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Calmintheo

Contraindicação do Calmintheo

– Não são conhecidos, até o momento, relatos de casos de contra-
indicações relacionadas ao produto.

Como usar o Calmintheo

Uso Oral.

– Crianças maiores que 5 anos: 1 drágea3, 1 ou 2 vezes ao
dia.

– Adultos: Insônia e irritabilidade leve: 1 a 2 drágeas, 1 ou 2
vezes ao dia. Estados depressivos acentuados e insônia rebelde: 2 a
4 drágeas, 1 ou 2 vezes ao dia.

Líquido (solução oral): Irritabilidade e insônia :

– Lactentes: 2,5ml, 1 ou 2 vezes ao dia.

– Crianças de 2 a 5 anos: 5ml, 1 ou 2 vezes ao dia.

– Crianças maiores de 5 anos: 10ml, 1 ou 2 vezes ao dia.

– Adultos e adolescentes: 15ml a 20ml, 1 ou 2 vezes ao dia.

Precauções do Calmintheo

Em casos de hipersensibilidade ao produto, recomenda-se
descontinuar o uso e consultar o médico.

Não ingerir doses maiores do que as recomendadas.

Pode ocorrer sonolência durante o tratamento. Neste caso o
paciente não deverá dirigir veículos ou operar máquinas, já que a
habilidade e atenção podem ficar reduzidas.

De acordo com a categoria de risco de fármacos
destinados às mulheres grávidas, este medicamento apresenta
categoria de risco C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Reações Adversas do Calmintheo

Raramente podem ocorrer náuseas, vômitos, cefaléia e
taquicardia.

A revisão da literatura não revela a frequência e intensidade
das mesmas. Porém, as doses mais elevadas poderão causar estados de
sonolência excessiva.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Calmintheo

Este medicamento potencializa os efeitos sedativos do
pentobarbital e hexobarbital, aumentando o tempo de sono
de pacientes.

Há indícios de que as cumarinas presentes na espécie vegetal
apresentam ação anticoagulante potencial e possivelmente interagem
com varfarina, porém não há estudos conclusivos a respeito.

O uso deste medicamento junto a drogas inibidoras da monoamino
oxidase (isocarboxazida, fenelzina e tranilcipromina) pode provocar
efeito aditivo.

Interação Alimentícia do Calmintheo

Este medicamento não deverá ser utilizado junto a bebidas
alcoólicas, face à potencialização dos seus efeitos.

Ação da Substância Calmintheo

Resultados da eficácia

Um estudo clínico, randomizado e controlado, avaliou o uso do
extrato de P. incarnata no tratamento de desordens
da ansiedade. Foram obtidos resultados semelhantes entre os
grupos tratados com o oxazepam (30 mg/dia) e com o medicamento
a base de extrato de P. incarnata (45 gotas/dia), durante
quatro semanas. O último grupo apresentou melhor desempenho e
performance no trabalho.


Características Farmacológicas

As partes aéreas de P. incarnata contêm não menos que
1,5% de flavonóides totais expressos em vitexina.
Acredita-se que os flavonóides presentes na espécie vegetal
sejam os principais responsáveis pelas atividades farmacológicas.
Estes constituintes, em sinergismo com os alcalóides também
presentes no vegetal, promovem ações depressoras inespecíficas
do Sistema Nervoso Central (SNC) contribuindo, assim, para a ação
sedativa e tranquilizante. Os dados existentes até hoje não
permitem uma conclusão definitiva a respeito da identidade das
substâncias ativas e mecanismo de ação. Os estudos
farmacodinâmicos disponíveis suportam o uso como sedativo e
ansiolítico. O sinergismo entre os componentes da espécie
vegetal é relatado como um importante fator responsável para a ação
farmacológica Além do efeito sedativo, este medicamento atua
no tratamento de desordens da ansiedade.

O flavonóide Chrysin demonstrou possuir alta afinidade,
in vitro, aos receptores benzodiazepínicos. Administrado
em ratos, o flavonóide reduziu a atividade motora dos animais
e, em altas doses, prolongou o efeito hipnótico induzido por
pentobarbital. Em outro estudo pré-clínico, também foi
demonstrado, in vitro, a ligação aos receptores GABA A e
B.

Recentemente, estudos apontaram a molécula de benzoflavona
tri-substituída como responsável pelos efeitos sedativo e
ansiolítico da espécie vegetal. O mecanismo de ação proposto para
esta molécula seria a inibição da enzima aromatase, membro da
família do citocromo P-450, responsável pela conversão da
testosterona a estrógeno. Este efeito
inibitório restabeleceria os níveis normais de testosterona,
que, em baixos níveis, seria o causador de sintomas como ansiedade
e insônia. No entanto, contínuos estudos tentam elucidar
completamente o mecanismo de ação desta molécula no SNC.

Calmintheo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.