Pular para o conteúdo

Zolpidem: mudança para tarja preta é oficializada

O remédio tarja preta sempre foi tido como o mais perigoso que existe. Imaginamos uma situação de alto risco, como uma pessoa tomando um remédio de tarja preta. Porém, muitas vezes, essa classificação não é muito confiável. No Brasil, a ANVISA preconiza que os remédios que necessitam de prescrição médica devem ter tarja vermelha, e alguns necessitam inclusive da retenção da receita. Já os tarja preta requerem uma fiscalização mais rigorosa. Mas isso não significa que a classificação esteja correta, já que muitos remédios de tarja vermelha podem ter um risco elevado de dependência química ou psíquica.

Existem sim remédios tarja preta que requerem precauções, como os calmantes benzodiazepínicos e remédios estimulantes, por exemplo. Mas também existem remédios tarja vermelha que podem trazer muitos problemas, como os anti-inflamatórios ou o famoso Tramadol, considerado um opioide que causa dependência química.

Portanto, o mais importante ao escolher uma medicação é entender qual é o diagnóstico, qual o medicamento deve ser usado para aquele diagnóstico, qual o benefício que ele irá trazer, qual o risco que se tem que monitorar e o tempo que se deve usar o medicamento. Se esses fatores forem levados em conta, os remédios tarja-preta em muitos casos são bem aplicados e ajudam muita gente. A venda desses medicamentos requer supervisão e cuidado, mas não significa necessariamente maior risco do que muitos outros medicamentos.

O importante é buscar informação aprofundada sobre cada tratamento e entender que nem tudo pode ser dividido entre preto e vermelho.

Texto escrito pelo médico psiquiatra pela USP, Dr. Marcelo Machado.

Fonte: ZOLPIDEM AGORA É TARJA PRETA ? por Dr Bruno Machado – Controlando a Ansiedade