Olá pessoal, sou a doutora Maria Fernanda e estou de volta com mais um vídeo para vocês. Se ainda não conhece o canal, não deixe de seguir. Hoje vamos falar sobre um tema muito polêmico: o uso de antidepressivos e sua interferência no desejo sexual.

Os antidepressivos são medicamentos psicotrópicos que atuam no sistema nervoso central, equilibrando a química do cérebro e regulando os neurotransmissores como serotonina, noradrenalina, dopamina, gaba, acetilcolina, glutamato, entre outros.

Cada classe de antidepressivos age de forma diferente e, por isso, os efeitos colaterais também variam de acordo com a tolerância de cada indivíduo. Por exemplo, é comum a ocorrência de disfunção sexual, que pode incluir dificuldade de ereção, retardamento da ejaculação, dificuldade em atingir o orgasmo, diminuição da libido e desaparecimento do desejo sexual.

Para entender melhor essa relação, precisamos falar sobre a serotonina. Os antidepressivos regulam a transmissão desse neurotransmissor, que é responsável por enviar as sensações de bem-estar para o cérebro. Quando a serotonina se liga no receptor 5-ht2, ela diminui a libido, retarda o orgasmo e reduz a capacidade de ativação de outros neurotransmissores como dopamina e norepinefrina, que estão relacionados ao prazer, excitação e motivação.

Porém, nem tudo está perdido. O desejo sexual pode voltar assim que o corpo se acostuma com a medicação ou após o fim do tratamento. Além disso, existem algumas medidas que podem ser tomadas para reverter esse efeito colateral, como o uso de medicações para ajudar na ereção, adição de outros antidepressivos que aumentem a produção de dopamina ou que bloqueiem o receptor 5-ht2, e atividade física regular.

Vale lembrar que tanto a depressão quanto a ansiedade já causam uma diminuição na libido, assim como o estresse do dia a dia. Então, nem sempre a medicação será a principal vilã.

• Medidas possíveis para reverter o efeito colateral:
• Uso de medicações para ajudar na ereção;
• Adição de outros antidepressivos que aumentem a produção de dopamina ou que bloqueiem o receptor 5-ht2;
• Atividade física regular.