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Tratamento do câncer de intestino: novos procedimentos médicos


Estou com uma dor abdominal. A dor era persistente, do lado direito, nem tanto que às vezes eu tinha que parar de andar porque doía demais. Foram dez anos sofrendo com esse desconforto abdominal. Danúsia só descobriu que estava com câncer no intestino durante um exame ginecológico. No exame de toque, ele achou que tinha um volume. Como eu já não tinha mais o útero, ele falou: não pode ser, nem vamos investigar. Aí ele me pediu um ultrassom. Nesse ultrassom já deu o câncer de intestino. É o terceiro mais comum entre as mulheres, só perde para o de pele e o de mama. Entre os homens é o quarto. A estimativa é que até o final do ano mais de 35 mil novos casos sejam diagnosticados com câncer.
Uma mistura de fatores genéticos com fatores ambientais. Fatores genéticos podem estar relacionados à história familiar e síndromes genéticas que favorecem a ter o câncer de intestino. Também hábitos como sedentarismo, obesidade, dieta alimentar inadequada e uso de alimentos processados e embutidos também favorecem. Estão relacionados a um aumento da incidência de câncer. A maioria dos casos o câncer se desenvolve em duas partes do intestino: o cólon e o reto. Os sintomas mais comuns são sangue nas fezes, dores abdominais e mudança do ritmo intestinal.
O que preocupa os médicos é que quando esses sinais aparecem, a doença pode estar em uma fase avançada. Começa numa fase inicial com a formação de pólipi, que é como se fosse uma verruga que sai para fora da parede interna do intestino. Mas ela se multiplica sem parar, vai crescendo a ponto de invadir. Nessa fase ela pode atingir os vasos sanguíneos (fase enfática). Uma dessas células entrar no vaso sanguíneo e pode disseminar-se, espalhar-se para o corpo, que é o processo que chamamos de metástase.
O tumor da Danúsia estava com nove centímetros, considerado extremamente grande. A sorte da dona de casa é que a doença não tinha se espalhado para outros órgãos nem atingido o sistema linfático. “Falar assim, praticamente que nasci de novo, né? Porque pelo tamanho, pela fase né, eu… Caso passar pela cirurgia para retirada de parte do intestino e quimioterapia são os tratamentos mais tradicionais para quem sofre com esse tipo de câncer. Normalmente envolve uma combinação de cirurgia, quando há invasão da parede intestinal, quimioterapia e, hoje em dia, tratamentos moleculares que atingem a medicamentos moleculares mesmo, e a radioterapia. O paciente, dependendo então do estágio do tumor, pode fazer um tipo de tratamento, apenas um, ou então um somatório, um conjunto dessas quatro possibilidades de tratamento.
Quando se fala em câncer a gente se assusta, pensa no pior, mas a boa notícia é que as chances de cura do câncer de intestino são de quase 100% quando descoberto na fase inicial e mais de 70% na fase intermediária. O Eduardo acabou de passar por uma cirurgia. O câncer dele estava numa fase avançada, mas os médicos garantiram que com o tratamento correto e bons hábitos alimentares, ele venceria esse tumor. Mas a história para o passado. Isso é um alívio na Eduardo, sem dúvida.
O livro que nós vamos casos nem tão complicados no de tratamentos longos ou pessoa sofre bastante. Meu caso mais simples. Um tratamento de seis meses de quimioterapia vai garantir que ainda permaneça aqui nessa terra para o mundo. Enfim, o câncer de intestino pode ser prevenido com menos carne e alimentos processados e mais frutas, verduras e fibras ao longo da vida. Isso ajuda o órgão a trabalhar melhor e dificulta a multiplicação de células ruins. Exames também ajudam na prevenção. A colonoscopia, um exame de imagem que mostra o intestino por dentro, é a grande aliada hoje. Esse exame virou rotina e deve ser pedido a partir dos 45 anos, da mesma forma que a mamografia diminui a mortalidade do câncer de mama da mulher. No câncer de intestino, a orientação mundial é que a partir dos 45 ou 50 anos, dependendo da sociedade, você deva fazer uma colonoscopia para prevenir. Você tem pólipos, algum fator de risco? Se você tem um câncer em estágio inicial, o médico faz outro alerta.
Mudanças no funcionamento do intestino merecem atenção. No intestino funcionar regularmente, normalmente, e de repente você começa a ter dificuldade de evacuar ou então você começa a intercalar períodos de fezes normais com fezes irregulares, a sada de sangue pelas fezes, não só sangue vivo como se fosse um caro, mas mas também as suas fezes se tornarem escuras. Qualquer desses sinais deve despertar um sinal de alerta na pessoa, que ela procure um médico.
Isso. Eduardo começou com um desconforto abdominal e gases. O diagnóstico de câncer foi confirmado na colonoscopia. O tamanho era grande e com música pop. Não foi completa porque não conseguiu passar pelo tumor. Já estava estreito demais pra passar o aparelho. O exame já tinha sido solicitado pelo médico há sete anos, mas Eduardo foi adiando, adiando, até que os sintomas apareceram. “Estive no gastro, por conta de gastrite, coisa leve. Ele falou: ‘a gente trata isso agora, e daqui no máximo um ano você volta e faz uma colonoscopia.’ Mas é um exame de rotina. Só que eu não voltei.” Normalmente, o câncer se desenvolve em pólipos. Se tivesse algum, poderia ser removido e não teria câncer. Faz um mês que Eduardo passou pela cirurgia para a retirada do tumor. A próxima etapa é a quimioterapia. E ele também já começou o tratamento que vai levar pra sempre: a mudança no estilo de vida.
“Cuidar um pouco mais de preventivamente é já providenciamos aí exames pelos meus filhos porque, embora não tenha nada aparentemente hereditário, não custa nada avaliar.”
Fonte: Conheça os novos procedimentos médicos para o tratamento do câncer de intestino por Hoje em Dia