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Rupafin

Como o Rupafin funciona?


Rupafin é um anti-histamínico (antialérgico) que age promovendo
o alívio dos sintomas associados à rinite alérgica (inflamação da
mucosa nasal de natureza alérgica) e tratamento da urticária
crônica idiopática (de causa desconhecida). Sua ação se inicia
entre 15 minutos a 1 hora após a administração.

Contraindicação do Rupafin

Este medicamento é contraindicado para pessoas alérgicas ao
fumarato de rupatadina ou a qualquer outro componente de sua
fórmula.

O uso de Rupafin não é recomendado em portador de doença nos
rins e no fígado.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12
anos de idade.

Como usar o Rupafin

Rupafin deve ser usado somente por via
oral.

Você deve tomar o comprimido de Rupafin com auxílio de líquido
(aproximadamente meio copo), podendo ser junto às refeições. Não
ingerir com suco de toranja (grapefruit).

Posologia do Rupafin


Adultos e crianças acima de 12 anos

A dose recomendada é de 10mg (um comprimido) uma vez ao dia, via
oral, com ou sem alimentos.

Idosos

Rupafin deve ser administrado com cautela; até o momento não há
dados que indiquem a necessidade de ajuste da dose.

Dose máxima diária de 10 mg de rupatadina.

No caso de esquecimento, não se deve dobrar a dose. O comprimido
deve ser administrado o mais breve possível e então continuar no
esquema posológico usual.

Caso ocorra ingestão de doses muito altas deste medicamento por
acidente, procure imediatamente um serviço médico e leve a
embalagem com a bula do medicamento. Não há registros de casos de
superdose até o momento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Rupafin?


Caso você esqueça de tomar a dose, tome o comprimido o mais
breve possível e continue a orientação do seu médico. Não dobre a
dose do medicamento em caso de esquecimento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Rupafin

Embora os estudos clínicos mostrem que o Fumarato de Rupatadina
(substância ativa) é seguro em até 4 vezes a sua dose terapêutica,
não é recomendado o seu uso em combinação com cetoconazol,
eritromicina ou outro inibidor potencial da isoenzima CYP3A4 do
citocromo P450, uma vez que estas substâncias ativas aumentam as
concentrações plasmáticas da rupatadina.

Fumarato de Rupatadina (substância ativa) deve ser utilizado com
cautela em pacientes acima de 65 anos, apesar dos estudos clínicos
não mostrarem nenhuma alteração na eficácia ou segurança. Não pode
ser excluída a possibilidade de uma maior sensibilidade em
indivíduos idosos, devido ao pequeno número de pacientes estudados
nessa faixa etária. Não há dados que indiquem a necessidade de
ajuste de dose.

Num estudo com voluntários saudáveis para comparar os resultados
em pacientes adultos jovens e idosos, os valores para AUC e
Cmáx para a rupatadina foram mais altos nos idosos do
que nos adultos jovens. Isso ocorre, provavelmente, devido a uma
diminuição do metabolismo hepático de primeira passagem nos idosos.
Estas diferenças não foram apreciáveis nos metabólitos
analisados.

A de meia-vida média de eliminação da rupatadina nos idosos e
nos jovens voluntários foi de 8,7 horas e 5,9 horas,
respectivamente. Como estes resultados não foram clinicamente
significativos, concluiu-se que não é necessário fazer nenhum
ajuste ao utilizar uma dose de 10mg nos idosos. Deve-se
reconsiderar o seu uso em menores de 12 anos e em portadores de
insuficiência renal e hepática devido à ausência de estudos nessas
populações.

Fumarato de Rupatadina (substância ativa) não sofre influência
de alimentos ou de bebida alcoólica. Sua administração com suco de
toranja (grapefruit) não é recomendada. Num estudo
avaliando a atividade periférica anti-H1 e a atividade sobre o
sistema nervoso central (SNC) de doses únicas orais crescentes,
Fumarato de Rupatadina (substância ativa) (10, 20, 40 e 80 mg) em
voluntários sadios mostrou que nas concentrações de 10 e 20mg não
foram observados efeitos sedativos ou prejudiciais sobre o SNC.

Após o uso de 40mg, apenas um pequeno prejuízo foi observado
(p=0,04) em alguns testes psicomotores. Ainda, os testes de
desempenho psicomotor mostraram prejuízo significativo de magnitude
semelhante somente após 80mg de rupatadina (p=0,02) e de
hidroxizina a 25mg (p=0,01), em estudo com participação também de
placebo. Nenhum efeito periférico anti-colinérgico foi detectado em
qualquer um dos tratamentos avaliados. A fim de avaliar se o
Fumarato de Rupatadina (substância ativa) apresenta eventos
adversos cardiotóxicos, vários experimentos foram conduzidos in
vitro
e, especialmente in vivo.

Em suma, nenhum efeito eletrocardiográfico foi observado em
qualquer das espécies animais (estudos realizados em cães, cobaias
e macacos Rhesus – estas espécies apresentam efeitos
farmacodinâmicos e farmacocinéticos quase que similares à espécie
humana) em doses de rupatadina 100 vezes ou mais a dose
recomendada para seres humanos (≤ 0,2 mg/kg). Todos esses
resultados indicam que o Fumarato de Rupatadina (substância ativa)
apresenta ampla margem de segurança em relação ao sistema
cardiovascular e se comporta muito diferente da terfenadina e do
astemizol. Entretanto, a rupatadina deve ser utilizada com cautela
em pacientes com prolongamento do intervalo QT conhecido,
portadores de hipocalemia e pacientes sob condições arritmogênicas
como bradicardia clinicamente significativa e isquemia miocárdica
aguda.

Como o Fumarato de Rupatadina (substância ativa) nunca foi
administrado em humanos pela via intravenosa, não há dado
disponível sobre sua biodisponibilidade absoluta. Portanto, não é
recomendado o seu uso por outra via além da oral.

Um estudo com o Fumarato de Rupatadina (substância ativa) na
dose de 10mg de rupatadina, não apresentou efeitos clinicamente
significativos na função psicomotora. Entretanto, como qualquer
anti-histamínico, durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Categoria de risco na gravidez B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Não há dados disponíveis sobre a administração de Fumarato de
Rupatadina (substância ativa) na gravidez. Estudos em animais não
indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que se refere
à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou
desenvolvimento pós-natal.

Não há estudos clínicos controlados que forneçam informações se
a rupatadina é excretada no leite materno. Mulheres que estão
amamentando não devem utilizar a rupatadina a menos que o benefício
potencial para a mãe supere o risco potencial para a criança.

Reações Adversas do Rupafin

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Xerostomia (diminuição do fluxo salivar).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Anormalidades na função hepática (fígado), astenia (fraqueza,
cansaço), sonolência, fadiga, cefaleia (dor de cabeça),
mal-estar.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Rash cutâneo (erupção na pele de curta duração),
aumento do apetite, constipação (intestino preso), dor no abdômen
superior ao andar, diarreia, indigestão, náusea, vômito, pirose
(azia), polidipsia (sede constante, exagerada), artralgia (dor na
articulação), mialgia (dor muscular), dorsalgia (dor nas costas),
irritabilidade, epistaxe (sangramento do nariz), secura nasal,
faringite, tosse, dor na faringe, dor na laringe, rinite, aumento
de CPK (tipo de enzima para exame diagnóstico) sérico, aumento de
ALT (TGP) e AST (TGO) (tipos de enzimas do fígado para exame
diagnóstico).

População Especial do Rupafin

Idosos

Este medicamento deve ser usado com cuidado em pacientes acima
de 65 anos. Até o momento, não há dados que indiquem a necessidade
do ajuste de dose para esses pacientes.

Gravidez e amamentação

Mulheres que estão amamentando não devem utilizar a medicação, a
menos que seu médico considere o potencial benéfico materno
superior ao risco potencial do bebê.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após seu término.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Dirigir e operar máquinas

Estudos clínicos demonstraram que Rupafin não influencia na
habilidade de dirigir. Porém, por se tratar de um anti-histamínico,
recomenda-se atenção ao dirigir veículos ou operar máquinas, pois
sua habilidade e atenção podem ser prejudicados.

Composição do Rupafin

Apresentação

Comprimidos 10 mg. Embalagens com 6 e 10 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos de
idade.

Composição

Cada comprimido contém:

12,80mg de Fumarato de rupatadina (equivalente a 10 mg de
rupatadina base).

Excipientes:

amido, celulose microcristalina, óxido de ferro vermelho, óxido
de ferro amarelo, lactose monoidratada e estearato de magnésio.

Superdosagem do Rupafin

Nenhum caso de superdose foi relatado. A ingestão acidental de
doses muito altas deve receber tratamento sintomático com as
medidas de apoio necessárias.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Rupafin

A literatura cita as interações medicamentosas abaixo, apesar de
não possuírem significância clínica de gravidade mensurada.

Interação medicamento-medicamento

Cetoconazol e eritromicina

Aumenta em 10 vezes os efeitos de rupatadina, em 2 vezes os
efeitos do cetoconazol e em 3 vezes os efeitos da eritromicina.

Interação medicamento-exame laboratorial

Exame laboratorial

Efeito da interação

Teste alérgico

Os anti-histamínicos como o Rupafin,
podem impedir ou diminuir as reações que seriam positivas e
indicativas da presença de alergia*

CPK sanguínea, ALT (TGP) e AST (TGO) e
outros exames da função hepática

Alguns estudos clínicos relataram
alterações laboratoriais consideradas de incidência incomum (entre
1/1000 e 1/100): aumento da CPK sanguínea, aumento da ALT (TGP) e
AST (TGO) e valores anormais da função hepática

*Você deve interromper o tratamento com anti-histamínicos, como
Rupafin, aproximadamente 48 horas antes de fazer qualquer teste
alérgico de pele.

Interação medicamento-alimento

Suco de grapefruit (toranja)

Aumenta em 3,5 vezes a exposição do organismo à rupatadina.

Rupafin não sofre influência de outros
alimentos.

Interação medicamento-substância química

Álcool

Uma dose de 20mg de Rupafin aumenta a debilitação causada pelo
álcool. Já uma dose de 10mg ao dia não demonstrou aumento do efeito
pelo álcool.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Rupafin

Alimento

Suco de toranja (grapefruit).

Efeito na interação

Aumenta em 3,5 vezes a exposição sistêmica da rupatadina. Dessa
forma, não é recomendada a ingestão da rupatadina junto com toranja
(grapefruit). Fumarato de Rupatadina (substância ativa) não sofre
influência de outros alimentos.

Substância química

Álcool.

Efeitos na interação

Estudo clínico sobre o uso concomitante de Fumarato de
Rupatadina (substância ativa) 10mg uma vez ao dia com bebida
alcoólica, mostrou que as alterações psicomotoras foram semelhantes
àquelas produzidas pelo uso isolado do álcool, não mostrando efeito
potencializador do álcool.

Ação da Substância Rupafin

Resultados de eficácia

Após análise dos ensaios clínicos fase III realizados com a
rupatadina versus placebo em pacientes com rinite alérgica
sazonal (1.368 pacientes foram observados) os resultados mostraram
que a eficácia de rupatadina é significativamente superior ao
placebo. As doses de 10 e 20 mg de rupatadina foram mais eficazes e
as porcentagens de abandono do tratamento foram significativamente
inferiores (2,3% e 3,4%, respectivamente) em relação às outras
dosagens investigadas. Nos estudos clínicos com voluntários, doses
isoladas de 10 a 80mg de rupatadina produziram uma significativa
redução do eritema induzido por histamina, quando comparado com o
placebo. Na dose recomendada de 10mg, o início de ação da atividade
anti-histamínica ocorreu em 15 minutos e perdurou por 24 horas.

Na rinite alérgica sazonal (SAR) a rupatadina nas doses de 10 mg
e 20 mg obtiveram melhora superior (plt;0,05) dos sintomas nasal e
ocular do SAR em comparação com o placebo.

Outro estudo demonstrou os efeitos inibitórios da rupatadina
sobre o rubor induzido pelo fator de agregação plaquetária (PAF) e
pela histamina foram significativamente maiores em comparação ao
placebo. Tanto a magnitude (58 a 91%), quanto à duração (24 a 72
horas) da supressão do rubor pela rupatadina foram
dose-dependente.

Uma meta-análise de Izquierdo I e colaboradores, que
compreendeu 10 estudos clínicos, reunindo 2076 portadores de rinite
alérgica sazonal e perene, mostrou que o tratamento com o fumarato
de rupatadina, comparado ao placebo, teve uma redução dos sintomas
(expresso em DTSSm), em relação ao basal, de 55,6% (2,5mg) até 58%
(20mg).

Em outro estudo placebo-controlado em portadores de urticária
crônica idiopática, a rupatadina foi eficaz na redução da média do
escore de prurido, do início até o término do período de tratamento
de 4 semanas (57,5% para a rupatadina e 44,9% para o placebo). Mais
um estudo com rupatatina 10 e 20 mg uma vez ao dia comparado com
placebo para o controle dos sintomas e qualidade de vida dos
pacientes com urticária idiopática crônica foi realizado, com
duração de 6 semanas.

O escore médio de prurido foi reduzido do começo ao fim das seis
semanas de tratamento com rupatadina 10 e 20 mg, comparada com
placebo (59,5 e 66,1% com plt;0,05 e plt;0,001, respectivamente). A
eficácia pôde ser observada após a primeira dosagem de rupatadina e
ambas as dosagens de 10 e 20 mg tiveram um rápido inicio de ação
versus placebo.

O número médio de pápulas diminuiu significativamente mais sua
extensão com rupatadina 10 e 20 mg (54,3% e 57%, respectivamente)
do que com o placebo (39,7%; plt;0,05) durante o período de 4
semanas, com uma tendência positiva em seis semanas de
tratamento.

A rupatadina 20 mg melhorou o DLQI (índice de qualidade de vida)
desde o início para 26,6% (plt;0,005) e 29,2% (plt;0,005) durante o
período de 4 e 6 semanas, respectivamente. Além, de melhorar
significativamente o escore da escala visual analógica para o
desconforto geral. Enfim, rupatadina 10 mg e 20 mg são
rápidos, duradouros, eficazes e bem tolerados na opção de
tratamento de pacientes com urticáriacrônica idiopática de moderada
a grave.

Foi realizado um ensaio clínico comparativo entre rupatadina 10
mg, ebastina 10 mg e placebo, para rinite alérgica sazonal em que a
rupatadina mostrou-se significativamente superior, tanto em relação
ao escore total dos sintomas (22% menor para rupatadina do que para
a ebastina), como em relação à rinorréia, prurido nasal, espirros e
epífora. Mesmo que a diferença entre os dois tratamentos ativos não
tenha sido estatisticamente significativa, somente a rupatadina foi
significativamente melhor quanto à variabilidade principal (em
relação ao placebo), refletindo que a média de pontos do escore na
rupatadina foi uniformimente inferior que a ebastina e o
placebo.

A maior diferença entre os grupos de tratamento ativo e placebo
foi para rinorréia (rupatadina versus placebo, plt;0,001;
ebastina versus placebo, plt;0,005). Em outro estudo em
pacientes com rinite perene, tanto a rupatadina como a ebastina
mostraram-se significativamente superiores ao placebo, no que diz
respeito tanto a pontuação do escore total como em relação aos
sintomas avaliados.

A rupatadina mostrou-se mais eficaz, em relação ao placebo,
quanto ao prurido nasal, espirros e epifora, enquanto a ebastina
foi superior em relação ao prurido nasal. Na avaliação geral, ambas
as medicações foram melhores que o placebo, mas somente a
rupatadina apresentou melhora dos sintomas com valores
estatísticamente significantes quando comparada ao placebo
(plt;0,05).

Um estudo duplo-cego, multicêntrico, randomizado e controlado,
realizado por Saint Martin F e colaboradores, teve a participação
de 347 pacientes. Verificou-se que dentre os pacientes com 2
semanas de tratamento com Fumarato de Rupatadina (substância ativa)
10mg ao dia, 36,9% destes apresentavam o grau máximo no escore de
avaliação global de eficácia, o que corresponderia à ausência de
sintomas clínicos. Enquanto que 28,6% daqueles que utilizaram a
loratadina 10mg ao dia se enquadravam na mesma situação.

Outro estudo comparou rupatadina nas dosagens de 10 e 20 mg,
loratadina 10 mg, e placebo. Os resultados mostraram que a média de
PDmáx durante 28 dias de tratamento para a rupatadina e
para a loratadina foram muito melhores do que para o placebo
(34,1%). A média de valores superiores de PDmáx foi
observada para a rupatadina 20 mg (50,4%) e foi ligeiramente maior
do que para rupatadina 10 mg (48,7%) e loratadina 10 mg (48,6%). Em
um ensaio, porém este não controlado em rinite sazonal, houve
obtenção similar de resultados tanto para 10 e 20 mg de rupatadina,
como para 10 mg de cetirizina.

Já outro estudo fez a observação de 308 pacientes com rinite
perene em 35 centros, sendo que os tratamentos ativos (10 e 20 mg
de rupatadina e 10 mg de cetirizina) mostraram ser
significativamente superiores ao placebo (plt;0,0001), sem
diferenças significativas entre os tratamentos tanto quanto ao
escore total como em relação aos sintomas individuais.

Recentemente foram conduzidos estudos para avaliar a eficácia da
rupatadina em pacientes com rinite alérgica moderada. Os pacientes
foram randomizados para tratamento com rupatadina 10 mg, cetirizina
10 mg ou placebo por 12 semanas e a rupatadina, reduziu o
escore basal dos sintomas totais estatisticamente mais do que o
placebo (p=0,008), enquanto a cetirizina não reduziu. A eficácia da
rupatadina e da cetirizina foram comparadas em outro estudo com 10
mg/dia por duas semanas em pacientes com SAR. Os dois grupos
obtiveram resultados similares nos valores médios do DTSSm. Porém,
já na avaliação da eficácia total no 7° dia, o estudo revelou que
houve melhora significativa de 93,3% nos pacientes do grupo da
rupatadina e 83,7% no grupo da cetirizina (p=0,022). Este estudo
sugere um efeito mais rápido da rupatadina, em 81,1% dos pacientes
que tiveram sintomas insignificantes ou ausentes de coriza
versus 68,6% no grupo da cetirizina.

O extenso programa de análise clínica submetido à rupatadina
demonstrou claramente a sua eficácia clínica tanto na rinite
sazonal como na perene na dose de 10 mg diários, dose recomendada
para o produto. Foi comprovado, ainda, que a rupatadina é ao menos
tão eficaz quanto outros anti-histamínicos de 2a geração, incluindo
a ebastina,a cetirizina e a loratadina, frente aos quais apresentou
algumas vantagens pontuais de eficácia clínica nas condições dos
ensaios clínicos.

Características farmacológicas

Propriedades farmacológicas

O fumarato de rupatadina é um anti-histamínico potente,
pertencente ao grupo piperidínico, de rápido início de ação (15
minutos) e duração prolongada (24 horas) que, além de sua atividade
periférica anti-histamínica, tem também uma importante ação
bloqueadora periférica do PAF (ação antiinflamatória) e uma ação
antialérgica (inibição da quimiotaxia de eosinófilos e monócitos,
degranulação dos mastócitos e da liberação do TNF-α).

Farmacodinâmica

O perfil farmacodinâmico da rupatadina se compara favoravelmente
aos anti-histamínicos de 2ª geração e aos antagonistas
seletivos do PAF. Alguns dos metabólitos da rupatadina contribuem
para o efeito anti-histamínico, provavelmente aumentando a duração
da ação. A atividade antialérgica foi avaliada em várias espécies
animais (camundongos, ratos, cobaias e cães) e situações
(anafilaxia ativa versus passiva e anafilaxia sistêmica
versus tópica).

Várias atividades adicionais, tais como a inibição da
degranulação de mastócitos, efeitos sobre os neutrófilos e migração
de eosinófilos com inibição da liberação de TNF-α também foram
descritos. O perfil da rupatadina no SNC é semelhante ao dos
anti-histamínicos de 2ª geração e é distinto dos
anti-histamínicos sedantes. Nenhum risco de efeitos
anticolinérgicos pode ser esperado nas doses terapêuticas. Nas
doses terapêuticas, não são esperados efeitos cardiovascular e mais
importante, estudos in vitro e in vivo não
identificaram qualquer potencialidade no prolongamento do QT pela
administração da rupatadina.

Farmacocinética

Absorção

A rupatadina é rapidamente absorvida após a administração oral,
com um tmáx de aproximadamente 0,75 horas após a
ingestão. A Cmáx média foi de 2,2 ng/ml após uma dose
oral única de 10mg e 4,6 ng/ml após uma dose oral única de 20 mg. A
farmacocinética da rupatadina foi linear para uma dose entre 10 e
40mg. Após uma dose de 20mg, uma vez ao dia, por 7 dias, a
Cmáx média foi de 2,0 ng/ml. A concentração plasmática
seguiu uma queda bi-exponencial com uma meia-vida média de
eliminação de 5,9 horas. A taxa de ligação da rupatadina às
proteínas plasmáticas foi de 98,5 – 99%. Como a rupatadina nunca
foi administrada em humanos através da via intravenosa, nenhum dado
está disponível sobre sua biodisponibilidade absoluta.

Distribuição

A rupatadina é distribuída em tecidos (nenhum acúmulo
específico) e altamente ligada às proteínas plasmáticas. É
extensamente metabolizada no fígado, principalmente pela CYP3A4.
Assim, interações com inibidores da CYP3A4 podem ser esperadas.

Metabolismo e excreção

As vias metabólicas foram identificadas. Nenhuma interação
clinicamente relevante devido aos efeitos da rupatadina sobre o
sistema CYP450 é esperada. A principal via de eliminação é pelas
fezes, embora haja também excreção renal. Em um estudo de excreção
em humanos usando 40mg de 14C-rupatadina, 34,6% da
radioatividade administrada foi recuperada na urina e 60,9% nas
fezes coletadas por 7 dias.

A rupatadina passa por um metabolismo pré-sistêmico considerável
quando administrada por via oral. A quantidade de substância ativa
inalterada, encontrada na urina e nas fezes, foi insignificante.
Isto significa que a rupatadina é quase completamente metabolizada.
Alguns dos metabólitos (desloratadina e seus metabólitos
hidroxilados) possuem uma atividade anti-histamínica e podem
contribuir parcialmente para a eficácia global do fármaco, mantendo
a atividade por até 24 horas.

Grupos específicos de pacientes

Foram comparados os resultados entre indivíduos jovens e idosos
em um estudo com voluntários sadios. Os valores para AUC e
Cmáx para a rupatadina foram mais altos no grupo idoso
do que no jovem. Isto provavelmente devido a uma redução da
1a passagem hepática no processo de metabolização nos
indivíduos idosos. Não foram observadas essas diferenças com os
metabólitos da rupatadina. A média da meia-vida de eliminação da
rupatadina foram 8,7 horas para os mais velhos e de 5,9 horas para
o outro grupo. Como esses resultados não foram clinicamente
significativos, tanto para a rupatadina como seus metabólitos,
podemos concluir que não há necessidade de reajuste de dose quando
é utilizada a rupatadina 10mg ao dia em pacientes idosos.

Cuidados de Armazenamento do Rupafin

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger
da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

O comprimido de Rupafin é circular e biconvexo, liso de ambos os
lados e de cor salmão.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Rupafin

MS – 1.1213.0306

Farmacêutico Responsável:

Alberto Jorge Garcia Guimarães
CRF-SP nº 12.449

Fabricado e registrado por:

Biosintética Farmacêutica Ltda. Av. das Nações Unidas, 22428
São Paulo – SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira

Embalado por:

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Guarulhos – SP

Ou

Biosintética Farmacêutica Ltda.
São Paulo – SP

Venda sob prescrição médica.

Rupafin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.