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Ligamento Cruzado Anterior: Cirurgia ou Não?

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A lesão do Ligamento Cruzado Anterior – LCA

A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das lesões ligamentares do joelho de maior incidência e, por isso, a reconstrução do LCA é uma das cirurgias mais realizadas. Existem mais de 2.000 estudos publicados sobre este ligamento, o que mostra que ele é o mais estudado do corpo humano.

O joelho é constituído por três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela, que originam duas articulações – a fêmoro-tibial e a fêmoro-patelar. O joelho é uma articulação de grande complexidade, sendo estabilizada por ligamentos, músculos e pela cápsula articular. Os ligamentos têm a função de conectar os ossos, o que contribui para a estabilidade do joelho.

No joelho, existem quatro ligamentos que conectam o fêmur e a tíbia. São dois ligamentos colaterais, que estabilizam o joelho lateralmente (ligamento colateral medial e ligamento colateral lateral), e dois ligamentos intra-articulares, o ligamento cruzado anterior e o ligamento cruzado posterior, que controlam o movimento do joelho ântero-posteriormente.

Todos estes componentes trabalham em conjunto para manter a estabilidade do joelho. Neste vídeo, iremos analisar as causas, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento da lesão do LCA. É importante que você assista até o final para sair com todas as informações necessárias, especialmente se você está se recuperando dessa lesão. No final do vídeo, caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, deixe sua pergunta para que eu possa responder. Além disso, é muito importante que você se inscreva no nosso canal, deixe seu like no vídeo e compartilhe nas suas redes sociais para que mais pessoas possam ter acesso a esse conteúdo.

A lesão do LCA ocorre quando o ligamento é forçado além da sua capacidade elástica, podendo ocorrer uma ruptura parcial ou total. As lesões ligamentares podem ser classificadas em grau 1, grau 2 ou grau 3. Na lesão de grau 1, existe uma lesão ligamentar pequena, como um estiramento, mantendo a estabilidade da articulação. Na lesão de grau 2, ocorre uma ruptura parcial das fibras do ligamento, originando um ligamento frouxo. Nas lesões de grau 3, ocorre uma ruptura total do ligamento, causando assim a instabilidade articular.

A lesão do LCA pode ocorrer por trauma direto ou indireto. O trauma direto ocorre normalmente diante de uma mudança súbita de direção, parada brusca ou impacto direto no joelho. Já o trauma indireto ocorre quando o mecanismo de lesão consiste em um movimento que força o joelho além de sua amplitude normal, como hiperflexão forçada do joelho, extensão completa do joelho e hiperextensão forçada do joelho.

O diagnóstico da lesão do LCA é feito com base na história e no exame clínico do joelho. Os pacientes portadores de lesão do LCA costumam apresentar dor, edema, sensação de instabilidade do joelho, desconforto ao caminhar e perda da amplitude de movimentos. Para confirmar a suspeita da lesão do LCA, é realizado um exame físico completo do joelho, testando todas as suas estruturas. Os testes mais comuns para avaliar a frouxidão ligamentar são o teste de Lachman, o teste do pivot-shift, o teste de macintosh e o teste da gaveta anterior. A positividade nesses testes aponta para uma lesão do LCA. O raio-x, a tomografia e a ressonância magnética são exames complementares que ajudam no diagnóstico, sendo que o raio-x pode evidenciar fraturas ósseas associadas.

O tratamento da lesão do LCA pode ser cirúrgico ou não-cirúrgico, dependendo de vários fatores, como idade, extensão das lesões associadas, disponibilidade para realizar um programa de reabilitação e estilo de vida do paciente. O tratamento conservador visa a analgesia e estabilização dinâmica do joelho, através de reforço muscular e treino proprioceptivo, realizado principalmente através da fisioterapia. O tratamento conservador está indicado nas seguintes situações: ruptura parcial sem sintomas de instabilidade, ruptura completa sem sintomas de instabilidade durante atividades de baixo risco, indivíduos com estilo de vida sedentário ou que realizam trabalho manual leve, e em crianças por apresentarem placas de crescimento abertas.

O objetivo do tratamento cirúrgico é evitar a instabilidade do joelho e promover a restauração da função do ligamento. O período mais apropriado para a realização do tratamento cirúrgico ainda é controverso, mas nos casos de lesões agudas, a cirurgia é realizada após um período de quatro a seis semanas. A reconstrução do LCA em crianças e adolescentes pode lesionar a placa de crescimento, gerando problemas no crescimento ósseo. Nestes casos, o cirurgião pode atrasar a cirurgia até que a criança atinja a maturidade esquelética.

Os tratamentos cirúrgicos mais utilizados consistem na reconstrução intra-articular por via artroscópica, utilizando enxertos de tendão que são idênticos ao tecido ligamentar. Os enxertos normalmente são provenientes do tendão patelar e dos isquiotibiais. Às vezes, são utilizados enxertos provenientes de cadáveres. A técnica cirúrgica, osso-tendão-osso, que utiliza o tendão patelar, é a mais popular. Tanto o tratamento conservador quanto o tratamento cirúrgico são muito bons, porém tudo vai depender do tipo de lesão.

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Fonte: Ligamento Cruzado Anterior rompido precisa de cirurgia ou não por Fisio Runner Brasil Oficial