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Minha batalha contra o câncer de Linfoma: história e superação

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Minha luta contra o câncer

Olá pessoal, aqui é a Sacarose Migone. Resolvi gravar esse vídeo para contar um pouco da minha luta contra o câncer e também como forma de agradecimento a todas as pessoas que estão me apoiando. Recebi tantas mensagens que eu não vou conseguir responder, de pessoas que nem conheço, e as pessoas se comoveram e me mandaram uma mensagem de carinho.

Estou aqui para contar um pouquinho da história, mesmo porque todo mundo me pergunta como eu descobri, como tudo começou. Então vou tentar ser breve, mesmo que o vídeo esteja ficando muito longo.

Em abril do ano passado, eu comecei a ter uma tosse seca. Mas, como estava todo mundo com tosse, já que estava muito seco na época no estado de São Paulo, eu não dei muita importância. A tosse vinha e voltava, e eu fui deixando. Até que um dia, minha mãe que tanto falou, eu resolvi procurar um médico.

Só que também estava sentindo suores noturnos e transpirava muito à noite, coisa que não é normal. Nunca fui de transpirar e a ponto de levantar e tomar banho, trocar o pijama. E também no final da tarde, às vezes tinha dias em que eu sentia que ia ficar doente, sabe aquela sensação de corpo ruim? Eu estava assim também.

Aí, fui procurar o médico. Procurei um clínico geral e ele pediu vários exames. Só que no dia que fui nele, eu não estava com tosse, então a família não vou nem comentar porque não tenho a tosse, passou, então não tem muita importância.

Ele pediu exames de sangue, como TSH, T4 livre, por exemplo, já que tinha tido neném há pouco tempo. Ele até falou que podia ser devido à gestação e amamentação, e então eu comecei a tomar uma vitamina e tudo bem.

Depois de um tempo, a tosse voltou e eu voltei nele. Ele pediu um raio-x do pulmão e um raio-x do tórax. Saíram algumas manchinhas, mas quando fui levar o exame pra ele, ele estava viajando.

Então mandei a mensagem com a foto do resultado para o meu cunhado, que é médico, e ele me encaminhou para o médico pneumologista da cidade de Araras. O médico achou estranho também, mas como a imagem não estava muito boa, ele pediu uma tomografia.

Na tomografia, deu também vários nódulos no pulmão. A princípio, a gente desconfiou de tuberculose. Mas como tinha um nódulo um pouco maior, ele me encaminhou para um hematologista.

O hematologista pediu uma biópsia do pulmão. Acabou que não deu certo, não deu resultado nenhum, não pegou o lugar certo.

Aí ele achou melhor me encaminhar a uma hematologista. A hematologista pediu um PET-Scan, que é um exame que mapeia o corpo inteiro, realmente quem tem suspeita de câncer faz esse exame antes e depois para acompanhar como está a evolução.

Eu fui realizar esse exame, entendem? E a gente já esperava Linfoma, mas existem dois tipos de Linfoma, o Linfoma de Hodgkin e o Linfoma não-Hodkin. Eu precisava saber qual era, e para saber qual era, eu tinha que fazer a biópsia.

Quando fui levar o resultado do exame do PET-Scan para a minha médica, ela também estava viajando em um congresso. E aí novamente, me viro para o meu Estado, com o meu cunhado. Ele me encaminhou para um especialista em São Paulo.

Fui para o especialista, levei o resultado do exame e lá eu fiquei internada e fiz mais três biópsias que saíram. E aí veio o resultado de que já estava com Linfoma de Hodgkin.

Comecei um protocolo de quimioterapia, que são 12 sessões do tipo ABVD. Quando eu fiz a 4ª quimioterapia, repeti o PET-Scan para saber como estava a evolução. Se não tivesse dado certo, teria que mudar o tipo de quimioterapia.

Graças a Deus, pela minha fé, pelas orações, pelos pensamentos positivos, deu certo. A quimioterapia funcionou. 90% dos nódulos já tinham sumido e os que ficaram estavam sem atividade.

Agora, tenho que finalizar as 12 quimioterapias. Hoje faço a nona quimioterapia. Vão acontecer mais três. Depois, se Deus quiser, eu realizo a última. E não vai mais ter nada, se fiz era para ter, mas estou aqui principalmente para agradecer as mensagens de carinho, para agradecer os pensamentos positivos, para agradecer as visitas que foram recebidas na minha casa, que foram muito especiais.

Mesmo sendo muito otimista desde o começo, eu fui muito otimista, mas eu acho que a gente não pode desanimar. Doença jamais. Tem tanta coisa para viver, em função do meu filho, do meu marido e da minha família. Não quero viver com a doença, não quero isso para mim. Coloquei isso na minha cabeça. E não é fácil, mas com a cabeça, não acha que é fácil. Eu não acho que é fácil.

Estou gravando esse vídeo careca para vocês, mas eu vou mostrar que eu estou super bem, bonita igual era. Porque eu sempre cuidei muito bem do meu cabelo. E também rosinha no cabelo.

Ajudar as pessoas. Porque quando a gente descobre uma doença dessas, a gente vê quantas pessoas têm também essa doença. A gente não repara. E quando descobri a doença, procurei muita coisa na internet e realmente só achei coisa ruim.

Foram poucos os vídeos ou comentários de pessoas que depositam positividade. Eu acho que as pessoas não saem gostam disso, não sei porquê. Mas estou gravando esse vídeo para mostrar que a minha luta está sendo muito boa, com muito otimismo e com muitos amigos próximos.

E quero muito que as pessoas que estão passando por isso tenham essas mensagens de carinho, e que seja um incentivo. Eu não sei se eu posso ajudar, as pessoas podem definir, mas que seja um incentivo para que levem o tratamento até o final. E não é fácil. A quimioterapia é muito difícil, a gente fica enjoada, fica mal. Depois de três dias passa. Aí a hora de realizar outra sessão.

Mas aqui estamos, e tenho certeza que todo mundo vai estar sorrindo e falando da vitória. Eu vou fazer uma live no Facebook para vocês quando acabar as minhas quimioterapias, para verem o quanto eu estou bem. E tenho certeza que vou estar bem. Quero agradecer muito mesmo a todos vocês, de coração, por todas as mensagens, para mim e para minhas amigas. Que fizeram muita amizade por conta da doença.

Fonte: Minha luta contra o câncer! (Linfoma) por Carol Zaniboni