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Bupican Heavy

Indicado para anestesia por infiltração, quando se deseja longa
duração, por exemplo, para analgesia pósoperatória. Bloqueios de
longa duração ou anestesia peridural onde a epinefrina é
contraindicada e o relaxamento muscular potente não é necessário ou
desejável. Anestesia em obstetrícia.

Contraindicação do Bupican Heavy

As soluções de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) são
contra-indicadas em pacientes com conhecida hipersensibilidade a
anestésicos locais do tipo amida ou a outros componentes da
fórmula, por exemplo, metabissulfito de sódio, nas soluções
contendo epinefrina. As soluções de Cloridrato de Bupivacaína
(substância ativa) são contra-indicadas em associação com anestesia
regional intravenosa (Bloqueio de Bier) uma vez que a passagem
acidental de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) para a
circulação pode causar reações de toxicidade sistêmica aguda.

O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) 7,5 mg/mL é
contra-indicada em pacientes obstétricas. Houve relatos de parada
cardíaca com dificuldade de ressuscitação ou morte após o uso de
Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) para anestesia
epidural em pacientes obstétricas. Na maioria dos casos isto foi
relacionado com Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) 7,5
mg/mL. Os anestésicos locais são contra-indicados em anestesia
peridural em pacientes com hipotensão acentuada, tais como nos
choques cardiogênico e hipovolêmico.

Bloqueios obstétricos paracervicais, os quais podem causar
bradicardia fetal e morte.

Risco na gravidez: Grau C – Não foram realizados estudos
em animais e nem em mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Bupican Heavy

Deve-se ter muito cuidado para prevenir reações tóxicas agudas,
evitando-se injeções intravasculares. É recomendada a aspiração
cuidadosa antes e durante a injeção. Quando uma dose grande for
injetada, por exemplo, no bloqueio epidural, uma dose teste de 3-5
mL de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) contendo
epinefrina é recomendada, injeção intravascular acidental pode ser
reconhecida por um aumento temporário da frequência cardíaca.

A dose principal deve ser injetada lentamente, a uma velocidade
de 25-50 mg/min, ou em doses progressivamente maiores, mantendo
contato verbal constante com o paciente. Se sintomas tóxicos
aparecerem, a injeção deve ser interrompida imediatamente. Deve-se
evitar doses desnecessariamente altas de anestésicos locais. Em
geral, o bloqueio completo de todas as fibras nervosas em nervos
grandes requer concentrações maiores do fármaco.

Em nervos menores ou quando o bloqueio menos intenso é
necessário, por exemplo no alívio da dor de parto, são indicadas as
concentrações menores. O volume de anestésicos utilizados afetará a
extensão da área anestesiada. Para um efeito mais prolongado
pode-se utilizar catéter através do qual, o anestésico local pode
ser injetado ou por infusão.

Esta técnica é comum em anestesia epidural e pode ser utilizada
também em anestesia do plexo bronquial a analgesia interpleural. A
tabela apresentada a seguir é um guia para a dosagem para as
técnicas mais comumente utilizadas. A experiência clínica e o
conhecimento da condição física, idade e peso corpóreo dos
pacientes são muito importantes no cálculo da dose necessária.
Quando bloqueios prolongados são usados, tanto infusão contínua
quanto administração repetida em bolus, o risco de se atingir
concentração plasmática tóxica ou de induzir um dano neural local
devem ser considerados. A dose máxima recomendada de Cloridrato de
Bupivacaína (substância ativa) em um período de 4 horas é de 2
mg/kg de peso até 150 mg em adultos.

Experiências até o momento indicam que a administração de 400 mg
durante 24 horas é bem tolerada em adultos normais.

Deve-se considerar as seguintes doses recomendadas como
guia para uso em adultos:

Tabela 1: Guia para a dosagem para as técnicas mais
comumente usadas:

Tipo de bloqueio

Concentração

Dose (mL)

Infiltração0,50%5-30
Anestesia peridural
contínua
0,50%10 inicialmente,
seguindo por 3-8 cada 4-6 horas
Bloqueio
Intercostal
0,50%2-3 por nervo para um
total de 10 nervos
Bloqueios maiores
(Peridural, caudal e plexo braquial)
0,50%15-30

Anestesia Obstétrica
As doses abaixo são doses iniciais que podem ser repetidas cada 2-3
horas, se necessário.

Anestesia peridural e
caudal (para parto vaginal)
0,50%6-10
Bloqueio peridural
(cesária)
0,50%15-30

Atenção

Para inserção da agulha no frasco-ampola, proceder da
seguinte maneira

  1. Encaixar uma agulha de injeção de no máximo 0,8mm de
    calibre.
  2. Encher a seringa com o diluente apropriado.
  3. Segurar a seringa verticalmente à borracha.
  4. Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o
    frasco-ampola firmemente na posição vertical.
  5. É recomendado não perfurar mais de 4 vezes na área
    demarcada.

Precauções do Bupican Heavy

Têm sido relatados casos de parada cardíaca ou morte durante o
uso de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) para anestesia
epidural ou bloqueio de nervo periférico. Em algumas situações, a
ressuscitação tem sido difícil ou impossível, apesar de,
aparentemente, a preparação e a administração terem sido adequadas.
Os procedimentos anestésicos regionais ou locais, exceto aqueles
mais comuns, devem ser sempre realizados em áreas bem equipadas e
com pessoal treinado, onde devem estar facilmente disponíveis os
equipamentos e medicamentos para o monitoramento e ressuscitação de
emergência.

Quando estiver realizando bloqueios maiores, uma cânula
intra-venosa deve ser inserida antes da injeção do anestésico
local. Os médicos devem ter recebido treinamento adequado e
apropriado do procedimento a ser realizado e devem estar
familiarizados com o diagnóstico e tratamento dos efeitos adversos,
toxicidade sistêmica ou outras complicações. Alguns procedimentos
anestésicos locais podem estar associados com reações adversas
graves, independente do anestésico local utilizado, como por
exemplo: Bloqueio nervoso central pode causar depressão
cardiovascular, especialmente na presença de hipovolemia. Anestesia
epidural deve ser utilizada com cautela em pacientes com função
cardiovascular prejudicada.

Bloqueio nervoso periférico maior pode implicar em um volume
maior de anestésico local nas áreas de alta vascularização,
frequentemente perto de grandes vasos onde há um risco aumentado de
injeção intravascular e/ou absorção sistêmica, o qual pode conduzir
a altas concentrações plasmáticas.

Injeções retrobulbares podem, muito ocasionalmente, atingir o
espaço subaracnóide cranial, causando cegueira temporária, colapso
cardiovascular, apnéia, convulsões, etc. Estes devem ser
diagnosticados e tratados rapidamente.

Injeções retro e peri-bulbares de anestésico locais apresentam
um pequeno risco de disfunção persistente do músculo ocular. As
causas primárias incluem trauma e/ou efeitos tóxicos locais nos
músculos e/ou nervos. A gravidade destas reações teciduais é
relacionada com o grau do trauma, a concentração do anestésico
local e a duração da exposição do tecido ao anestésico local. Por
esta razão, assim como todos os anestésicos locais, devem ser
usados a menor concentração efetiva e dose do anestésico local.

Vasoconstritores e outros aditivos podem agravar as reações
teciduais e devem ser usados somente quando indicados.

As injeções na região da cabeça e pescoço podem ser feitas
inadvertidamente em uma artéria, causando sintomas graves, mesmo em
doses baixas.

Bloqueio paracervical pode, às vezes, causar bradicardia fetal.
É necessário realizar um cuidadoso monitoramento da freqüência
cardíaca fetal. Para reduzir o risco de efeitos adversos
potencialmente perigosos, alguns pacientes requerem atenção
especial.

Pacientes com bloqueio cardíaco completo ou parcial, devido ao
fato que anestésicos locais podem deprimir a condução
miocárdica.

Pacientes com doença hepática avançada ou grave disfunção
renal.

Idosos e pacientes em estado de saúde precário.

Nota:

A anestesia regional é frequentemente indicada nestes pacientes.
Ao invés de submetê-los à anestesia geral, deve-se fazer tentativas
para otimizar as condições dos pacientes antes de bloqueios
maiores. A anestesia epidural pode levar a hipotensão e
bradicardia. Este risco pode ser reduzido aumentando o volume
circulatório com soluções cristaloidais ou injetando um
vasopressor, como a efedrina 20-40 mg/L.m.. A hipotensão deve ser
tratada prontamente com, por exemplo, 5-10mg de efedrina
intravenosamente, podendo ser repetida, se necessário.

Uso pediátrico

A utilização do Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) em
criança abaixo de 12 anos não é recomendado pela possibilidade de
produzir toxicidade sistêmica nesses pacientes e em razão dos
estudos de utilização da droga nessa faixa etária serem
incompletos. A critério médico, quando utilizada para bloqueio
caudal nesses pacientes, deve-se diminuir sua dosagem.

A experiência clínica em crianças é limitada.

Deverá ser utilizado nesta faixa etária somente a critério
médico.

Uso geriátrico

Administração do Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) em
pacientes geriátricos tem maior probabilidade de produzir
toxicidade sistêmica. Por essa razão, deve-se diminuir a dosagem da
droga nesses pacientes. Os anestésicos locais do tipo amida são
metabolizados pelo fígado. Assim, devem ser utilizados com cuidado,
especialmente em doses repetidas, em pacientes com hepatopatias.
Nesses pacientes a dose deve ser reduzida, assim como em pacientes
debilitados e com doença cardíaca. Soluções a 7,5 mg/mL não são
recomendadas para anestesia obstétrica.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir autos e operar
máquinas

Dependendo da dose do anestésico local, pode haver um efeito
muito leve na função mental e pode prejudicar temporariamente a
locomoção e coordenação.

Uso durante a gravidez e lactação

É razoável presumir que tem sido administrado Cloridrato de
Bupivacaína (substância ativa) a um grande número de mulheres
grávidas e mulheres em idade fértil. Até o momento nenhum distúrbio
específico do processo reprodutivo foi relatado, por exemplo,
nenhum aumento de incidência de má-formação. Efeitos adversos
fetais devido aos anestésicos locais, como bradicardia fetal,
parecem estar mais aparente em anestesia de bloqueio paracervical.
Tais efeitos podem ser devido as altas concentrações de anestésicos
que alcançam o feto.

Assim como outros anestésicos locais, o Cloridrato de
Bupivacaína (substância ativa) passa para o leite materno, mas em
pequenas quantidades, geralmente, não há risco de afetar o neonato.
Como para qualquer outra droga, o Cloridrato de Bupivacaína
(substância ativa) somente deve ser usada durante a gravidez ou
lactação se, a critério médico, os benefícios potenciais superarem
os possíveis riscos.

Risco na gravidez: Grau C – Não foram realizados estudos
em animais e nem em mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Reações Adversas do Bupican Heavy

Reações alérgicas

Reações alérgicas (nos casos mais graves, choque anafilático)
aos anestésicos locais do tipo amida são raras.

Complicações neurológicas

A incidência de reações adversas neurológicas associadas com o
uso de anestésicos locais é muito baixa e elas podem ser em função
da dose total administrada, da droga utilizada, da via de
administração e do estado físico do paciente. Muitos desses efeitos
podem estar ligados à técnica da anestesia local, com ou sem
participação da droga. Trauma do nervo, neuropatia, oclusão da
artéria espinhal anterior, aracnoidite, etc., têm sido associados
com técnicas anestésicas regionais, independente do anestésico
local utilizado.

As reações neurológicas que ocorrem com anestesia
regional têm incluído

Anestesia persistente, parestesia, fraqueza, paralisia dos
membros inferiores e perda do controle esfincteriano. Dormência da
língua, delírio, tonturas, visão turva e tremores seguidos por
sonolência, convulsões, inconsciência e, possivelmente,parada
respiratória.

Toxicidade sistêmica aguda

O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) pode causar
efeitos tóxicos agudos se ocorrerem níveis sistêmicos altos devido
à injeção intravascular acidental, excepcionalmente absorção rápida
ou superdosagem. A acidose acentuada ou hipóxia podem aumentar o
risco e a gravidade das reações tóxicas.

Tabela 2: Relação das incidências das reações adversas
em ordem de frequência:

Transtorno

Categoria de frequência

Reações adversas

Transtorno vascular Muito Comum (gt; 1/10)Hipotensão.
Transtorno
gastrointestinal
Náusea.
Transtornos do sistema
nervoso
Comum (gt; 1/100 lt; 1/10)Parestesia e
tontura.
Transtorno cardíacoBradicardia.
Transtorno vascularHipertensão.
Transtorno
gastrointestinal
Vômito.
Transtornos urinário e
renal
Retenção urinária.
Transtornos do sistema
nervoso
Incomum (gt; 1/1.000 lt;
1/100)
Sinais e sintomas de
toxicidade do SNC (convulsões, parestesia circumoral, dormência da
língua, hiperacusia, distúrbios visuais, perda da consciência,
tremor, tontura (sensação de ausência), tinido e disartria).
Transtornos do sistema
imunológico
Raro (lt;1/1.000)Reações alérgicas,
choque/reação anafilático.
Transtornos do sistema
nervoso
Neuropatia, dano do
nervo periférico e aracnoidite.
Transtorno nos
olhos
Diplopia.
Transtorno cardíacoParada cardíaca e
arritmia cardíaca.
Transtorno
respiratório
Depressão
respiratória.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Bupican Heavy

O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) deve der usado
com precauções em pacientes recebendo agentes estruturalmente
relacionados com anestésicos locais, uma vez que os efeitos tóxicos
são aditivos.

Ação da Substância Bupican Heavy

Resultados de eficácia

Crosby E et al., realizaram um estudo em grupo
paralelo, randomizado e duplo cego em mulheres gestantes saudáveis
submetidas a cesárea eletiva, onde comprovou a eficácia da
ropivacaína 0,5% e Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa)
0,5% para promover anestesia.

Neste estudo foi realizado bloqueio epidural com 20-30 ml de
ropivacaína (grupo R) ou bupivacaína (grupo B) e a cirurgia somente
era iniciada quando o bloqueio atingia o nível de T6. A freqüência
cardíaca e a pressão arterial materna, assim como a freqüência
cardíaca fetal foram verificadas a cada 5 minutos até o término do
procedimento. Nos mesmos intervalos foram determinadas as
características do bloqueio motor e sensitivo. Após o nascimento
foram verificados o APGAR e a Capacidade Neurológica e Adaptativa
do recém-nascido.

61 gestantes, de um total de 65 pacientes que participaram do
estudo, foram analisadas (30 do grupo R e 31 do grupo B) obtendo-se
os seguintes dados:

Não foi estatisticamente diferente entre os grupos tempo
entre a última injeção epidural e início da cirurgia, duração média
da cirurgia, qualidade da analgesia e hipotensão materna.

Nas pacientes que desenvolveram bloqueio motor grau 4 de Bromage
o tempo de bloqueio foi maior no grupo B assim como a incidência de
náuseas (diferença significativa).

APGAR dos neonatos nos primeiros 5 minutos foi 7 em todos.

Após análise dos dados os autores concluem que a ropivacaína
0,5% e a bupivacaína 0,5% promovem anestesia epidural eficaz para
cesáreas, apesar de algumas gestantes requererem suplementação
analgésica com opióides via endovenosa.

Características Farmacológicas

O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) é um anestésico
local do tipo amida. É aproximadamente quatro vezes mais potente
que a lidocaína. Em concentrações de 5 mg/ mL ou 7,5 mg/ mL tem uma
longa duração de ação, de 2 – 5 horas após uma única injeção
epidural, e até 12 horas, após bloqueios nervosos periféricos.

O início do bloqueio é mais lento do que com a lidocaína,
especialmente quando na anestesia de nervos grandes. Quando usada
em baixas concentrações (2,5 mg/mL ou menos) há um menor efeito nas
fibras de nervos motores, e a duração da ação é menor. Entretanto,
baixas concentrações podem ser usadas com vantagem para o alívio
prolongado da dor, por exemplo, no parto ou no pós-operatório. A
adição de um vasoconstritor, como epinefrina, pode diminuir a
velocidade de absorção.

Propriedades Farmacodinâmicas

O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa), como outros
anestésicos locais, causa um bloqueio reversível da propagação do
impulso ao longo das fibras nervosas através da inibição do
movimento de íons sódio para dentro das membranas nervosas.
Presume-se que anestésicos locais do tipo amida atuem dentro dos
canais de sódio das membranas nervosas. Anestésicos locais podem
ter efeitos similares em membranas excitáveis no cérebro e no
miocárdio. Se quantidades excessivas do fármaco alcançarem
rapidamente a circulação sistêmica, aparecerão sinais e sintomas de
toxicidade, originados principalmente do sistema nervoso central e
cardiovascular.

A toxicidade no sistema nervoso central geralmente precede os
efeitos cardiovasculares, uma vez que ela ocorre em níveis
plasmáticos mais baixos. Os efeitos diretos dos anestésicos locais
no coração incluem condução lenta, inotropismo negativo e,
conseqüentemente, parada cardíaca. Os efeitos cardiovasculares
indiretos (hipotensão, bradicardia) podem ocorrer após
administração epidural ou espinhal, dependendo da extensão do
bloqueio simpático concomitante.

Propriedades Farmacocinéticas

O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) tem um pKa de 8,1
e é mais lipossolúvel que a lidocaína. A solubilidade do Cloridrato
de Bupivacaína (substância ativa) é limitada em pH gt; 6,5. Isto
deve ser levado em consideração quando soluções alcalinas,
como carbonato, são adicionadas, pois pode ocorrer precipitações. A
velocidade de absorção sistêmica depende da dose, da via de
administração e da vascularização do local da injeção. O bloqueio
intercostal proporciona o maior pico de concentração plasmática,
devido à rápida absorção (concentração plasmática máxima na ordem
de 1-4 mg/L após uma dose de 400 mg), enquanto injeções abdominais
subcutâneas resultam na maior concentração plasmática. Bloqueios de
plexo maiores e bloqueios epidurais são intermediários. Em
crianças, absorção rápida e altas concentrações plasmáticas (na
ordem de 1-1,5 mg/l após uma dose de 3 mg/Kg ) são observadas com
bloqueio caudal.

A absorção pode ser retratada pela adição de epinefrina. O
Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) mostra absorção
completa e bifásica do espaço epidural com meia-vida na ordem de 7
min e 6 horas, respectivamente. A absorção lenta é fator limitante
na eliminação do Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa), o
que explica porque a meia-vida de eliminação aparente após
administração epidural é maior do que após administração
intravenosa. O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) tem
clearance plasmático total de 0,58 L/min, um volume de distribuição
no estado de equilíbrio de 73L, uma meia-vida de eliminação de 2,7
horas e uma taxa de extração hepática intermediária de 0,40. No
plasma, o Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) liga-se
principalmente à alfa-1-glicoproteína ácida com taxa de ligação
plasmática de 96%. A meia-vida de eliminação terminal é prolongada
no recém-nascido em até 8 horas.

Em crianças, acima de 3 meses, a meia-vida de eliminação é
similar a dos adultos. Um aumento na concentração de
alfa-1-glicoproteína ácida, que ocorre no pósoperatório de
cirurgias maiores, pode causar um aumento na concentração
plasmática total de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa). O
nível de fármaco livre permanecerá o mesmo. Isto explica porque as
concentrações plasmáticas totais acima do nível limiar tóxico
aparente de 2,6 – 3,0 mg/L são bem toleradas. O Cloridrato de
Bupivacaína (substância ativa) atravessa prontamente a placenta e o
equilíbrio em relação ao fármaco livre será alcançado. A taxa de
ligação plasmática no feto é menor que a da mãe, o que resulta em
concentração plasmática mais baixa no feto do que na mãe.

Entretanto, a concentração de fármaco livre é igual na mãe e no
feto. O Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) está presente
no leite materno em concentrações menores que as concentrações no
plasma materno. Cerca de 6% do Cloridrato de Bupivacaína
(substância ativa) é excretado na urina como droga inalterada em 24
horas, e aproximadamente 5% como o metabólito N-dealquilado,
pipecolilxilidina (PPX). Após administração epidural, a recuperação
urinária de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa) inalterada
é de cerca de 0,2%, de PPX é cerca de 1% e de 4-hidroxi-bupivacaína
é cerca de 0,1% da dose administrada.

Dados de segurança pré-clínica

Baseado em estudos convencionais com a segurança farmacológica
de Cloridrato de Bupivacaína (substância ativa), doses de
toxicidade únicas e repetidas, toxicidade reprodutiva, potencial
mutagênico e toxicidade local, nenhum risco foi identificado para
humanos diferente do que pode ser esperado baseando-se na ação
farmacodinâmica de altas doses de Cloridrato de Bupivacaína
(substância ativa) (por exemplo: sinais do SNC e
cardiotoxicidade).

Bupican-Heavy, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.