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Tratamento de câncer de pulmão com cirurgia minimamente invasiva.


Olá! Hoje o Momento Saúde vai falar sobre uma doença que vem assustando cada vez mais os brasileiros: o câncer de pulmão. O principal vilão a gente já conhece: é o uso do cigarro. Hoje, no Momento Saúde, você vai conhecer uma técnica que vem revolucionando a cirurgia para remoção dessa doença.
O câncer de pulmão é uma doença muito séria e um problema de saúde pública. É uma das doenças das neoplasias que mais leva a óbito no mundo. O principal fator de risco para o câncer de pulmão é o tabagismo, ou seja, o consumo de cigarro é o principal fator de risco. Não só o cigarro, mas outras substâncias também produzidas por combustão, como os vapores de combustão de lenha, são fatores de risco para o câncer de pulmão. Mas o principal deles é o ato de fumar. Cerca de 80 a 90 por cento das pessoas que têm câncer de pulmão têm associação com o hábito de fumar.
O tratamento do câncer de pulmão é multidisciplinar. Isso envolve desde o cirurgião torácico que realiza o tratamento cirúrgico, aos oncologistas que visam o tratamento clínico (quimioterapia), os rádioterapeutas que são especialistas no tratamento oncológico utilizando radiação, e os médicos radiologistas, que também estão envolvidos na questão do diagnóstico, fazendo o diagnóstico através dos métodos de exame de imagem. É um tratamento multidisciplinar.
A cirurgia do câncer de pulmão sofreu um grande avanço nos últimos 20 anos. A cirurgia é uma cirurgia de grande porte e sempre foi realizada através de toda a economia às cortes grandes no tórax com o uso de afastadores de costela para ampliar o campo cirúrgico e permitir a mão do cirurgião entrar para fazer a cirurgia. Mas nos últimos 20 anos houve um grande avanço com as técnicas minimamente invasivas guiadas por câmeras de vídeo com pequenas incisões. Hoje em dia o padrão-ouro recomendado é a cirurgia minimamente invasiva para os estádios iniciais. Em vez de utilizarmos grandes incisões, utilizamos incisões de quatro a cinco centímetros e uma incisão acessória que é guiada por uma micro câmera que nos permite a visão interna do tórax. Nós não olhamos para o campo cirúrgico pra dentro do paciente, apenas para as telas dos monitores, porque a incisão é muito pequena e não permite que nós consigamos olhar através dela. E nossa mão não passa através da incisão, somente os instrumentos especiais para fazer a cirurgia.
Quais são as vantagens desse procedimento? A cirurgia minimamente invasiva traz uma recuperação muito mais rápida para o paciente, além de reduzir os riscos de sangramento. O paciente, durante a cirurgia, perde menos sangue e a recuperação no pós-operatório geralmente é muito mais rápida do que os pacientes que fazem a cirurgia convencional. O paciente submetido à cirurgia para o tratamento curativo do câncer de pulmão fica em média três dias internado, enquanto os pacientes que fazem a cirurgia convencional ficam em torno de 5 a 6 dias internados. Ou seja, quase metade do tempo de internação. A dor no pós-operatório é muito menor com cirurgia minimamente invasiva quando se compara com a cirurgia convencional, que é a cirurgia aberta convencional.
Quando observamos o comparativo com a cirurgia convencional, percebemos que a diferença no resultado estético é muito superior. É um paciente de 83 anos que foi operado e que saiu no quinto dia do pós-operatório muito bem. Um paciente mais jovem teve que ficar sete e dez dias internados por conta de uma cirurgia é realmente muito maior.
Fonte: Câncer de pulmão: Cirurgia minimamente invasiva no tratamento da doença por Jornal de Brasília