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Tudo sobre o fenômeno de Raynaud: sintomas, causas e tratamentos


Olá, seja muito bem-vindo! Eu sou Henrique Sampaio, médico, e hoje vou comentar com você sobre um fenômeno muito prevalente nas doenças autoimunes e também em algumas outras condições: o fenômeno de Reynaud.
O fenômeno de Reynaud nada mais é que um vaso espasmo reversível. Essa é uma característica fundamental dele e pode estar presente até em 5 a 15% da população saudável, sendo este conhecido como o fenômeno de Reynaud primário. Já o secundário é desencadeado geralmente pelo frio ou pelo estresse.
Clinicamente, ele caracteriza-se pelo PCR (parada cardiorrespiratória), hemiplegia (palidez), cianose ou rubor são três fases características, tendo duas delas você já pode considerar como fenômeno de Reynaud.
Portanto, primeiramente, em geral, fica pálido/branco, depois azulado/arroxado e, em seguida, é uma fase de reboteficar vermelho/rubor, podendo até haver a sensação de queimação ou parestesia nas extremidades.
Como você pode ver agora nesta imagem, o fenômeno gerou uma importante alteração nas mãos desse paciente ou pode ocorrer nas extremidades. Então, ocorre nas mãos, nos pés, pode ocorrer na ponta do nariz e até na boca. A capilaroscopia periungueal é um exame não invasivo dos capilares reais, onde a gente consegue detectar e visualizar as lesões precoces da esclerose sistêmica, assim como a diferenciação entre o fenômeno primário e o secundário.
A interação de quatro fatores principais contribui para o desenvolvimento do fenômeno de Reynaud: células endoteliais, musculatura lisa, produção de substâncias de moléculas solúveis e estimulação neuronal. O fenômeno de Reynaud secundário pode ocorrer em ambos os sexos, tem duração maior, é mais intenso e pode levar a complicações locais, como isquemia e úlceras. Ele tem início tardio, em geral, acima dos 30 anos.
O fenômeno de Reynaud primário, em geral, ocorre mais em mulheres, tem início mais precoce, uma média de início aos 15 anos de idade, é assimétrico, é mais brando e dura menos.
Podemos dividir as causas etiológicas do fenômeno de Reynaud em seis grandes grupos:
1. Doenças reumatológicas e autoimunes, com destaque para a esclerose sistêmica e a doença mista do tecido conjuntivo.
2. Medicamentos/drogas, como os betabloqueadores, derivados do ergot, a ciclosporina, drogas como a cocaína, anfetamina e o próprio tabagismo.
3. Doenças endócrinas, incluindo hipo e hipertireoidismo e feocromocitoma.
4. Doenças traumáticas, com traumas arteriais importantes.
5. Doenças arteriais, com ateromatose importante ou a tromboangiite obliterante.
6. Neoplasias/doenças hematológicas, como doenças mieloproliferativas, a crioglobulinemia tipo 1 e a policitemia vera.
A capilaroscopia periungueal é um exame não invasivo dos capilares reais, onde a gente consegue visualizar e detectar as lesões precoces da esclerose sistêmica e diferenciar o fenômeno primário do secundário.
Os três principais métodos para diferenciar o fenômeno de Reynaud primário e secundário são: anamnese/exame físico, o exame de fan e a capilaroscopia periungueal.
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Fonte: Fênomeno de Raynaud – O que eu preciso saber por Reumato Learning