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Encrise

Como o Encrise funciona?


Encrise é um medicamento com ação antidiurética (diminuição
da eliminação de urina) e efeito pressor (aumento da pressão
sanguínea).

A ação antidiurética ocorre através da estimulação da reabsorção
de água nos rins.

O efeito pressor ocorre através da contração do músculo do trato
gastrointestinal e de todas as partes do sistema vascular (veias e
artérias).

Após a injeção subcutânea ou intramuscular de Encrise, seus
efeitos duram por 2 a 8 horas. Na administração intravenosa, seus
efeitos são mantidos por 30 a 60 minutos.

Contraindicação do Encrise

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
com hipersensibilidade aos componentes da fórmula e com nefrite
crônica (inflamação nos rins) com retenção de
nitrogênio.

Como usar o Encrise

Encrise pode ser administrado por via subcutânea,
intramuscular ou intravenosa (em bolus ou infusão
contínua).

Este medicamento deve ser administrado somente pela via
recomendada, para evitar riscos desnecessários.

Encrise deve ser aplicado somente por profissional da saúde
qualificado.

Posologia do Encrise


Via subcutânea e Intramuscular

Distensão abdominal:

A dose usual inicial para pacientes adultos no pós-operatório é
de 5 unidades (0,25 ml de Encrise), podendo ser aumentada para 10
unidades (0,5ml de Encrise) nas injeções subsequentes, se
necessário.

Recomenda-se que Encrise seja administrado por via
intramuscular e que as injeções sejam repetidas em intervalos de 3
ou 4 horas, se necessário.

As doses devem ser proporcionalmente reduzidas para pacientes
pediátricos.

Encrise poderá ser administrado, nas mesmas doses, por via
subcutânea.

Encrise usado desta maneira prevenirá ou aliviará a
distensão abdominal.

Estas recomendações também são aplicáveis para distensões
decorrentes de complicação de pneumonia (infecções nos pulmões) ou
outras toxemias (intoxicações) agudas.

Radiografia abdominal:

Recomendam-se, em média, duas injeções intramusculares de 10
unidades cada (0,5 ml de Encrise).

Estas injeções devem ser administradas, a primeira, duas horas
antes e a segunda, meia hora antes da exposição dos filmes.

Muitos radiologistas recomendam a utilização de enema
(administração de medicamentos pela via retal) antes da primeira
dose de Encrise.

Encrise poderá ser administrado, nas mesmas doses, por via
subcutânea.

Diabetes insipidus:

Encrise pode ser administrado através de injeção
intramuscular ou subcutânea.

A dose injetável para adultos é de 5 a 10 unidades (0,25 a 0,5
ml de Encrise) repetidas duas ou três vezes por dia, se
necessário.

A dose recomendada na pediatria é de 2,5 a 5 unidades (0,125 a
0,25 ml de Encrise), a cada 6 a 8 horas, titulada para alcançar a
resposta fisiológica desejada.

Via intravenosa

Utilizar preferencialmente veia central ou veia periférica
profunda.

Hemorragia gastrintestinal:

A vasopressina (Encrise) foi administrada por via intravenosa no
tratamento de sangramentos provenientes de várias causas.

Foi utilizada para tratar o sangramento das varizes de esôfago e
outros tipos de hemorragia gastrointestinal (sangramento no
estômago) superior.

Devido ao risco de necrose (morte celular) tecidual pelo
extravasamento da solução, é preferível a escolha de uma veia
central.

A infusão intravenosa deve iniciar com 0,2 U/minuto de
Encrise e ser aumentada a cada hora de 0,2 U/minuto até que a
hemorragia (sangramento) seja controlada.

Doses mais elevadas podem ser utilizadas, mas o limite prudente
é de 1 U/minuto.

Um bolus intravenoso de 20U de vasopressina (Encrise)
em mais de 20 – 30 minutos pode ser dado, mas talvez não haja
necessidade.

Após 12 horas de controle da hemorragia, a dose de vasopressina
(Encrise) pode ser reduzida à metade, e pode ser interrompida
dentro de mais 12 – 24 horas.

Pode ser administrada concomitantemente nitroglicerina, via
intravenosa, para controlar os efeitos colaterais.

No tratamento da hemorragia gastrointestinal (sangramento no
estômago e/ou intestino) em crianças, a dose de vasopressina é de
0,01 U/kg/minuto.

Choque séptico:

A administração recomendada é de 0,01 a 0,04 unidades/minuto em
infusão contínua.

A infusão contínua deverá ser mantida de 24 a 96 horas de forma
a individualizar cada caso.

Ressuscitação cardíaca:

A dose atualmente recomendada no manuseio da PCR em adultos
é de 40 U por via intravenosa, uma única vez, seguida de
bolus de 20 ml de água destilada ou soro fisiológico.

Diabetes insipidus:

A infusão contínua de vasopressina de 0,001 a 0,003
U/kg/hora é efetiva no controle da poliúria (aumento do volume da
urina) e da osmolalidade sérica (concentração iônica no sangue) em
crianças com diabetes insipidus pós-operatório.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Encrise?


Este medicamento deve ser administrado por profissional da saúde
qualificado e não deve ser esquecido de ser administrado em
hipótese alguma.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Encrise

Este medicamento não deve ser usado em pacientes com doença
vascular, especialmente doenças nas artérias coronárias, exceto com
extrema cautela. Nestes pacientes, mesmo pequenas doses podem
precipitar angina (sensação opressiva causada pela falta de
oxigênio no coração), e com grandes doses, a possibilidade de
infarto do miocárdio deve ser considerada.

A vasopressina pode provocar intoxicação hídrica (excesso de
água no organismo). Os primeiros sinais de tonturas, desatenção e
dores de cabeça devem ser reconhecidos para prevenir coma e
convulsões.

A vasopressina deve ser utilizada com cautela na presença de
epilepsia, enxaqueca (dores de cabeça), asma (falta de ar causada
pela redução e/ou obstrução do fluxo de ar) e insuficiência
cardíaca (redução da capacidade de funcionamento do coração) ou
outras condições onde a rápida adição de água extracelular pode
apresentar riscos a um sistema já sobrecarregado.

Nefrite crônica (doença dos rins) com retenção de nitrogênio
contraindica o uso de vasopressina.

Efeitos adversos como palidez, cólicas abdominais e náusea podem
ser reduzidos pela ingestão de 1 ou 2 copos de água no momento da
administração de vasopressina. Estes efeitos adversos não são
normalmente sérios e provavelmente desaparecerão dentro de alguns
minutos

Durante a terapia recomenda-se a realização periódica de
eletrocardiogramas (ECG) (exame cardíaco) e determinações dos
níveis de fluídos e eletrólitos (exame de sangue).

A vasopressina pode ser utilizada por via intravenosa, porém
devido ao risco de necrose (morte celular) decorrente de
extravasamento, é preferível a utilização de uma veia central.

Reações Adversas do Encrise

As seguintes reações foram relatadas após a
administração de Encrise, embora não seja possível determinar a
frequência:

Parada cardíaca (parada dos batimentos do coração), choque,
palidez perioral (ausência de cor ao redor da boca), arritmias
(diminuição dos batimentos cardíacos), diminuição do débito
cardíaco (volume de sangue bombeado), angina (dor no peito devido a
redução do fluxo sanguíneo ao coração), isquemia do miocárdio
(irrigação sanguínea insuficiente para o coração) e gangrena (morte
celular dos tecidos causada pela falta de suprimento sanguíneo),
cólicas abdominais, náusea, vômito, eliminação de gases, tremor,
vertigem (tontura), sensação de “pulsação” na cabeça, constrição
brônquica (o músculo presente na parede brônquica se contrai
levando a uma redução na passagem de ar pelas vias aéreas),
sudorese (suor intenso), urticária, gangrena cutânea (morte celular
dos tecidos da pele).

Reações alérgicas locais ou sistêmicas podem ocorrer de acordo
com a sensibilidade individual.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Encrise

Gravidez

Categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Encrise só deve ser administrado à mulheres grávidas se
absolutamente necessário.

Lactação

A administração de Encrise às mulheres que estão
amamentando deve ser feita com cautela.

Pediatria

Recomenda-se cautela no tratamento de crianças muito pequenas
com vasopressina devido à possibilidade de hiper-hidratação e
hiponatremia (diminuição na concentração de sais no sangue).

Geriatria (idosos)

Recomenda-se cautela no tratamento de pacientes idosos com
vasopressina devido à possibilidade de hiper-hidratação e
hiponatremia.

Composição do Encrise

Apresentações

Solução injetável de 20 U/mL em embalagem com 10 ampolas de 1
mL.

Uso intravenoso/intramuscular/subcutâneo.

Uso adulto e pediátrico.

Composição

Solução injetável Encrise 20 U/mL

Cada ampola de 1 mL contém:

20 U Vasopressina sintética (8-arginina vasopressina).

Veículo:

clorbutanol, ácido acético, cloreto de sódio, água para
injeção.

Superdosagem do Encrise

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Encrise

As seguintes drogas podem aumentar o efeito
antidiurético da vasopressina, quando usadas em
conjunto:

Carbamazepina, clorpropamida, clofibrato, ureia, fludrocortisona
e antidepressivos tricíclicos.

As seguintes drogas podem diminuir o efeito
antidiurético da vasopressina quando usadas em
conjunto:

Demeclociclina, norepinefrina, lítio, heparina e álcool.

Agentes bloqueadores gangliônicos podem produzir um aumento
marcante na sensibilidade aos efeitos pressores da vasopressina.
Não são conhecidos relatos de interferência da vasopressina no
resultado de exames laboratoriais.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Encrise

Resultados de eficácia

De acordo com o algoritmo de tratamento da PCR (American
Heart Association
, 2005), a vasopressina é recomendada no
lugar da primeira ou segunda dose de epinefrina nos casos de
assistolia/AESP, Fibrilação Ventricular/Taquicardia Ventricular sem
pulso. Em qualquer destes casos, a dose recomendada é de 40U IV/IO.
Wenzel V e cols. (2008) relataram que tanto a epinefrina como a
vasopressina foram igualmente efetivas no restabelecimento da
circulação na parada cardíaca, e que os benefícios da vasopressina
em grupos de pacientes específicos, como aqueles em assistolia,
também foram demonstrados.

Dellinger RP e cols. (2008), por meio da Diretriz Internacional
de Manejo do Choque Séptico, relatam que baixas doses de
vasopressina são efetivas em aumentar a pressão arterial em
pacientes refratários ao uso de outros vasopressores, além de
proporcionar outros potenciais efeitos benéficos, como aumento da
diurese, por exemplo. Em 2013, a atualização dessa diretriz
reafirmou que a vasopressina pode ser adicionada à
noradrenalina com o objetivo de aumentar a pressão arterial média
ou diminuir a dose de noradrenalina nos pacientes com choque
séptico.

Holmes CL (2008) demonstrou que a vasopressina foi efetiva em
restabelecer o tônus vascular no choque séptico, além de estar
relacionado à redução da mortalidade e da insuficiência renal em
pacientes em choque séptico com risco de falência renal.

Stump DL e Hardin TC (1990) mostraram beneficio significativo no
controle da hemorragia não varicosa com vasopressina
intra-arterial. Por meio de infusões de vasopressina ocorre
vasoconstrição arteriolar e capilar, reduzindo eficazmente o fluxo
sanguíneo na mucosa gástrica. Em 6 estudos avaliados, 74% dos
pacientes mostraram um controle inicial significativo da hemorragia
gástrica.

Características famacológicas

vasopressina (substância ativa) (injetável) é uma solução
aquosa estéril de vasopressina sintética (8-arginina vasopressina)
semelhante ao hormônio vasopressina da glândula pituitária
posterior. Essencialmente não age como os ocitócitos e é
padronizado para conter 20 unidades /ml. A solução contém
clorobutanol 0,5% (derivado do clorofórmio) como conservante. A
acidez da solução é ajustada com ácido acético.

Propriedades Farmacodinâmicas:

A ação da vasopressina é mediada através da interação com dois
tipos de receptores. Os receptores V1 estão localizados na
musculatura lisa dos vasos, hepatócitos, plaquetas e rins. Os
receptores V2 estão localizados no ducto coletor renal. A
vasopressina tem uma alta afinidade para receptor V2 e também V1.
Enquanto os receptores V2 contribuem para efeito renal, os
receptores V1 são responsáveis, predominantemente, pelo efeito
vasopressor da vasopressina. A vasopressina conserva a água e
concentra a urina por aumento do fluxo de água proveniente do
fluido luminal através dos túbulos coletores e da medula
intersticial do rim. A ação antidiurética da vasopressina ocorre
pelo aumento da reabsorção de água nos túbulos renais.

O índice de filtração glomerular do fluxo renal plasmático e o
índice de excreção do soluto não são afetados. A excreção de sódio
não é aumentada. A vasopressina exerce seu efeito pressor através
da contração do músculo liso do trato gastrintestinal e de todas as
partes do leito vascular, especialmente os capilares, pequenas
arteríolas e vênulas, com menos efeito na musculatura lisa dos
grandes vasos. A pressão arterial portal é significativamente
reduzida pela vasopressina. A vasopressina causa aumento da
resistência vascular mesentérica, levando a diminuição do fluxo
venoso portal. A diminuição do fluxo porto-sistêmico colateral é
também observado, assim o fluxo sanguíneo das varizes de esôfago é
restringido. Além disso, o fluxo de sangue dessas varizes também é
diminuído pelo aumento do tônus da musculatura da porção inferior
do esôfago.

O efeito direto nos elementos contrácteis não é antagonizado
pelos agentes bloqueadores adrenérgicos e nem prevenidos pela
denervação vascular. A vasopressina aumenta a reatividade dos vasos
sanguíneos por ação constritora das catecolaminas. Sendo um potente
vasoconstritor, é uma promissora alternativa à adrenalina
(epinefrina), na ressuscitação cardiorrespiratória, no tratamento
da fibrilação ventricular refratária à desfibrilação elétrica, na
assistolia ou atividade elétrica sem pulso.

Propriedades Farmacocinéticas:

Após administração subcutânea ou intramuscular de injeção de
vasopressina, a duração da atividade antidiurética é variável, mas
seus efeitos são mantidos por 2 a 8 horas. Na administração
intravenosa, seus efeitos são mantidos por 30 a 60 minutos. A maior
parte da dose de vasopressina é metabolizada e rapidamente
destruída no fígado e nos rins. A vasopressina tem meia-vida de
cerca de 10 a 20 minutos. Aproximadamente 5% da dose subcutânea de
vasopressina é excretada inalterada na urina após 4 horas. Após a
injeção subcutânea ou intramuscular de vasopressina (substância
ativa), seus efeitos duram por 2 a 8 horas. Na administração
intravenosa, seus efeitos são mantidos por 30 a 60 minutos.

Cuidados de Armazenamento do Encrise

Mantenha Encrise em temperatura ambiente (15 a 30ºC).

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de
fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Encrise solução injetável é uma solução incolor, límpida e
livre de partículas.

Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do
alcance das crianças.

Dizeres Legais do Encrise

Registro MS – 1.0974.0190

Farm. Resp.:

Dr. Dante Alario Junior
CRF-SP nº 5143

Fabricado por:

Eurofarma laboratórios SA.
Rodovia Pres. Castelo Branco, Km 35,6 n° 3.565
Itapevi – SP CEP 06696-000
CNPJ 61.190.096/0008-69
Indústria Brasileira

Registrado por:

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.
Av. Paulo Ayres, 280
Taboão da Serra – SP
CEP 06767-220
SAC 0800 724 6522
CNPJ 49.475.833/0001-06
Indústria Brasileira

Embaladado por:

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.
Rua Solange Aparecida Montan, 49
Jandira – SP
CEP 06610-015
CNPJ 49.475.833/0014-12
Indústria Brasileira

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Encrise, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.