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Herpes-zóster: uma doença comum que merece atenção (Programa 132 da FolhaTV)

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Herpes Zoster: Mais comum do que se imagina

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre a herpes zoster, mas a doença é mais comum do que se imagina. Estima-se que a maioria das pessoas carrega o vírus sem saber.

Eu, Vânia, não cheguei a desenvolver o herpes zoster, mas conheci a doença de perto. Já tive familiares e amigos que sofreram com essa doença terrível, com dores intensas. Como fisioterapeuta, já atendi e tenho muitos pacientes idosos com herpes zoster. “Tenho pacientes neurológicos, e todos já tiveram muitos casos de idosos com a doença. As dores são terríveis”, diz Vânia.

No mês passado, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia lançou uma campanha educativa sobre a doença. Vânia logo aderiu e optou pela vacina, mesmo antes de completar 50 anos. “Você pode tomar antes como forma de prevenção”, explica ela.

A vacina contra o herpes zoster pode ser tomada desde que haja prescrição médica. A prevenção é incentivada em Havana, onde estão sendo organizadas campanhas de vacinação na clínica de fisioterapia. Com o aumento de casos, especialmente no inverno, a prevenção é fundamental.

Para Vânia, o importante é disseminar a informação sobre a doença. “Muitas pessoas não tinham ouvido falar e não sabiam das consequências, como as dores intensas e a dificuldade no controle. É necessário conscientizar a população”, destaca.

Um paciente da clínica, José, de 78 anos, admitiu não conhecer nada sobre a doença. Mas por orientação médica, decidiu se vacinar. “Eu achei que era prudente, juntamente com aquelas vacinas que todo idoso deve tomar todos os anos. Essa também faz muito bem e é principalmente pela prevenção”, afirma.

Estima-se que 95% das pessoas em todo o mundo carregam o vírus da herpes zoster. Pesquisas mostram que uma em cada três pessoas deve desenvolver a doença ao longo da vida. O vírus da catapora, que acomete principalmente crianças, se instala nos gânglios nervosos da coluna. E, em alguns casos, pode acordar e se multiplicar, causando a inflamação do nervo sensitivo.

As lesões na pele são o primeiro sinal visível da doença, que é caracterizada por bolhas e vesículas. No entanto, a dor é o primeiro grande sintoma do herpes zoster. As lesões não costumam ter complicações, mas em alguns casos pode ocorrer uma infecção secundária. “O problema do herpes zoster é a dor, que pode ser muito intensa e até incapacitar o paciente”, explica Vânia.

O herpes zoster é diferente da varicela ou catapora. Enquanto a catapora é uma doença sistêmica, a primeira infecção pelo herpes zoster é localizada em um único nervo. A lesão e a dor da herpes zoster são muito mais intensas do que as do herpes labial ou genital.

A doença está diretamente relacionada à idade. Normalmente, a catapora acomete principalmente as crianças. Mas com o passar dos anos, o sistema imunológico começa a diminuir a produção de anticorpos específicos, o que proporciona a oportunidade para o vírus se multiplicar.

O tratamento existe e é feito com antivirais. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores serão as chances de complicações, como a neuralgia pós-herpética. A demora no tratamento pode deixar sequelas, como a destruição do nervo.

A prevenção é possível através da vacinação. Além disso, é importante evitar a catapora, caso ainda não se tenha tido a doença. Desde janeiro, a vacina preventiva do herpes zoster está disponível no Brasil. A aceitação da população tem sido boa, praticamente sem relatos de reações adversas.

A vacina é indicada para pessoas com mais de 50 anos e tem uma única aplicação. É uma forma essencial de prevenção contra o herpes zoster. A conscientização sobre a doença é fundamental para evitar a dor intensa e as complicações que ela pode trazer.

Fonte: FolhaTV Programa 132 – Herpes-zóster é uma doença mais comum que se imagina por Folha de Londrina