medida
por Títulos Médios Geométricos [GMTs]) de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) em comparação com a vacina qHPV (Protocolo
001, Protocolo 009/GDS01C e Protocolo 020/GDS07C).

No estudo principal, Protocolo 001, a eficácia de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) contra os tipos 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV
foi avaliada comparativamente com a vacina qHPV em mulheres dos 16
aos 26 anos de idade (N=14.204: 7.099 vacinadas com Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa); 7.105 vacinadas com a vacina qHPV).

O Protocolo 002 avaliou a imunogenicidade de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) em raparigas e rapazes dos 9 aos 15 anos de
idade e em mulheres dos 16 aos 26 anos de idade (N=3.066: 1.932
raparigas, 666 rapazes e 468 mulheres foram vacinados com Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa)).

O Protocolo 003 avaliou a imunogenicidade de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) em homens dos 16 aos 26 anos de idade e
mulheres dos 16 aos 26 anos de idade (1.103 homens heterossexuais
[HM], 313 homens com atividade sexual com outros homens [MSM] e
1.099 mulheres, foram vacinados com Vacina Contra Papilomavírus
Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
(substância ativa)).

Os Protocolos 005 e 007 avaliaram a administração concomitante
de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) com vacinas de rotina
recomendadas em raparigas e rapazes dos 11 aos 15 anos de idade
(N=2.295).

O Protocolo 006 avaliou a administração de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) em raparigas e mulheres dos 12 aos 26 anos
de idade previamente vacinadas com a vacina qHPV (N=921, 615
vacinadas com Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6,
11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) e 306 vacinadas
com placebo).

O Protocolo 009/GDS01C avaliou a imunogenicidade de Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa) em raparigas dos 9 aos 15 anos de
idade (N=600, 300 vacinadas com Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância
ativa) e 300 vacinadas com a vacina qHPV).

O Protocolo 020/GDS07C avaliou a imunogenicidade de Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa) em homens dos 16 aos 26 anos de
idade (N=500, 249 vacinados com Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância
ativa) e 251 vacinados com a vacina qHPV).

O Protocolo 010 avaliou a imunogenicidade da administração de 2
doses de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11,
16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) em raparigas e
rapazes dos 9 aos 14 anos de idade e a imunogenicidade da
administração de 3 doses de Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância
ativa) em raparigas dos 9 aos 14 anos de idade e em mulheres dos 16
aos 26 anos de idade (N=1.518; 753 raparigas; 451 rapazes e 314
mulheres).

Estudos de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos
Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 contra os tipos 6, 11, 16,
18 de HPV que suportam a eficácia:

A comparação de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos
Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) com a
vacina qHPV no que respeita aos tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV foi
realizada numa população de mulheres dos 16 aos 26 anos de idade no
Protocolo 001, em raparigas dos 9 aos 15 anos de idade no Protocolo
009/GDS01C e em homens dos 16 aos 26 anos de idade no Protocolo
020/GDS07C.

Foi realizada uma análise estatística de não-inferioridade ao
Mês 7 comparando os níveis de GMTs por cLIA de anti-HPV 6, anti-HPV
11, anti HPV16 e anti-HPV 18 entre indivíduos vacinados com Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa) e indivíduos vacinados com Gardasil.
As respostas imunitárias medidas por GMT para Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) foram não inferiores às respostas
imunitárias para Gardasil (Tabela 3).

Nos ensaios clínicos, 98,2% a 100% dos indivíduos que foram
vacinados com Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6,
11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) tornaram-se
seropositivos para anticorpos contra todos os 9 tipos da vacina ao
Mês 7, em todos os grupos etários.

Tabela 3 – Comparação das respostas imunitárias (com
base em cLIA) entre Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos
Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) e a
vacina qHPV para os tipos 6, 11, 16, 18 de HPV na população PPI* de
raparigas dos 9 aos 15 anos de idade e mulheres e homens dos 16 aos
26 anos de idade:

*A população PPI consistiu nos indivíduos que receberam as três
doses da vacina nos intervalos pré-definidos, não tiveram desvios
significativos ao protocolo do estudo, cumpriram os critérios
pré-definidos para o intervalo entre a consulta do Mês 6 e do Mês
7, eram seronegativos ao(s) tipo(s) relevante(s) de HPV (tipos 6,
11, 16 e 18) antes da dose 1 e, entre as mulheres dos 16 aos 26
anos de idade, eram PCR negativas aos tipo(s) relevante(s) de HPV,
antes da dose 1 até um mês após a dose 3 (Mês 7).
§mMU= unidades mili-Merck.
¶valor de p lt;0,001.
#A demonstração de não-inferioridade requer que o limite inferior
do IC de 95% do rácio de GMT fosse superior a 0,67.
IC= Intervalo de Confiança.
GMT= Títulos Médios Geométricos.
cLIA= Imunoensaio Competitivo baseado em Luminex.
N= Número de indivíduos aleatorizados no respetivo grupo de
vacinação que receberam pelo menos uma injeção.
n= Número de indivíduos que contribuíram para a análise.

Estudos de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos
Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 contra os tipos 31, 33,
45, 52 e 58 de HPV que suportam a eficácia:

A eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) em mulheres
dos 16 aos 26 anos de idade foi avaliada num ensaio clínico,
aleatorizado, em dupla ocultação, controlado por comparador ativo
(Protocolo 001) que incluiu um total de 14.204 mulheres (Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa) = 7.099; vacina qHPV = 7.105). Os
indivíduos foram seguidos até 67 meses após a dose 3 com uma
duração mediana de seguimento de 43 meses após a dose 3.

Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) foi eficaz na prevenção
de infeção persistente e doença associada aos tipos 31, 33, 45, 52
e 58 de HPV (Tabela 4). Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV)
dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa)
também reduziu a incidência de alterações no teste de Papanicolaou,
procedimentos genitais externos e ao colo do útero (ex: biopsias) e
procedimentos de terapêutica definitiva do colo do útero associados
aos tipos 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV (Tabela 4).

Tabela 4 – Análise de eficácia de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) contra os tipos 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV
na população PPE‡ de mulheres dos 16 aos 26 anos de
idade:

A população PPE consistiu nos indivíduos que
receberam as 3 doses de vacina no período de 1 ano após a inclusão
no estudo, não tiveram desvios significativos do protocolo do
estudo e sem exposição prévia (PCR negativos e seronegativos) ao(s)
tipo(s) relevante(s) de HPV (tipos 31, 33, 45, 52 e 58), antes da
dose 1 e mantiveram-se PCR negativos ao(s) tipo(s) relevante(s) de
HPV até 1 mês após a dose 3 (Mês 7).
N= Número de indivíduos aleatorizados no respetivo grupo de
vacinação que receberam pelo menos uma injeção.
n= Número de indivíduos que contribuíram para a análise.
§Infeção persistente detetada em amostras de duas ou mais visitas
consecutivas com um intervalo de 6 meses (±1 mês).
¶Infeção persistente detetada em amostras de três ou mais visitas
consecutivas com um intervalo de 6 meses (±1 mês).
#Teste de Papanicolaou.
IC= Intervalo de confiança.
ASC-US= Células escamosas atípicas de significado
indeterminado.
HR= Alto risco.
* Número de indivíduos com, pelo menos, uma visita de seguimento
após o Mês 7.
** Os indivíduos foram seguidos até aos 67 meses após a dose 3
(mediana 43 meses após a dose 3).
α Não foram diagnosticados casos de cancro do colo do útero,
VIN2/3, cancros da vulva e vagina na população PPE.
† Excisão eletrocirúrgica em Ansa (LEEP) ou conização.

Avaliação adicional da eficácia de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 contra os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 de
HPV

Uma vez que a eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância
ativa) não pode ser avaliada contra placebo, foram realizadas as
seguintes análises exploratórias.

Avaliação de eficácia de Vacina Contra Papilomavírus
Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 contra
doenças do colo do útero de alto grau causadas pelos tipos 6, 11,
16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV na PPE:

A eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) contra CIN2 e
mais grave associadas aos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
de HPV comparada à vacina qHPV foi 94,4% (IC de 95% 78,8; 99,0) com
2/5.952 versus 36/5.947 casos.

A eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) contra CIN 3
associada aos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV
comparada com a vacina qHPV foi de 100% (IC de 95% 46,3; 100,0) com
0/5.952 versus 8/5.947 casos.

Impacto de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos
Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 na biopsia e terapêutica
definitiva do colo do útero associadas aos tipos 6, 11, 16, 18, 31,
33, 45, 52 e 58 de HPV na PPE:

A eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) na biopsia do
colo do útero associada aos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e
58 comparada com a vacina qHPV foi de 95,9% (IC de 95% 92,7; 97,9)
com 11/6.016 versus 262/6.018 casos. A eficácia de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) na terapêutica definitiva do colo do útero
(incluindo Procedimento de Eletro-Excisão em Ansa [LEEP] ou
conização) associada aos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
de HPV comparada com a vacina qHPV foi 90,7% (IC de 95% 76,3; 97,0)
com 4/6.016 versus 43/6.018 casos.

Imunogenicidade:

O título mínimo de anti-HPV que confere eficácia protetora não
foi determinado. Foram utilizados imunoensaios tipo-específicos,
com padrões específicos de cada tipo para avaliar a imunogenidade a
cada tipo de HPV da vacina. Estes ensaios mediram anticorpos contra
epitopos neutralizantes para cada tipo de HPV. As escalas para
estes ensaios são únicas para cada tipo de HPV; assim, as
comparações entre tipos e com outros ensaios não são
apropriadas.

Resposta imunitária a Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 ao Mês
7

A imunogenicidade foi medida por:

  • A percentagem de indivíduos que foram seropositivos para
    anticorpos contra o tipo de HPV relevante da vacina;
  • O Título Médio Geométrico (GMT).

Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) induziu respostas
robustas anti-HPV 6, anti-HPV 11, anti-HPV 16, anti-HPV 18,
anti-HPV 31, anti-HPV 33, anti-HPV 45, anti-HPV 52 e anti-HPV 58
medidas ao Mês 7, nos Protocolos 001, 002, 005, 007 e no Protocolo
009/GDS01C (Tabela 5). Nos ensaios clínicos, 99,6% a 100% dos
indivíduos vacinados com Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV)
dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa)
tornaram-se seropositivos para anticorpos contra todos os 9 tipos
da vacina ao Mês 7, em todos os grupos avaliados.

Os níveis de GMTs foram mais elevados nas raparigas e rapazes
que nas mulheres dos 16 aos 26 anos de idade e mais elevados nos
rapazes que nas raparigas e mulheres.

Tabela 5 – Resumo dos Títulos Médios Geométricos de
anti-HPV por cLIA na população PPI* no Mês 7:

*A população PPI consistiu nos indivíduos que receberam as três
doses da vacina nos intervalos de dias pré-definidos, não tiveram
desvios significativos ao protocolo do estudo, cumpriram os
critérios pré-definidos para o intervalo entre a consulta do Mês 6
e do Mês 7, eram seronegativos ao(s) tipo(s) relevante(s) de HPV
(tipos 6, 11, 16 e 18) antes da dose 1 e, entre as mulheres dos 16
aos 26 anos de idade, eram PCR negativas aos tipo(s) relevante(s)
de HPV, antes da dose 1 até um mês após a dose 3 (Mês 7).
§mMU= unidades mili-Merck.
cLIA= Imunoensaio Competitivo baseado em Luminex.
IC= Intervalo de confiança.
GMT= Títulos Médios Geométricos.
N= Número de indivíduos aleatorizados no respetivo grupo de
vacinação que receberam pelo menos uma injeção.
n= Número de indivíduos que contribuíram para a análise.

As respostas anti-HPV ao Mês 7 entre raparigas/rapazes dos 9 aos
15 anos de idade foram comparáveis às respostas anti-HPV nas
mulheres dos 16 aos 26 anos de idade na base de dados combinada de
estudos de imunogenicidade para Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância
ativa).

A eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) em raparigas
e rapazes dos 9 aos 15 anos de idade é inferida com base neste
bridging de imunogenicidade.

No Protocolo 003, os GMTs de anticorpos anti-HPV ao Mês 7 entre
os rapazes e homens (HM) dos 16 aos 26 anos de idade foram
comparáveis com os GMTs de anticorpos anti-HPV entre raparigas e
mulheres dos 16 aos 26 anos de idade para os tipos de HPV 6, 11,
16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Foi também observada imunogenicidade
elevada em homens MSM dos 16 aos 26 anos de idade, apesar de ser
inferior à dos homens HM, similarmente à vacina qHPV. No Protocolo
020/GDS07C, os GMTs de anticorpos anti-HPV ao Mês, 7 entre os
rapazes e homens (HM) dos 16 aos 26 anos de idade foram comparáveis
com os GMTs de anticorpos anti-HPV entre rapazes e homens (HM) dos
16 aos 26 anos de idade, vacinados com qHPV para os tipos de HPV 6,
11, 16 e 18. Estes resultados suportam a eficácia de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) na população masculina.

Não foram realizados estudos em mulheres com mais de 26 anos de
idade. Em mulheres dos 27 aos 45 anos de idade, é esperada a
eficácia de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6,
11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) para os 4 tipos
originais, tendo por base: (1) eficácia elevada da vacina qHPV em
mulheres dos 16 aos 45 anos de idade e (2) imunogenicidade
comparável de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6,
11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) e vacina qHPV em
raparigas e mulheres dos 9 aos 26 anos de idade.

Persistência da resposta imunitária de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58

A persistência da resposta imunitária após um esquema completo
de vacinação com Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) está a ser
estudada num subgrupo de indivíduos que serão seguidos até pelo
menos 10 anos após a vacinação, para avaliação de segurança,
imunogenicidade e efetividade.

Em raparigas e rapazes dos 9 aos 15 anos de idade (Protocolo
002), a persistência da resposta de anticorpos foi demonstrada
durante pelo menos 3 anos; dependendo do tipo de HPV, 93 a 99% dos
indivíduos foram seropositivos.

Nas mulheres dos 16 aos 26 anos de idade (Protocolo 001), a
persistência da resposta de anticorpos foi demonstrada durante pelo
menos 3,5 anos; dependendo do tipo de HPV, 78-98% dos indivíduos
foram seropositivos. A eficácia foi mantida em todos os indivíduos
independentemente do seu nível de seropositividade para qualquer
tipo de HPV da vacina até ao final do estudo (até 67 meses após a
dose 3; duração da mediana de seguimento de 43 meses após a dose
3).

Os GMTs para os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV foram numericamente
comparáveis em indivíduos que receberam a vacina qHPV ou Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa) durante, pelo menos, 3,5 anos.

Administração de Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 a indivíduos
previamente vacinados com a vacina qHPV

O Protocolo 006 avaliou a imunogenicidade de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) em 921 raparigas e mulheres (dos 12 aos 26
anos de idade) que tinham sido previamente vacinadas com a vacina
qHPV. Para indivíduos que foram vacinados com Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) após terem sido vacinados com 3 doses da
vacina qHPV, houve um intervalo de pelo menos 12 meses entre o fim
do esquema de vacinação com a vacina qHPV e o início de vacinação
com Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) com um esquema de 3
doses (o intervalo variou aproximadamente de 12 a 36 meses).

A seropositividade aos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
de HPV na população por-protocolo variou de 98,3 a 100% no Mês 7,
nos indivíduos que foram vacinados com Vacina Contra Papilomavírus
Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
(substância ativa). Os GMTs para os tipos 6, 11, 16, 18 de HPV
foram mais elevados que na população que não tinha sido previamente
vacinada com a vacina qHPV em outros estudos, enquanto os GMTs para
os tipos 31, 33, 45, 52 e 58 foram inferiores. O significado
clínico desta observação não é conhecido.

Resposta imunitária a Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 utilizando um
esquema de 2 doses em indivíduos dos 9 aos 14 anos de
idade

O Protocolo 010 avaliou as respostas de anticorpos aos 9
tipos de HPV, após a vacinação com Vacina Contra Papilomavírus
Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 nas
seguintes coortes:

  • Raparigas e rapazes dos 9 aos 14 anos de idade que receberam 2
    doses com 6 a 12 meses de intervalo (+/- 1 mês);
  • Raparigas dos 9 aos 14 anos de idade que receberam 3 doses (aos
    0, 2, 6 meses);
  • Mulheres dos 16 aos 26 anos de idade que receberam 3 doses (aos
    0, 2, 6 meses).

Um mês após a administração da última dose do esquema atribuído,
entre 97,9% e 100% dos indivíduos entre todos os grupos tornaram-se
seropositivos para os anticorpos contra os 9 tipos de HPV da
vacina. Os GMTs foram mais elevados em raparigas e rapazes que
receberam 2 doses de Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos
Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) (tanto
aos 0, 6 meses como aos 0, 12 meses) do que em raparigas e mulheres
dos 16 aos 26 anos de idade que receberam 3 doses de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) (aos 0, 2, 6 meses), para cada um dos 9
tipos de HPV da vacina. Com base neste bridging de
imunogenicidade, inferiu-se a eficácia do esquema de 2 doses de
Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18,
31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) em raparigas e rapazes dos 9
aos 14 anos de idade.

No mesmo estudo, em raparigas e rapazes dos 9 aos 14 anos de
idade, um mês após a administração da última dose da vacina, os
GMTs foram numericamente mais baixos para alguns tipos de HPV da
vacina após um esquema de 2 doses do que após um esquema de 3 doses
(isto é, os tipos 18, 31, 45 e 52 após 0, 6 meses e tipo 45 de HPV
após 0, 12 meses). A relevância clínica destes dados é
desconhecida.

A duração da proteção de um esquema de 2 doses de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) não foi estabelecida.

Gravidez

Não foram realizados estudos específicos com Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa) em mulheres grávidas. A vacina qHPV foi
utilizada como um controlo ativo durante o programa de
desenvolvimento clínico para Vacina Contra Papilomavírus Humano
(HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância
ativa).

Durante o programa de desenvolvimento clínico de Vacina Contra
Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52
e 58 (substância ativa), 2.586 mulheres (1.347 no grupo de Vacina
Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33,
45, 52 e 58 (substância ativa) vs. 1.239 no grupo da vacina qHPV)
notificaram pelo menos uma gravidez. Os tipos de alterações ou
proporção de gravidezes com um resultado adverso nos indivíduos que
receberam Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11,
16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) ou nos indivíduos
que receberam a vacina qHPV foram comparáveis e consistentes com a
população geral.

Propriedades farmacocinéticas

Não aplicável.

Dados de segurança pré-clínica

Um estudo de toxicidade de dose repetida em ratos, que incluiu
uma avaliação de toxicidade de dose única e tolerância local, não
revelou riscos especiais para o ser humano.

O Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) administrado a ratos do
sexo feminino não teve efeito no desempenho sexual, fertilidade ou
desenvolvimento embrionário/fetal.

O Vacina Contra Papilomavírus Humano (HPV) dos Tipos 6, 11, 16,
18, 31, 33, 45, 52 e 58 (substância ativa) administrado a ratos do
sexo feminino não teve efeito no desenvolvimento, comportamento,
capacidade de reprodução ou fertilidade dos descendentes. Os
anticorpos contra os 9 tipos de HPV foram transferidos para os
descendentes durante a gestação e o aleitamento.

Cuidados de Armazenamento do Gardasil 9

Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC). Não congelar. Manter a
seringa dentro da embalagem exterior para proteger da luz.

Não utilize esta vacina após o prazo de validade
impresso no rótulo da seringa e na embalagem exterior após EXP. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo
doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os
medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger
o ambiente.

Características físicas

Antes da agitação, Gardasil 9 pode apresentar-se sob a forma de
um líquido límpido com um precipitado branco. Após uma agitação
vigorosa, é um líquido branco, turvo.

Manter esta vacina fora da vista e do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Gardasil 9

Titular da Autorização de Introdução no
Mercado

MSD VACCINS, 162 avenue Jean Jaurès, 69007
Lyon, França

Fabricante

Merck Sharp and Dohme, B.V.
Waarderweg, 39, 2031 BN
Haarlem, Holanda

Gardasil-9, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.