Doenças do sangue: linfoma e leucemia.

Minha História

Olá galera, meu nome é Cíntia, tenho 37 anos e sou a nova apresentadora da TV. Agora vou contar um pouco da minha história, vem comigo que eu te conto.

Em 2003 descobri um linfoma de Roddick em estágio 4. Não foi uma coisa muito fácil, mas eu sempre fui muito positiva e tentei levar da melhor forma possível. E acredito que eu tenha conseguido. Foram dias muito difíceis, foram internações e óbvios exames, colocação de portugal, punção e a frustração de uma biópsia de medula óssea. Se passaram quatro anos e eu tô aqui pra contar um pouquinho pra vocês. Ele descobriu um linfoma, eu comecei a fazer o exame de toque nas mamas e subir para o pescoço clavícula e percebi duas bolotinhas. Eu chamo linfoma de tínhamos, gente, é meu apelido carinhoso. Daí fui na minha ginecologista, ela examinou me pediu um ultrassom, do ultrassom apareceram mais algumas bolotinhas e dali fui encaminhada por um cirurgião de cabeça e pescoço. De lá em diante foram vários exames de sangue, vários exames de imagem, uma punção e o primeiro diagnóstico em forma de Roddick. Fiz um primeiro PET, estágio 4B. Fiquei meio assustada, porém fui levando, fiz a primeira quimioterapia. Passei muito, muito, muito mal pela primeira vez na vida. Achei que não fosse conseguir passar por uma tempestade e passaram-se seis horas de quimi e estava viva. E foram 12 sessões de ABDE, joguei bastante e comia muito pouco por conta dos enjôos. Tive um chassi assim base, depois eu engordei bastante. Eu estou quase quatro anos em remissão do do linfoma.

Ano passado, comecei a ter umas tromboses de repente do nada. Já estava muito bem, levei um tombo na lombar e eu fiquei com o rosto muito grande devido a essas tromboses. Eu já estava tomando anticoagulante, então qualquer batidinha você fica muito roxa. Fui no hospital no dia seguinte porque estava com um pouquinho de dores nas pernas para desencargos de consciência. Chegando lá fiz um hemograma e eu tive uma big de uma simples lata do meu sangue, uma leucemia.

Naquele mesmo dia, internaram-me. No dia seguinte, fiz um mielograma, um exame da medula para saber realmente se esses gastos era uma leucemia ou não. Para mais uma surpresa da minha vida, assim era uma leucemia mielóide aguda. Segundo a minha médica, eu ia ficar mais ou menos 25 dias na fase a menina que meu terapeuta exames necessários e eu acabei ficando 43 dias. Eu tive inúmeros problemas nessa internação, fui para a cirurgia por conta de um abscesso na lombar onde tinha levado tom, sair da cirurgia com derrame ocular bilateral, sair com vasculite bilateral. Fiquei 15 dias sem andar e que 12 dias sem comer absolutamente nada. Nem água tomava. Que uma cozinha de terceiro grau machucado muito bem na minha boca. Foram dias muito, muito, muito, muito difíceis. Eu cheguei a pensar em dessa vez acho que não vai dar, mas assim sou uma pessoa extremamente teimosa. Tem um é como todas as pessoas na vida, tem seus propósitos. Eu tenho um filho com 14 anos com síndrome de down, tenho família, tenho amigos muito queridos e tenho a mim mesma. Então assim, mais uma vez entrei numa luta e já são sete meses. Fiz três quatro ciclos de química e isso tem sete meses. Entrei na manutenção há três semanas. Essa manutenção vai durar dois anos. São três comprimidos, ele tem praticamente os mesmos efeitos de uma quimioterapia endovenosa. Tô me sentindo bem, tirando alguns enjolos assim, alguns momentos um pouco de cansaço, mas são dois anos pela frente. Aí, eu tenho que ser bem forte. Parece uma história, é o primeiro câncer, câncer difícil chegando foi muito mais difícil. Hoje, eu sou uma pessoa bem diferente. Hoje, tem muito mais vontade de viver, muito mais vontade de envelhecer. Tô aqui pra dizer pra vocês que nada é impossível, pra vocês terem muita, muita, muita força e nada de pessimismo, sempre otimismo e nunca só com o pé direito, sempre com os dois.