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Influência do mês de nascimento na predisposição à esclerose múltipla: análise por Dr. Lair Ribeiro

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Isso é muito importante entender: para cada pessoa que morre por se expor excessivamente ao sol, você tem 200 pessoas morrendo pelo contrário. O fogo ia todo para cada um dos 200. É alarmante!
Um exemplo disso é o aposentado que vai para a praia todos os dias, se expondo ao sol sem proteção, e acaba causando danos à sua saúde. Isso acontece muito com pacientes hipertensos, pois a falta de cuidado com a exposição solar pode desencadear problemas como hipertensão arterial.
Mas por que isso acontece? A resposta está na vitamina D. Quando uma pessoa hipertensa com deficiência de vitamina D começa a tomar suplementação dessa vitamina, é possível observar melhorias significativas na pressão arterial. Portanto, é fundamental estar atento à deficiência de vitamina D nos pacientes hipertensos e tratar dessa deficiência para reduzir a necessidade de medicamentos.
Outra doença em que a vitamina D desempenha um papel importante é a esclerose múltipla. Estudos têm mostrado que há uma correlação entre a incidência de esclerose múltipla e a latitude em que uma pessoa nasceu. Por exemplo, crianças nascidas nos Estados Unidos em maio têm muito mais chances de desenvolver esclerose múltipla quando adultas do que aquelas que nasceram em novembro. Isso ocorre porque as crianças nascidas em maio passaram a maior parte do tempo dentro do útero da mãe durante o inverno, quando a produção de vitamina D é menor. A deficiência de vitamina D tem sido associada a um maior risco de desenvolver esclerose múltipla, portanto, é necessário garantir níveis adequados dessa vitamina para prevenir essa doença.
Além disso, a exposição solar tem sido correlacionada com a incidência de vários tipos de câncer. Quanto mais longe uma pessoa estiver do equador, maior é a incidência de câncer renal, câncer de mama, câncer de cólon, entre outros. Essa relação entre exposição solar e câncer também pode ser observada em países como Austrália, onde o uso de filtro solar é muito comum. Curiosamente, é nesses lugares que se observa um aumento na incidência de melanoma, um tipo de câncer de pele. Portanto, é importante ressaltar que o filtro solar não previne o melanoma e, em alguns casos, pode até aumentar sua incidência.
A deficiência de vitamina D também está associada a outros problemas de saúde, como osteoporose, hipertensão arterial, doenças cardíacas e depressão. Portanto, é fundamental garantir níveis adequados de vitamina D para manter a saúde em dia.
Infelizmente, o uso indiscriminado de filtros solares também tem suas consequências. Muitos filtros solares contêm ingredientes tóxicos, que podem ser absorvidos pela pele e funcionar como xenobióticos, ou seja, substâncias estranhas ao organismo. Além disso, alguns filtros solares contêm substâncias que agem como estrogênio, podendo causar alterações hormonais e até mesmo aumento de peso e celulite.
Diante de todos esses fatos, é importante repensar nossa relação com a exposição solar e o uso de filtros solares. É necessário encontrar um equilíbrio entre a obtenção dos benefícios da luz solar e a proteção contra danos causados pela radiação ultravioleta. O ideal é buscar orientação médica e adotar medidas adequadas de proteção solar, como a exposição gradual ao sol, uso de chapéus e roupas que cubram a pele, além do uso de filtros solares mais naturais e livres de substâncias tóxicas.
Em suma, é fundamental entender a importância da vitamina D e da exposição solar adequada para a nossa saúde. A deficiência de vitamina D tem sido associada a uma série de problemas de saúde, e a exposição solar desempenha um papel crucial na produção dessa vitamina em nosso organismo. Portanto, devemos encontrar um equilíbrio saudável entre a obtenção dos benefícios da luz solar e a proteção contra danos causados pela radiação ultravioleta.
Fonte: Nascer em MAIO tem mais chance ter esclerose múltipla do que quem nasce em NOVEMBRO| Dr Lair Ribeiro por U MIÓ QUE TÁ TENO