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Como controlar uma crise de pânico: dicas eficazes.


E olha só, pessoal, entrementes, vamos discutir hoje aqui no YouTube a questão de como controlar uma crise de pânico. Para começar, eu queria discutir um pouquinho com vocês o seguinte: o que é uma crise de pânico? Uma crise de pânico é um momento na vida da pessoa que, em geral, pode durar de 15 a 40 minutos, em que a pessoa tem uma reação aguda de ansiedade. Nessa reação aguda de ansiedade, ela tem sintomas físicos muito desagradáveis: taquicardia, sudorese excessiva, falta de ar, sensação de desmaio, dor de barriga, vontade de ir ao banheiro, formigamento da pele, além de uma sensação de que tem uma dificuldade de perceber um pouco o mundo, é o que tá acontecendo em volta dela. Tudo isso são características, sintomas de uma crise de pânico. Além disso, existe todo um componente emocional a essas sensações, né? Uma pessoa tem muito medo, a pessoa acredita que ela pode estar morrendo, ela pode estar perdendo o controle, que ela vai desmaiar, que ela tá enlouquecendo, que ela percebe as coisas de uma forma muito peculiar. Então, é esse sintomas físicos, mas esses sintomas emocionais que acompanham a crise de pânico é o que faz esse momento extremamente desagradável. A pessoa fica muito angustiada, a pessoa tem medo e é um desconforto físico e emocional muito grande.
Então, isso é uma crise de pânico, tá? Ou uma crise de ansiedade. Se essas crises começam a se repetir com alguma frequência, a gente pode começar a pensar num diagnóstico de síndrome do pânico, a síndrome do pânico. Então, não é um tipo de ansiedade que dura alguns meses e que marca algumas dessas crises de pânico de repetição. E essas crises que eu contei a pouco, para vocês, e aí, quando a gente tem uma síndrome do pânico, normalmente o melhor recurso é procurar um profissional de saúde mental para que ele possa avaliar, diagnosticar e instituir o tratamento. O tratamento passa por psicoterapia e, muitas vezes, passa por uma questão medicamentosa, ou seja, alguns remédios que vão ajudar a controlar a ansiedade e que vão tratar essa ansiedade. Então, é muito importante que a pessoa receba atenção de um profissional ou de alguns profissionais da área da saúde mental.
Agora, a pessoa sozinha, ela faz um momento que ela tem a crise de pânico, pois é pessoal, das primeiras crises, dá para fazer muito pouco porque a gente não sabe o que tá acontecendo, a gente fica realmente paralisado, tem muito pânico, tem muito medo, fica muito angustiado, né? É tanto é que muitas pessoas com crise de pânico chegam a pronto-socorros porque ele tem uma sensação eminente de morte, que estão tendo infarto, por exemplo, né, as primeiras crises. A pessoa tem uma dificuldade muito grande de entender o que que tá acontecendo, já acreditar que aquilo é sua ansiedade e conseguir controlar melhor as crises. Normalmente, é as pessoas procuram algum tipo de suporte médico um tempo. Conhecendo melhor o que que tá acontecendo muitas vezes, conversando com o profissional, a pessoa consegue e muitas vezes administrar um pouco esse momento da crise. Ela sabe que a crise tem começo, meio e fim, ela sabe de alguma forma que se ela conseguisse preservar durante esses minutos ou durante esse pico, ela vai melhorar. Isso é uma questão muito importante. Ela entende que ela não vai ter um infarto ali, entende que ela não vai morrer, ela entende que ela vai ficar louca, ela entende que ela não vai perder o controle para sempre, né? É das suas possibilidades de saber o que tá acontecendo com ela. Enfim, ela consegue localizar essa crise e limitar o impacto e o alcance.
Isso, pessoal, eu acho que é muito importante e uma questão prática que muitos especialistas costumam recomendar, é a questão do controle da respiração. É que é muitas vezes a pessoa tende a hiperventilar, ela respira muito rápido, isso pode até aumentar as sensações desagradáveis, as sensações físicas, os sintomas que ela tá tendo. Então, se ela aprende a respirar por mais calma, com começo, meio e fim, ela consegue controlar um pouco melhor essa frequência respiratória e ela consegue, às vezes, diminuir alguns sintomas. Muitos especialistas ensinam truques com saquinho, né, pegar um saquinho desse de pão, por exemplo, e inspirar e expirar como se aquele saquinho fosse seu pulmão. Então, coloca ar pra dentro e coloca ar para fora. Daí vai aprendendo a respirar nesse momento mais agudo da crise. Essa é uma possibilidade pessoal para ajudar.
Eu fiz uma listinha básica de coisas para fazer num momento de crise. A primeira questão é o que eu falei para vocês, né, controle da respiração. Uso de saquinho, se você não tiver um saquinho, feche os olhos e respire profundamente. A segunda questão, que acho que é importante, é tentar focar em sensações físicas que são presentes e que são familiares no seu dia a dia. Tocar um tecido, tocar uma almofada, enfim, é estar próximo de alguma coisa que faça você se sentir mais seguro. É outra questão importante é tentar desfocar de você mesmo, da tua ansiedade e tentar focar a tua atenção em um objeto. Isso pode ser também de uma ajuda importante. Falei de meditação, essa coisa de estar aqui agora, tentar relaxar, tentar concentrar é para que você consiga desfocar, não ficar presa a crise de ansiedade. Acho que são outro ponto muito importante é falei naquelas sensações familiares. Às vezes, um cheiro que traz conforto também é bacana, né? Então, se você tem em casa uma essência, é um cheiro, alguma coisa que te provoca uma sensação de bem-estar, isso pode ajudar também.
E, por último, né, é depois de ter passado pelo médico, saiba que você tem remédio e que tá disposição e que você pode eventualmente recorrer o remédio se a crise tiver se instalando. É muito importante que a pessoa entenda aqui no que ela tem, a conversa com seu médico, converse com seu profissional de saúde mental, de juntar com ele ou com ela, discuta as melhores formas de tentar controlar a crise, para que isso possa impactar menos a sua vida. Há recursos medicamentosos. A pessoa pode tomar e rapidamente podem diminuir o nível de ansiedade, mas tudo isso não pode ser feito por conta própria, simples sob a supervisão do médico e o uso do remédio por um tempo limitado.
É isso, pessoal. Acho que a gente conseguiu ser um pouquinho sobre crise de pânico, síndrome do pânico, como tentar controlar por conta própria e até o tratamento medicamentoso e o tratamento psicoterápico da pessoa que está enfrentando a síndrome do pânico. Tá bom, é isso aí, pessoal. Espero que vocês tenham curtido esse conteúdo, que vocês tenham aproveitado essa discussão aqui no entrementes. Então, nos acompanhe, porque toda semana a gente posta conteúdos muito bacanas, muito informativos para que você possa saber mais e conhecer melhor a sua saúde mental. Tá bom, beijos.
Fonte: Aprenda a controlar uma crise de pânico por Drauzio Varella