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Extração de dente: O perigo e necessidade de remoção da raiz residual

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Se você acabou de sair de uma cirurgia odontológica e o seu dentista falou para você que você ainda não se livrou de todo mal, tem uma raizinha residual dentro do alvéolo, naquela região onde você fez a extração. Sobrou uma pequena raiz, uma pequena porção. Isso é ruim, é desesperador? Eu vou te responder, turminha. Tá bom?!

Antes de tudo, obrigada por estarem comigo. Você tá no Dicas da Doutora Ana Maria e, primeiramente, deixa o seu like, deixa seu comentário no final desse vídeo, não custa nada, tá bom?

Bom, gente, aí cedo ao você pode descobrir ela em várias etapas da sua vida. Uma das mais comuns é anos depois, quando você mudou de cidade, mudou de dentista, fez uma radiografia panorâmica e você excelente, você falou: “olha, eu tenho uma raiz ainda aqui, não tirada”. E aí, o que é essa raiz residual? Muitas cirurgias dentárias onde a raiz do molar, onde você vai extrair ou um pré-molar, a raiz está um pouco curva, ela já tem um pouco de dificuldade da gente remover. Nem todas as raízes a gente consegue remover na primeira cirurgia, tá?

Se ela é muito curva, muito condensada, muito imersa no osso, ela é muito comprida, às vezes, na hora de você remover todo o conjunto dentário, a coroa e raiz, ela fratura na parte finalzinha e aí, um pouquinho dessa raiz, um terço dessa raiz fica lá. A gente não consegue remover, não tem como chegar nada lá e para remover, vai fazer um estrago gigantesco, corta o osso, faz de tudo para remover aquilo. A gente tenta, mas em algumas situações a gente tem que ponderar a possibilidade, o tamanho, né, e o estrago que a gente vai fazer para tirar aquele tamanho de raiz. Então, em algumas situações, a gente pondera e não remove.

O importante, pessoal, é que para essas questões, são chamadas as intercorrências, e eu tenho um vídeo falando sobre intercorrências, né, e isso é também considerado uma intercorrência. É tudo uma questão de conversa com o seu dentista, antes, durante e depois, né? Somente as ocorrências que podem acontecer são coisas que dependem muito da anatomia do seu dente e é passível de previsão. Olha, pode acontecer durante a cirurgia um pedacinho da raiz ficar lá dentro, quebrar. A gente vai considerar se remove, você deixa, não é nada demais, não é nenhum absurdo, tudo bem. Você não tem a raiz grande, é um pedacinho porque já era seu e do seu corpo, do seu organismo. Tudo bem, a parte necessária foi removida, a parte infectada foi removida. Não tem problema se você tiver uma raiz pequena.

Porque já era seu, tá? E do seu corpo, do seu organismo. Tudo bem a parte necessária foi removida, a parte infectada, terrível. A gente vai considerar todas as possibilidades. Se precisar deixar aquela raiz, a gente vai lá. O que são essas? Você vai tomar um antibiótico, analgésico e anti-inflamatório, vai retornar conosco para a gente saber se você tá super bem. Depois de três meses, a gente vai radiografar para ver se aquela raiz tá bacana, se ela não te causou nenhum problema, nenhuma complicação, tá bom?

Em alguns casos, uma raiz muito antiga tá lá e você precisa remover para fazer uma cirurgia de implante, aí é uma outra questão. Aí precisa de um planejamento, vai lá e então, você entendeu, uma questão de conversa, existe raízes residuais que a gente não consegue tirar numa cirurgia, remover numa cirurgia porque você já tá muito tempo de boca aberta, a cirurgia já foi complexa. É ideal a gente programar, depois de um tempo para remover essa raiz também. Existem possibilidades de fracionar a cirurgia em duas etapas, que fica muito mais leve para o paciente também.

E essas raízes que se parecem muito condensados, é muito sólidos no osso, depois da primeira intervenção que a gente removeu o dente inteiro, depois de 15, 20 dias, essa raiz também, ela começa a amolecer dentro do alvéolo, porque o corpo também entende que ela, que ela também pode sair. Ele libera essa raiz para nós. Então, não é uma segunda cirurgia, nós abrimos, é uma coisa bem mais simples, a gente apenas remove a raiz que o organismo já liberou, já soltou. Isso é uma manobra que eu faço muito quando encontra uma resistência, um problema. Eu converso com o paciente sobre todas as possibilidades após a cirurgia, converso com o paciente sobre o que aconteceu e a minha decisão de entrar novamente para remover em 15, 20 dias a raiz residual.

Não é uma cirurgia agressiva, não é terrível. É super delicada, super vagarosa e você vai passar bem, tá? Então, assim, tudo uma questão de planejamento e de conversa com o paciente. Nunca se faz uma cirurgia sem planejar, sem conversar, sem que você, paciente, saiba exatamente tudo que pode acontecer. Às vezes, a gente não fala na linguagem odontológica para não assustar ou para você não deixar de entender, mas eu acho que explicando corretamente é muito mais leve o fardo para ambos. Porque cirurgia é cirurgia, né? Ela tem o seu nível de sucesso, tem o seu nível de complicação. E você tem que estar integralmente compreendendo todas as situações, para você nos ajudar a se recuperar e que a gente consiga cuidar de você da melhor forma possível. Tá bom?

Aí, sejado o perigo, não, gente. Ela não é perigosa, tá? Alguns casos, algumas situações que a raiz e do alvéolo ela precisa sempre ser acompanhada. Têm algumas situações que raízes residuais antigas podem estar com uma lesãozinha, um cisto, é um pontinho lá, uma pequena raiz no meio da mandíbula, da maxila acompanhada de um alo inflamatório, é um cisto, é uma membrana aqui dentro, tem líquido e ela englobou a tua raiz, porque isso que esse cisto é, é uma coisa maligna? Não, é o organismo tentou encapsular essa raiz para mandar embora, proteger você, né, dessa raiz, desse corpo estranho. É isso que o organismo faz, quando ele encontra uma substância estranha no corpo, ele encapsula, logo de cara ele prende. São os policiais do corpo, você entendeu?

O corpo estranho prende. Depois a gente vê o que resolve. Então, o cisto tá prendendo ali aquela raiz, para se tiver bactéria tudo ele contém. Essa bactéria dentro dos cistos. Quando a gente encontra um cisto através de radiografia, o ideal é a gente tratar, intervir e remover, porque o cisto ele tá contendo a raiz. Ele não tá dizendo que você tá encrencado, ele tá dizendo que ele tá te defendendo dos males que essa raiz pode causar. Então, a gente intervém, sim, faz uma pequena cirurgia, remove aquele cisto, aquela raiz. Deixa tudo limpinho em poucos meses. Você tá com aquela parte óssea perfeita, tá bom?

É isso aí, se você tiver alguma dúvida, alguma questão, entre em contato comigo aqui pelos comentários, que a gente responde, tá bom? Grande beijo para você, sucesso, boa recuperação. Até a próxima!

Fonte: Extrai um dente e ficou um PEDAÇO de RAIZ tem (PERIGO???) E agora, preciso tirar? Raiz residual por Dicas da Dra. Anamaria