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Fratura de Colles na extremidade distal do rádio: sintomas, tratamento e recuperação

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Fratura Distal do Rádio

A fratura distal do rádio é a mais frequente dentro do membro superior e, apesar de existir diferentes técnicas para o seu tratamento, ainda não existe evidência científica consistente que permita uma decisão segura para o tratamento adequado de cada tipo de fratura. Principalmente para as fraturas instáveis, na literatura podemos encontrar uma variedade de métodos de tratamento que se justificam pela complexidade da lesão e não há uma uniformidade dos resultados. Em 1873, Colles descreveu um método conservador de tratamento que consistia na redução correta e imobilização gessada, resultando em um bom prognóstico independente do tipo de fratura e do método utilizado.

Nas últimas décadas, vários estudos demonstraram que as fraturas que apresentam características de instabilidade não têm bons resultados quando tratadas pelo método conservador, ou seja, redução incruenta e imobilização gessada. Ocorre consolidação viciosa em até setenta por cento desses casos. As fraturas consideradas instáveis necessitam de métodos cirúrgicos para a sua estabilização. Para tal, são descritas várias técnicas de fixação, associadas ou não ao preenchimento das falhas ósseas. A decisão do melhor tipo de tratamento dessas fraturas é fundamental e é baseada na classificação adequada, considerando o grau de instabilidade, a redutibilidade, o mecanismo de fratura e as lesões associadas.

Para o tratamento das fraturas da extremidade distal do rádio, um objetivo principal é a restauração da anatomia, sobretudo quando existe comprometimento articular. Existem fraturas sem desvio ou com desvio reduzível que são estáveis. Geralmente ocorrem em pacientes que não apresentam perda de massa óssea e são fraturas provocadas por traumas de baixa energia cinética, com traço e configuração estáveis e pouco ou nenhum acometimento articular. Essas fraturas são tratadas conservadoramente com imobilização gessada e apresentam um bom prognóstico.

As fraturas irredutíveis são geralmente cominutivas, ou seja, possuem fragmentos ósseos múltiplos. Esse tipo de fratura é produzido por traumas de alta energia cinética em jovens ou em pacientes com grande perda de massa óssea, podendo apresentar intenso comprometimento articular. Às vezes, estão associadas a lesões ligamentares ou de partes moles, como tendões e nervos. Essas fraturas necessitam de tratamento cirúrgico com redução aberta, fixação interna e preenchimento da falha óssea. O prognóstico dessas lesões é reservado por serem fraturas complexas.

Para as fraturas com desvios redutíveis e estáveis, o tratamento adequado é a redução incruenta e a estabilização com um método de fixação interna ou externa. O prognóstico varia para esse tipo de fratura. Esse tipo constitui a grande maioria das fraturas da extremidade distal do rádio, com pico de ocorrência no sexo feminino a partir dos 40 anos, em consequência de acidentes domésticos. Apresenta uma variável de grau de acometimento articular e instabilidade, sendo esse grupo o principal ponto de divergência para o tratamento das fraturas distais do rádio na literatura.

Vários métodos de tratamento têm sido propostos, porém não existe uma evidência científica suficiente para a decisão sobre o melhor método de tratamento para as fraturas distais do rádio reduzíveis e instáveis. Observou-se que o aparelho de gesso, na maioria das vezes, não consegue manter a redução, resultando frequentemente na consolidação viciosa. Os métodos de fixação percutânea conseguem manter a redução e favorecer a consolidação da fratura. Os fixadores externos devem ser reservados para fraturas articulares e, quando não há uma falha óssea, é recomendada a correção com enxerto ósseo ou com materiais de substituição, o que abrevia o período de imobilização e previne fraturas articulares complexas.

Espero que esse texto tenha contribuído para o seu aprendizado e tirado suas dúvidas sobre a fratura distal do rádio e seus possíveis tratamentos. Caso exista alguma dúvida, deixe nos comentários que eu irei responder. Lembre-se de se inscrever em nosso canal, deixar o seu “like” neste vídeo e compartilhá-lo em suas redes sociais. Obrigado por nos acompanhar!

Fonte: FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO – FRATURA DE COLLES por Fisio Runner Brasil Oficial