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Resposta imune a infecções virais: um guia completo sobre imunologia

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Este é um vídeo de demonologia sobre a resposta imune às infecções virais. Vamos iniciar com uma linha de raciocínio muito simples: quando o vírus entra em nosso corpo e causa uma agressão, esta agressão não pode simplesmente caminhar na história natural da doença e causar uma infecção. A resposta do nosso corpo a isso é a resposta imune.
Então, o vírus é um parasita obrigatório e normalmente possui apenas um tipo de ácido nucléico que o replica. Ele possui um capsídeo, mas não tem núcleo, citoplasma ou mitocôndrias. A agressão dele é causada pelo mecanismo de replicação viral.
Para que o vírus possa infectar nossa célula, ele precisa se ligar em algum receptor. Isso requer adesão. Após a adesão, ocorre a penetração, que pode ser por uma vesícula ou por fusão. Em seguida, ocorre o desnudamento dentro da célula e a expressão gênica, que é comandada pelo RNA mensageiro. A transcrição dos genes acontece, seguida pela síntese do RNA mensageiro. Depois, ocorre a tradução usando o ribossomo da célula hospedeira. Logo em seguida, temos a montagem e o empacotamento do material genético produzido no capsídeo. Isso causa a agressão da célula, resultando na liberação do vírus. A liberação pode acontecer pela lise celular ou por brotamento, onde a célula que fez o vírus continua viva. Outra possibilidade é a integração do DNA viral ao DNA da célula hospedeira, tornando-se um profago. Essa atração viral no plasma pode acontecer por horas, durante o período de eclipse, quando não é possível enxergar nada. Esse período é justamente quando está ocorrendo a replicação viral, antes do vírus sair da célula.
Falando um pouco da história natural da doença, temos alguns períodos importantes para se observar. O período de incubação é o tempo que vai desde a exposição ao vírus ou qualquer microorganismo causador da doença até o momento em que o sintoma da doença se manifesta. Dentro desse período, temos um período de latência, que é a períada de disposição antes da infecção se manifestar. Depois, temos o período sintomático da doença em si. E, por fim, o período de recuperação ou infecção latente.
Agora, vamos falar um pouco sobre a infecção. A transmissão do vírus pode ocorrer tanto verticalmente, da mãe para o filho, quanto horizontalmente. A transmissão pode ser uma infecção localizada ou uma infecção sistêmica, afetando as células. O vírus pode causar a morte da célula, inibir a síntese de estruturas da própria célula ou estimular o aumento da célula, formando células multinucleadas. Também pode ocorrer a transformação maligna das células ou até mesmo ausência de alteração morfológica.
A resposta imune pode ser uma resposta inata ou uma resposta adaptativa. Na resposta inata, temos as barreiras do nosso corpo, como espirrar ou tossir para evitar a entrada do vírus, a pele que protege contra a penetração, o pH do estômago que impede a proliferação do vírus, entre outros. Também temos o interferon, que é produzido pelos leucócitos e pelos fibroblastos. Ele tem o efeito antiviral, inibindo a síntese do vírus e ativando macrófagos, células natural killers e células destruidoras específicas. Além disso, temos a fagocitose, febre, inflamação, defesa e ativação do sistema complemento.
Outra forma de ativar a imunidade inata é quando o vírus entra na célula e esta célula apresenta o pedaço do vírus através da emergência de classe 1. Isso é reconhecido pelas células citotóxicas que também produzem perfurinas. Essas células causam a morte celular. As células apresentadoras de antígeno também podem ser ativadas pelo interferon, estimulando a produção de citocinas. Essas citocinas estimulam as células auxiliares TCD4 a produzirem mais citocinas, ativando as células NK, que também produzem perfurinas e granzimas, causando a morte celular.
Em resumo, nosso corpo possui mecanismos de defesa inatos que agem contra as infecções virais, como barreiras físicas, interferon, fagocitose e ativação do sistema complemento. Além disso, temos a resposta imune adaptativa que é mais específica para cada tipo de vírus. Esses mecanismos de defesa são essenciais para combater as infecções virais e evitar a disseminação da doença.
Fonte: Imunologia- Resposta imune a infecções virais por med para estudantes