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Tratamento e Convivência com o Reumatismo Infantil | Sua Saúde na Rede

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As doenças reumáticas, apesar de pouco frequentes, acometem muitas crianças e muitas vezes os pais ficam muito preocupados com o que vai ser dos filhos deles e principalmente o que eles poderiam ter feito para prevenir as doenças reumáticas. Elas são de causa desconhecida, existe alguma predisposição genética e algum fator ambiental ao qual ninguém sabe, então os pais não conseguem prevenir a doença. O que eles conseguem fazer é procurar rapidamente um especialista com auxílio do pediatra para tentar um diagnóstico precoce.

Tanto a artrite idiopática juvenil quanto outras doenças reumáticas como lúpus ou febre reumática, quando são diagnosticadas precocemente, o tratamento se torna muito mais eficaz porque existe uma janela terapêutica. As articulações são muito delicadas, então qualquer dano, qualquer inflamação crônica, vai levar a problemas futuros nas crianças com algum tipo de incapacidade física.

Uma vez feito o diagnóstico da doença reumática, o pediatra encaminha para o reumatologista pediátrico que vai saber tratar. É importante que os pais saibam que o tratamento hoje é muito eficaz. Eu me lembro muito de 20 anos atrás que a gente pouco podia fazer. O que a gente fazia era aliviar a dor com algum tipo de analgésico, antiinflamatório e usava muito os corticosteroides que têm muitos efeitos colaterais, mas a mudança foi tão grande nos últimos anos por vários fatores que o prognóstico mudou completamente. Então, as crianças são vistas todas num modelo multiprofissional, além do médico, são acompanhadas por fisioterapeuta, psicólogo, por impressionista para pensar na criança como um ser global.

O reumatologista pediátrico hoje dispõe de remédios muito eficazes usados na dose certa, no tempo certo, e eles mudam realmente tanto que quando uma criança vê nessa especialidade hoje, o pediatra da ótima, poucas crianças em cadeira de rodas e mancando e, pelo contrário, o tratamento consegue inibir inflamação e muitas vezes colocar essa doença dormindo. É uma grande perda das crianças. A gente consegue atingir a remissão ou seja, a ausência total de sintomas a dor e a inflamação são cortadas com remédios muito seguros, tanto os anti inflamatórios quanto alguns imunossupressores e, mais modernamente, remédios chamados biológicos, que vão realmente no ponto central de fordo da inflamação e acabam por cortar o processo inflamatório.

Então, o diagnóstico precoce é extremamente importante. Alguns estudos mostram que as crianças levam até mesmo a chegar ao especialista. Então, o pediatra tem que pensar nessas doenças para ter um comportamento mais adequado e algumas doenças nós conseguimos deixar o paciente absolutamente normal. Na época da transição, ou seja, quando a criança vai indo para a vida adulta, ela vai aprendendo a cuidar da doença dela. É muito importante a educação sobre a doença. Tanto pais como os pacientes têm que saber dados da doença, o que ela é, o que pode ser feito para melhorar. A escola tem que saber. É muito importante o papel do professor também, do diretor, do diretor da escola, passar segurança para que essa criança tenha uma vida totalmente normal.

É muito importante que tanto o professor quanto o diretor da escola saiba da doença também, para que a criança tenha um convívio normal na escola e, com isso, haja uma parceria entre professores, médicos e principalmente a família. Sabendo sobre a doença, consegue lidar com os sintomas.

É importante que os pais saibam que essas doenças não são genéticas, não passam de pai para filho facilmente como outras doenças. O que existe é um caráter familiar. Algumas famílias têm mais predisposição para doenças autoimunes como, por exemplo, a artrite idiopática juvenil, o lupus ou o diabetes mellitus tipo 1. Mas a chance de ter um filho com a mesma doença é muito baixa e as crianças, sendo bem tratadas, tendo essa transição para a vida adulta de qualidade e principalmente mantendo um tratamento seguido depois que elas crescem, elas vão ter uma vida saudável, vão poder trabalhar normalmente, a grande maioria vai conseguir fazer esportes. Nós temos vários atletas com essas doenças que ganham medalhas em competições e vão ter essa autonomia saudável.

Então, a notícia é muito boa. O tratamento é muito eficaz, muito seguro e a esperança é enorme que essas crianças voltem rapidamente para a sociedade, não percam um ano, consigam trabalhar, levar uma vida normal como qualquer outro amigo.

Fonte: Reumatismo Infantil – Parte II | Sua Saúde na Rede por Sua Saúde na Rede