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Fraturas de estresse nos pés: causas, sintomas e tratamento.

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Fraturas de Stress nos Pés

As fraturas de stress nos pés correspondem a 2% de todas as lesões em atletas, mas também podem ocorrer em pessoas normais. Vamos descobrir quais são os sintomas, causas e como tratar.

Se você fez uma caminhada completamente fora de propósito, não era seu intento inicial. Eventualmente, você caminhou 10 quilômetros acompanhando o grupo. No outro dia, começou a sentir uma dor no peito do pé, e essa dor vem piorando a cada vez que você pisa no chão. Essa dor pode ser localizada ou difusa. Você toca no pé procurando encontrar algum ponto que incomoda demais. Às vezes encontra, às vezes não. Pode ser realmente difícil de fazer uma determinação mais clara, inclusive pelo médico no exame físico, de onde está o foco da dor. Às vezes, nota-se inclusive um edema (inchaço) naquela área mais afetada, que pode ficar um pouco avermelhado (chama-se eritema). Ou seja, o sangue está fluindo com mais frequência e volume nessa área da fratura.

Porém, como eu disse, muitas vezes é difícil fazer esse diagnóstico. Então, as pessoas acabam se acostumando a caminhar e, ao cabo de vários dias ou semanas, essa fratura pode aumentar, deslocar os ossos e cada vez ficar mais difícil de tratar.

Causas e Diagnóstico

Quais são as causas da fratura de estresse, que tem uma frequência tão importante e provavelmente subdiagnosticada em várias situações? As pessoas, muitas vezes, fazem repouso e a fratura consolida ao natural. O mais importante, justamente, são as mudanças de rotina na marcha. Por exemplo, mudar o calçado para um que não tenha a espuma adequada em baixo, usar um calçado muito velho ou fazer a mesma rotina com mudança de técnica no exercício físico ou na caminhada, fazer algum tipo de atividade para a qual a pessoa não está acostumada. Os ossos do pé não estão acostumados e, com isso, transferem a energia mecânica aos ossos, que por alguma situação podem se tornar mais quebradiços. Outras causas possíveis são erros no treinamento ou na técnica de treinamento, atividades repetitivas, como esportes de alto impacto, como corrida de longa distância, triatlo, basquete, tênis, ginástica olímpica e até dança. Muitas vezes, recomendada para várias pessoas como forma de manter a forma física. Muitas vezes, a pessoa vai para uma rotina que não está acostumada e pode acontecer o processo de fratura de estresse.

Como fazer o diagnóstico? A primeira e mais importante etapa é o exame físico, a consulta com o médico. Ele vai procurar encontrar algum ponto que possa estar acontecendo uma fratura de estresse, fazer o diagnóstico diferencial e, muitas vezes, solicitar exames. Uma situação interessante que acontece é que o raio-x muitas vezes não aponta a fratura. Isso porque o traço de fratura pode ser muito pequeno, pode ser muito inicial e, portanto, o raio-x não tem sensibilidade para detecção desse tipo de situação. Portanto, raio-x normal numa situação de dor no pé ocasionada pelos problemas que já comentei anteriormente não é fácil diagnosticar a fratura de estresse. Outros métodos diagnósticos devem ser utilizados, como a cintilografia do esqueleto, que pode mostrar um ponto preto onde existe o traço de fratura, que é uma área inflamada. Ou então a ressonância magnética, que muitas vezes também mostra qual é o ponto onde existe uma separação dos ossos. Isso é algo muito sutil em vários casos e deve ser diagnosticado apenas através desses exames que muitos consideram de exceção, mas nessas circunstâncias são indispensáveis.

Tratamento e Prevenção

Como tratar uma fratura de estresse? O primeiro ponto mais importante é o repouso. Não colocar esse pé no chão. O período de repouso é justamente o período que leva para uma fratura consolidar, e isso é de seis a oito semanas na grande maioria das pessoas. Nesse período, pode-se usar analgésicos e anti-inflamatórios, repousar com o pé elevado. Algumas pessoas utilizam inclusive aquelas bengalas canadenses, muletas, se preferir. Mas as canadenses são mais leves e fáceis de utilizar, pelo menos em um dos braços, que seria o oposto ao lado do local da fratura, retirando o peso do corpo da pessoa sobre o pé afetado. O ideal seria então não colocar peso sobre esse pé na angulação na caminhada.

Muitas vezes, o ortopedista deve ser consultado, pois ele pode necessitar colocar um gesso ou, melhor ainda, aqueles tipos de botas plásticas que não pesam muito e que vão facilitar a consolidação. Em casos raros, é necessário fazer cirurgia, quando os fragmentos não estão em posição exata ou quando ocorre uma modificação da posição anatômica desses fragmentos. O médico, então, necessita fazer uma fixação interna, colocando um fio de aço e acomodando os dois fragmentos em posição. Só depois é retirado, é claro, mas permite que a fratura consolide de forma adequada e você não tenha sequelas no futuro.

Para prevenir uma nova fratura de estresse, é importante tratar qualquer deficiência de vitamina D, que muitas vezes está associada a esse problema devido ao metabolismo ósseo. Além disso, é importante trocar o tipo de atividade física, por exemplo, em vez de voltar a correr depois de se recuperar, você pode nadar e retirar o estresse mecânico físico daquela área. É muito importante também retornar gradualmente, com moderação e seguindo a recomendação médica e do fisioterapeuta ao voltar à atividade que ocasionou o problema. Acertar o seu calçado e, eventualmente, realizar uma avaliação com um podólogo pode auxiliar. Verificar a pressão anômala em determinadas áreas do pé e verificar também alguma alteração que possa ser corrigida por algum produto ortopédico. Além das palmilhas, existem vários produtos que podem ser indicados pelo ortopedista ou pelo reumatologista.

Fonte: Fraturas de estresse nos pés, nada a ver com o psicológico da pessoa! por Doutor von Mühlen: um médico para todos!

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