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Como lidar com a agitação ou apatia na Doença de Alzheimer – dicas do Dr. Pelegrino.

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Doença de Alzheimer: Apatia ou Agitação?

Olá, eu sou o Dr. Pellegrino Gerenciado e hoje nós vamos responder a uma pergunta muito frequente: por que meu pai, com doença de Alzheimer, é extremamente agitado, enquanto o pai de uma amiga, também com doença de Alzheimer, é apático? Afinal, a doença de Alzheimer leva à apatia, agitação ou ambas?

Neste vídeo, vamos responder a essa pergunta e, antes disso, gostaríamos de pedir que você compartilhe nosso vídeo e se inscreva em nosso canal, pois dessa forma você nos ajuda a alcançar mais pessoas e levar mais conhecimento sobre a doença de Alzheimer para um número cada vez maior de famílias. Estudos mostram que quando a família e os cuidadores familiares estão bem informados sobre a doença, eles conseguem cuidar melhor do paciente, proporcionando uma melhor qualidade de vida mesmo diante da doença.

Apatia e Agitação na Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer afeta a cognição, ou seja, a memória, o raciocínio, a capacidade de realizar tarefas e tomar decisões, e a capacidade de reconhecer pessoas e falar. Além disso, a doença também apresenta sintomas neuropsiquiátricos, como apatia e agitação.

Existem pessoas que, mesmo sendo extrovertidas e tendo um ritmo de vida acelerado, tornam-se apáticas e desinteressadas quando desenvolvem a doença de Alzheimer. Elas passam a ficar a maior parte do tempo sentadas ou deitadas, sem interagir ou fazer qualquer atividade.

Por outro lado, existem pessoas que se tornam agitadas, inquietas e até mesmo agressivas. Essas pessoas muitas vezes apresentam agitação verbal, repetindo as mesmas perguntas e demonstrando bastante interesse em saber sobre coisas ou pessoas.

Associada a essa agitação verbal, há uma agitação motora, em que a pessoa começa a caminhar de um lado para o outro sem rumo. Esses sintomas normalmente se intensificam no entardecer e à noite, quando a pessoa fica conversando, pede para ir ao banheiro repetidamente e passa a andar pela casa de forma desorientada.

Podemos dividir os pacientes com doença de Alzheimer em dois subgrupos: aqueles que são apáticos durante o dia e invertidos e agitados em determinados horários, e aqueles que alternam entre apatia e agitação em fases diferentes da doença.

Na fase avançada da doença de Alzheimer, a maioria dos pacientes se torna apática, ou seja, eles perdem a capacidade de se comunicar e se movimentar, ficando restritos ao leito. Se não forem estimulados e não praticarem fisioterapia, eles podem até adotar a posição fetal.

Como lidar com a apatia e agitação?

Em primeiro lugar, é importante adotar medidas não medicamentosas para lidar com esses sintomas. Isso inclui cuidar do ambiente em que o paciente se encontra. Muitas vezes o ambiente pode favorecer a apatia ou agitação. Além disso, intervenções ocupacionais, como terapia ocupacional, podem ajudar a identificar estratégias para lidar com cada paciente.

No caso dos pacientes apáticos, é importante colocá-los em ambientes bem iluminados, pois a luz é um estímulo para manter a vigília. Além disso, é fundamental promover interações sociais e diálogos constantes com o paciente. A música também pode ser uma grande aliada, estimulando e acalmando tanto o apático quanto o agitado. É necessário escolher músicas que resgatem a memória emocional do paciente e que ele gostava de ouvir.

Já para os pacientes agitados, principalmente à noite, é importante diminuir a exposição à luz, especialmente na hora de dormir. Nesse caso, deve-se transmitir confiança ao paciente, mostrando que estamos ali para ajudá-lo e resolver seus problemas. A música e atividades lúdicas também são importantes para acalmá-lo e despertar sentimentos e emoções do passado.

Existem diversos estudos e trabalhos que mostram a eficácia de atividades ocupacionais para tratar a agitação em pacientes com doença de Alzheimer. Essas atividades visam resgatar o interesse do paciente e despertar as memórias do seu passado.

Vale ressaltar que, antes de recorrer à intervenção medicamentosa, é importante tentar todas as medidas não farmacológicas disponíveis. No entanto, se essas medidas não surtirem efeito, é necessário buscar orientação médica para o uso de medicamentos específicos para cada caso.

Os medicamentos podem melhorar o estado de agitação ou apatia, mas é importante ressaltar que cada pessoa pode responder de forma diferente e que o ajuste do medicamento e da dose pode ser necessário para obter os melhores resultados.

No entanto, devemos insistir em tratamentos adequados, pois, na maioria das vezes, é possível encontrar uma intervenção farmacológica eficaz para melhorar os sintomas neuropsiquiátricos da doença de Alzheimer.

Esperamos que este vídeo tenha sido útil para você. Se sim, por favor, compartilhe com outras pessoas que também possam se beneficiar de mais conhecimentos sobre o cuidado de pacientes com doença de Alzheimer. Muito obrigado!

Fonte: Agitação ou apatia na Doença de Alzheimer. Aprender para lidar melhor – Dr Pelegrino orienta. por Alzheimer com Dr Pelegrino